O documento discute a história da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e o letramento em LIBRAS. Apresenta como a LIBRAS é influenciada pela história e cultura dos surdos e varia de acordo com fatores como idade. Também destaca a falta de estudos históricos sobre a LIBRAS e a importância de preservar o conhecimento através de registros visuais. Por fim, discute estratégias de ensino e letramento em LIBRAS, enfatizando a leitura do espaço e do corpo na
História da Libras e como ela surgiu no mundo.LucasBrando77
Semelhante a 5.12.2013 "História da língua de sinais e o letramento:um novo olhar sobre as práticas bilíngues" por Mônica Astuto (IHA SME Rio / ISERJ) (20)
5.12.2013 "História da língua de sinais e o letramento:um novo olhar sobre as práticas bilíngues" por Mônica Astuto (IHA SME Rio / ISERJ)
1. III ENCONTRO BILINGUE DO MUNICIPIO DO RIO DE
JANEIRO
HISTÓRIA DA LÍNGUA DE SINAIS E O
LETRAMENTO: UM NOVO OLHAR SOBRE AS
PRÁTICAS BILÍNGUES
Profª Ms. Mônica Astuto Lopes Martins
(IHA /ISERJ)
2. História da Língua de Sinais
A LIBRAS é tão fluida, complexa, cheia de significações e
sentidos, porque ela é influenciada e marcada pela história; e
também pelas relações histórico-culturais dos sujeitos surdos.
Variações linguísticas e culturais de acordo com a faixa etária dos
surdos da comunidade.
Diferentes variáveis no uso diário da LIBRAS, isto é há o uso de
dialetos na comunicação com os pares surdos e de outro dialeto
com os amigos da comunidade surda.
3. História da Língua de Sinais
Carência de estudos históricos sobre a LIBRAS – por isso é
importante documentar e registrar as produções midiáticas
realizadas pelos surdos.
A Língua de Sinais pode se manter, ressuscitar, sobreviver,
desde que o conhecimento seja preservado (num dicionário, no
uso de imagens, de desenhos ilustrados, nas mídias, nas
gravações de vídeos, nas fotos e signos visuais etc) e passado
de geração para geração.
4. História da Língua de Sinais
Primeiros registros da Língua de Sinais
Foto
Vídeo
Escrita – Sign Writing
1875 – Iconografia de Sinais – Flausino
José da Gama – ex-aluno do INES
1969 – Pe Eugenio
Oates publicou o livro
com 1258 sinais
fotografados.
5. Mediação em Língua de Sinais
Aula expositiva e dialogadas em língua de sinais – com o uso
mais tradicional de apresentação de assunto ou tema com
incremento de imagens (fotos, videos-aula, internet, slides,
câmera) dentro da perspectiva da pedagogia surda.
Enunciados vivos nas histórias e
narrativas em Língua de Sinais –
o texto em sua modalidade
gestual-visual-espacial
6. História da Língua de Sinais e o letramento
Empréstimo
linguístico
–
soletração
☆┌─┐ ─┐☆
(QUADROS e KARNOPP, 2004) e outras
│▒│ /▒/
línguas de sinais graças aos avanços
│▒│ /▒/
tecnológicos e possibilidades de comunicação
│▒ /▒/─┬─┐ com os surdos de todo o mundo.
│▒│▒ |▒│▒│
Interferência (CALVET, 2002) Ex: importante,
┌┴─┴─┐-┘─┘
internet, e-mail.
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PIDGIN - Português sinalizado é diferente de
└┐▒▒▒▒▒▒┌┘
BIMODALISMO
└┐▒▒▒▒┌
A língua de sinais é tão rica, e possui uma variedade de recursos
e nuances , que muitas vezes não são percebidas pelos ouvintes.
7. História da Língua de Sinais e o letramento
Fatores Sociais – Mudanças de sinais. Maioria dos sinais tem
mudanças fonológicas.
Icônico
– com o tempo vai se tornando sinais mais arbitrários.
Conforto
linguístico nas articulações das mãos e do corpo,
percepção visual e as restrições fonológicas da Língua de Sinais.
Empréstimo
linguístico, duas línguas em contato, preconceito
linguístico e influências de outras línguas.
8. O Letramento em Língua de
Sinais
Estratégias de ensino na língua de sinais – Novas
formas de ler o mundo – letramento visual em língua
de sinais
Leitura de espaço e do corpo.
Desenvolver a capacidade de ler o corpo e seu
movimento no espaço, conseguindo estabelecer
relações sintáticas, semânticas e pragmáticas
necessárias para a construção e entendimento do
discurso.
9. A Língua de Sinais em contexto de
Letramento
Sinalizando e letrando
trar ndo
Le iza
nal
si
10. A Língua de Sinais e o letramento
Formação do sujeito surdo - identidade
Ampliação de conhecimentos de mundo e das experiências culturais,
emocionais, cognitivas e linguísticas;
Acesso ao patrimônio cultural historicamente construído e
constituição de repertório linguístico, midiático, cultural.
áti c a
Gram
vidade
pressi
Ex
11. Letramento
Contexto
LETRAMENTO "um conjunto
de práticas sociais que usam
a escrita, enquanto sistema
simbólico e enquanto
tecnologia, em contextos
específicos (...)" conforme
aponta (KLEIMAN, 1995, p.
19).
Textos
Imagens
Movimento
12. Mediação em Língua de Sinais
Modalidade visualespacial
Modalidade visual-gráfica
13. A Língua de Sinais e o letramento Literatura surda
Há um completo desconhecimento dos processos e dos
produtos que determinados grupos de surdos geram em
relação ao teatro, ao brinquedo, à poesia visual, à literatura
em língua de sinais, entre outros. (KARNOPP, 2006, p. 99).
14. Processo de Formação de Palavras - SUFIXOS
Há palavras que dão origem às outras palavras, usando-se os sufixos mais utilizados na língua
portuguesa.
Os sufixos - INHO e ZINHO dão a idéia de significado diminutivo.
- ADA / - ADO dão a idéia do que fez, o que está cheio de......; ou o que provoca.
- UDA / - UDO
PEDRA
PEDRINHA
(diminutivo)
Pedro (nome de pessoa)
PEDRADA
(jogou pedra, o que fez)
CABEÇA
CABECINHA DE LÁPIS
(diminutivo)
BARBA
BARBUDO
(O que tem, o que está
cheio de barba)
(O que está cheio.., ADJETIVO)
CABEÇADA
(Bateu a cabeça, o que fez)
O menino tem muita SORTE!
O menino é SORTUDO!!