[1] O documento resume as aplicações do PET/CT com FDG-18F no estadiamento e prognóstico de câncer de pulmão, esôfago e reto. [2] A captação de FDG varia de acordo com o tipo histológico do câncer de pulmão e pode prever a agressividade do tumor. [3] O PET/CT fornece informações prognósticas valiosas nesses tumores, como a intensidade de captação de FDG e estágio, e pode guiar a terapia.
29 preservação de órgão em câncer de bexiga a favor de radio qt
11 petct no câncer de pulmão, esôfago e reto
1. 1° Fórum Goiano de Oncologia
PET/CT no Câncer de Pulmão,
Esôfago e Reto
Goiania - 01/09/2012
Marcus V. Grigolon
2. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• Captação de FDG-18F varia conforme
tipo histológico
• Quanto mais indiferenciado ou
agressivo, maior será a intensidade
de captação
3. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
Tipos de
Adenocarcinomas
BAC = bronquíolo-alveolar
Well = bem diferenciado
Mod. = diferenciação
moderada
Poorly = pouco
diferenciado
[Modificado de Higasi K et al., Ann
Nucl Med 2003; 17: 1-14]
4. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
SUV x Tipo Histológico
Aquino SL et al. Int J Mol Med 2007; 19(3):495-9
5. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• Intensidade de captação também
pode predizer velocidade de
crescimento
• 55 pacientes estadio I
• Relação significativa entre SUV e DT
(p < 0,05)
Tann M et al. Clin Radiol 2008; 63(8):856-63
6. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• Informação prognóstica
• Quanto maior intensidade de
captação, pior prognóstico
• Maior chance de metástases
7. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
Carcinoma de Não
Pequenas Células
(NSCLC)
Sobrevida vs SUV
[Modificado de Higasi K et al., Ann
Nucl Med 2003; 17: 1-14]
8. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• 96 pacientes com NSCLC estadios I e II
ressecados
• SUV maior em estadio II que I (p < 0,04)
Hanin FX et al. Eur J Cardiothorac Surg 2008; 33(5):819-23
9. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• Sobrevida média maior em SUVs
menores (127 x 69 meses, p < 0,001)
• Sobrevida livre de doença também
melhor (96,1 x 87,7 meses, p < 0,01)
Hanin FX et al. Eur J Cardiothorac Surg 2008; 33(5):819-23
10. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• 136 pacientes com NSCLC estadio I
• SUV > 5,5 pré-operatório é preditor
independente para recidiva (p < 0,002) e
morte (p < 0,04)
Goodgame B et al. J Thorac Oncol 2008; 3(2):130-4.
11. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• 107 pacientes com NSCLC T1 (EC IA–IV)
• Aumento significativo na probabilidade de
metástases na apresentação com aumento
de cada ponto de SUV (p < 0,001)
Li M et al. Lung Cancer 2008 Jul 15. [Epub ahead of print]
12. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• Fenômeno Will Rogers
• Mudança de estadio III para IV na era
PET levou a aparente melhora na
sobrevida destes dois grupos
• 12395 pacientes (1994-2004)
Chee KG et al. Arch Intern Med 2008; 168(14):1541-1549
13. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• Fenômeno Will Rogers
• Declínio de 5,4% no número de pacientes
estadio III
• Aumento de 8,4% no número de pacientes
estadio IV
• Aumento no uso do PET de 6,3% para 20,1%
Chee KG et al. Arch Intern Med 2008; 168(14):1541-1549
16. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• Estadiamento mediastinal
• Se não houver metástases à distância (M0), N
define tratamento e prognóstico
• Pode ser não invasivo ou invasivo
17. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• ACCP 2007 (não invasivo)
• Estadiamento mediastinal
• CT – S = 51% E = 85%
• PET – S = 74% E = 85%
Silvestri GA et al. Chest 2007; 132(3 Suppl):178S-201S
18. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• Estadiamento mediastinal
Rigo P et al. Positron Emission Tomography. Clinical Practice. Springer 2006. p. 89-106
19. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• Avaliação mediastinal
• Estudo prospectivo
• 153 pacientes clinicamente N2 negativos
• 136 N0 por PET/CT e CT
– 2,9% N2 por mediastinoscopia
– 3,6% N2 por EUS-FNA
Cerfolio RJ et al. Chest 2006; 130(6):1791-5
20. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• 17 N1 por PET/CT e CT
– 17,6% N2 por mediastinoscopia
– 23,5% N2 por EUS-FNA
• Não recomenda mediastinoscopia ou EUS-FNA se N0
por PET/CT e CT
• Se N1 por PET/CT e CT e/ou tumores de lobos
superiores ou tumores com SUV > 10,0, recomenda
Cerfolio RJ et al. Chest 2006; 130(6):1791-5
21. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• Meta-análise com 10 estudos e 1122 pacientes
• EC1 (T1-2 N0)
• VPN PET/CT: T1 – 94%
T2 – 89%
T1+T2 – 93%
• Tipo histológico e captação FDG no tumor primário >
risco para metástases linfonodais ocultas
Wang et al. Clin Lung Cancer. 2012 Mar;13(2):81-9. Epub 2011 Nov 3
22. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
PET/CT pode auxiliar o estadiamento invasivo:
• Guiar biópsia em pacientes potencialmente
operáveis (II ou IIIa)
• Detectar LNs inacessíveis pela
mediastinoscopia convencional
– 57% são falso-negativas devido a LNs
inacessíveis
23. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
PET/CT pode auxiliar o estadiamento invasivo:
• Indicar outro tipo de procedimento diagnóstico
• Chamberlain (mediastinotomia anterior)
• Videotoracoscopia
• Biópsia transbrônquica
• Biópsia com USG, CT ou EUS-FNA
• Core-needle biopsy
24. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• Guidelines para estadiamento
• ACCP (American College of Chest Physicians)
– CHEST 2007; 132(supl):178-201
• NCCN 2012 (National Comprehensive Cancer
Network) – http://www.nccn.com
25. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• Ambos já colocam o PET-FDG na rotina do
estadiamento do câncer de pulmão
• EC I-IV
• Nível de recomendação alto, com excessão
EC IA
• PET positivo precisa de confirmação
26. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• PET/CT
– Mais acurado que a CT
– Não é perfeito
– Corpo inteiro – metástases a distância
Silvestri GA et al. Chest 2007; 132(3 Suppl):178S-201S
27. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• PET/CT
– Mediastino: mediastinoscopia é padrão
ouro
– Mais sensível e menos específico em
linfonodos grandes
– Menos sensível e mais específico em
linfonodos normais
Silvestri GA et al. Chest 2007; 132(3 Suppl):178S-201S
28. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• PET
– Taxa de detecção de metástase insuspeita
em EC I é de 1 – 8% e em EC II é de 7 – 18%
– Achados positivos devem ser confirmados
por biópsia ou outros métodos
Silvestri GA et al. Chest 2007; 132(3 Suppl):178S-201S
29. PET-FDG-18F em
Câncer de Pulmão
• PET
– Metástases à distância
– Não há necessidade de cintilografia óssea
• PET mais sensível, específico e
acurado*
• Não serve para avaliação cerebral
*Cheran SK et al. Lung Cancer. 2004 Jun;44(3):317-25
36. PET/CT- FDG-18F
EM CÂNCER RETAL
• Indicações:
Detecção de metástases hepáticas e extra-hepáticas no
estadiamento primário
Aumento do CEA sem motivo conhecido (CT e RM negativos)
Lesão indeterminada nas imagens convencionais
Estadiamento pré-operatório antes de remover recidiva
Distinção entre recidiva local e fibrose
Delbeke D, Martin WH. Radiol Clin North Am 2001; 39: 883-17
37. PET/CT- FDG-18F
EM CÂNCER RETAL
• Nao há indicação na rotina do estadiamento
inicial
• NCCN 2012
• Se o estadiamento inicial mostrar lesão
metastática sincrônica potencialmente
ressecável, fazer o PET/CT
38. PET - FDG-18F
EM CÂNCER COLORRETAL
• 43 pacientes com metástases hepáticas potencialmente
ressecáveis
• Lesões adicionais detectadas em 10 pacientes com PET-FDG-
18F
• PET-FDG-18F permitiu seleção melhor dos pacientes para
cirurgia – OS e DFS melhores que grupos semelhantes de
pacientes avaliados somente por métodos convencionais de
imagem
Strasberg SM et al. Ann Surg 2001; 233:293-9.
39. PET - FDG-18F
EM CÂNCER COLORRETAL
• 114 pacientes com câncer colo-retal avançado.
• 42 pacientes com doença ressecável com base na CT.
• PET alterou a terapia em 17 (40%) dos 42 pacientes,
seja por achar doença extra-hepática, envolvimento
bilobar, torácico, ósseo, supra-clavicular ou
linfoadenopatia retroperitoneal.
Desai DC, et al. Ann Surg Oncol 2003; 10:59-64
40. PET - FDG-18F
EM CÂNCER COLORRETAL
• 71 pacientes com câncer colorretal com metástases
hepáticas potencialmente ressecáveis
• PET alterou a terapia em 17 (24%) dos casos
Joyce DL at al. Arch Surg 2006 Dec;141(12):1220-6
41.
42.
43.
44. Câncer de Esôfago
• Esôfago: a maioria dos tumores são carcinomas
epidermóides
• TEG: adenocarcinomas
• Tumores com alta captação de FDG-18F
• NCCN 2012: PET/CT indicado na avaliação inicial
45. Câncer de Esôfago
• Estudo prospectivo com 74 pacientes
• 43 – Esôfago, 31 – TEG
• PET melhora a detecção de EC IV (82% x 64%)
• Melhora a especificidade no estadiamento nodal (98% x
90%)
Flamen et al. J Clin Oncol 2000 Sep 15;18(18):3202-10.
46. Câncer de Esôfago
• Estudo prospectivo com 48 pacientes
• PET/CT x EUS-FNA
• PET/CT mais acurado para predição de status nodal (93%
x 78%) e para respondedores pós-QTX neoadjuvante (89%
x 67%)
Cerfolio RJ et al. J Thorac Cardiovasc Surg 2005 Jun;129(6):1232-41
47. Câncer de Esôfago
• Captação de FDG é fator preditivo independente para OS
• SUV >= 4,5 – 5-year OS 47%
• SUV < 4,5 – 5-year OS 76%
• p < 0,0001
Kato H et al. Cancer. 2009 Jul 15;115(14):3196-203.