Conceitos-chave
desta aula
- O merchandising no composto promocional
- O que é merchandising
- História do merchandising
- Funções do merchandising
- Autosserviço e atmosfera de compra
- Algumas ferramentas do merchandising:
comunicação visual, vitrinismo, exibitécnica,
layout de loja e materiais de PDV.
Vamos organizar
as ideias primeiro?
A relação entre promoção
de vendas, marketing, publicidade
e merchandising
merchandising
O QUE É
MERCHANDISING
BLESSA, 2009, p. 1
É qualquer técnica, ação ou material promocional usado no
ponto de venda que proporcione informação e melhor
visibilidade a produtos, marcas ou serviços, com o propósito
de motivar e influenciar as decisões de compras dos
consumidores.
É a ferramenta responsável pela apresentação destacada
de produtos na loja, criando espaço e visibilidade e
acelerando sua rotatividade.
Ao contrário da promoção de vendas (tempo limitado), o uso
do merchandising é constante.
?
merchandising
O QUE É
MERCHANDISING
BLESSA, 2009, p. 4
O merchandising pode se integrar à publicidade (quando
utiliza mídia) e à promoção de vendas (quando utiliza
descontos, vantagens, eventos etc.)
Um material de merchandising tem de estar
obrigatoriamente de acordo com a filosofia global de
comunicação da empresa, para não quebrar a unidade da
comunicação.
?
Objetivos do merchandising
VENDER MAIS E MELHOR
Aumento das vendas no curto prazo, pois a exibitécnica valoriza marca e
produtos, transformando a compra em uma experiência prazerosa.
INCREMENTAR O MÚMERO DE CONSUMIDORES
Um bom merchandising atrai compradores de forma constante.
INDUZIR NOVOS CONSUMIDORES À EXPERIMENTAÇÃO E À COMPRA
APRESENTAR INOVAÇÕES
DIFERENCIAR UMA MARCA DOS SEUS CONCORRENTES
ELIMINAR ESTOQUES
GERAR TRÁFEGO NAS LOJAS
ZENONE; BUAIRIDE, 2005, p. 124 / BLESSA, 2009, p. 4
Fique de olho
nestas empresas
uranus2.com.br/
@neylayout
madcreative.com.br/
https://www.placaserv.com.br/
flashcomunicacao.com.br/
HISTÓRIA DO
MERCHANDISING
O merchandising é uma
atividade tão antiga quanto a
venda em si, remontando à
Idade Média e à disputa dos
mercadores pela atenção dos
passantes.
BLESSA, 2009, p. 7
HISTÓRIA DO
MERCHANDISING
Exibir seus produtos de
maneira que pareçam mais
atraentes, frescos e de
qualidade envolve um
conjunto de técnicas
ancestrais, hoje
compartilhadas entre
pequenos, médios e grandes
varejistas.
HISTÓRIA DO
MERCHANDISING
O merchandising como hoje é
conhecido surgiu com o próprio
marketing e se intensificou com o
surgimento do autosserviço nos
EUA, na década de 1930.
BLESSA, 2009, p. 7
A série de TV “Mr. Selfridge”, conta a história de Harry Gordon Selfridge
(1848-1947), fundador da Selfridge’s, uma das primeiras e mais importantes
lojas de departamento do mundo. Selfridge foi um dos pioneiros da venda
por autosserviço e de técnicas avançadas de merchandising.
MERCHANDISING
“RAIZ”
Em paralelo ao merchandising profissional,
podemos falar de um merchandising
“vernacular”, pensado e criado de modo
espontâneo pelos comerciantes populares.
Feirantes e pequenos comerciantes, mesmo
sem uma visão formal, desenvolveram ao
longo de séculos, técnicas e linguagens
ricas, funcionais e espontâneas.
Foto: Renata Brant - Pexels
O AUTOS-
SERVIÇO
A técnica de autosserviço se fortalece na
década de 1930, consolidando-se rapidamente
no setor de bens de consumo imediato;
A ausência de balconistas e a possibilidade do
consumidor fazer suas escolhas livremente,
levou à necessidade dos fabricantes darem
destaque aos seus produtos nas lojas de
varejo;
ZENONE; BUAIRIDE, 2005, p. 125
O AUTOS-
SERVIÇO
O cliente está cada vez mais “liberto” e o
espaço de venda deve proporcionar-lhe o estar
à vontade e ausente de pressões;
A compra deve ser um momento de festa,
envolvente, gerando prazer para os sentidos;
Um produto que se comercializa em
autosserviço deve se defender sozinho na hora
da definição de compra pelo consumidor.
ZENONE; BUAIRIDE, 2005, p. 125
https://leiamaisba.com.br/2019/07/06/mcdonalds-do-shopping-paralela-
reabre-ao-publico-com-design-moderno-inovador
A Fotótica inovou no mercado de óticas
com a proposta parcial de autosserviço
O AUTOS-
SERVIÇO
ATMOSFERA DE
COMPRA
Construção de uma atmosfera a partir do
design do ambiente, com o uso da
comunicação visual, iluminação, cores,
música, aromas e texturas.
O conjunto de elementos pode estimular as
respostas emocionais e de percepção do
cliente, afetando o seu comportamento de
compras.
BLESSA, 2009, p. 29
ATMOSFERA DE
COMPRA
A atmosfera de compra é o resultado do uso
coordenado de inúmeras ferramentas do
merchandising, dos quais iremos destacar:
1. Vitrinismo
2. Fachada / Comunicação Visual
3. Layout de loja
4. Exibitécnica dos produtos
5. Materiais de merchandising
BLESSA, 2009, p. 29
Funções do merchandising
2. Criar um elo de
ligação entre a
propaganda e o
produto no PDV
https://www.primarica.com.br/comunicacao-visual/totem-pessoa/
Havaianas abre pop-up exclusiva na
Selfridges de Manchester
O espaço foi projetado, produzido e
instalado pela StudioXAG como uma
cabana de praia exclusiva com um
forte foco no verão, e seu timing não
poderia ter sido melhor, dada a onda
de calor que invadiu grande parte
do Reino Unido durante este mês.
O espaço também inclui um piso de
areia trompe l'oeil, armazenamento
em estilo de caixa “para uma
cornucópia de sandálias coloridas”,
além de palmeiras decorativas.
https://br.fashionnetwork.com/news/Havaianas-abre-pop-up-exclusiva-na-selfridges-de-manchester,998544.html#fashion-week-paris-haute-couture-aelis
AMBIENTE
Ferramentas do merchandising
1. COMUNICAÇÃO
VISUAL
A comunicação visual de uma loja
inclui letreiros indicativos
(sinalização), placas decorativas,
banners com fotos de produtos,
painéis fixos e sazonais e identidade
visual.
BLESSA, 2009, p. 33
Ferramentas do merchandising
1. COMUNICAÇÃO
VISUAL
https://www.dshow.com.br/blog/por-que-e-vantajoso-ter-paineis-de-led-em-lojas-de-moda/
Ferramentas do merchandising
2. LAYOUT DE LOJA
É a planta baixa com a localização dos
equipamentos (gôndolas, seções, caixas etc)
necessários para o seu funcionamento e
circulação do público.
Um bom layout deve incentivar a circulação
entre corredores e espaços, criando um
clima agradável para as compras.
Um ponto de partida é a identificação das
áreas negativas (visibilidade prejudicada) e
positivas.
BLESSA, 2009, p. 42
2. LAYOUT DE LOJA
https://www.arquiteturaparalogistica.com.br/supermercados-novos-formatos-e-tendencias/
O layout deve ser planejado em função do sexo, instrução,
classe social, faixa etária e espaço disponível.
Consumidores A e B não gostam de grande fluxo de pessoas,
por exemplo. Enquanto C e D não costumam fazer objeção.
Importante agrupar mercadorias com coerência para que o
consumidor entenda (cor, sexo, tamanho, tipo, marca etc.)
Dar conforto ao seu cliente: ar-condicionado, espelhos,
assentos, água etc.
No supermercado, não coloque promoções bem na entrada,
para evitar o congestionamento do acesso.
A largura das passagens entra os caixas deve permitir que
uma pessoa com 100 quilos passe sem constrangimentos.
Itens de maior procura devem ficar no fundo da loja para
estimular a circulação.
BLESSA, 2009, p. 154
https://www.comunidadeneylayout.com.br
https://www.youtube.com/watch?v=KNdec9yoU6U
Ferramentas do merchandising
3. EXIBITÉCNICA
Trata da exposição de produtos, sendo
a área onde são usadas as técnicas
mais criativas e agressivas.
O produto bem exposto sempre vende
mais rápido. Ou “visibilidade cria
vendas”.
A exposição bem feita facilita a
compra, economiza tempo e lembra
necessidades.
BLESSA, 2009, p. 43
Ferramentas do merchandising
3. EXIBITÉCNICA
Um dos recursos é o CROSS-
MERCHANDISING, que consiste na
exibição combinada de mercadorias
complementares, como forma de estimular
por impulso a compra de ambos.
BLESSA, 2009, p. 49
3. EXIBITÉCNICA
As mercadorias devem estar bem
classificadas sem confusão ou
mistura.
Destacar os produtos impulsores de
forma a puxar as vendas de outros.
Evitar a venda de espaços nas
prateleiras.*
Planificar a distribuição de produtos
de acordo com localização,
agrupamento, posicionamento,
comunicação e volume.
*https://caldobom.com.br/b2blog/espaco-em-gondola-voce-vende-ou-
gerencia.html
Ferramentas do merchandising
4. VITRINISMO
Por meio da vitrine, a loja faz uma
declaração clara do segmento de
público que pretende atingir.
Uma boa vitrine deve ser dinâmica
(troca a cada 15 dias pelo menos) e
atrair os olhares mais distraídos.
Para o segmento de moda, a vitrine é
uma das mais importantes
ferramentas.
BLESSA, 2009, p. 54
4. VITRINISMO
Quando ligada a uma campanha na
mídia, pode criar uma conexão entre
publicidade e merchandising.
Uma vitrine sazonal deve ser ousada e
destacar a loja mesmo nas datas mais
concorridas.
4. VITRINISMO
Na sua opinião, a vitrine ao lado
funciona?
Importante não expor produtos fora
do estoque. E não “entupir” de
produtos.
4. VITRINISMO
Em todo o país, é possível encontrar cursos técnicos de qualidade
para a formação de vitrinistas.
Ferramentas do merchandising
5. MATERIAIS DE
PDV
Todos os tipos de sinalização, displays,
materiais impressos e/ou eletrônicos que
têm como finalidade informar, relembrar,
persuadir, indicar posição, expor e vender.
O que não é bem exposto, não é visto, nem
comprado.
Estudos comprovam aumento de vendas
de até 49% para materiais afixados em
gôndola.
Porém, com o tempo os materiais perdem o
impacto. Logo precisam ser renovados
constantemente.
BLESSA, 2009, p. 97
Ferramentas do merchandising
5. MATERIAIS DE
PDV
O material de PDV precisa ser CRIATIVO,
ORIGINAL e FUNCIONAL.
Apesar do avanço de materiais eletrônicos,
os materiais impressos continuam mais
relevantes do ponto de vista custo-
benefício.
A diversidade dos materiais de PDV é
enorme. Vamos tratar aqui apenas alguns
exemplos mais populares.
Ferramentas do merchandising
5. MATERIAIS DE
PDV / DISPLAYS
O DISPLAY é um mobiliário que apresenta
o produto com destaque e evidência.
Pode ser permanente ou temporário e
localizado em diversas seções de uma loja:
chão, prateleiras, caixa, balcão etc.
Ferramentas do merchandising
5. MATERIAIS DE
PDV / FAIXAS DE
GÔNDOLA
Faixas encaixadas nas canaletas
transparentes ou coladas nas pontas das
prateleiras.
Podem aumentar as vendas em até 17%.
Devem ser aproveitadas com cores
contrastantes da maioria das embalagens,
ter texto curto e apresentar alguma
vantagem.
Ferramentas do merchandising
5. MATERIAIS DE
PDV / MÓBILE
Peça promocional sustentada por fios que
ficam pendurados no teto.
São mais usados em lojas de conveniência,
pequenos mercados, farmácias e lojas
especializadas (teto mais baixo).
Ideal para imagem e marca. Evitar textos.
Ferramentas do merchandising
5. MATERIAIS DE
PDV / STOPPER
Sinalizadores encaixados nas pontas das
prateleiras, no sentido perpendicular,
como “orelhas” para fora da gôndola.
Ferramentas do merchandising
5. MATERIAIS DE
PDV / WOBLER
Sinalizadores que possuem uma lingueta
plástica transparente, que dão à peça um
certo balanço e destaque.
Conceitos-chave
desta aula
- O merchandising no composto promocional
- O que é merchandising
- História do merchandising
- Funções do merchandising
- Autosserviço e atmosfera de compra
- Algumas ferramentas do merchandising:
comunicação visual, vitrinismo, exibitécnica,
layout de loja e materiais de PDV.
Referências
BLESSA, Regina. Merchandising no ponto de venda. 4 ed. São Paulo:
Atlas, 2009.
CORRÊA, Roberto. Planejamento de propaganda. 11 ed. São Paulo:
Global, 2013.
KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 15 ed.
São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015.
SANT’ANNA, Armando. Propaganda: teoria, técnica e prática. 7 ed. 3
tiragem. São Paulo: Pioneira, 2000.
ZENONE, Luis Claudio; BUAIRIDE, Ana Maria Ramos. Marketing de
promoção e merchandising: conceitos e estratégias para ações bem-
sucedidas. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.