2. Ensino estruturado como aspecto pedagógico mais importante do
modelo TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Communication
Handicapped Children)
Modelo TEACCH surgiu na sequência de projecto de investigação
Eric Shopler e colaboradores, década de 70, na Carolina do Norte
Filosofia: ajudar a criança com PEA a evoluir no seu crescimento,
desempenhos e capacidades adaptativas, de forma a atingir o máximo de
autonomia
Utilizado em Portugal desde 1996
O ENSINO ESTRUTURADO
3. Foco no ensino de capacidades de comunicação, organização e prazer na
partilha social
Centra-se nas áreas, habitualmente, fortes nas pessoas com PEA –
interesses especiais, processamento visual e rotinas funcionais
Adaptado às necessidades individuais de cada aluno e a diferentes níveis
de desenvolvimento
Princípios e estratégias que, tendo por base a estruturação do espaço,
tempo, materiais e actividades, promovem a aprendizagem e a autonomia
dos alunos com PEA
4. Manter um ambiente calmo e previsível
Promover um ambiente estruturado e uma organização externa
Fornecer uma informação clara e objectiva das rotinas
Propor tarefas que o aluno seja capaz de realizar
Atender à sensibilidade do aluno aos estímulos sensoriais
Proporcionar o “lugar seguro” e a “pessoa segura”
Promover a autonomia
ATRAVÉS DO ENSINO ESTRUTURADO É POSSIVEL:
5. O PORQUÊ DO ENSINO ESTRUTURADO
Alteração das capacidades do input sensorial
Dificuldade em gerir imprevistos
Limitação na capacidade de abstracção e simbolismo
Memória sequencial pobre
Rotinas, preocupações, estereotipias e rituais
Dificuldade na generalização
6. RAZÕES PARA USAR O ENSINO ESTRUTURADO
Ajuda a criança com autismo a:
1- compreender
2- acalmar
3- aprender melhor
4- atingir autonomia
5- controlar o comportamento
Minimiza as dificuldades de organização e sequencialização
Proporciona segurança e confiança
Ajuda o aluno a capitalizar as suas competências
7. Recurso pedagógico especializado, das escolas ou agrupamentos de escolas,
para alunos com PEA
Podem ser criadas em qualquer nível de ensino
Todos os alunos têm turma de referência que frequentam
As UEEA’s devem ser criadas em função:
... da diferenciação pedagógica necessária na resposta educativa a oferecer
aos alunos com PEA
... do número de alunos com PEA de 1 ou mais concelhos, de acordo com a
sua localização e alternativas de transporte
... da existência de um espaço físico
... da garantia da continuidade (processos de transição entre ciclos)
UNIDADES DE ENSINO ESTRUTURADO - UEEA
8. A constituição das UEEA deverá ter em conta o número de alunos, o seu nível
funcional e o horário de funcionamento mas deve resultar do trabalho de uma
equipa alargada que deve incluir:
as famílias
os orgãos de gestão dos agrupamentos de escolas
os docentes de educação especial
Para um grupo de 6 alunos, considera-se conveniente:
... 2 docentes com formação especializada do Quadro de Educação Especial do
Agrupamento
... 2 auxiliares de acção educativa, do Quadro do Agrupamento
os docentes do grupo turma
outros técnicos (psicólogos, terapeutas de áreas específicas)
serviços da comunidade
UNIDADES DE ENSINO ESTRUTURADO - UEEA
9. Promover a participação dos alunos com pea nas actividades curriculares e
de enriquecimento curricular junto das pares da turma a que pertencem
Implementar e desenvolver um modelo de ensino estruturado
Aplicar e desenvolver metodologias de intervenção interdisciplinar que
facilitem os processos de aprendizagem, autonomia e adaptação ao contexto
escolar
Proceder às adequações curriculares necessárias
Organizar o processo de transição para a vida pós-escolar
Adoptar opções educativas flexíveis pressupondo uma avaliação constante
do processo de ensino e de aprendizagem do aluno e o regular envolvimento
e participação da família
OBJECTIVOS DAS UEEA
10. Todos os alunos que apresentem perturbações no
espectro do autismo
Independentemente do grau de alteração do
comportamento ou de outras co-morbilidades
A QUEM SE DESTINAM AS UEEA
11. Respostas adequadas e continuadas ao longo dos ciclos
Organizar e planear as transições
Preparar o aluno e a família possibilitando:
Momentos de transição gradual
Cooperação e articulação entre os intervenientes envolvidos
Informação clara e antecipatória
PROCESSOS DE TRANSIÇÃO ENTRE CICLOS
12. Competências académicas e sociais que permitam autonomia
Criar condições para enquadrar os jovens no mercado de trabalho
Muito importante:
Planear e organizar
Atender aos interesses pessoais do aluno
Criar condições para que possa descobrir as suas capacidades e
competências
Promover a participação da família
Estabelecer uma rede de parcerias
Assegurar colaboração entre a escola e o futuro local de emprego
PROCESSOS DE TRANSIÇÃO PARA A VIDA
PÓS-ESCOLAR
14. Forma de organizar o espaço
Estruturado de forma clara e bem definida
Compreender a função de cada área
Utilizar de forma autónoma
Delimitação clara das diferentes áreas
Perceber o que se espera dele em cada situação
Diferentes áreas – transição, reunião, aprender, trabalhar, brincar, trabalhar
em grupo, computador
ESTRUTURA FÍSICA
15. PLANTA TIPO DE UMA UEEA
Organização do Espaço
6. Trab. Grupo
1. Área de Transição
4. Trabalhar
5. Brincar 7. Computador
3. Aprender
2. Reunião
16. Local onde se encontram os horários individuais (concretos, fotos, imagens,
palavras) que irão orientar as actividades
Informa ao aluno: “Onde?”, “Quando?” e “O Quê?”
Confere previsibilidade e antecipa alterações de rotina
Noção de sequência temporal
Facilita a compreensão de instruções verbais
Confere autonomia relativamente ao adulto
Área de Transição
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
17. Previne a resistência à mudança
Previne problemas de comportamento
Informação visual depende do nível de funcionamento do aluno
(tridimensional / palavra; imagem / palavra; palavra; check-list)
Aluno dirige-se a esta zona da sala para consultar o seu horário individual
Área de Transição
18. Área de Transição
O horário informa o aluno do
que vai fazer ao longo do dia
19. Espaço de ensino individualizado
Livre de estímulos distractores
Atenção e concentração
Introdução de novas competências e consolidação de aprendizagens
Estratégias demonstrativas, pistas visuais ou verbais, ajudas físicas, reforços
positivos
Interesses dos alunos
Aluno segue plano de trabalho
Símbolos apresentados correspondem aos que estão nas caixas de trabalho
Área de Aprender
21. O aluno retira o primeiro símbolo do plano de trabalho
e, das caixas de trabalho colocadas à sua esquerda,
retira a correspondente ao símbolo que tem na mão,
fixa-o na caixa de trabalho, ficando dois símbolos iguais lado a lado.
O aluno realiza a tarefa, coloca-a dentro da caixa de trabalho e
arruma-a num local que corresponda a “acabado” à sua direita.
Procede de igual modo até terminar o plano de trabalho.
22. Área de trabalho individual e autónomo onde o aluno realiza as tarefas que já
domina
O gabinete de trabalho permite ao aluno…
… focalizar a atenção nos aspectos importantes da tarefa
… autonomizar-se do adulto
Plano de trabalho fornece ao aluno várias informações: quantas actividades
deve fazer, quais, em que sequência
Tarefas organizadas individualmente
Rotinas funcionais - direita / esquerda; cima / baixo – princípio, meio e fim
Área de Trabalhar
24. Área para desenvolver actividades que promovam a comunicação, e a
interacção social
Pode realizar-se em vários momentos do dia
Pode trabalhar-se...
...calendário, tempo, mapa de presenças
...explorar objectos, imagens, sons
...aprender, cantar, mimar canções
...aprender a escolher
...aprender a estar sentado
...relatar experiências
...generalizar aprendizagens conjuntamente
Área de Reunião
26. Área na qual todo o grupo poderá desenvolver actividades em conjunto
Prioriza-se o desenvolvimento de actividades expressivas, jogos de grupo,
entre outras
Todos devem participar desenvolvendo formas de interacção e de partilha
com os seus pares (inclusivé alguns colegas da turma), aprendendo a esperar
e a dar a vez, a escolher e a generalizar aprendizagens
Área de Trabalho de Grupo
28. Local de pausa, descanso, relaxamento, recompensa, aprender a brincar,
trabalhar o jogo simbólico
Promove a escolha e o desenvolvimento de actividades sozinho, com o adulto
e / ou com os pares
Possibilita a reprodução de actividades da vida diária (efectuar compras,
apanhar um meio de transporte)
Actividades e material diversificados (música, livros, sofás, tapetes, almofadas,
e outros)
“Inclusão inversa” onde pares da escola desenvolvem actividades que podem
servir de modelo
Área de Brincar (Lazer)
30. Espaço para o trabalho autónomo, dependente ou em parceria aprendendo a
dar a vez, a esperar e a partilhar
Usado para aprender / consolidar conhecimentos ou para o lazer
As tic podem ser utilizadas para ultrapassar possíveis dificuldades de produção
gráfica, generalização de aprendizagens, de atenção e de motivação
Pode contribuir também para melhorar a coordenação óculo-manual, o acesso
a conceitos, a manifestação de conhecimentos e para a utilização de meios
aumentativos e / ou alternativos de linguagem
Área do Computador
32. Organiza o tempo, facilita a interiorização de conceitos e a
comunicação
Noção de sequência, informando-o das tarefas e actividades que irá
desenvolver ao longo do período representado - prever e antecipar
Minimizar as dificuldades na memorização sequencial de
acontecimentos
Ansiedade e comportamentos desadequados
Flexibilidade e aceitação da alteração da rotina
Capacidade para trabalhar e funcionar com autonomia
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO
Horário Individual
33. Em função de cada aluno
Adaptado a vários níveis de funcionalidade
Dividir o dia em partes
Dar um nome a cada parte
Seleccionar um tipo de horário
Seleccionar a forma do horário
Decidir como usar o horário
COMO CRIAR UM HORÁRIO
34. TIPOS DE HORÁRIO
Objectos reais
Partes de objectos reais
Miniaturas
Fotografias
Imagens desenhadas
Pictogramas
Palavras escritas
COM A PALAVRA
ESCRITA
INDEPENDENTEMENTE
DO NÍVEL FUNCIONAL
DO ALUNO
35. Devem ser de cima para baixo ou da esquerda para a direita
37. O aluno pode cumprir o horário retirando o cartão e levando-o para o local
indicado no mesmo, ou assinala no horário escrito a sequência pela qual
realiza as tarefas ao longo do dia
38. Horários podem ajudar a organizar os acontecimentos diários
Problemas na linguagem
receptiva da criança podem
dificultar a compreensão no que
tem de fazer
41. Indica as tarefas a realizar em determinada área
Em função do perfil e nível de desenvolvimento de cada aluno
De cima / baixo ou esquerda / direita – noção de princípio, meio e fim;
Visualização das tarefas a realizar - o que fazer, quanto fazer, quando
acabar
Fundamental para que o aluno ganhe autonomia relativamente ao
adulto
Plano de Trabalho
43. Plano de trabalho
Ler página 7 do livro de leitura
Copiar o texto da página 12 do livro de leitura
Responder às questões do texto
Fazer o desenho da menina do texto
Posso abanar o fio 2 minutos
Fazer o numero 4 , 5 e 6 do livro de matemática
Hora do recreio
Plano de Trabalho
45. Cartão de Transição
É um objecto ou cartão que orienta o aluno a dirigir-se à área de transição
de forma independente e sem ajudas verbais
No final do plano de trabalho
Entregue pelo adulto
No final do horário há um local onde o aluno coloca o cartão de transição
Cartão com o nome do aluno
Símbolo do horário
Objectos
Outra pista visual adequada ao nível de funcionalidade do aluno
47. Escola de Vide - Sala de Ensino Regular
O ENSINO ESTRUTURADO NAS SALAS DO REGULAR
48. Escola de Vide - Sala de Ensino Regular
O ENSINO ESTRUTURADO NAS SALAS DO REGULAR
49. Escola de Alcobaça - Sala de Ensino Regular
O ENSINO ESTRUTURADO NAS SALAS DO REGULAR
50. Escola do Botulho - Sala de Ensino Regular
O ENSINO ESTRUTURADO NAS SALAS DO REGULAR
51. Escola de Manteigas - Sala de Ensino Regular
O ENSINO ESTRUTURADO NAS SALAS DO REGULAR
52. Relação Entre Défices Específicos e Estratégias
Educativas Propostas pelo Modelo TEACCH
DÉFICES ESTRATÉGIAS
Cognitivos
Atenção
Organização
Generalização
Ensino individualizado 1:1
Estruturação física
Clarificação do objectivo da tarefa
Sequência de actividades
Facilita a generalização
Áreas fortes e interesses
Sensoriais
Inconsistência
Hiper / hipo
sensibilidade
Ensino individualizado 1:1
Suporte visual
Redução de estímulos distractores
53. DÉFICES ESTRATÉGIAS
Comunicacionais
Compreensão/Expressão
Reciprocidade
Interpretação literal
Informação visual
Estimula a generalização
Facilita a linguagem receptiva
Trabalha conceitos em contextos naturais
Comportamentais
Previsibilidade
Medos
Compreensão
Estruturação física
Informação visual
Rotinas e regras explícitas
Redução de estímulos distractores
Sociais
Empatia
Reciprocidade
Contacto visual
Promove a ligação com a comunidade
Adequa os requisitos sociais a cada criança
Estimula actividades da vida diária
54. AVALIAÇÃO DAS UEEA’S
ESTRUTURAÇÃO FÍSICA: Gabinete de trabalho individual; área de trabalho de grupo
ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL: O material é adequado, os índices visuais explicitam
a utilização possível do material e são de acesso fácil para os alunos
HORÁRIOS: Cada aluno utiliza sistematicamente um horário, os horários estão
adaptados ao nível de cada aluno (objectos, pictogramas, palavras …)
PLANO DE ACTIVIDADES: É utilizado por cada aluno, está adaptado ao nível de cada
um (esquerda para a direita, cores, formas, números …)
COMUNICAÇÃO – SOCIALIZAÇÃO: Os sistemas de comunicação não verbais são
utilizados pelos alunos que não têm comunicação verbal e por certos alunos que têm
algumas dificuldades verbais
PLANO EDUCATIVO INDIVIDUAL: Com a colaboração dos pais, tendo em conta a
idade cronológica do aluno, visando as competências gerais e funcionais
55. ARTICULAÇÃO ESCOLA / FAMÍLIA: Elaboração e discussão do PEI, trabalhos para
casa
HORÁRIO DOS TÉCNICOS: É estabelecido em função dos objectivos dos alunos,
indica a cada técnico com que criança vai interagir em cada momento do dia
INTEGRAÇÃO SOCIAL PROFISSIONAL: São propostas aos alunos actividades no
meio circundante, os alunos têm ocasião de participar em certas actividades com os outros
alunos da escola
TRANSIÇÃO PARA A VIDA ADULTA: Está prevista uma reunião de planificação
com a família para prever a vida profissional e residencial do aluno, foi estabelecido
protocolo de articulação a prever a transição
Cotação entre: ok, a melhorar, ausente
PROGRAMAS DE INTERVENÇÃO: Nas actividades quotidianas do aluno na escola,
em casa, em todos os casos possíveis
58. ... É o documento que fixa e fundamenta as respostas
educativas e respectivas formas de avaliação
... Documenta as necessidades educativas especiais
da criança / jovem, baseadas na observação e
avaliação e nas informações complementares
disponibilizadas pelos participantes no processo
O PEI...
59. É aprovado por deliberação do conselho pedagógico e
inclui os dados do processo individual do aluno,
conclusões do relatório de avaliação e as adequações no
processo de ensino e de aprendizagem, com indicação
das metas, das estratégias, recursos humanos e materiais
e formas de actuação
Integra os indicadores de funcionalidade obtidos por
referência à CIF-CJ em termos que permitam identificar o
perfil concreto de funcionalidade: actividade e
participação, factores ambientais, funções do corpo
MODELO DO PEI
60. Deve constar, entre outros:
A identificação do aluno
O resumo da história escolar e outros antecedentes relevantes
A caracterização dos indicadores de funcionalidade e do nível de
aquisições e dificuldades do aluno
Os factores ambientais que funcionam como facilitadores ou como
barreiras à participação e à aprendizagem
Definição das medidas educativas a implementar
Discriminação dos conteúdos, objectivos gerais e específicos a atingir e
das estratégias e recursos humanos e materiais a utilizar
Nível de participação do aluno nas actividades educativas da escola
Distribuição horária das diferentes actividades previstas
Identificação dos técnicos responsáveis
Definição do processo de avaliação da implementação do PEI
A data e assinatura dos participantes na elaboração e dos responsáveis
pelas respostas educativas a aplicar
MODELO DO PEI
61. ELABORAÇÃO DO PEI
Na educação pré-escolar e no 1º ciclo do ensino básico o PEI é
elaborado, conjuntamente, pelo docente do grupo ou turma,
pelo docente de educação especial, pelos encarregados de
educação e, se necessário, pelos serviços de psicologia, sendo
submetido à aprovação do conselho pedagógico e homologado
pelo conselho executivo
Nos 2º e 3º ciclos e em todas as modalidades não sujeitas a
monodocência, o PEI é elaborado pelo director de turma, pelo
docente de educação especial, pelos encarregados de educação
e, se necessário, pelos serviços de psicologia, sendo submetido à
aprovação do conselho pedagógico e homologado pelo conselho
executivo
62. COORDENAÇÃO DO PEI
O coordenador do PEI é o educador de infância, o professor do
1º ciclo ou o director de turma, a quem esteja atribuído o grupo
ou turma que o aluno integra
A aplicação do PEI necessita de autorização expressa do
encarregado de educação, excepto quando os pais ou
encarregados de educação não exerçam o seu direito de
participação
63. PRAZOS DE APLICAÇÃO DO PEI
A elaboração do PEI deve decorrer no prazo máximo
de 60 dias após a referenciação dos alunos com nee de
carácter prolongado
É o único documento válido para efeitos de
distribuição de serviço docente e não docente e
constituição de turmas
64. ACOMPANHAMENTO DO PEI
Deve ser revisto a qualquer momento e, obrigatoriamente, no
final de cada nível de educação e ensino e no fim de cada ciclo
do ensino básico
A avaliação da implementação das medidas educativas deve
assumir carácter de continuidade, sendo obrigatória pelo menos
em cada um dos momentos de avaliação sumativa interna da
escola
Deve ser elaborado um relatório no final de cada ano lectivo,
expressando os resultados obtidos pelo aluno com a aplicação
das medidas estabelecidas
65. O relatório anterior deverá ser elaborado conjuntamente pelo
educador de infância, professor do 1º ciclo ou director de turma
pelo docente de educação especial, pelo psicólogo e pelos
técnicos que acompanham o processo educativo do aluno e
aprovado pelo conselho pedagógico e pelo encarregado de
educação
O relatório deverá explicitar a necessidade de o aluno
continuar a beneficiar de adequações no processo de ensino e
de aprendizagem e propor alterações necessárias
ACOMPANHAMENTO DO PEI
66. MEDIDAS EDUCATIVAS
Adequação do Processo de Ensino e de Aprendizagem
Integra medidas educativas que visam promover a
aprendizagem e a participação dos alunos com nee de
carácter permanente
Apoio pedagógico personalizado
Adequações curriculares individuais
Adequações no processo de matrícula
Adequações no processo de avaliação
Currículo específico individual
Tecnologias de apoio
67. Reforço das estratégias utilizadas no grupo ou turma aos
níveis da organização, espaço e actividades
O estímulo e reforço das competências e aptidões envolvidas
na aprendizagem
A antecipação e o reforço da aprendizagem de conteúdos
leccionados no seio do grupo ou da turma
O reforço e desenvolvimento de competências específicas
APOIO PEDAGÓGICO PERSONALIZADO
68. Têm como padrão o currículo comum respeitando
orientações curriculares, não pondo em causa a
aquisição das competências terminais de ciclo e as
competências essenciais das disciplinas
Podem consistir na introdução de áreas curriculares
específicas e de objectivos e conteúdos intermédios
ADEQUAÇÕES CURRICULARES INDIVIDUAIS
69. Crianças e jovens com neecp gozam de condições especiais de
matrícula, podendo frequentar o JI ou escola
independentemente da sua área de residência
Podem beneficiar do adiamento da matrícula no 1º ano de
escolaridade obrigatória, por um ano, não renovável
Nos 2º e 3º ciclos pode efectuar-se a matrícula por disciplina
As crianças e jovens com pea podem matricular-se e
frequentar escolas com ueea independentemente da sua área
de residência
ADEQUAÇÕES NO PROCESSO DE MATRÍCULA
70. Podem ser: alterações no tipo de provas, dos
instrumentos de avaliação e certificação e nas
condições de avaliação
ADEQUAÇÕES NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO
71. Substitui as competências definidas para cada nível
de educação e ensino propondo alterações
significativas no currículo comum
Introdução, substituição ou eliminação de objectivos
e conteúdos
Conteúdos conducentes à autonomia pessoal e social
do aluno e dá prioridade ao desenvolvimento de
actividades funcionais centradas nas actividades da
vida diária
CURRÍCULO ESPECÍFICO INDIVIDUAL
72. Dispositivos facilitadores que se destinam a melhorar
a funcionalidade e a reduzir a incapacidade do aluno
TECNOLOGIAS DE APOIO
73. PLANO INDIVIDUAL DE TRANSIÇÃO
PIT
Sempre que o aluno apresente nee de carácter
permanente que o impeçam de adquirir as
aprendizagens e competências definidas no currículo, a
escola deve complementar o PEI com um PIT destinado
a promover a transição para a vida pós-escolar
74. Permite avaliar o comportamento e as competências escolares e pré-
escolares
Especialmente adequado para crianças até aos 7 anos de idade
7 áreas do desenvolvimento: Imitação, Percepção, Motricidade Fina,
Motricidade Global, Coordenação Óculo-Manual, Desempenho Cognitivo e
Cognição Verbal
Determinar as Áreas Fortes e as Áreas Fracas do aluno
Permite também o estabelecimento das competências emergentes em
cada uma das áreas avaliadas
PEP-R
Perfil Psico Educativo - Revisto
75. Escala de comportamento que permite a identificação
de comportamentos característicos do autismo
Fornece informações sobre o grau de desorganização e
de desvio dos comportamentos presentes na criança,
localiza os domínios precisos nos quais esses
comportamentos se manifestam
Avalia 4 grandes áreas: Relações e Afecto, Jogo e
Interacção com o material, Respostas Sensoriais e
Linguagem
PEP-R
Perfil Psico Educativo - Revisto
76. ITEM EMERGÊNCIAS FALHAS
IMITAÇÃO
Imita o som dos animais
Joga às escondidas
Imita com objectos sonoros
Imita movimentos globais
Repete dígitos
PERCEPÇÃO Revela interesse no livro da linguagem
MOT. FINA Faz uma taça com plasticina Toca com o polegar nos outros dedos em
sequência
MOT. GLOBAL Chuta a bola
Atira a bola
Apanha a bola
COM Copia um triângulo
Pinta dentro dos limites
Copia 7 letras
Copia um losango
DC
Aponta partes do corpo num boneco e em si
mesmo
Identifica formas geométricas
Identifica cores
Identifica letras
Escreve o seu nome
Reconhece imagens
Tem noção de quantidade
Identifica tamanhos (grande e pequeno)
Mima a função de objectos
Demonstra a função dos objectos
Lê e segue ordens
CV
Nomeia formas geométricas
Nomeia cores
Pede ajuda
Nomeia letras e objectos
Repete frases curtas e simples
Utiliza o plural
Utiliza pronomes
Nomeia grande e pequeno
Identificação (nome e género)
Resolve problemas na 2ª pessoa
Lê (palavras curtas, com alguns erros, 1 frase,
com compreensão)
77. ITEM ADEQUADO LIGEIRO
RELAÇÃO
Reacção ao medo Contacto visual
Cooperação
Tolerância a interrupções
Motivação pelos reforços
sociais
MATERIAIS
Motivação por
recompensas concretas
Exploração do ambiente
Exame do material
Capacidade de atenção
SENSORIAL
Sensibilidade visual e
auditiva
Interesse gustativo
Interesse pelas texturas
Interesse olfactivo
Gestos estereotipados
LINGUAGEM
Tagarelice /
balbuciação
Utilização das palavras
Inteligibilidade das
palavras
Entoação e inflexão
Ecolália imediata e
diferida
Utilização dos pronomes
78. ÁREA COGNITIVA
COMPETÊNCIAS GERAIS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
AVALIAÇÃO
ESTRATÉGIAS
Adquirido Emergent
e
Não
Adquirido
Aumentar o período de
atenção/concentração
Fica atento durante
5 minutos a:
Ouvir ler uma história em grupo Disponibilizar
símbolos do /
Boardmaker
Disponibilizar
materiais
didácticos
Disponibilizar
material visual
e com imagens
Disponibilizar
jogos
didácticos no
computador
Estimular a
memória
visual
Implicar nas
rotinas de sala
de TEACCH e
da sala de aula
Implicar nos
trabalhos de
grupo
Rever
constantemen
te conceitos
anteriormente
trabalhados
Ouvir ler uma história individualmente
Cantar canções
Realizar uma actividade em grupo
Fica sentado à mesa durante a realização de uma actividade
de grupo
Fica sentado à mesa durante a realização de uma actividade
individual
Executa uma tarefa sem interrupções
Diminui o tempo de execução de uma tarefa
Inicia, desenvolve e conclui uma tarefa sem interferência do
adulto
Estabelece contacto visual por um período de 5 segundos
79. ÁREA DA SOCIALIZAÇÃO / COMPORTAMENTO
COMPETÊNCIAS GERAIS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
AVALIAÇÃO
ESTRATÉGIAS
S QS ÀSV R N
Desenvolver competências
sociais
Diz palavras de saudação e
cortesia
Bom dia / boa tarde Dar objectos/
materiais
preferidos a outro,
de forma a que a
criança tenha de
os solicitar
Chamar a atenção
para os colegas,
quer em situações
de maior
espontaneidade
(ex: olha, o colega
cortou o cabelo),
quer em contexto
mais estruturado
(ex: vamos ouvir o
colega cantar)
Disponibilizar
currículos visuais e
rotinas de “como
fazer”, permitindo
à criança maior
organização na
manipulação de
materiais
Até amanhã
Olá
Obrigado
Desculpe
Por favor
Outras
Controla-se numa situação de espera
80. ÁREA DA AUTONOMIA
COMPETÊNCIAS GERAIS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
AVALIAÇÃO
ESTRATÉGIAS
NÃO
AF AV PV SA
Desenvolver competências
ao nível da higiene pessoal.
Lava e limpa as mãos Disponibilizar
símbolos do /
Boardmaker –
Currículos
Funcionais
Lava e limpa a cara
Lava as mãos depois de utilizar o W.C.
Lava as mãos antes da refeição
Vai à casa de banho sozinho
Utiliza o W.C. limpando-se e puxando o autoclismo
Assoa-se
Puxa pelo lenço
Coloca-o no nariz
Faz força
Limpa o nariz
Guarda o lenço
81. ÁREA DA IMITAÇÃO
COMPETÊNCIAS GERAIS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
AVALIAÇÃO
ESTRATÉGIAS
Adquirido Emergent
e
Não
Adquiri
do
Desenvolver pré-requisitos da comunicação
social
Adequa a atenção partilhada Trabalhar a
partilha e
utilização de
gestos
Solicitar ao
aluno para
apontar
Adequa o apontar
Partilha gestos sociais
Desenvolver capacidades de imitação
Imita sequências de ritmos
Imita acções com objectos
Imita movimentos de motricidade global
Imita posições
Imita o som de animais
Imita sons do quotidiano
Desenvolver capacidades de manipulação
de objectos e materiais por imitação /
demonstração
Manipula um caleidoscópio por imitação
82. ÁREA DA PERCEPÇÃO
COMPETÊNCIAS GERAIS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
AVALIAÇÃO
ESTRATÉGIAS
Adquirid
o
Emergen
te
Não
Adquiri
do
Desenvolver competências de percepção
e integração sensorial
Detecta e orienta-se para uma fonte
sonora (sino, matraca, apito…)
Disponibilizar
material vário
Fazer jogos de
sons
Desenvolver
actividades e
música e canto
Diminui o tempo de resposta a sons
83. ÁREA MOTORA – MOTRICIDADE GLOBAL E FINA
COMPETÊNCIAS GERAIS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
AVALIAÇÃO
ESTRATÉGIAS
Adquirid
o
Emergen
te
Não
Adquiri
do
Desenvolver o equilíbrio estático
Mantém o equilíbrio, quando parado, de
olhos fechados a pés juntos
Executar
sessões de
movimento ao
ar livre e no
recinto
polivalente
Manipular
bolas com as
duas mãos
Utilizar
diversos
materiais nos
jogos de
movimento
Fazer jogos de
passagem de
bolas com as
mãos e com os
pés
Mantém o equilíbrio, quando parado, de
olhos fechados sobre um pé
Desenvolver o equilíbrio dinâmico
Anda sobre uma trave (banco sueco)
para a frente
Anda sobre uma trave (banco sueco)
para trás
Anda com os olhos fechados para trás
Rola o corpo de forma controlada
Corre em espaço delimitado sem choca
com os colegas
Corre contornando obstáculos
Desenvolver a coordenação de
movimentos amplos implicando força e
direcção
Chuta uma bola parada
Chuta uma bola em movimento
Chuta a bola para um alvo
Atira a bola com a mão para um alvo
Apanha uma bola com as duas mãos
Enfia, atirando, argolas numa estaca
84. ÁREA ACADÉMICA – LEITURA/ESCRITA
COMPETÊNCIAS GERAIS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
AVALIAÇÃO
ESTRATÉGIAS
Adquirido Emergente Não
Adquirido
Adquirir competências
necessárias à leitura
desenvolvendo
mecanismos de
descodificação e
extracção de significado
do material escrito
Reconhece o nome dos colegas
Disponibilizar
símbolos do /
Boardmaker
Disponibilizar
outros materiais
didácticos
Disponibilizar
muito material
visual e com
imagens
Disponibilizar
jogos didácticos
no computador
Estimular a
memória visual
Implicar nas
rotinas de sala
de aula e de
escola
Associa palavras a imagens
Lê frases associando as palavras às suas
imagens
Ordena frases associando as palavras à imagem
Faz a divisão silábica de palavras
Lê frases simples sem associação a imagens
Ordena frases simples sem associação a
imagens
Lê textos simples
Lê com compreensão
Responde a perguntas
orais sobre o lido como:
Quem é?
O que é?
Quem são?
O que são?
De quem é?
Onde está?
Onde foi?
Para que serve?
Outras: Como te
chamas?
Quantos anos tens?
Onde moras?
85. ÁREA DA COMUNICAÇÃO/LINGUAGEM
COMPETÊNCIAS GERAIS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
AVALIAÇÃO
ESTRATÉGIAS
Adquirid
o
Emergen
te
Não
Adquiri
do
Aumentar o léxico activo e passivo. Atribui rótulos
lexicais a entidades
Cores Disponibiliz
ar símbolos
do /
Boardmake
r
Disponibiliz
ar outro
material
didáctico
Disponibiliz
ar jogos
didácticos
no
computado
r
Números
Letras
Objectos de uso corrente
Animais
Alimentos
Partes do corpo
Peças de vestuário
Transportes
Mobiliário referente às diversas
partes da casa/escola
Meses do ano
Dias da semana
Estações do ano
Zonas comerciais
Dados pessoais
Adjectivos
Outras entidades
86. ÁREA ACADÉMICA - MATEMÁTICA
COMPETÊNCIAS GERAIS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
AVALIAÇÃO
ESTRATÉGIAS
Adquirido Emergente Não
Adquirido
Desenvolver o raciocínio lógico, o
cálculo mental e a capacidade de
resolver problemas
Adquirir competências, conceitos
e noções matemáticas
Identifica os números até … Disponibilizar símbolos
do / Boardmaker
Disponibilizar materiais
didácticos
Disponibilizar material
visual e com imagens
Disponibilizar jogos
didácticos no
computador
Disponibilizar um relógio
digital
Disponibilizar
reproduções de notas e
moedas
Estimular a memória
visual
Implicar nas rotinas de
sala de aula
Implicar nos trabalhos
de grupo
Rever constantemente
conceitos anteriormente
trabalhados
Dividir as tarefas mais
complexas em tarefas
mais pequenas
Nomeia os números até …
Faz contagem progressiva até 500
Ordena os números até 500
Escreve os números até 500
Identifica os números até …
Nomeia os números até …
Faz contagem progressiva até …
Ordena os números até …
Escreve os números até …
Escreve os números que vêm antes e
depois de um número dado
Faz contagem decrescente de 20 a 0
Efectua o algoritmo da adição sem
transporte sem concretização
Efectua o algoritmo da subtracção
simples sem concretização
Decompõe números
Preenche lacunas (4 + ___ = 10)
Escreve números por extenso
Escreve números de:
2 em 2
3 em 3
4 em 4
5 em 5
10 em 10
Identifica a dezena
Identifica as moedas de uso corrente
Identifica as notas de uso corrente