Este documento fornece roteiros e anexos para professores sobre alfabetização, incluindo:
1) Um roteiro para observação de apresentações sobre alfabetização;
2) Instruções para preparação de debates sobre heterogeneidade de turmas;
3) Um estudo de caso sobre necessidades de aprendizagem baseado em produções textuais de alunos.
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM ALFABETIZAÇÃO, LEITURA E ESCRITA DO ESPÍRITO SANTO
PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA
UNIDADE 7 – ANO 1
ANEXO 1: ROTEIRO PARA INTERLOCUÇÕES NAS APRESENTAÇÕES DAS SD
Para a interlocução nas apresentações, tome como referência o roteiro de observação abaixo:
Dimensões da alfabetização: contemplaram-se direitos de aprendizagem em leitura,
produção de textos orais e escritos, sistema de escrita, incluindo o trabalho com as relações
sons e letras e letras e sons?;
A dimensão leitura é explorada para além de localizar informações explícitas no texto,
permitindo que as crianças recriem sentidos implícitos, construam inferências, estabeleçam
relações, produzam sentidos e exponham suas opiniões?;
Na dimensão produção de textos orais e escritos as crianças são levadas a produzirem
textos tendo motivação (o que dizer), interlocutor (para quem) e finalidades (para quê)?;
Os conhecimentos da dimensão sistema de escrita são trabalhados a partir do texto e
as relações sons e letras foram trabalhadas na perspectiva da compreensão?;
A proposta contempla demais áreas do conhecimento de forma progressiva?;
As atividades contemplam crianças que tenham diferentes conhecimentos sobre a escrita?;
A proposta utilizou recursos disponibilizados pelo MEC (livros de literatura, dicionários,
jogos) entre outros?;
Contemplou a dimensão lúdica?;
Utilizou espaços que extrapolam a sala de aula?;
Observações (utilizar o verso também, caso necessário):
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2. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
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ANEXO 2: PREPARAÇÃO PARA O DEBATE REGRADO PÚBLICO
“A HETEROGENEIDADE É UM FATOR QUE DIFICULTA O PROCESSO DE ENSINO
APRENDIZAGEM NA ALFABETIZAÇÃO?”
Em um debate, os argumentos têm papel decisivo para convencer as pessoas. Por isso,
prepare-se para argumentar e contra-argumentar.
Ao argumentar:
Escolham a posição que vão defender;
Listem justificativas para a opção feita;
Elaborem os argumentos a partir das justificativas. Exponham os argumentos um de
cada vez, começando por aqueles que causam mais impacto;
Utilizem exemplos, comparações,
fundamentar seus argumentos.
resultados de
pesquisas,
citações
para
Ao contra-argumentar:
Tentem descobrir incoerências ou contradições nos argumentos dos interlocutores;
se houver, transforme-os em novos argumentos a seu favor;
Utilizem exemplos, comparações, resultados de pesquisas, citações para
demonstrar que o argumento dos interlocutores não se sustenta ou é parcialmente
consistente;
Já no final do debate, façam uma síntese dos argumentos apresentados pelos
interlocutores que defendem a ideia oposta à sua e aos seus contra-argumentos
apresentados para demonstrar aos demais interlocutores que o ponto de vista
apresentado pelos colegas está fundamentado de forma equivocada, inconsistente
ou parcialmente inconsistente;
Poderá fazer concessões, ou seja, você poderá concordar em parte com as ideias
apresentadas pelos demais colegas, admitindo que o outro tenha razão em parte.
“Debater não é brigar. É argumentar, expor livremente nosso ponto de vista e conhecer o
pensamento dos outros” (CEREJA; MAGALHÃES, 2009).
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3. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
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UNIDADE 7 – ANO 1
ANEXO 3: ESTUDO DE CASO A PARTIR DE UM DIAGNÓSTICO EM TURMA DO 1º ANO
1. Considere o diagnóstico que segue (Quadro 1), realizado em uma turma de 1º ano a
partir de produções textuais realizadas pelas crianças. Foram indicados com X os
conhecimentos que ainda não foram apropriados pelas crianças.
2. O diagnóstico aponta as necessidades de aprendizagem de cada criança e da turma
como um todo. Nesse sentido, apresente uma análise, considerando a heterogeneidade
das aprendizagens consolidadas e a consolidar nessa sala de aula.
3. Diante dessas análises, apresente uma proposta de trabalho diversificado com vistas a
garantir o direito de aprendizagem de todos, ou seja, para aqueles que estão iniciando o
processo de alfabetização e para aqueles que estão em processo mais adiantado dessa
apropriação.
Para esclarecer dúvidas quanto aos conceitos utilizados no diagnóstico, veja explicações (Quadro 2).
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4. QUADRO 1: NECESSIDADES DE APRENDIZAGENS NA PRODUÇÃO TEXTUAL ESCRITA
TURMA: 1º ANO A
NOMES
(fictícios)
1. Distinção
desenho e
escrita
2. Falhas
na
direção
da escrita
4. Falhas na
direção dos
movimentos
ao escrever
as letras
6. Omissão
de letras
7. Troca
na ordem
das letras
8. Falhas na
distinção
entre sons
surdos
e
sonoros
9. Troca de
letras cujos
sons
são
regulados
pela posição
10. Troca de
letras cujos
sons não são
regulados
pela posição
11. Transcrição
fonética
decorrente ou
não de variação
dialetal
12. Falhas na
segmentação
textual
X
X
5.Repetição
de letras
X
X
X
X
X
X
X
X
ADRIANA
3. Usa letras
para escrever,
mas ainda de
forma
aleatória
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
BRENO
BEATRIZ
CARLOS
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
ELAINE
X
EDUARDO
FLAVIA
X
IAGO
X
JOSÉ CARLOS
X
LUCIA
X
MATEUS
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
MAURO
X
NAIARA
X
PEDRO
RODRIGO
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VANESSA
X
X
X
X
TIAGO
VALDEMIR
X
X
SAMANTA
SANDRO
X
X
X
X
X
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5. QUADRO 2: CONCEITOS DO QUADRO DE ANÁLISE DAS NECESSIDADES DE APRENDIZAGENS DA ESCRITA
ENUNCIADO
SIGNIFICADO
1. Distinção
desenho e escrita
A criança ainda escreve usando desenhos, rabiscos e símbolos gráficos que não são letras.
2. Falhas na
direção da escrita
Utiliza o espaço destinado à escrita sem considerar a direção convencional, ou seja, sem
escrever de cima para baixo e da esquerda para a direita.
3. Usa letras para
escrever, mas
ainda de forma
aleatória
4. Falhas na
direção dos
movimentos ao
escrever as letras
5. Repetição de
letras
6. Omissão de
letras
Escreve usando letras, porém sem se preocupar com a quantidade de letras da palavra ou
com os valores sonoros das letras.
7. Troca na ordem
das letras
Evidencia dificuldade em associar a ordem das letras nas palavras. Ex: preda para pedra,
alergia para alegria.
8. Falhas na
distinção de sons
surdos e sonoros
Letras de sons surdos: quando pronunciadas não tem vibração das cordas vocais
(p/t/k/f/s). As demais consoantes e vogais são sonoras, ou seja, há vibração das cordas
vocais ao serem pronunciadas. Algumas crianças trocam os sons das letras p/b, t/d, k/g,
f/v, s/z, pois sussurram as palavras ao escrever ao invés de falar em voz alta.
9. Troca de letras
cujos sons são
regulados pela
posição
10. Troca de letras
cujos sons não são
regulados pela
posição
São trocas que a criança faz das letras cujos sons são determinados pela posição que
ocupam nas palavras. Ex: C (diante das vogais A, O, U ou diante de E, I); L (no início da
sílaba ou final da sílaba); S (início de palavra ou entre vogais).
11. Transcrição
fonética
decorrente ou não
de variação
dialetal
Quando a criança escreve a palavra do modo como a pronuncia. O padrão fonético não
corresponde ao ortográfico. Ex: mantega (manteiga), pexi (peixe), nóis (nós), brinquedu
(brinquedo), muinto (muito), leiti (leite), toma (tomar). Em alguns casos essas falhas na
escrita decorrem de variação dialetal, ou seja, utiliza na escrita as variações de pronúncia,
de vocabulário e de gramática típicos da sua comunidade/região, da sua faixa etária, do
nível social. Ex: compranu (comprando), conzinha (cozinha), fera (feira), bassoura
(vassoura), probrema (problema).
12. Falhas na
segmentação
textual
Quando a criança escreve sem deixar espaços em branco entre as palavras ou deixando
espaços de modo a fracioná-las em partes menores, como, por exemplo: SIPERDER (se
perder); NA QUELE (naquele). As palavras ligadas indevidamente ou separadas de forma
não convencional ocorrem, muitas vezes, com frequência significativa, devido entonação
Quando a criança foge do padrão aceito para determinada letra, pois ainda tem dúvida de
como traçá-la. Traça letras de modo espelhado ou com traços que comprometem a
legibilidade.
Repete mais as letras que conhece ou lembra, ou as do repertório do próprio nome.
Escreve de modo incompleto, faltando uma ou mais letras. Ex: “NO OTO DIA CHAPEZIO
VEMELO FOI PELO CAMINO MAS CUTO”.
São trocas que a criança faz das letras que não podem ser determinadas a partir da posição
na palavra, ou seja, mais de uma letra para o mesmo som na mesma posição. Ex: ss, c, sc, ç,
sç (passeio, acenar, descendente, nossa, moça, nasça, calça, bolsa), z, x, s, entre vogais
(exército, moleza, asa), ch, x (chave, xale), g, j (geleia, canjica), u,l, no final da palavra (véu,
mel).
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ANEXO 4: ATIVIDADE PARA PROFESSORES NOS MUNICÍPIOS
1. A partir das produções textuais realizadas pelas crianças em sua sala de aula, efetue o
registro das necessidades de aprendizagem em instrumento próprio (Quadro 1).
2. Analise o perfil de sua turma e planeje atividades com vistas à implementação de
práticas que garantam os direitos de aprendizagem de todas as crianças, considerando os
diferentes percursos. Nesse planejamento inclua os materiais complementares que estão
sendo enviados pelo MEC, como jogos, livros de literatura e dicionários.
3. Desenvolva a proposta de trabalho para compartilhar como foi a vivência do
planejamento no próximo encontro. Em seu relato considere: a síntese do perfil da turma, a
proposta de trabalho planejada e como foi a vivência dessa proposta. Você poderá filmar
ou fotografar.
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8. QUADRO 1: NECESSIDADES DE APRENDIZAGENS NA PRODUÇÃO TEXTUAL ESCRITA
ESCOLA:______________________________________________________________ PROFESSORA:____________________________________ TURMA:___________ DATA: _____________
NOMES
1. Distinção
2. Falhas na
3. Usa letras
4. Falhas na
5.Repetição
6.Omissão
desenho
escrita
direção
escrita
para escrever,
mas ainda de
forma
aleatória
direção dos
movimentos
ao escrever
as letras
de letras
de letras
e
da
Troca
na ordem
das letras
7.
8.Falha na
distinção
entre sons
surdos e
sonoros
9. Troca de
10. Troca de
11. Transcrição
12. Falhas na
letras cujos
sons
são
regulados
pela posição
letras
cujos
sons não são
regulados
pela posição
fonética
decorrente ou
não de variação
dialetal
segmentação
textual
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9. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
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UNIDADE 7 – ANO 1
ANEXO 5: PRÁTICAS COM O COMPONENTE CURRICULAR ARTE NA ALFABETIZAÇÃO
1. Com base no quadro dos Direitos de Aprendizagem do componente curricular Arte,
vamos analisar se e como as propostas “Dia Internacional da Mulher” e “Poemas em
sala de aula” (PNAIC, Unidade 7, p. 24 e 25) envolvem o ensino da arte,
identificando quais direitos foram contemplados e que possibilidades de trabalho
podem ser pensadas para potencializar o ensino da Arte na Alfabetização.
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