O documento discute estratégias de intervenção para alunos com autismo, incluindo a estruturação do ambiente, rotinas previsíveis, suportes visuais e linguagem clara. Também enfatiza que os programas devem ser adaptados individualmente, envolver a família, focar em competências funcionais e melhorar a qualidade de vida dos alunos.
2. É uma perturbação do desenvolvimento que
afeta a forma como uma pessoa perceciona o
meio ambiente e comunica.
Algumas vezes a forma como percecionam as
interações sociais e processam a informação
é um desafio para os diversos profissionais e
para a própria pessoa.
Da Definição…
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5. Comportamento
desajustado
Não compreensão da
actividade pelo aluno
Não antecipação de
acontecimentos
Mudança de actividade
sem pré-aviso
Ansiedade do aluno por
não conseguir
concretizar a actividade
Ruído
O que pode desencadear…
8. Estabeleça rotinas que facilitem
a organização da atividade e
das interações
Mas
Ensine a quebrar rotinas
A intervenção…
9. Suportes de Apoio na Sala de Aula…
• Facilitar, com antecipação, uma agenda ou uma lista
de possíveis tópicos para discussão na turma.
• Explorar quais os conceitos centrais antes de iniciar
uma unidade de ensino.
• Pedir ajuda aos pais para estruturar e lembrar os
alunos em casa das datas importantes (testes,
projetos, visitas de estudo,…).
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10. Adequações Curriculares…
• Planificação e desenvolvimento de tarefas com base
no modelo de análise de tarefas.
• Elaborar questões em formatos diferentes (resposta
múltipla, ligação entre itens, rodear conceitos, etc.)
evite perguntas que implicam descrições de duração
indeterminada, listagens, etc.
• Leitura em voz alta das perguntas.
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11. Atenção aos contextos fisicos…
• Prever um espaço na sala de aula onde o estudante possa
fazer uma pausa e diminuir níveis de stress.
• Prever outros espaços (sala de recursos / unidade de
ensino estruturado) de trabalho para o desenvolvimento de
algumas atividades especificas como por exemplo:
atividades de antecipação ou de reforço, desenvolvimento
de testes sumativos, etc.
• Ensinar de forma explicita formas do aluno aceder à
informação no geral e à informação mais específica em
particular.
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12. Suportes Visuais…
• Utilizar calendários / sumários / agendas diárias e
semanais na sala de aula em locais visíveis.
• Proporcionar aos alunos uma programação diária e
semanal impressa.
• Recorrer a pistas visuais organizadoras em sejam
imagens, palavras chave, etc.
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13. Reforço…
• Dar reforços verbais que salientem os comportamentos
desejáveis, sobretudo os que se constituam como um desafio
para o aluno (conversar com colegas, interromper, solilóquios
permanentes, etc.)
• Considerar outros reforços importantes como mais tempo em
atividades preferidas pelo aluno, etc.
• Acompanhar os reforços com feedbacks específicos e claros
para que o aluno percecione qual o comportamento que está a
ser reforçado.
• Socializar os sucessos.
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14. Prevenir Comportamentos…
• Identificar e reconhecer os sinais de aviso e alerta para mudanças
subtis de comportamento.
• Intervir de forma a não intensificar a situação/comportamento.
• Utilizar estratégias de distração e calmantes para ajudar o aluno a
recuperar o controlo antes que o comportamento inadequado aumente.
• Planificar com antecedência (sei o que fazer, quem chamar, onde
colocar o aluno, etc,.)
• Manter a calma e priorizar a segurança e dignidade de todos os
alunos.
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15. • Após um incidente, dar uma tarefa mais simples
embora relacionada com a atividade que estava em
curso.
• Considerar outras formas mais motivadoras de
desenvolver a mesma tarefa.
• Manter abertas as linhas de comunicação com os
pais e restante equipa para que todos estejam
atualizados dos sucessos / desenvolvimentos do
aluno.
Prevenir Comportamentos…
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16. Os programas de intervenção devem…
Ser estruturados
A intervenção deve desenvolver-se com base num
grande nível de estruturação (com diversos
instrumentos e estratégias que facilitem a
aprendizagem) a um nível de desestruturação
programada / controlada passo a passo e de acordo
com o nível de desenvolvimento por relação com os
contextos naturais sociais.
17. Ser funcionais e permitir a generalização de
novas aprendizagens
A educação do aluno com autismo deve
acontecer num duplo sentido: ensinar a
competência, o saber e o saber fazer de modo
adequado, de modo a que existe
espontaneidade e generalização.
Os programas de intervenção devem…
18. Ser evolutivos e adequados às
características individuais dos alunos
Deve definir-se de forma clara os pré
requisitos evolutivos e funcionais das
competências a desenvolver e as
capacidades a atingir.
Os programas de intervenção devem…
19. Implicar a família e restante comunidade
nomeadamente escolar e devem ser precoces
As intervenções com maior éxito apelam ao
envolvimento de diveros atores e à intervenção
precoce.
Os programas de intervenção devem…
20. Basear-se em objetivos positivos
Os programas não devem centrar-se em
eliminar comportamentos considerados
inadequados mas sim criarem um potencial de
competências adequadas e alternativas.
Os programas de intervenção devem…
21. Basear-se num sistema de aprendizagem com
sucesso
Os apoios prestados resultam no desempenho
com éxito das tarefas apresentadas.
Progressivamente deve reduzir-se a intensidade
dos apoios para que as tarefas sejam
desenvolvidas com sucesso de forma
autónoma.
Os programas de intervenção devem…
22. Ter como principal objetivo a qualidade de vida dos
alunos
Este objetivo básico deve persistir através de um
processo contínuo e ciclico que consiste na
elaboração de uma planificação com base na
dualidade presente – futuro, que melhore a vida dos
alunos (educação, saude, lazer, necessidades
básicas, autonomia, integração profissional, etc.)
Os programas de intervenção devem…
23. •Utilizar uma linguagem clara e objetiva – ao mesmo tempo que fala para o grupo,
certificar-se que os alunos com NEE, ouviram;
•Adaptar a atividade: introduzindo imagens, gestos; utilizando a tutoria de um pares,
etc.;
•Ajustar a participação do aluno na atividade;
•Responsabilizar o aluno por tarefas, que é capaz de concretizar;
•Impor regras e limites;
•Estimular as suas capacidades;
•Trabalhar usando a sua motivação;
•Reforçar positivamente.
Estratégias gerais…
24. • Faça perguntas diretas;
• Faça comentários sobre ações, objetos,…;
• Espere e demonstre;
• Crie situações comunicativas;
• Use gestos e expressão facial de forma
abundante;
• Reforce ou antecipe aprendizagen;
Estratégias gerais…
25. • Torne-se modelo dando exemplos do que a criança
deve dizer;
• Reduza a complexidade da linguagem;
• Use entoação, volume e ritmo do discurso de forma
exagerada;
• Mantenha o contacto visual;
• Responda sempre (reforce)
• Faça da comunicação um prazer.
Estratégias gerais…
26. A única forma de o autismo ser
modificado é pela interação com
a vida e pelo uso mais espontâneo
das suas próprias capacidades
inatas.
Tustin (1990)
Tenho esta convicção…