O documento fornece informações sobre a Síndrome de Down e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Resume as principais características de cada condição, estratégias de aprendizagem e inclusão, e orientações para professores.
Síndrome de Down e TDAH: orientações para inclusão
1. PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
SÍNDROME DE DOWN
João Pessoa
2012
2. O QUE É?
É um distúrbio genético causado pela presença de um
cromossomo 21 extra total ou parcialmente.
3. CARACTERÍSTICAS
Hipotonia Muscular;
Prega palmar transversal única;
Cardiopatia;
Retardo intelectual ;
Problemas de visão ( miopia, astigmatismo e estrabismo);
Problemas na audição( otites)
Atraso no processo de desenvolvimento da linguagem.
4. APRENDIZAGEM
O aluno com Síndrome de Down pode apresentar:
Dificuldade com a consolidação e retenção de
conteúdo;
Capacidade de concentração mais curta;
Dificuldade com generalizações, pensamento abstrato e
raciocínio;
Dificuldade em seguir sequências:
Dificuldade para adaptar-se a situações novas.
5. PARA INCLUIR UM ALUNO COM SD É
PRECISO...
• Sensibilidade e atitude positiva
• “Ser acolhedor”
• Acreditar no potencial do outro
• Entender que a inclusão é não
discriminatória e traz tanto benefícios
acadêmicos quanto sociais
6. FATORES QUE FACILITAM O APRENDIZADO
Oficinas, alternar os trabalhos individuais com os
coletivos;
Trabalhar de maneira especializada em cada uma
destas áreas: percepção, atenção, memória,
psicomotricidade e raciocínio lógico matemático;
Desenvolver as habilidades de aprender e usar gestos e
apoio visual;
Desenvolver as habilidades de aprender e usar a
palavra escrita.
Aprendizado com currículo prático e material com
atividades de manipulação
7. ESTRATÉGIAS
VISÃO
Coloque o aluno mais à frente;
Escreva com letras maiores;
Faça apresentações simples e claras;
AUDIÇÃO
Coloque o aluno mais à frente;
Fale diretamente ao aluno;
Reforce o discurso com expressões faciais, sinais ou gestos;
Reforce o discurso com material de apoio visual: figuras, fotos, objetos;
Escreva novo vocabulário no quadro;
Quando outros alunos responderem, repita suas respostas alto;
Diga de outra forma ou repita palavras e frases que possam ter sido mal-
entendidas;
8. COORDENAÇÃO MOTORA FINA E GLOBAL
Oferecer exercícios extras, orientação e encorajamento
(as habilidades motoras melhoram com a prática);
Oferecer atividades para o fortalecimento do pulso e
dedos ( alinhavar, seguir traçados com o lápis,
desenhar, separar, cortar, apertar, construir);
Propor atividades significativas e prazerosas.
9. ESTRATÉGIAS PARA A HORA DE
BRINCAR...
• Encoraje o aprendizado cooperativo em trabalho com
um parceiro ou num grupo pequeno;
• Se achar adequado, promova uma alternância de
amigos ou um sistema de colega de apoio para ajudar
na inclusão;
• Encoraje a participação do aluno em atividades extra-
curriculares com os colegas da escola (clubes de livro,
esportes, etc);
• Promova o entendimento através de teatro, livros,
figuras ou na hora da rodinha.
10. COMO ESTIMULAR O DESENVOLVIMENTO DA
LINGUAGEM
• Procure esperar, observar e ouvir o que a criança tem a
manifestar, seja através de gestos, olhares ou
vocalizações;
• Não atuar de maneira diretiva controladora, dando
sempre oportunidade para a criança manifestar seus
desejos, interesses e necessidades;
11. COMO ESTIMULAR O DESENVOLVIMENTO DA
LINGUAGEM
• Forneça oportunidades que possam favorecer a
comunicação e saiba aguardar a resposta da criança
• Quando apresentar para a criança objetos, animais ou
situações novas, deve-se nomeá-los, favorecendo o
aumento da capacidade de compreender;
12. COMO ESTIMULAR O DESENVOLVIMENTO DA
LINGUAGEM
• Propicie à criança experiências com diversos objetos do
seu cotidiano, deixando que cheire o sabonete, o
perfume, o shampoo, quando estiver utilizando-os.
Pode-se também explorar outros sentidos como: paladar
( com alimentos de diferentes sabores: doces,
salgados, azedos, amargos), tato (por meio de
manipulação dos objetos), olfato (cheiro) e visão
(objetos coloridos);
13. O QUE DEVE SER EVITADO
• Falar em excesso sem dar tempo para a criança
responder ou tomar iniciativa;
• Ficar testando a capacidade da criança com perguntas e
ordens;
• Superprotegê-la. Respeitar a capacidade e as iniciativas
da criança e confiar no seu potencial de explorar o
mundo;
• Fazer tudo que a criança pede, não dando limites a ela.
14. O papel do cuidador ou professor de
apoio
• Aumentar o acesso ao currículo e ao
desenvolvimento do aprendizado;
• Garantir que a criança aprenda novas
habilidades;
• Ajudar a desenvolver a independência;
• Ajudar a desenvolver habilidades sociais,
amizades e comportamento apropriado para a
idade.
16. O QUE É O TDAH?
Um transtorno neurobiológico, de causas provavelmente
genéticas, que aparece na infância e freqüentemente
acompanha o indivíduo por toda a sua vida.
17. Na maioria dos casos não se observa evidências de
amplas lesões estruturais ou doenças no sistema
nervoso central.
18. CARACTERÍSTICAS
- O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois
tipos de sintomas:
Desatenção;
Hiperatividade-impulsividade.
19. CARACTERÍSTICAS
Dificuldades na escola e no relacionamento com as demais
crianças, pais e professores;
As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua"
e geralmente "estabanadas“ (isto é, não param quietas por muito
tempo);
Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e
impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos;
Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais
problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com
regras e limites.
20. CARACTERÍSTICAS
Podem não prestar muita atenção a detalhes ou podem cometer
erros por falta de cuidados nos trabalhos escolares ou outras
tarefas
O trabalho frequentemente é confuso e realizado sem
meticulosidade nem consideração adequada
Com frequência têm dificuldade para manter a atenção em tarefas
ou atividades lúdicas e consideram difícil persistir em tarefas até
seu término.
As tarefas que exigem um esforço mental constante são
vivenciadas como desagradáveis e acentuadamente aversivas.
Os hábitos de trabalho freqüentemente são desorganizados e os
materiais necessários para a realização da tarefa com freqüência
são espalhados, perdidos ou manuseados com descuido e
danificados.
21. TDAH E ESCOLA
- Qual a dificuldade mais importante do aluno?
- O que mais atrapalha no desempenho escolar daquele
aluno?
22. TDAH E ESCOLA
- Responder essas perguntas, o professor cria melhores
condições para traçar as estratégias que aplicará em
sala de aula;
- Quando se conhece aquilo que de fato tem atrapalhado
o bom desempenho de um determinado aluno fica mais
fácil pensar em soluções viáveis e eficazes.
23. TDAH E ESCOLA
• O segundo passo importante é saber distinguir o que a
criança com TDAH é capaz de fazer do que ela não é
(principalmente ao lidar com comportamentos
disruptivos) e assim não criar expectativas irreais.
24. TDAH E ESCOLA
• Talvez essa seja uma das partes mais difíceis, mas não
desanime, observar o aluno e estudar sobre o TDAH
são as melhores formas de se preparar para fazer essa
distinção sobre o que é sintoma e/ou consequência do
transtorno daquilo que não é. Nesse sentido, cuidado
para não repreender o tempo todo: sintomas
primários NÃO podem ser punidos!
25. TDAH E ESCOLA
• Recompensar progressos sucessivos ao invés de
esperar pelo comportamento perfeito!
• Independente de ser uma criança com TDAH, essa dica
deve valer para todos e para todo processo de mudança
importante;
• Para o aluno com TDAH é ainda mais válido porque os
portadores tem mais dificuldade em lidar com
recompensas a longo prazo.
26. ORIENTAÇÕES
• Não deixar flutuações de humor ou cansaço interferirem
no trabalho de inclusão e agir da mesma forma mesmo
quando as situações se modificam. Na implementação
das estratégias de sala de aula o papel do professor é
de extrema importância, é quase imensurável a
diferença que um professor informado e motivado
corretamente pode fazer para seus alunos!!!
27. ORIENTAÇÕES
• Recursos que podem e dever usados para as alunos
com TDAH.
- Lembretes em agendas e/ou cadernos;
- Listas de tarefas;
- Anotações em provas e trabalhos;
-Quadro de Avisos e cronogramas, servindo como
ferramentas organizadoras de horários e datas
importantes.
28. ORIENTAÇÕES
• Conversar com a criança e seus pais sobre o método
mais fácil de estudo em casa. Isso facilita muito a vida
desses. Proponha aos pais alguns “experimentos” de
formas de estudos diferentes até que seja encontrada a
mais adequada para aquele aluno, contanto que inclua
uma programação de estudo com intervalos e assim não
acumular matéria;
29. ORIENTAÇÕES
• Ambientes com muitos distratores / estímulos externos
devem ser evitados. Uma sala de aula deve conter
apenas elementos necessários para a situação de aula
daquele momento. Murais com muitas informações
ficam melhor colocados nos corredores por exemplo.
Músicas ou barulhos externos com frequência também
devem ser evitados;
30. ORIENTAÇÕES
• Uma boa forma de envolver todos os alunos e
principalmente os alunos com TDAH é solicitar que um
aluno repita a instrução que você acabou de dar para a
realização de uma determinada tarefa (alternância entre
os alunos / aumenta a atenção de toda a turma);
• Atividades que exijam maior integridade da atenção
sustentada devem ser feitas preferencialmente no início
da aula;
31. ORIENTAÇÕES
• Conscientizar os alunos com TDAH do tipo de prejuízo
que o comportamento impulsivo pode trazer tanto para
ele quanto para o grupo;
• Os portadores precisam se dar conta de que interromper
a fala da professora ou o andamento das atividades
pode ser altamente improdutivo para ele e para o grupo.
Isso deve ser feito individualmente e de forma que não
culpe o aluno. Apenas sirva como uma conversa
esclarecedora.