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mídias
digitais
2016.1
prof. André Bomfim
como o ambiente digital
transforma a
publicidade?
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versão betaLABORATÓRIO DE IDEIAS EM CULTURA DIGITAL
No ambiente digital, a versão beta é mais
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estão always in beta ou sempre em
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dos usuários. Assim é o Versão Beta. Um
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x y z
baby
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y z
baby
boomers
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Conquistaram o direito
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yuppie
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podem capturar amostras de diálogos no vídeo,
resumir episódios, discutir sobre roteiros, criar fan
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próprios filmes – e distribuir tudo isso ao mundo
inteiro pela internet (JENKINS, 2009, p. 44).
convergência
midiática
- Por convergência, refiro-me ao fluxo de conteúdo
através de múltiplas plataformas de mídia, à
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comportamento migratório dos públicos dos meios de
comunicação, que vão a quase qualquer parte em
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desejam. Convergência é uma palavra que consegue
definir transformações tecnológicas, mercadológicas,
culturais e sociais (JENKINS, 2009, p. 29).
convergência
midiática
- Meu argumento aqui será contra a ideia de que a
convergência deve ser compreendida principalmente
como um processo tecnológico que une múltiplas
funções dentro dos mesmos aparelhos. Em vez disso, a
convergência representa uma transformação cultural, à
medida que consumidores são incentivados a procurar
novas informações e fazer conexões em meio a
conteúdos de mídia dispersos. Este livro é sobre o
trabalho e as brincadeiras que os espectadores
realizam no novo sistema de mídia (JENKINS, 2009, p.
30).
convergência
midiática
- Descrevo neste livro como esse processo se dá a partir
de vários pontos de vista localizados – publicitários
tentando alcançar um mercado em transformação,
artistas criativos encontrando novas formas de contar
históris, educadores conhecendo comunidades
informais de aprendizagem, ativistas desenvolvendo
novos recursos para moldar o futuro político, grupos
religiosos contestando a qualidade do seu ambiente
cultural e, é claro, várias comunidades de fãs, que são
as primeiras a adotar e usar criativamente as mídias
emergentes (JENKINS, 2009, p. 39).
convergência
midiática
- [...] A velha ideia da convergência era a de que todos os
aparelhos iriam convergir num único aparelho central
que faria tudo para você. O que estamos vendo hoje é
o hardware divergindo, enquanto o conteúdo converge.
(JENKINS, 2009, p. 43).
- Enquanto o foco da velha Hollywood era o cinema, os
novos conglomerados têm interesse em controlar toda
uma indústria de entretenimento. A Warner Bros.
produz filmes, televisão, música popular, games,
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jornais, revistas e quadrinhos (JENKINS, 2009, p. 44).
cultura
participativa
- A expressão cultura participativa contrasta com noções mais antigas
sobre a passividade dos espectadores dos meios de comunicação. Em
vez de falar sobre produtores e consumidores de mídia como ocupantes
de papéis separados, podemos agora considerá-los como participantes
interagindo de acordo com um novo conjunto de regras [...] Nem todos
os participantes são criados iguais. Corporações – e mesmo indivíduos
dentro das corporações da mídia – ainda exercem maior poder do que
qualquer consumidor individual, ou mesmo um conjunto de
consumidores. E alguns consumidores têm mais habilidades para
participar dessa cultura emergente do que outros (JENKINS, 2009, p. 30).
cultura
participativa
- O púbico, que ganhou poder com as novas tecnologias e vem ocupando
um espaço na interseção entre os velhos e os novos meios de
comunicação, está exigindo o direito de participar intimamente da
cultura. Produtores que não conseguirem fazer as pazes com a nova
cultura participativa enfrentarão uma clientela declinante e a diminuição
dos lucros (p. 53).
cultura
participativa
- Se os antigos consumidores eram tidos como passivos, os novos
consumidores são ativos. Se os antigos consumidores eram previsíveis e
ficavam onde mandavam que ficassem, os novos consumidores são
migratórios, demonstrando uma declinante lealdade a redes ou a meios
de comunicação. Se os antigos consumidores eram indivíduos isolados,
os novos consumidores são mais conectados socialmente. Se o trabalho
dos consumidores de mídia já foi silencioso e invisível, os novos
consumidores agora são barulhentos e públicos. (JENKINS, 2009, p. 47).
inteligência
coletiva
- O consumo tornou-se um processo coletivo – e é isso que este
livro entende por inteligência coletiva [...] Nenhum de nós pode
saber tudo; cada um de nós sabe alguma coisa; e podemos
juntar as peças, se associarmos nossos recursos e unirmos
nossas habilidades. [...] Neste momento, estamos usando esse
poder coletivo principalmente para fins recreativos, mas em
breve estaremos aplicando essas habilidades a propósitos mais
“sérios”. Neste livro, exploro como a produção coletiva de
significados, na cultura popular, está começando a mudar o
funcionamento das religiões, da educação, do direito, da
política, da publicidade e mesmo do setor militar (JENKINS,
2009, p. 30).
narrativas
transmidiáticas
- A narrativa transmídia é a arte da criação de um
universo. Para viver uma experiência plena num universo
ficcional, os consumidores devem assumir o papel de
caçadores e coletores, perseguindo pedaços da história
pelos diferentes canais, comparando suas observações
com outros fãs, em grupos de discussão on-line, e
colaborando para que todos que investiram tempo e
energia tenham uma experiência de entretenimento mais
rica (JENKINS, 2009, p. 49).
narrativas
transmidiáticas
- O pessoal da indústria usa o termo "extensão” para se
referis à tentativa de expandir mercados potenciais por
meio do movimento de conteúdos por diferentes sistemas
de distribuição; “sinergia”, para se referir às oportunidades
econômicas representadas pela capacidade de possuir e
controlar todas essas manifestações; e “franquia”, para se
referir ao empenho coordenado em imprimir uma marca e
um mercado a conteúdos ficcionais. (JENKINS, 2009, p.
47).
distribuição x
circulação
DISTRIBUIÇÃO: o movimento do conteúdo da mídia é
bastante – ou totalmente – controlado pelos interesses
comerciais que o produzem e vendem.
CIRCULAÇÃO: mix de forças determina como o material é
compartilhado. Público moldando, compartilhando,
reconfigurando e remixando conteúdos de mídia.
distribuição x
circulação
Os públicos estão se fazendo nitidamente presentes ao
modelarem ativamente os fluxos de mídia, e produtores,
gerentes de marca, profissionais de serviços ao
consumidor e comunicadores corporativos estão
acordando para a necessidade comercial de ouvi-los e de
responder a eles de maneira direta (JENKINS, 2014, p. 25).
distribuição x
circulação
Talvez nada mais humano do que dividir histórias, seja ao
pé do fogo ou em nuvem, por assim dizer. Todos devemos
tomar cuidado para não supor que meios mais
participativos de circulação possam ser explicados
exclusivamente por esse surgimento da infraestrutura
tecnológica, ainda que essas novas tecnologias
desempenhem um papel crucial (JENKINS, 2014, p. 25).
aderência x
propagabilidade
“Inscreva-se no meu canal” é aderência ou
propagabilidade?
American Idol: 32 milhões de espectadores
Susan Boyle no YouTube: 77 milhões de views
72% das pessoas acompanham notícias por gosta de
CONVERSAR sobre o que está acontecendo no mundo.
50% dependem das pessoas para lhe contarem aquilo que
precisam saber.
viral x
propagável
A promessa é simples ainda que enganosa: crie um vírus
para a mídia e o sucesso será seu (públicos passivos
infectados por vírus).
X
As pessoas tomam decisões ativas quando propagam a
mídia, quer simplesmente passando um conteúdo adiante
para suas redes sociais, quer postando um vídeo digital no
YouTube. Audiências ativas têm demonstrado notável
capacidade de colocar slogans publicitários e jingles em
circulação contra as próprias empresas que originram
esses materiais.
propagabilidade
A propagabilidade se refere ao potencial – técnico e cultural – de os
públicos compartilharem conteúdos por motivos próprios, às vezes
com permissão dos detentores dos direitos autorais, às vezes contra
os desejos deles (p. 26).
a) RECURSOS TÉCNICOS que tornam mas fácil a circulação de
algum tipo de conteúdo;
b) ESTRUTURAS ECONÔMICAS que sustentam ou restringem a
circulação de um texto de mídia;
c) ATRIBUTOS DO TEXTO MIDIÁTICO que podem despertar a
motivação de uma comunidade para compartilhar material;
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significativos.

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P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 

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  • 2. como o ambiente digital transforma a publicidade?
  • 3. como o ambiente digital transforma o jornalismo?
  • 4. 1. Mais informação significa mais conhecimento? 2. YouTubers: novos pensadores ou rostinhos bonitos? 3. A internet nos deixa mais juntos ou separados? 4. A internet pode ser aliada da educação? Como? 5. O jovem está preparado para usar a internet a seu favor? sua voz
  • 5. do senso comum ao pensamento acadêmico “A internet está isolando as pessoas.” “O YouTube é a nova televisão.” “As novas gerações entendem mais o digital do que as antigas.”
  • 6. versão betaLABORATÓRIO DE IDEIAS EM CULTURA DIGITAL No ambiente digital, a versão beta é mais do que um método de trabalho. É a sua própria cultura. Por isso, seus maiores players já assumiram que seus produtos estão always in beta ou sempre em construção. Em um processo contínuo, alimentado pelo feedback e colaboração dos usuários. Assim é o Versão Beta. Um espaço de convergência e colaboração, onde a matéria-prima e o produto final são ideias. E onde as ideias estão sempre em (re)formulação. Sempre em observação, análise e ensaios. E esperando por uma contribuição muito importante: a sua.
  • 8. x 40/50 Conquistaram o direito de ser jovens Fundaram o movimento hippie Ideais libertários Amor e sexo livres Não às guerras y z baby boomers 60/70 Conquistaram o direito de ser jovens dentro de casa (meu quarto, meu mundo) Fundaram o movimento yuppie Ideais hedonistas (Girls just wanna have fun!) Amor e sexo românticos Movidos pelo sonho do sucesso (Everybody is a star!) 80/90 Conquistaram o direito de se expressar para o mundo Apoderaram-se das ferramentas digitais para criar conexões e novas oportunidades de unir trabalho e lazer Ideais hedonistas, mas sustentáveis Mudar o mundo, mas sem fazer força Amor e sexo casuais Movidos por sonhos possíveis (pramáticos) 00/25 Os verdadeiros nativos digitais A serem estudados
  • 9. garotos perdidos hiperconectados millenials dispersão da atenção e fragmentação da audiência “eles foram chamados de ‘garotos perdidos’ justamente por não serem mais facilmente e passivamente encontrados pelos planos de mídia tradicionais”
  • 10. garotos perdidos imagéticos always on quebra da fronteira entre o real e o espetáculo
  • 15. digitalização dos conteúdos - Transformação de átomos em bytes. A digitalização estabeleceu as condições para a convergência.
  • 16. meiosdecomunicação Xtecnologiasdedistribuição - Sistemas de distribuição são apenas e simplesmente tecnologias; meios de comunicação são também sistemas culturais (conjunto de protocolos associados ou práticas socioculturais que cresceram em torno dessa tecnologia). - Palavras impressas não eliminaram as palavras faladas. O cinema não eliminou o teatro. A televisão não eliminou o rádio. Cada meio antigo foi forçado a conviver com os meios emergentes. Os velhos meios de comunicação não estão sendo substituídos. mais propriamente, suas funções e status estão sendo transformados pela introdução de novas tecnologias (JENKINS, 2009, p. 40).
  • 17. geração hiperconectada - Um adolescente fazendo a lição de casa pode trabalhar ao mesmo tempo em quatro ou cinco janelas do computador: navegar na internet, ouvir e baixar arquivos MP3, bater papo com os amigos, digitar um trabalho e responder e-mails, alternando rapidamente as tarefas. E fãs de um popular seriado de televisão podem capturar amostras de diálogos no vídeo, resumir episódios, discutir sobre roteiros, criar fan fiction, gravar suas próprias trilhas sonoras, fazer seus próprios filmes – e distribuir tudo isso ao mundo inteiro pela internet (JENKINS, 2009, p. 44).
  • 18. convergência midiática - Por convergência, refiro-me ao fluxo de conteúdo através de múltiplas plataformas de mídia, à cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação, que vão a quase qualquer parte em busca das experiências de entretenimento que desejam. Convergência é uma palavra que consegue definir transformações tecnológicas, mercadológicas, culturais e sociais (JENKINS, 2009, p. 29).
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  • 20. convergência midiática - Meu argumento aqui será contra a ideia de que a convergência deve ser compreendida principalmente como um processo tecnológico que une múltiplas funções dentro dos mesmos aparelhos. Em vez disso, a convergência representa uma transformação cultural, à medida que consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em meio a conteúdos de mídia dispersos. Este livro é sobre o trabalho e as brincadeiras que os espectadores realizam no novo sistema de mídia (JENKINS, 2009, p. 30).
  • 21. convergência midiática - Descrevo neste livro como esse processo se dá a partir de vários pontos de vista localizados – publicitários tentando alcançar um mercado em transformação, artistas criativos encontrando novas formas de contar históris, educadores conhecendo comunidades informais de aprendizagem, ativistas desenvolvendo novos recursos para moldar o futuro político, grupos religiosos contestando a qualidade do seu ambiente cultural e, é claro, várias comunidades de fãs, que são as primeiras a adotar e usar criativamente as mídias emergentes (JENKINS, 2009, p. 39).
  • 22. convergência midiática - [...] A velha ideia da convergência era a de que todos os aparelhos iriam convergir num único aparelho central que faria tudo para você. O que estamos vendo hoje é o hardware divergindo, enquanto o conteúdo converge. (JENKINS, 2009, p. 43). - Enquanto o foco da velha Hollywood era o cinema, os novos conglomerados têm interesse em controlar toda uma indústria de entretenimento. A Warner Bros. produz filmes, televisão, música popular, games, websites, brinquedos, parques de diversão, livros, jornais, revistas e quadrinhos (JENKINS, 2009, p. 44).
  • 23. cultura participativa - A expressão cultura participativa contrasta com noções mais antigas sobre a passividade dos espectadores dos meios de comunicação. Em vez de falar sobre produtores e consumidores de mídia como ocupantes de papéis separados, podemos agora considerá-los como participantes interagindo de acordo com um novo conjunto de regras [...] Nem todos os participantes são criados iguais. Corporações – e mesmo indivíduos dentro das corporações da mídia – ainda exercem maior poder do que qualquer consumidor individual, ou mesmo um conjunto de consumidores. E alguns consumidores têm mais habilidades para participar dessa cultura emergente do que outros (JENKINS, 2009, p. 30).
  • 24. cultura participativa - O púbico, que ganhou poder com as novas tecnologias e vem ocupando um espaço na interseção entre os velhos e os novos meios de comunicação, está exigindo o direito de participar intimamente da cultura. Produtores que não conseguirem fazer as pazes com a nova cultura participativa enfrentarão uma clientela declinante e a diminuição dos lucros (p. 53).
  • 25. cultura participativa - Se os antigos consumidores eram tidos como passivos, os novos consumidores são ativos. Se os antigos consumidores eram previsíveis e ficavam onde mandavam que ficassem, os novos consumidores são migratórios, demonstrando uma declinante lealdade a redes ou a meios de comunicação. Se os antigos consumidores eram indivíduos isolados, os novos consumidores são mais conectados socialmente. Se o trabalho dos consumidores de mídia já foi silencioso e invisível, os novos consumidores agora são barulhentos e públicos. (JENKINS, 2009, p. 47).
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  • 27. inteligência coletiva - O consumo tornou-se um processo coletivo – e é isso que este livro entende por inteligência coletiva [...] Nenhum de nós pode saber tudo; cada um de nós sabe alguma coisa; e podemos juntar as peças, se associarmos nossos recursos e unirmos nossas habilidades. [...] Neste momento, estamos usando esse poder coletivo principalmente para fins recreativos, mas em breve estaremos aplicando essas habilidades a propósitos mais “sérios”. Neste livro, exploro como a produção coletiva de significados, na cultura popular, está começando a mudar o funcionamento das religiões, da educação, do direito, da política, da publicidade e mesmo do setor militar (JENKINS, 2009, p. 30).
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  • 31. narrativas transmidiáticas - A narrativa transmídia é a arte da criação de um universo. Para viver uma experiência plena num universo ficcional, os consumidores devem assumir o papel de caçadores e coletores, perseguindo pedaços da história pelos diferentes canais, comparando suas observações com outros fãs, em grupos de discussão on-line, e colaborando para que todos que investiram tempo e energia tenham uma experiência de entretenimento mais rica (JENKINS, 2009, p. 49).
  • 32. narrativas transmidiáticas - O pessoal da indústria usa o termo "extensão” para se referis à tentativa de expandir mercados potenciais por meio do movimento de conteúdos por diferentes sistemas de distribuição; “sinergia”, para se referir às oportunidades econômicas representadas pela capacidade de possuir e controlar todas essas manifestações; e “franquia”, para se referir ao empenho coordenado em imprimir uma marca e um mercado a conteúdos ficcionais. (JENKINS, 2009, p. 47).
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  • 34. distribuição x circulação DISTRIBUIÇÃO: o movimento do conteúdo da mídia é bastante – ou totalmente – controlado pelos interesses comerciais que o produzem e vendem. CIRCULAÇÃO: mix de forças determina como o material é compartilhado. Público moldando, compartilhando, reconfigurando e remixando conteúdos de mídia.
  • 35. distribuição x circulação Os públicos estão se fazendo nitidamente presentes ao modelarem ativamente os fluxos de mídia, e produtores, gerentes de marca, profissionais de serviços ao consumidor e comunicadores corporativos estão acordando para a necessidade comercial de ouvi-los e de responder a eles de maneira direta (JENKINS, 2014, p. 25).
  • 36. distribuição x circulação Talvez nada mais humano do que dividir histórias, seja ao pé do fogo ou em nuvem, por assim dizer. Todos devemos tomar cuidado para não supor que meios mais participativos de circulação possam ser explicados exclusivamente por esse surgimento da infraestrutura tecnológica, ainda que essas novas tecnologias desempenhem um papel crucial (JENKINS, 2014, p. 25).
  • 37. aderência x propagabilidade “Inscreva-se no meu canal” é aderência ou propagabilidade? American Idol: 32 milhões de espectadores Susan Boyle no YouTube: 77 milhões de views 72% das pessoas acompanham notícias por gosta de CONVERSAR sobre o que está acontecendo no mundo. 50% dependem das pessoas para lhe contarem aquilo que precisam saber.
  • 38. viral x propagável A promessa é simples ainda que enganosa: crie um vírus para a mídia e o sucesso será seu (públicos passivos infectados por vírus). X As pessoas tomam decisões ativas quando propagam a mídia, quer simplesmente passando um conteúdo adiante para suas redes sociais, quer postando um vídeo digital no YouTube. Audiências ativas têm demonstrado notável capacidade de colocar slogans publicitários e jingles em circulação contra as próprias empresas que originram esses materiais.
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  • 40. propagabilidade A propagabilidade se refere ao potencial – técnico e cultural – de os públicos compartilharem conteúdos por motivos próprios, às vezes com permissão dos detentores dos direitos autorais, às vezes contra os desejos deles (p. 26). a) RECURSOS TÉCNICOS que tornam mas fácil a circulação de algum tipo de conteúdo; b) ESTRUTURAS ECONÔMICAS que sustentam ou restringem a circulação de um texto de mídia; c) ATRIBUTOS DO TEXTO MIDIÁTICO que podem despertar a motivação de uma comunidade para compartilhar material; d) REDES SOCIAIS que ligam pessoas por meio da troca de bytes significativos.