Slides utilizados para a partilha sobre alunos autistas na escola realizada no Agrupamento de Escolas de Telheiras - Escola secundária Vergilio Ferreira e Centro de formação Medeiros Ferreira.
2. O autismo é entendido como uma deficiência
intelectual e cognitiva ou como um distúrbio
emocional, mas raramente como uma diferença
neurológica. Assim as respostas e apoios
tendem a basear-se no paradigma clinico o que é
totalmente inadequado para apoiar as pessoas
autistas.
(Autistic Minority Internacional – Relatório apresentado no 15.ª sessãpo do Comité dos direitos das Pessoas com Deficiência, 2016)
3. É uma perturbação do desenvolvimento que
afeta a forma como uma pessoa perceciona o
meio ambiente e comunica.
Algumas vezes a forma como percecionam as
interações sociais e processam a informação
é um desafio para os diversos profissionais e
para a própria pessoa.
(Center on Secondary Education for Students with Spectrum Disorders e Organization for Autism Research)
4. diagnósticos clínicos e
possíveis categorizações
avaliação das
aprendizagens
avaliação para as
aprendizagens
DESCRIÇÃO DE COMPORTAMENTOS /
ESTILOS DE APRENDIZAGEM
(quem / como / quando / porquê)
6. Observam-se com frequência associadas
caracteristicas aparentemente contraditórias.
Desarmonias desenvolvimentais e
funcionais tendem a ser a norma e não a
exceção. Podem por exemplo coexistir
capacidades morfosintáticas excecionais
com graves fragilidades pragmáticas
(Rivière, 2001)
7. Que relações funcionais entre os
comportamentos manifestados e as contigências
do meio (por exemplo em que situações se
produzem as “birras” e que consequências têm).
Quais as oportunidades reais de interação e
aprendizagem.
Qual a perceção da aluno por parte dos que o
rodeiam e os níveis de ansiedade, assimilação,
sentimento de impotência, frustração e satisfação
na relação.
(Rivière, 2001)
11. Para trabalhar competências sociais é essencial
que o aluno tenha a oportunidade de participar
e interagir numa diversidade de ambientes naturais.
Só assim o aluno poderá ter modelos, pistas e
estímulos naturais bem como dispor de reforços
também naturais e funcionais.
(Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
12. É importante a planificação do ensino explicito
de competências e compreensão de situações
sociais. Um bom método é a o recurso a histórias
/ textos que impliquem situações sociais, role
play, etc..
(Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
13. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
Pode ser necessário recorrer ao ensino
estruturado para desenvolver o “jogo”
comunicativa e de interação. O vocabulário
deve ser adequado à compreensão e idade do
aluno e deve utilizar-se uma linguagem clara,
simples e consisa.
14. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
Muitos alunos autistas têm dificuldade ao nível
da pragmática, ou seja a interpretação e o uso da
linguagem em situações sociais. Mesmo os
alunos que apresentam um bom vocabulário e
parecem dominar a linguagem podem ter uma
compreensão restrita dos diálogos sociais.
15. No desenvolvimento de competências de
comunicação e de interação o foco deve ser
colocado nos ambientes naturais onde o
aluno verdadeiramente comunica e/ou
queremos que venha a comunicar.
(Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
16. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
É importante utilizar pistas visuais, imagens
e/ou pistas visuais do contexto para ajudar a
manutenção da atenção no ato de
comunicação e interação.
17. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
Pode ser necessário falar mais devagar ou
fazer pausas entre as palavras para enfatizar
as nuances da mensagem e dar tempo para
que o aluno processe a informação.
18. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
Deve introduzir-se novo vocabulário com base
numa diversidade de contextos de modo a que
o aluno possa generalizar competências de
comunicação e interação.
19. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
Com os alunos com comportamentos verbais
restritos deve acentuar-se a comunicação não
verbal.
20. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
A ecolalia que alguns alunos apresentam
pode ser utilizada como ponto de partida para
a interiorização de regras linguísticas e
aprendizagem de modelos de linguagem mais
adequados.
21. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
Alguns alunos necessitam de utilizar
sistemas de comunicação aumentativa.
22. Muitos dos comportamentos observados
como inadequados podem decorrer de fatores
como a hiper ou hipo sensibilidade a
estímulos, dificuldade em compreender
situações sociais, mudanças de rotina e
stress.
(Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
25. 1. identificar o comportamento do problema
2. identificar a função do comportamento e fatores contribuintes
3. identificar um comportamento alternativo
4. desenvolvimento de estratégias para mudança de comportamento
• adaptações ambientais
• estratégias de programa positivo
• estratégias reativas
5. desenvolvimento do plano de intervenção de comportamentos
6. avaliar o plano de intervenção de comportamentos
26. Desenvolver processos de
autogestão de comportamentos.
ensinar o aluno a monitorizar
o comportamento.
disponibilizar ao aluno reforços que
possa associar ao comportamento
Definir comportamento
Identificar reforços
Planificar o tipo de auto monotorização
Ensinar o aluno a recorrer ao dispositivo
REDUÇÃO
GRADUAL
DE AVISOS
IDENPENDÊNCIA
AUTONOMIA
28. Recorrer a ambientes de ensino e
aprendizagem estruturados e previsíveis não
deve ser confundido com abordagens
eminentemente comportamentalistas e
autoritárias.
(Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
29. Os ambientes de ensino e aprendizagem devem ser
estruturados de modo a fornecerem consistência e
clareza, de modo a que os alunos saibam os locais
dos materiais, os tempos das rotinas e o que os
espera em cada uma das tarefas específicas, muitas
vezes os alunos necessitam de estratégias de
antecipação.
(Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
30. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
É importante recorrer a métodos de ensino que
recorram a pistas visuais e fornecer agendas
diárias / listas de tarefas, bem como utilizar
atividades diversificadas para reduzir o stress e
evitar comportamentos considerados
inadequados.
31.
32. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
As tarefas e atividades que possam gerar
frustração devem ser acompanhadas com maior
atenção. Assim, como se deve ter em atenção os
fatores sensoriais e inerentes ruídos (auditivos,
visuais, táteis, vestibulares, etc.) que possam
consistir uma sobrecarga sensorial para o aluno.
33. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
Pode haver a necessidade de utilizar
estratégias de time out e recorrer a ambientes
de relaxamento /um porto de abrigo) para
prevenir / antecipar o aparecimento de
comportamentos desadequados, o aluno
relaxar e baixar os níveis de stress.
34. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
As novas atividades e tarefas devem ser
apresentadas em contextos familiares ou então
fazer antecipações, com recurso a fotos, filmes,
relatos sociais, etc., de modo a preparar o
aluno para as especificidades do novo
contexto.
35. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
Recorrer a estratégias e materiais que ajudem
à organização e aprendizagem de novos
conceitos, tarefas, atividades e
comportamentos. Utilizar informação restrita e
significativa com base em imagens, palavras
chave, esquemas, setas, etc..
36. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
É importante elogiar o aluno de forma clara e
reforçar o que faz bem, fazendo sobressair os
comportamentos e desempenhos adequados.
Os reforços devem ser significativos e
motivadores.
37. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
Para o desenvolvimento das atividades e
tarefas o material deve ser adequado à idade e
deve evitar-se longas “cadeias” de informação
verbal. Sempre que possível deve possibilitar-
se oportunidades de escolha e decisão.
38. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
Facilitar a tutoria de pares que apresentem
comportamentos / atitudes adequados e
facilitadores em “contratos” significativos e
baseados em dinâmicas relacionadas com os
contextos naturais.
39. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
Incentivar comportamentos de independência
e autonomia e desenvolver comportamentos
pró-ativos de resolução de problemas para
reduzir as probabilidades do aluno apresentar
comportamentos de dependência.
40. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
Equacionar planos de transição que nos
orientem no desenvolvimento de estratégias
de preparação do aluno para as mudanças.
42. (Teaching Students with Autism: A Guide for Educators, Saskatchewan Education, s/d)
Ter em atenção áreas de exceção e interesse,
equacionar oportunidades do desenvolvimento
de conhecimentos mais específicos nessas
áreas.
43. A única forma de o autismo ser
modificado é pela interação com
a vida e pelo uso mais espontâneo
das suas próprias capacidades
inatas.
Tustin (1990)