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Teoria
                            Construtivista



Profª. Drª. Andréa Forgiarini Cechin
Universidade Federal de Santa Maria

afcechin@gmail.com

                                 
     
Em  9  de  agosto,  na  cidade 
    suíça  de  Neuchâtel,  nasce 
    Piaget. 




    Aos  10  anos  publica  na 
    revista  da  Sociedade  dos 
    Amigos  da  Natureza  de 
    Neuchâtel  um  artigo  com 
    estudos  sobre  um  pardal 
    albino.




    Forma­se  em  Biologia  pela 
    Universidade de Neuchâtel.

              
Torna­se  doutor.  Sua  tese  foi 
    sobre               moluscos.
    Muda­se  para  a  Zurique  para 
    estudar             Psicologia 
    (principalmente psicanálise).




    Muda­se  para  a  França. 
    Ingressa  na  Universidade  de 
    Paris.
    É  convidado  a  trabalhar  com 
    testes de inteligência infantil.



               
A  convite  do  psicólogo  da 
    educação  Claparède  (Escola 
    Nova)  passa  a  fazer  suas 
    pesquisas  no  Instituto  Jean­
    Jacques     Rousseau,       em 
    Genebra,      destinado       à 
    formação de professores.




    Lança  seu  primeiro  livro:  “A 
    Linguagem  e  o  Pensamento 
    da Criança”.



    Casa­se        com     Valentine 
    Châtenay,  uma  de  suas 
    assistentes,  com  quem  teve 
    três  filhos:  Jacqueline  (1925), 
 
    Lucienne   (1927)  e  Laurent 
    (1931).
Começa a lecionar Psicologia, 
    História   da   ciência     e 
    Sociologia em Neuchâtel.



    Em  Genebra  passa  a  ensinar 
    História    do   Pensamento 
    Científico.
    Assume        o       Gabinete 
    Internacional  de    Educação 
    (dedicado      a       estudos 
    pedagógicos).



    Escreve vários trabalhos sobre 
    as    primeiras    fases    do 
    desenvolvimento, muitos deles 
    inspirados  na  observação  de 
 
    seus três filhos.
               
Com as pesquisadoras Bärbel 
    Inhelder  e  Alina  Szeminska, 
    publica  trabalhos  sobre  a 
    formação  dos  conceitos 
    matemáticos e físicos.




    Participa  da  elaboração  da 
    Constituição  da  Unesco. 
    Torna­se      membro       do 
    conselho executivo e é várias 
    vezes     subdiretor    geral, 
    responsável              pelo 
    Departamento de Educação.




              
Publica  a  primeira  síntese  de 
    sua  teoria  do  conhecimento: 
    “Introdução  à  Epistemologia 
    Genética”.



    É  convidado  a  lecionar  na 
    Universidade  de  Sourbonne, 
    em  Paris,  sucedendo  ao 
    filósofo Merleau­Ponty.




    Em  Genebra,  funda  o  Centro 
    Internacional                de 
    Epistemologia       Genética, 
    destinado       a      realizar 
    pesquisas  interdisciplinares 
    sobre     a    formação      da 
    inteligência.
               
Escreve  a  principal  obra  de 
    sua  maturidade:  “Biologia  e 
    Conhecimento”.




    Piaget  morre  em  Genebra,  no 
    dia 16 de setembro.




              
PREOCUPAÇÃO CENTRAL DE 
          PIAGET


        SUJEITO EPISTÊMICO



        Estudo dos processos de 
    pensamentos presentes desde a 
    infância inicial até a idade adulta



Visão interacionista

  Mostrou  a  criança  e  o  homem  num 
  processo  ativo  de  contínua  interação,   
  procurando      entender     quais     os 
  mecanismos  mentais  que  o  sujeito  usa 
  nas  diferentes  etapas  da  vida  para 
                       
  compreender o mundo. 
CONHECIMENTO




    Resultado da interação

      SUJEITO - OBJETO




      através de sua AÇÃO, o
              sujeito
    toma contato com o objeto




       
Não há conhecimento que resulte de 
     um simples registro de observações 
     ou  sem  uma  estruturação  devida  às 
     atividades do sujeito.




     Também não há estruturas cognitivas 
     inatas.



    O  funcionamento  da  inteligência  é 
    herdado,  no  entanto,  as  estruturas  da 
    mente são construídas pela via de uma 
    organização  sucessiva  de  ações  do 
    sujeito sobre o objeto.




                        
Estudo  dos  processos  que  o 
    indivíduo  usa  para  conhecer  a 
    realidade. 


    Formulação  de  um  ponto  de  vista 
    filosófico  sobre  a  gênese  do 
    conhecimento. 



    Reflexão sobre as bases filosóficas do 
    conhecimento.



      Chama­se genética porque estuda 
       como nasce e se desenvolve o 
        conhecimento no ser humano
                       
Saber  quais  os  processos  mentais 
    envolvidos      numa      determinada 
    situação  de  resolução  de  problemas 
    e  quais  os  processos  que  ocorrem 
    no  indivíduo  que  possibilite  aquele 
    tipo de atuação.


    Mostra  como  o  conhecimento  se 
    desenvolve,  desde  as  rudimentares 
    estruturas  mentais  do  recém­
    nascido  até  o  pensamento  lógico 
    formal do adolescente.




                       
Piaget  considerou  que  se  estudasse 
    cuidadosa  e  profundamente  a 
    maneira  pela  qual  as  crianças 
    constroem  as  noções  fundamentais 
    de  conhecimento  lógico  poderia 
    compreender­se  a  gênese  e  a 
    evolução do conhecimento humano.




    Após  estudos,  Piaget  concebeu  que 
    a  criança  possui  uma  lógica  de 
    funcionamento  mental  que  difere  – 
    qualitativamente  –  da  lógica  do 
    funcionamento mental do adulto.




                       
Para  Piaget  a  adaptação  à  realidade 
    externa  depende  basicamente  do 
    conhecimento.



       Só  o  conhecimento  possibilita  ao 
       indivíduo  um  estado  de  equilíbrio 
       interno que o capacita a adaptar­se 
       ao meio ambiente.


       Existe  uma  realidade  externa  ao 
       sujeito  do  conhecimento  que 
       regula e corrige o desenvolvimento 
       do conhecimento adaptativo.


       A função desse desenvolvimento é 
       produzir  estruturas  lógicas  que 
       permitam  ao  sujeito  atuar  sobre  o 
       mundo  de  formas  cada  vez  mais 
       flexíveis e complexas.
                        
HEREDITARIEDADE


     Para Piaget, o sujeito herda uma série 
     de    estruturas     biológicas   que 
     predispõem  o  surgimento  de  certas 
     estruturas mentais. 



     Não herdamos a inteligência, mas um 
     organismo  que  vai  amadurecer  no 
     contato com o meio ambiente. 



                       
Da  interação  organismo­ambiente 
    resultarão  determinadas  estruturas 
    cognitivas  que  vão  funcionar  de 
    modo  semelhante    durante  toda  a 
    vida do sujeito. 




    Segundo  Piaget,  esse  modo  de 
    funcionamento,  que  constitui  nossa 
    herança     biológica,     permanece 
    constante durante toda a vida.



    A  maturação  do  organismo  vai 
    contribuir  de  forma  decisiva  para  o 
    aparecimento  de  estruturas  mentais 
    que  proporcionam  a  possibilidade  de 
    adaptação  cada  vez  melhor  ao 
    ambiente.
                      
AMBIENTE


      Inclui  tanto  aspectos  físicos  como  sociais. 
      Tanto  o  ambiente  físico  como  o  social 
      concorrem  no  sentido  de  oferecer 
      estímulos  e  situações  que  requerem  um 
      processo cognitivo para resolução. 




      No  aspecto  físico,  um  ambiente  rico  em 
      estimulação  irá  proporcionar  objetos  que 
      possam  ser  manipulados  pela  criança, 
      lugares  que  possam  ser  explorados, 
      oportunidades de observação de fenômenos 
      da natureza, etc. 



      No  plano  social,  o  ambiente  será  rico  de 
      estimulação  quando  reforçar  e  valorizar  a 
      aquisição  de  competência  da  criança  em 
      muitos aspectos.

                            
ESQUEMAS


   Estruturas  mentais  ou  cognitivas 
   pelas      quais   os    indivíduos 
   intelectualmente  se  adaptam  e 
   organizam o meio.

   São de natureza reflexa (nascimento).


   São construídos.


  É  uma  unidade  estrutural  básica  de 
  pensamento  ou  de  ação  e  que 
  corresponde  a  estrutura  biológica  que 
  se  muda  e  se  adapta.  São  unidades 
  estruturais  móveis  que  se  modificam  e 
  adaptam,  enriquecendo  com  isso  tanto 
  o  repertório  comportamental  como  a 
 
  vida mental do indivíduo.
                       
Os esquemas estão em contínuo 
               desenvolvimento



    Este  desenvolvimento  permite  ao 
    indivíduo    uma      adaptação     mais 
    complexa  a  uma  realidade  que  é 
    percebida  por  ele  de  forma  cada  vez 
    mais  diferenciada  e  abrangente, 
    exigindo  formas  de  comportamento  e 
    pensamento mais evoluídas.




                        
ADAPTAÇÃO

    O  ambiente  físico  e  social  coloca 
    continuamente  o  indivíduo  diante  de 
    questões  que  rompem  o  estado  de  equilíbrio 
    do  organismo  e  eliciam  a  busca  de 
    comportamentos mais adaptativos.


      As  novas  questões  movimentam               o 
      organismo nos sentido de resolve­las.




     Para  tanto,  utilizará  as  estruturas 
     mentais  (ESQUEMAS)  já  existentes 
     ou  então,  quando  estas  estruturas 
     se  mostram  ineficientes,  elas  serão 
     modificadas  a  fim  de  se  chegar  a 
     uma  forma  adequada  para  se  lidar 
     com a nova situação.
                             
No  processo  de  adaptação  estão 
implicados      dois     processos 
complementares:  ASSIMILAÇÃO  e 
ACOMODAÇÃO.


    ASSIMILAÇÃO

    Processo de absorção do que é oferecido 
    pelo mundo que nos rodeia.


     Tentativa     de    solucionar      uma 
     determinada  situação,  utilizando  uma 
     estrutura  mental  já  formada  ou  a 
     incorporação de um conhecimento a um 
     sistema já pronto.


      É  a  atualização  de  um  aspecto  do 
      repertório  comportamental  ou  mental 
      do sujeito numa dada circunstância. 
                        
A    assimilação     é   continuamente 
   modificada  pelo  processo  paralelo  de 
   acomodação.


   ACOMODAÇÃO

    Processo  mediante  o  qual  nosso 
    organismo  se  modifica,  no  sentido  de 
    adaptar­se às novas exigências.



   Modificação  de  estruturas  antigas  com 
   vistas  à  solução  de  um  novo  problema, 
   de uma nova situação.

A  criança  é  o  próprio  agente  de  seu 
desenvolvimento,  os  processos  assimilativos 
estendem  seu  domínio  e  a  acomodação  leva  a 
modificações  da  atividade.  Do  equilíbrio  desses 
dois  processos  advém  uma  adaptação  ao  mundo 
cada  vez  mais  adequada  e  uma  conseqüente 
organização mental.
                          
EQUILÍBRIO

    Processo  de  organização  das  estruturas 
    cognitivas    num     sistema        coerente, 
    independente,  que  possibilita  ao  indivíduo 
    a adaptação à realidade.



      Restabelecimento do equilíbrio entre o 
         entendimento presente e novas 
                  experiências.




                          
A  aprendizagem  depende  do 
processo  de  equilibração:  a 
criança  tem  oportunidade  de 
crescer  e  se  desenvolver  quando 
o equilíbrio é desestabilizado.




      A função do professor, nesta 
     perspectiva, é desafiar o aluno, 
         provocando constante 
    desequilíbrio em seus esquemas 
                mentais.
                     
Como Piaget conceitua o desenvolvimento 
               cognitivo

    O  desenvolvimento  é  um  processo 
    espontâneo  que  dirige  a  aprendizagem; 
    determina,  em  grande  parte,  o  modo  pelo 
    qual a aprendizagem ocorre.


    É um processo contínuo que começa com 
    nascimento.


    As  faixas  etárias  p/  cada  período  são 
    idades  médias  nas  quais  as  crianças 
    geralmente  demonstram  características  de 
    pensamento de cada período.


    Os períodos são irreversíveis.


    As  crianças  não  pulam  estágios  e  os 
    ritmos  de  desenvolvimento  variam 
    consideravelmente.  
DESENVOLVIMENTO




       EQUILIBRAÇÃO PROGRESSIVA




É seqüencial e vai de estruturas mais
imples para estruturas mais complexas




Os estágios são os mesmos para todos
indivíduos e se sucedem na mesma orde
                    
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO



    Sensório-motor




                         Pré-operacional




     operações concretas




                 operações formais

                      
ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR

                  zero aos 24 meses
Esse estágio é chamado de sensório­motor 
      porque os atos inteligentes da criança 
      compreendem a ações motoras como 
       resposta aos diversos estímulos que 
             afetam os seus sentidos.


     Nesse estágio, a criança assimila o meio exterior 
     à  sua  própria  atividade  e  depois  prolonga  essa 
     assimilação através de esquemas mais móveis e, 
     ao  mesmo  tempo,  mais  aptos  a  coordenarem­se 
     entre si.



     Inicialmente  o  objeto  é  somente  algo  para 
     chupar,  olhar  ou  agarrar,  depois  transforma­se 
     em coisa para deslocar, mover e utilizar para fins 
     cada vez mais complexos.




    Assimilar      significa,     nesse      momento, 
    compreender ou deduzir, e o processo confunde­
    se  com  a  relação  que  se  estabelece  entre  um 
    objeto e os demais.
                              
INDISSOCIAÇÃO ENTRE O EU E O OUTRO

    A percepção da criança recém­nascida pode ser 
     descrita em termos de total indiferenciação do 
                   meio no qual vive.



           Apresenta uma percepção global e 
     indiferenciada, não distinguindo sequer o seu 
     próprio corpo dos demais objetos à sua volta.



     Gradualmente aprende a discriminar pessoas e 
    objetos à sua volta e compreende que os objetos 
       continuam a existir mesmo que não sejam 
         acessíveis a algum receptor sensorial.




                            
INTELIGÊNCIA PRÁTICA
        A criança ainda não dispõe de uma 
     estrutura representativa, permitindo a ela 
    internalizar os objetos, de modo que possa 
           agir apenas no plano mental.




         EGOCENTRISMO RADICAL

    Nesse estágio, a ação da criança 
     forma um todo isolável que tem 
    como referência o próprio corpo.
                         
O estágio sensório­motor compreende 
    seis sub­estágios:


    Fase dos reflexos

    Fase das reações circulares primárias

    Fase das reações circulares secundárias

    Fase da coordenação de esquemas secundários


    Fase das reações circulares terciárias

    Início do simbolismo




                         
Fase dos reflexos (primeiro mês)


    As  trocas  que  o  recém­nascido  estabelece 
    com  o  meio  se  resumem  a  reações  bem 
    específicas a certos estímulos, originalmente 
    ligadas ao plano genético – os reflexos.




    Esses  reflexos  não  têm  um  caráter  passivo, 
    ao contrário, evidenciam uma forma precoce 
    de assimilação sensoriomotora.



    Por  exemplo,  os  reflexos  de  sucção  se 
    aperfeiçoam  com  o  exercício,  levando  a 
    discriminações  e  a  uma  espécie  de 
    generalização da atividade.
                          
Fase das reações circulares primárias
            (1 a 4 meses)


       Na  teoria  piagetiana,  uma  reação  circular 
       compreende  uma  ação  que  se  repete.  É 
       chamada  primária  quando  centralizada  no 
       próprio corpo.



     Nesta  fase  a  criança  começa  a  realizar 
     algumas  discriminações  perceptivas,  como 
     sorrir  em  reconhecimento  a  certas  pessoas, 
     mas ainda não se pode atribuir a ela a noção 
     de  pessoa  ou  objeto:ainda  não  é  capaz  de 
     distinguir entre ela e o meio externo.




                             
Fase das reações circulares secundárias 
             (4 a 8 meses)

    Nesta  fase,  as  reações  circulares  são 
    chamadas  secundárias  porque  estão 
    voltadas para os objetos.

    Quando  uma  ação  sobre  o  meio  externo 
    produz  um  resultado  desejado  ela  tende  a 
    repetir­se:  o  sujeito  procura  encontrar  o 
    movimento que exerceu por acaso um efeito 
    interessante sobre os objetos.


    O  comportamento  da  criança  começa  a 
    dirigir­se  a  um  fim.  Inicia  a  manifestação  de 
    uma intencionalidade primitiva, já que os fins 
    decorrem  do  comportamento  anterior  (não 
    intencional).




                             
O que diferencia, basicamente, as 
      reações circulares secundárias das 
    primárias, é que, para as secundárias, o 
     interesse se volta para o efeito sobre 
     os objetos da realidade exterior e não 
        somente na atividade como tal.
                         
Fase da coordenação de esquemas secundários
               (8 a 11meses)

     Piaget  identifica,  nesta  fase,  as  primeiras 
     condutas propriamente inteligentes.


     O  sujeito  aplica  meios  conhecidos  às  novas 
     circunstâncias  –  manifesta  intenção, 
     finalidade, meta e busca diversos meios para 
     atingir o objetivo.


     O  início  desta  fase  é  marcado  pelo 
     aparecimento  de  uma  coordenação  mútua 
     dos  esquemas  secundários,  isto  é,  dois 
     esquemas  antes  usados  de  forma  isolada 
     passam a ser utilizados num único ato.


     O  sujeito  passa  a  estabelecer  novas 
     combinações entre os esquemas e, com isto, 
     aprende  a  relacionar  as  coisas  entre  si. 
     Essas novas combinações são chamadas de 
     esquemas transitivos.

                           
NOÇÃO DE PERMANÊNCIA DOS OBJETOS

    O  desenvolvimento  dessa  nova  capacidade 
    (agregar  dois  ou  mais  esquemas)  permite  à 
    criança  buscar  objetos  desaparecidos,  já  que 
    tal  ato  exige  que  ela  afaste  obstáculos  que 
    ocultam  e  conceba  o  objeto  como  algo 
    situado atrás daqueles que foram afastados. 




    O  sujeito  aprende  a  compreender  o  objeto 
    nas  suas  relações  com  as  coisas  atualmente 
    percebidas  e  não  apenas  nas  suas  relações 
    com  a  ação.  Nesse  momento  ele  começa  a 
    constituir o objeto real.
                            
Fase das reações circulares terciárias
               (11 a 18 meses)

      A  reação  circular  é  denominada  terciária
      porque o sujeito não reproduz simplesmente 
      aquela  experiência  que  traz  um  resultado 
      interessante,  mas  varia  as  ações  durante  a 
      própria repetição.



       Constituição de novos esquemas através da 
         experimentação ou busca de novidade. 



       Surge um tipo superior de coordenação de 
       esquema, já que esta se dirige a busca de 
                    novos meios.  



      O sujeito modifica o ato ligado ao objeto com 
         o propósito de estudar sua natureza – 
               EXPERIMENTAÇÃO ATIVA.

                            
O  progresso  alcançado  pela  criança 
    identifica­se  pelo  fato  dela  adaptar­se  às 
    novas  situações  procurando  descobrir 
    novos meios. 


    INTELIGÊNCIA  EMPÍRICA  –  acomodação 
    intencional     diferenciada  às  novas 
    circunstâncias.

    A  criança,  nesta  fase,  ainda  não  dispõe  da 
    capacidade  de  deduzir  ou  representar;  a 
    solução  de  problemas  novos  é  alcançada 
    pela combinação da busca experimental e da 
    coordenação dos esquemas.




                           
Início do simbolismo (18 a 24 meses)

      Novo  tipo  de  condutas:  invenção  por 
      dedução  e  combinação  mental.  Permitem  à 
      criança  o  desenvolvimento  de  uma 
      INTELIGÊNCIA SISTEMÁTICA.


      A  criança  passa  premeditar  a  ação.  Trata­se 
      da  aplicação  de  meios  conhecidos  às  novas 
      situações.

     Corresponde à transição de uma inteligência 
     sensório­motora  para  uma  inteligência 
     representacional.


     Nesta  fase,  o  sujeito  inventa  novos  meios 
     num  nível  representacional,  sem  atividade 
     sensório­motora  imediata:  a  experiência 
     acontece  então  no  ato  do  pensamento  (a 
     criança  representa  as  ações  antes  de 
     executá­las no plano real).


                             
NÍVEL DA LINGUAGEM



                   MONÓLOGO



 A  criança  emite  sons  e  balbucia  sílabas. 
 Utiliza uma palavra para significar uma frase.




          NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E
               SOCIALIZAÇÃO




                   INDIVIDUAL



A  criança  trabalha  sozinha,  para  ela  as  outras 
pessoas  não  passam  de  objetos,  passíveis  de 
serem  explorados  como  qualquer  outro.  Não 
emprestam  seus  objetos  por  acreditarem  que 
não lhes serão devolvidos.
                            
NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO
               GRÁFICA



          REALISMO FORTUITO



    A  criança  risca  o  papel  sem  coordenar 
    seus  movimentos,  por  puro  exercício  – 
    RABISCAÇÃO.


    Em  geral,  enche  o  papel  de  traçados 
    evoluindo,  ao  final  deste  estágio,  para 
    riscos  circulares  e,  por  fim,  pequenos 
    círculos  em  todo  o  papel  –  DESENHO 
    CELULAR.


    Ao  perguntarmos  à  criança  o  que 
    desenhou,  esta  é  capaz  de  atribuir 
    diferentes  significações  ao  mesmo 
    rabisco,  mudando  o  significado  a  cada 
    pergunta.

                         
NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO
                CORPO



       IMITAÇÃO COMO MODELO



    Como  não  tem  as  representações 
    mentais dos objetos, a criança necessita 
    da  presença  deles  para  imitá­los.  O 
    objeto é o próprio modelo da imitação.

    Inicia  imitando  sons,  evoluindo  para  a 
    aprendizagem da linguagem. No entanto, 
    só  realiza  imitações  com  o  modelo  em 
    sua presença.




                         
PRINCÍPIO DIDÁTICO



    Permissividade  para  a  AÇÃO  da  criança 
    sobre  o  meio:  deslocar  a  si  e  os  objetos  no 
    espaço,  engatinhar,  subir  e  descer  escadas, 
    andar em trilhas, empurrar e puxar, encaixar 
    e  enfileirar  objetos  (blocos,  grãos,  caixas, 
    etc.),  manipular  diferentes  materiais  e 
    texturas  (terra,  água,  pano,  papel,  etc.), 
    imitações faciais, sonoras e de gestos.




                             
ESTÁGIO PRÉ-OPERACIONAL


                  2 aos 7 anos




               
Neste  estágio,  o  sujeito  desenvolve  uma 
     nova  capacidade:  o  pensamento  (no  início 
     egocêntrico, depois  intuitivo)  que  será 
     aperfeiçoado nos estágios subseqüentes.


     A  atividade  lógica  não  pode  ser  confundida 
     com  inteligência,  pois  a  criança  evidencia 
     atos inteligentes sem ter muita lógica.




    A  função  da  lógica  é  a  demonstração,  a 
    busca  da  verdade.  Neste  estágio,  a  criança 
    parece muito segura em todas as coisas, e a 
    necessidade  de  verificação  do  seu 
    pensamento não representa, neste momento, 
    algo importante.



     Nesse  período,  a  troca  de  pontos  de  vista 
     nada  mais  é  que  um  choque  de  afirmações 
     contraditórias,  sem  compreensão  nem 
     motivação.
                            
INTELIGÊNCIA SIMBÓLICA


      O  pensamento  pode  ser  definido  como  a 
      representação interna de eventos.



     A  criança  se  torna  capaz  de  relacionar  dois 
     ou  mais  objetos  no  plano  mental, 
     independente  da  atividade  sensorial  e 
     motora.



     Esta  capacidade  de  representar  os  objetos 
     passa  a  ser  possível  graças  à  função 
     simbólica  ou  semiótica,  característica  do 
     desenvolvimento  da  inteligência  neste 
     estágio.




                             
A  passagem  da  ação  (período  sensório­
    motor)  ao  pensamento  (conceito)  não 
    acontece  de  forma  brusca,  mas  num 
    processo de diferenciação progressivo.



    Ao contrário da inteligência sensório­motora, 
    a  inteligência  pré­operatória  independe  da 
    percepção,  possibilitando  ao  sujeito 
    relacionar dois ou mais objetos(ausentes ou 
    presentes), duas ou mais ações (do passado 
    ou do presente).


    A  criança  pré­operatória  é  capaz  de 
    reconstituir suas ações passadas através de 
    narrativas e de antecipar suas ações futuras 
    pela representação verbal.


    O  aparecimento  da  linguagem  tem  como 
    conseqüência  a  possibilidade  de  troca  entre 
    os  sujeitos,  a  aparição  do  pensamento 
    propriamente dito e a interiorização da ação.

                          
NÍVEIS DA LINGUAGEM



            MONÓLOGO COLETIVO



    As crianças parecem falar entre si, mas suas 
    frases  não  são  coordenadas  e  elas  não  se 
    importam com a resposta  dos  outros. Falam 
    todos ao mesmo tempo.



           INFORMAÇÃO ADAPTADA



    A  criança  adapta  sua  resposta  à  fala  do 
    companheiro,  mas  não  é  capaz  de  manter 
    uma  conversação  longa,  podendo  mudar  de 
    tema a partir de uma palavra que desperte o 
    seu interesse.



                            
NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E
                 SOCIALIZAÇÃO



                   PARES MÓVEIS


    As  crianças  começam  a  andar  em  pares  mas 
    estes  são  móveis,  dissolvem­se  e  refazem­se 
    conforme  a  atividade.  Não  compreende  regras 
    sociais, nem acordos, portanto estes pares não 
    significam  acordos  ou  compromissos  mútuos. 
    Os  conflitos  já  configuram  disputas  (brigas)  e 
    são freqüentes.


                    PARES FIXOS


    Gênese      da    construção        dos     bandos. 
    Caracterizam­se  por  maior  permanência  nas 
    escolhas.       Os         conflitos     diminuem 
    consideravelmente.  São  capazes  de  brincar 
    juntos,  dividindo  seus  brinquedos.  Já  têm 
    noção  do  que  lhe  pertence  e  do  que  pertence 
                              
    aos outros.
NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO
                    GRÁFICA



                REALISMO GORADO


    Incapacidade  sintética.  Não  consegue  colocar 
    todos  os  elementos  que  desenha  na  totalidade 
    ou  no  conjunto.  Começa  a  representar  a  figura 
    humana  através  de  um  círculo  (cabeça)  dotado 
    de pernas e braços (GARATUJAS).



             REALISMO INTELECTUAL



    Consegue organizar os elementos na totalidade. 
    Enriquece  seu  desenho com detalhes; desenha 
    o  que  SABE  que  existe  e  não  o  que  pode  ser 
    visto  de  um  objeto  nesta  ou  naquela  posição  – 
    TRANSPARÊNCIA.

                              
NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO
                     CORPO


                IMITAÇÃO DIFERIDA


    Início  das  representações  mentais.  A  criança  é 
    capaz  de  evocar  pessoas  e  objetos  sem  que 
    estes  estejam  presentes.  Inicia  a  imitação  sem 
    modelo, fazendo dessa um jogo de exercício.



       JOGO SIMBÓLICO



    Capacidade            de 
    reproduzir  situações 
    vividas.      Passa     a 
    assimilar  o  mundo 
    real,  a  criança  usa  a 
    fantasia,  o  “faz­de­
    conta”.
                              
Principal característica do pensamento
                pré­operatório:




            EGOCENTRISMO




    Esta característica sem manifesta no 
     plano perceptivo, afetivo e social.

                       
CARACTERÍSTICAS DO EGOCENTRISMO
           INTELECTUAL


    FINALISMO

                         ANIMISMO



    ARTIFICIALISMO



                     IRREVERSIBILIDADE



    CENTRAÇÃO




                      
FINALISMO

      Para a criança, tudo existe porque tem uma
                  finalidade a cumprir. 


     Geralmente, esta finalidade tem a ver com os 
      interesses dela. Por exemplo: o sol nasce 
             porque ela precisa acordar.


     Fase dos “porquês”: a criança pergunta pelo
            simples prazer de perguntar.




    ANIMISMO

      A criança atribui vida aos seres inanimados. 
         Por exemplo: a escada é má porque a 
                        derrubou. 



                            
ARTIFICIALISMO

      A criança tem dificuldade de diferenciar o 
      que foi construído pelo homem e o que é 
                  obra da natureza. 


    IRREVERSIBILIDADE

       Nesta fase a criança não têm noção de 
     conservação. Isto está intimamente ligado à 
         irreversibilidade do pensamento. 


          Um raciocínio que não consegue 
         compreender que a operação direta 
          corresponde a operação inversa.



     O pensamento da criança pré­operatória só 
         ocorre num sentido, se houver uma 
    transformação, ela não pode ser desfeita por 
        um simples processo de voltar atrás.

                           
CENTRAÇÃO

     Pensamento centralizado, rígido, inflexível, 
      dada a impossibilidade de levar em conta 
    várias relações ao mesmo tempo. MINHA VÓ 
    NÃO PODE SER AO MESMO TEMPO MÃE DA 
                    MINHA MÃE.




                          
ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS
          7 aos 12 anos
                
O  que  marca  a  transição  para  o  estágio 
        operatório  concreto  é  o  domínio  de  um 
        sistema cognitivo que permite que a criança 
        manipule o mundo que a rodeia.




            INTELIGÊNCIA CONCRETA



    Sistema  consistente  e  estável,  através  do  qual 
    pode  compreender  a  realidade  objetivamente, 
    sem  cair  em  contradições  típicas  do  estágio 
    pré­operatório.




                              
Neste  período  as  ações  interiorizadas  ou 
    conceitualizadas  adquirem  a  categoria  de 
    OPERAÇÕES.



    Uma  operação  é  uma  ação  que  pode  ser 
    internalizada  ou  uma  ação  sobre  a  qual  se 
    possa pensar.


    Implica sempre as noções de reversibilidade 
    e conservação.



    Transformações  reversíveis  que  modificam 
    certas  variáveis  e  conservam  outras  a  título 
    de  invariantes  –  são  eminentemente 
    LÓGICAS.



    São  chamadas  concretas  porque  estão 
    baseadas  na  experiência  real  que  o  sujeito 
    vivencia ou vivenciou. Não depende mais da 
    percepção.
                            
Neste período a criança começa a estruturar 
    a realidade pela própria razão.


    A  criança  adquire,  ao  longo  deste  estágio, 
    noção  de  conservação  de  número, 
    substância, peso e volume.

    Neste estágio, também se observam grandes 
    conquistas  do  raciocínio  em  relação  ao 
    tempo, velocidade e espaço.




                           
A  criança  supera  o  egocentrismo  e  é  capaz 
    de ver a totalidade de diferentes ângulos.



    Organiza  o  mundo  de  forma  lógica 
    (operatória); é capaz de incluir conjuntos, de 
    ordenar  elementos  por  suas  grandezas, 
    usando critérios de conjuntos.


    Faz  uso  dos  signos,  convencionais  e 
    arbitrários  (palavra).  É  o  momento  mais 
    adequado  para  a  alfabetização.  A  linguagem 
    oral é cada vez mais importante e é capaz de 
    conversar        longamente        com       os 
    companheiros.




                           
NÍVEL DA LINGUAGEM



                    DIÁLOGO




    A  criança  tem  condições  de  manter  uma 
    conversação,  mas  não  consegue  discutir 
    diferentes pontos de vista para chegar a uma 
    conclusão comum.




                           
NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO
           E SOCIALIZAÇÃO



                     BANDOS


Agrupam­se  em  quantidades  maiores, 
geralmente  liderados  por  uma  criança  que 
possua  características  significativas  (ser  a 
maior, a mais forte, etc). 

      Adoram      chefiar  e    ser    chefiados. 
      Compreendem  as  regras  e  reconhecem  as 
      regras  sociais,  tendo  condições  de 
      estabelecer  compromissos  e  serem  fiéis  a 
      eles. 
São  capazes  de  denunciar  um  colega  que 
infringiu  uma  regra,  por  acreditarem  no  poder 
supremo  das  regras  e  na  sua  imutabilidade 
(“moral do dever”).
       Os  conflitos  deixam  de  ser  meramente  físicos, 
       pois a pressão do grupo é uma dura pena.
                              
NÍVEL DE
       REPRESENTAÇÃO GRÁFICA


                 REALISMO
                  VISUAL

    A  criança  já  não  desenha  as  partes 
    ocultas do objeto quando este é visto de 
    um  determinado  ângulo.  Supera  as 
    transparências, já começa a representar, 
    em seu desenho, a profundidade.




                        
NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO
                    (corpo)



                    DRAMATIZAÇÃO



    A  criança  torna­se  capaz  de  reproduzir  textos 
    ou  representá­los  a  partir  de  situações  vividas, 
    respeitando  um  contexto  temporal  e  uma 
    seqüência lógica. São capazes de criar histórias 
    com  enredo,  geralmente  a  partir  de  situações 
    vividas.




                               
PRINCÍPIO DIDÁTICO




            A  criança  é  capaz 
            de  concentrar­se 
            por  um  período 
            maior  de  tempo. 
            Tem condições de 
            executar  tarefas 
            que       envolvam 
            seqüências         e 
            regras,  devendo 
            explorar 
            experiências 
            concretas         de 
            resultados 
            imediatos  ou  de 
            prazo mais longo.




     
                    
    ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES FORMAIS
           12 ANOS em diante
Este  período  é  denominado  operatório 
    formal  porque  a  lógica  extrapola  o  real, 
    possibilitando  o  desenvolvimento  de  um 
    pensamento  lógico  considerado  a  forma  de 
    um  argumento,  independente  da  realidade 
    concreta.



    O sujeito constrói um sistema lógico que lhe 
    possibilita  operar  mentalmente  sobre 
    proposições.

    Tem  início  os  processos  de  pensamento 
    hipotético  dedutivos  –  o  sujeito  começa  a 
    considerar  o  possível  como  um  conjunto  de 
    hipóteses  que  precisam  ser  sucessivamente 
    comprovadas.



    Nesta  fase,  o  indivíduo  demonstra  grande 
    interesse  nas  transformações  sociais  e  nas 
    teorias voltadas para o futuro.


                          
NÍVEL DA LINGUAGEM


                  DISCUSSÃO



O adolescente é capaz de discutir um tema com 
diferentes  pontos  de  vista  e  chegar  a  uma 
conclusão.

        NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E
             SOCIALIZAÇÃO



                     GRUPOS



  As  crianças  são  capazes  de  formar  grupos 
  propriamente ditos, os grupos de adolescentes, 
  onde descobrem que as leis são transformáveis 
  e  seu  compromisso  antes  de  tudo  é  com  SEU 
  grupo. São absolutamente fiéis a ele (“moral da 
  cooperação”).           
NÍVEL DE
          REPRESENTAÇÃO GRÁFICA


                  TÉCNICAS DE
                   DESENHO

    Utiliza  as  coordenadas,  desenhando  um 
    conjunto  que  envolve  relações  métricas, 
    proporções  e  profundidade.  Pode  aprender 
    todas as técnicas de desenho.


                 NÍVEL DE
           REPRESENTAÇÃO (corpo)



                     TEATRO


    O adolescente pode dominar todo o conjunto de 
    representação de um texto e desenvolver todos 
    os aspectos que envolvem as práticas teatrais.

                           
Inteligência abstrata

      Pensamento verbalizado e socializado

      Dissociação entre  o eu e o outro

       Intercâmbio entre o eu e o outro

       Linguagem socializada

      Afetos interindividuais: sentimentos 
      e ideais coletivos


     Nesta fase, a linguagem dá suporte ao 
  pensamento conceitual; há possibilidade de 
formulação de hipóteses e preposições; o jovem 
 caminha para a autonomia no tocante às regras 
   sociais. Consegue caminhar para rejeitar, 
    criticar, aceitar, refletir sobre valores e 
    convenções sociais, culminando com a 
           construção da autonomia.
                         

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Piage Completo

  • 1. Teoria Construtivista Profª. Drª. Andréa Forgiarini Cechin Universidade Federal de Santa Maria afcechin@gmail.com    
  • 2.    
  • 3. Em  9  de  agosto,  na  cidade  suíça  de  Neuchâtel,  nasce  Piaget.  Aos  10  anos  publica  na  revista  da  Sociedade  dos  Amigos  da  Natureza  de  Neuchâtel  um  artigo  com  estudos  sobre  um  pardal  albino. Forma­se  em  Biologia  pela  Universidade de Neuchâtel.    
  • 4. Torna­se  doutor.  Sua  tese  foi  sobre  moluscos. Muda­se  para  a  Zurique  para  estudar  Psicologia  (principalmente psicanálise). Muda­se  para  a  França.  Ingressa  na  Universidade  de  Paris. É  convidado  a  trabalhar  com  testes de inteligência infantil.    
  • 5. A  convite  do  psicólogo  da  educação  Claparède  (Escola  Nova)  passa  a  fazer  suas  pesquisas  no  Instituto  Jean­ Jacques  Rousseau,  em  Genebra,  destinado  à  formação de professores. Lança  seu  primeiro  livro:  “A  Linguagem  e  o  Pensamento  da Criança”. Casa­se  com  Valentine  Châtenay,  uma  de  suas  assistentes,  com  quem  teve  três  filhos:  Jacqueline  (1925),    Lucienne   (1927)  e  Laurent  (1931).
  • 6. Começa a lecionar Psicologia,  História  da  ciência  e  Sociologia em Neuchâtel. Em  Genebra  passa  a  ensinar  História  do  Pensamento  Científico. Assume  o  Gabinete  Internacional  de  Educação  (dedicado  a  estudos  pedagógicos). Escreve vários trabalhos sobre  as  primeiras  fases  do  desenvolvimento, muitos deles  inspirados  na  observação  de    seus três filhos.  
  • 7. Com as pesquisadoras Bärbel  Inhelder  e  Alina  Szeminska,  publica  trabalhos  sobre  a  formação  dos  conceitos  matemáticos e físicos. Participa  da  elaboração  da  Constituição  da  Unesco.  Torna­se  membro  do  conselho executivo e é várias  vezes  subdiretor  geral,  responsável  pelo  Departamento de Educação.    
  • 8. Publica  a  primeira  síntese  de  sua  teoria  do  conhecimento:  “Introdução  à  Epistemologia  Genética”. É  convidado  a  lecionar  na  Universidade  de  Sourbonne,  em  Paris,  sucedendo  ao  filósofo Merleau­Ponty. Em  Genebra,  funda  o  Centro  Internacional  de  Epistemologia  Genética,  destinado  a  realizar  pesquisas  interdisciplinares  sobre  a  formação  da    inteligência.  
  • 9. Escreve  a  principal  obra  de  sua  maturidade:  “Biologia  e  Conhecimento”. Piaget  morre  em  Genebra,  no  dia 16 de setembro.    
  • 10. PREOCUPAÇÃO CENTRAL DE  PIAGET SUJEITO EPISTÊMICO Estudo dos processos de  pensamentos presentes desde a  infância inicial até a idade adulta Visão interacionista Mostrou  a  criança  e  o  homem  num  processo  ativo  de  contínua  interação,    procurando  entender  quais  os  mecanismos  mentais  que  o  sujeito  usa  nas  diferentes  etapas  da  vida  para      compreender o mundo. 
  • 11. CONHECIMENTO Resultado da interação SUJEITO - OBJETO através de sua AÇÃO, o sujeito toma contato com o objeto    
  • 12. Não há conhecimento que resulte de  um simples registro de observações  ou  sem  uma  estruturação  devida  às  atividades do sujeito. Também não há estruturas cognitivas  inatas. O  funcionamento  da  inteligência  é  herdado,  no  entanto,  as  estruturas  da  mente são construídas pela via de uma  organização  sucessiva  de  ações  do  sujeito sobre o objeto.    
  • 13. Estudo  dos  processos  que  o  indivíduo  usa  para  conhecer  a  realidade.  Formulação  de  um  ponto  de  vista  filosófico  sobre  a  gênese  do  conhecimento.  Reflexão sobre as bases filosóficas do  conhecimento. Chama­se genética porque estuda  como nasce e se desenvolve o  conhecimento no ser humano    
  • 14. Saber  quais  os  processos  mentais  envolvidos  numa  determinada  situação  de  resolução  de  problemas  e  quais  os  processos  que  ocorrem  no  indivíduo  que  possibilite  aquele  tipo de atuação. Mostra  como  o  conhecimento  se  desenvolve,  desde  as  rudimentares  estruturas  mentais  do  recém­ nascido  até  o  pensamento  lógico  formal do adolescente.    
  • 15. Piaget  considerou  que  se  estudasse  cuidadosa  e  profundamente  a  maneira  pela  qual  as  crianças  constroem  as  noções  fundamentais  de  conhecimento  lógico  poderia  compreender­se  a  gênese  e  a  evolução do conhecimento humano. Após  estudos,  Piaget  concebeu  que  a  criança  possui  uma  lógica  de  funcionamento  mental  que  difere  –  qualitativamente  –  da  lógica  do  funcionamento mental do adulto.    
  • 16. Para  Piaget  a  adaptação  à  realidade  externa  depende  basicamente  do  conhecimento. Só  o  conhecimento  possibilita  ao  indivíduo  um  estado  de  equilíbrio  interno que o capacita a adaptar­se  ao meio ambiente. Existe  uma  realidade  externa  ao  sujeito  do  conhecimento  que  regula e corrige o desenvolvimento  do conhecimento adaptativo. A função desse desenvolvimento é  produzir  estruturas  lógicas  que  permitam  ao  sujeito  atuar  sobre  o  mundo  de  formas  cada  vez  mais  flexíveis e complexas.    
  • 17. HEREDITARIEDADE Para Piaget, o sujeito herda uma série  de  estruturas  biológicas  que  predispõem  o  surgimento  de  certas  estruturas mentais.  Não herdamos a inteligência, mas um  organismo  que  vai  amadurecer  no  contato com o meio ambiente.     
  • 18. Da  interação  organismo­ambiente  resultarão  determinadas  estruturas  cognitivas  que  vão  funcionar  de  modo  semelhante    durante  toda  a  vida do sujeito.  Segundo  Piaget,  esse  modo  de  funcionamento,  que  constitui  nossa  herança  biológica,  permanece  constante durante toda a vida. A  maturação  do  organismo  vai  contribuir  de  forma  decisiva  para  o  aparecimento  de  estruturas  mentais  que  proporcionam  a  possibilidade  de  adaptação  cada  vez  melhor  ao  ambiente.    
  • 19. AMBIENTE Inclui  tanto  aspectos  físicos  como  sociais.  Tanto  o  ambiente  físico  como  o  social  concorrem  no  sentido  de  oferecer  estímulos  e  situações  que  requerem  um  processo cognitivo para resolução.  No  aspecto  físico,  um  ambiente  rico  em  estimulação  irá  proporcionar  objetos  que  possam  ser  manipulados  pela  criança,  lugares  que  possam  ser  explorados,  oportunidades de observação de fenômenos  da natureza, etc.  No  plano  social,  o  ambiente  será  rico  de  estimulação  quando  reforçar  e  valorizar  a  aquisição  de  competência  da  criança  em  muitos aspectos.    
  • 20. ESQUEMAS Estruturas  mentais  ou  cognitivas  pelas  quais  os  indivíduos  intelectualmente  se  adaptam  e  organizam o meio. São de natureza reflexa (nascimento). São construídos. É  uma  unidade  estrutural  básica  de  pensamento  ou  de  ação  e  que  corresponde  a  estrutura  biológica  que  se  muda  e  se  adapta.  São  unidades  estruturais  móveis  que  se  modificam  e  adaptam,  enriquecendo  com  isso  tanto  o  repertório  comportamental  como  a    vida mental do indivíduo.  
  • 21. Os esquemas estão em contínuo  desenvolvimento Este  desenvolvimento  permite  ao  indivíduo  uma  adaptação  mais  complexa  a  uma  realidade  que  é  percebida  por  ele  de  forma  cada  vez  mais  diferenciada  e  abrangente,  exigindo  formas  de  comportamento  e  pensamento mais evoluídas.    
  • 22. ADAPTAÇÃO O  ambiente  físico  e  social  coloca  continuamente  o  indivíduo  diante  de  questões  que  rompem  o  estado  de  equilíbrio  do  organismo  e  eliciam  a  busca  de  comportamentos mais adaptativos. As  novas  questões  movimentam  o  organismo nos sentido de resolve­las. Para  tanto,  utilizará  as  estruturas  mentais  (ESQUEMAS)  já  existentes  ou  então,  quando  estas  estruturas  se  mostram  ineficientes,  elas  serão  modificadas  a  fim  de  se  chegar  a  uma  forma  adequada  para  se  lidar  com a nova situação.    
  • 23. No  processo  de  adaptação  estão  implicados  dois  processos  complementares:  ASSIMILAÇÃO  e  ACOMODAÇÃO. ASSIMILAÇÃO Processo de absorção do que é oferecido  pelo mundo que nos rodeia. Tentativa  de  solucionar  uma  determinada  situação,  utilizando  uma  estrutura  mental  já  formada  ou  a  incorporação de um conhecimento a um  sistema já pronto. É  a  atualização  de  um  aspecto  do  repertório  comportamental  ou  mental  do sujeito numa dada circunstância.     
  • 24. assimilação  é  continuamente  modificada  pelo  processo  paralelo  de  acomodação. ACOMODAÇÃO Processo  mediante  o  qual  nosso  organismo  se  modifica,  no  sentido  de  adaptar­se às novas exigências. Modificação  de  estruturas  antigas  com  vistas  à  solução  de  um  novo  problema,  de uma nova situação. A  criança  é  o  próprio  agente  de  seu  desenvolvimento,  os  processos  assimilativos  estendem  seu  domínio  e  a  acomodação  leva  a  modificações  da  atividade.  Do  equilíbrio  desses  dois  processos  advém  uma  adaptação  ao  mundo  cada  vez  mais  adequada  e  uma  conseqüente  organização mental.    
  • 25. EQUILÍBRIO Processo  de  organização  das  estruturas  cognitivas  num  sistema  coerente,  independente,  que  possibilita  ao  indivíduo  a adaptação à realidade. Restabelecimento do equilíbrio entre o  entendimento presente e novas  experiências.    
  • 26. A  aprendizagem  depende  do  processo  de  equilibração:  a  criança  tem  oportunidade  de  crescer  e  se  desenvolver  quando  o equilíbrio é desestabilizado. A função do professor, nesta  perspectiva, é desafiar o aluno,  provocando constante  desequilíbrio em seus esquemas  mentais.    
  • 27. Como Piaget conceitua o desenvolvimento  cognitivo O  desenvolvimento  é  um  processo  espontâneo  que  dirige  a  aprendizagem;  determina,  em  grande  parte,  o  modo  pelo  qual a aprendizagem ocorre. É um processo contínuo que começa com  nascimento. As  faixas  etárias  p/  cada  período  são  idades  médias  nas  quais  as  crianças  geralmente  demonstram  características  de  pensamento de cada período. Os períodos são irreversíveis. As  crianças  não  pulam  estágios  e  os  ritmos  de  desenvolvimento  variam    consideravelmente.  
  • 28. DESENVOLVIMENTO EQUILIBRAÇÃO PROGRESSIVA É seqüencial e vai de estruturas mais imples para estruturas mais complexas Os estágios são os mesmos para todos indivíduos e se sucedem na mesma orde    
  • 29. ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO Sensório-motor Pré-operacional operações concretas operações formais    
  • 30. ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR     zero aos 24 meses
  • 31. Esse estágio é chamado de sensório­motor  porque os atos inteligentes da criança  compreendem a ações motoras como  resposta aos diversos estímulos que  afetam os seus sentidos. Nesse estágio, a criança assimila o meio exterior  à  sua  própria  atividade  e  depois  prolonga  essa  assimilação através de esquemas mais móveis e,  ao  mesmo  tempo,  mais  aptos  a  coordenarem­se  entre si. Inicialmente  o  objeto  é  somente  algo  para  chupar,  olhar  ou  agarrar,  depois  transforma­se  em coisa para deslocar, mover e utilizar para fins  cada vez mais complexos. Assimilar  significa,  nesse  momento,  compreender ou deduzir, e o processo confunde­ se  com  a  relação  que  se  estabelece  entre  um  objeto e os demais.    
  • 32. INDISSOCIAÇÃO ENTRE O EU E O OUTRO A percepção da criança recém­nascida pode ser  descrita em termos de total indiferenciação do  meio no qual vive. Apresenta uma percepção global e  indiferenciada, não distinguindo sequer o seu  próprio corpo dos demais objetos à sua volta. Gradualmente aprende a discriminar pessoas e  objetos à sua volta e compreende que os objetos  continuam a existir mesmo que não sejam  acessíveis a algum receptor sensorial.    
  • 33. INTELIGÊNCIA PRÁTICA A criança ainda não dispõe de uma  estrutura representativa, permitindo a ela  internalizar os objetos, de modo que possa  agir apenas no plano mental. EGOCENTRISMO RADICAL Nesse estágio, a ação da criança  forma um todo isolável que tem  como referência o próprio corpo.    
  • 34. O estágio sensório­motor compreende  seis sub­estágios: Fase dos reflexos Fase das reações circulares primárias Fase das reações circulares secundárias Fase da coordenação de esquemas secundários Fase das reações circulares terciárias Início do simbolismo    
  • 35. Fase dos reflexos (primeiro mês) As  trocas  que  o  recém­nascido  estabelece  com  o  meio  se  resumem  a  reações  bem  específicas a certos estímulos, originalmente  ligadas ao plano genético – os reflexos. Esses  reflexos  não  têm  um  caráter  passivo,  ao contrário, evidenciam uma forma precoce  de assimilação sensoriomotora. Por  exemplo,  os  reflexos  de  sucção  se  aperfeiçoam  com  o  exercício,  levando  a  discriminações  e  a  uma  espécie  de  generalização da atividade.    
  • 36. Fase das reações circulares primárias  (1 a 4 meses) Na  teoria  piagetiana,  uma  reação  circular  compreende  uma  ação  que  se  repete.  É  chamada  primária  quando  centralizada  no  próprio corpo. Nesta  fase  a  criança  começa  a  realizar  algumas  discriminações  perceptivas,  como  sorrir  em  reconhecimento  a  certas  pessoas,  mas ainda não se pode atribuir a ela a noção  de  pessoa  ou  objeto:ainda  não  é  capaz  de  distinguir entre ela e o meio externo.    
  • 37. Fase das reações circulares secundárias  (4 a 8 meses) Nesta  fase,  as  reações  circulares  são  chamadas  secundárias  porque  estão  voltadas para os objetos. Quando  uma  ação  sobre  o  meio  externo  produz  um  resultado  desejado  ela  tende  a  repetir­se:  o  sujeito  procura  encontrar  o  movimento que exerceu por acaso um efeito  interessante sobre os objetos. O  comportamento  da  criança  começa  a  dirigir­se  a  um  fim.  Inicia  a  manifestação  de  uma intencionalidade primitiva, já que os fins  decorrem  do  comportamento  anterior  (não  intencional).    
  • 38. O que diferencia, basicamente, as  reações circulares secundárias das  primárias, é que, para as secundárias, o  interesse se volta para o efeito sobre  os objetos da realidade exterior e não  somente na atividade como tal.    
  • 39. Fase da coordenação de esquemas secundários (8 a 11meses) Piaget  identifica,  nesta  fase,  as  primeiras  condutas propriamente inteligentes. O  sujeito  aplica  meios  conhecidos  às  novas  circunstâncias  –  manifesta  intenção,  finalidade, meta e busca diversos meios para  atingir o objetivo. O  início  desta  fase  é  marcado  pelo  aparecimento  de  uma  coordenação  mútua  dos  esquemas  secundários,  isto  é,  dois  esquemas  antes  usados  de  forma  isolada  passam a ser utilizados num único ato. O  sujeito  passa  a  estabelecer  novas  combinações entre os esquemas e, com isto,  aprende  a  relacionar  as  coisas  entre  si.  Essas novas combinações são chamadas de  esquemas transitivos.    
  • 40. NOÇÃO DE PERMANÊNCIA DOS OBJETOS O  desenvolvimento  dessa  nova  capacidade  (agregar  dois  ou  mais  esquemas)  permite  à  criança  buscar  objetos  desaparecidos,  já  que  tal  ato  exige  que  ela  afaste  obstáculos  que  ocultam  e  conceba  o  objeto  como  algo  situado atrás daqueles que foram afastados.  O  sujeito  aprende  a  compreender  o  objeto  nas  suas  relações  com  as  coisas  atualmente  percebidas  e  não  apenas  nas  suas  relações  com  a  ação.  Nesse  momento  ele  começa  a    constituir o objeto real.  
  • 41. Fase das reações circulares terciárias (11 a 18 meses) A  reação  circular  é  denominada  terciária porque o sujeito não reproduz simplesmente  aquela  experiência  que  traz  um  resultado  interessante,  mas  varia  as  ações  durante  a  própria repetição. Constituição de novos esquemas através da  experimentação ou busca de novidade.  Surge um tipo superior de coordenação de  esquema, já que esta se dirige a busca de  novos meios.   O sujeito modifica o ato ligado ao objeto com  o propósito de estudar sua natureza –  EXPERIMENTAÇÃO ATIVA.    
  • 42. O  progresso  alcançado  pela  criança  identifica­se  pelo  fato  dela  adaptar­se  às  novas  situações  procurando  descobrir  novos meios.  INTELIGÊNCIA  EMPÍRICA  –  acomodação  intencional  diferenciada  às  novas  circunstâncias. A  criança,  nesta  fase,  ainda  não  dispõe  da  capacidade  de  deduzir  ou  representar;  a  solução  de  problemas  novos  é  alcançada  pela combinação da busca experimental e da  coordenação dos esquemas.    
  • 43. Início do simbolismo (18 a 24 meses) Novo  tipo  de  condutas:  invenção  por  dedução  e  combinação  mental.  Permitem  à  criança  o  desenvolvimento  de  uma  INTELIGÊNCIA SISTEMÁTICA. A  criança  passa  premeditar  a  ação.  Trata­se  da  aplicação  de  meios  conhecidos  às  novas  situações. Corresponde à transição de uma inteligência  sensório­motora  para  uma  inteligência  representacional. Nesta  fase,  o  sujeito  inventa  novos  meios  num  nível  representacional,  sem  atividade  sensório­motora  imediata:  a  experiência  acontece  então  no  ato  do  pensamento  (a  criança  representa  as  ações  antes  de  executá­las no plano real).    
  • 44. NÍVEL DA LINGUAGEM MONÓLOGO A  criança  emite  sons  e  balbucia  sílabas.  Utiliza uma palavra para significar uma frase. NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO INDIVIDUAL A  criança  trabalha  sozinha,  para  ela  as  outras  pessoas  não  passam  de  objetos,  passíveis  de  serem  explorados  como  qualquer  outro.  Não  emprestam  seus  objetos  por  acreditarem  que  não lhes serão devolvidos.    
  • 45. NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA REALISMO FORTUITO A  criança  risca  o  papel  sem  coordenar  seus  movimentos,  por  puro  exercício  –  RABISCAÇÃO. Em  geral,  enche  o  papel  de  traçados  evoluindo,  ao  final  deste  estágio,  para  riscos  circulares  e,  por  fim,  pequenos  círculos  em  todo  o  papel  –  DESENHO  CELULAR. Ao  perguntarmos  à  criança  o  que  desenhou,  esta  é  capaz  de  atribuir  diferentes  significações  ao  mesmo  rabisco,  mudando  o  significado  a  cada  pergunta.    
  • 46. NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO CORPO IMITAÇÃO COMO MODELO Como  não  tem  as  representações  mentais dos objetos, a criança necessita  da  presença  deles  para  imitá­los.  O  objeto é o próprio modelo da imitação. Inicia  imitando  sons,  evoluindo  para  a  aprendizagem da linguagem. No entanto,  só  realiza  imitações  com  o  modelo  em  sua presença.    
  • 47. PRINCÍPIO DIDÁTICO Permissividade  para  a  AÇÃO  da  criança  sobre  o  meio:  deslocar  a  si  e  os  objetos  no  espaço,  engatinhar,  subir  e  descer  escadas,  andar em trilhas, empurrar e puxar, encaixar  e  enfileirar  objetos  (blocos,  grãos,  caixas,  etc.),  manipular  diferentes  materiais  e  texturas  (terra,  água,  pano,  papel,  etc.),  imitações faciais, sonoras e de gestos.    
  • 48. ESTÁGIO PRÉ-OPERACIONAL 2 aos 7 anos    
  • 49. Neste  estágio,  o  sujeito  desenvolve  uma  nova  capacidade:  o  pensamento  (no  início  egocêntrico, depois  intuitivo)  que  será  aperfeiçoado nos estágios subseqüentes. A  atividade  lógica  não  pode  ser  confundida  com  inteligência,  pois  a  criança  evidencia  atos inteligentes sem ter muita lógica. A  função  da  lógica  é  a  demonstração,  a  busca  da  verdade.  Neste  estágio,  a  criança  parece muito segura em todas as coisas, e a  necessidade  de  verificação  do  seu  pensamento não representa, neste momento,  algo importante. Nesse  período,  a  troca  de  pontos  de  vista  nada  mais  é  que  um  choque  de  afirmações  contraditórias,  sem  compreensão  nem  motivação.    
  • 50. INTELIGÊNCIA SIMBÓLICA O  pensamento  pode  ser  definido  como  a  representação interna de eventos. A  criança  se  torna  capaz  de  relacionar  dois  ou  mais  objetos  no  plano  mental,  independente  da  atividade  sensorial  e  motora. Esta  capacidade  de  representar  os  objetos  passa  a  ser  possível  graças  à  função  simbólica  ou  semiótica,  característica  do  desenvolvimento  da  inteligência  neste  estágio.    
  • 51. A  passagem  da  ação  (período  sensório­ motor)  ao  pensamento  (conceito)  não  acontece  de  forma  brusca,  mas  num  processo de diferenciação progressivo. Ao contrário da inteligência sensório­motora,  a  inteligência  pré­operatória  independe  da  percepção,  possibilitando  ao  sujeito  relacionar dois ou mais objetos(ausentes ou  presentes), duas ou mais ações (do passado  ou do presente). A  criança  pré­operatória  é  capaz  de  reconstituir suas ações passadas através de  narrativas e de antecipar suas ações futuras  pela representação verbal. O  aparecimento  da  linguagem  tem  como  conseqüência  a  possibilidade  de  troca  entre  os  sujeitos,  a  aparição  do  pensamento  propriamente dito e a interiorização da ação.    
  • 52. NÍVEIS DA LINGUAGEM MONÓLOGO COLETIVO As crianças parecem falar entre si, mas suas  frases  não  são  coordenadas  e  elas  não  se  importam com a resposta  dos  outros. Falam  todos ao mesmo tempo. INFORMAÇÃO ADAPTADA A  criança  adapta  sua  resposta  à  fala  do  companheiro,  mas  não  é  capaz  de  manter  uma  conversação  longa,  podendo  mudar  de  tema a partir de uma palavra que desperte o  seu interesse.    
  • 53. NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO PARES MÓVEIS As  crianças  começam  a  andar  em  pares  mas  estes  são  móveis,  dissolvem­se  e  refazem­se  conforme  a  atividade.  Não  compreende  regras  sociais, nem acordos, portanto estes pares não  significam  acordos  ou  compromissos  mútuos.  Os  conflitos  já  configuram  disputas  (brigas)  e  são freqüentes. PARES FIXOS Gênese  da  construção  dos  bandos.  Caracterizam­se  por  maior  permanência  nas  escolhas.  Os  conflitos  diminuem  consideravelmente.  São  capazes  de  brincar  juntos,  dividindo  seus  brinquedos.  Já  têm    noção  do  que  lhe  pertence  e  do  que  pertence    aos outros.
  • 54. NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA REALISMO GORADO Incapacidade  sintética.  Não  consegue  colocar  todos  os  elementos  que  desenha  na  totalidade  ou  no  conjunto.  Começa  a  representar  a  figura  humana  através  de  um  círculo  (cabeça)  dotado  de pernas e braços (GARATUJAS). REALISMO INTELECTUAL Consegue organizar os elementos na totalidade.  Enriquece  seu  desenho com detalhes; desenha  o  que  SABE  que  existe  e  não  o  que  pode  ser  visto  de  um  objeto  nesta  ou  naquela  posição  –  TRANSPARÊNCIA.    
  • 55. NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO CORPO IMITAÇÃO DIFERIDA Início  das  representações  mentais.  A  criança  é  capaz  de  evocar  pessoas  e  objetos  sem  que  estes  estejam  presentes.  Inicia  a  imitação  sem  modelo, fazendo dessa um jogo de exercício. JOGO SIMBÓLICO Capacidade  de  reproduzir  situações  vividas.  Passa  a  assimilar  o  mundo  real,  a  criança  usa  a  fantasia,  o  “faz­de­ conta”.    
  • 56. Principal característica do pensamento pré­operatório: EGOCENTRISMO Esta característica sem manifesta no  plano perceptivo, afetivo e social.    
  • 57. CARACTERÍSTICAS DO EGOCENTRISMO  INTELECTUAL FINALISMO ANIMISMO ARTIFICIALISMO IRREVERSIBILIDADE CENTRAÇÃO    
  • 58. FINALISMO Para a criança, tudo existe porque tem uma  finalidade a cumprir.  Geralmente, esta finalidade tem a ver com os  interesses dela. Por exemplo: o sol nasce  porque ela precisa acordar. Fase dos “porquês”: a criança pergunta pelo simples prazer de perguntar. ANIMISMO A criança atribui vida aos seres inanimados.  Por exemplo: a escada é má porque a  derrubou.     
  • 59. ARTIFICIALISMO A criança tem dificuldade de diferenciar o  que foi construído pelo homem e o que é  obra da natureza.  IRREVERSIBILIDADE Nesta fase a criança não têm noção de  conservação. Isto está intimamente ligado à  irreversibilidade do pensamento.  Um raciocínio que não consegue  compreender que a operação direta  corresponde a operação inversa. O pensamento da criança pré­operatória só  ocorre num sentido, se houver uma  transformação, ela não pode ser desfeita por  um simples processo de voltar atrás.    
  • 60. CENTRAÇÃO Pensamento centralizado, rígido, inflexível,  dada a impossibilidade de levar em conta  várias relações ao mesmo tempo. MINHA VÓ  NÃO PODE SER AO MESMO TEMPO MÃE DA  MINHA MÃE.    
  • 61. ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS 7 aos 12 anos    
  • 62. O  que  marca  a  transição  para  o  estágio  operatório  concreto  é  o  domínio  de  um  sistema cognitivo que permite que a criança  manipule o mundo que a rodeia. INTELIGÊNCIA CONCRETA Sistema  consistente  e  estável,  através  do  qual  pode  compreender  a  realidade  objetivamente,  sem  cair  em  contradições  típicas  do  estágio  pré­operatório.    
  • 63. Neste  período  as  ações  interiorizadas  ou  conceitualizadas  adquirem  a  categoria  de  OPERAÇÕES. Uma  operação  é  uma  ação  que  pode  ser  internalizada  ou  uma  ação  sobre  a  qual  se  possa pensar. Implica sempre as noções de reversibilidade  e conservação. Transformações  reversíveis  que  modificam  certas  variáveis  e  conservam  outras  a  título  de  invariantes  –  são  eminentemente  LÓGICAS. São  chamadas  concretas  porque  estão  baseadas  na  experiência  real  que  o  sujeito  vivencia ou vivenciou. Não depende mais da  percepção.    
  • 64. Neste período a criança começa a estruturar  a realidade pela própria razão. A  criança  adquire,  ao  longo  deste  estágio,  noção  de  conservação  de  número,  substância, peso e volume. Neste estágio, também se observam grandes  conquistas  do  raciocínio  em  relação  ao  tempo, velocidade e espaço.    
  • 65. A  criança  supera  o  egocentrismo  e  é  capaz  de ver a totalidade de diferentes ângulos. Organiza  o  mundo  de  forma  lógica  (operatória); é capaz de incluir conjuntos, de  ordenar  elementos  por  suas  grandezas,  usando critérios de conjuntos. Faz  uso  dos  signos,  convencionais  e  arbitrários  (palavra).  É  o  momento  mais  adequado  para  a  alfabetização.  A  linguagem  oral é cada vez mais importante e é capaz de  conversar  longamente  com  os  companheiros.    
  • 66. NÍVEL DA LINGUAGEM DIÁLOGO A  criança  tem  condições  de  manter  uma  conversação,  mas  não  consegue  discutir  diferentes pontos de vista para chegar a uma  conclusão comum.    
  • 67. NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO BANDOS Agrupam­se  em  quantidades  maiores,  geralmente  liderados  por  uma  criança  que  possua  características  significativas  (ser  a  maior, a mais forte, etc).  Adoram  chefiar  e  ser  chefiados.  Compreendem  as  regras  e  reconhecem  as  regras  sociais,  tendo  condições  de  estabelecer  compromissos  e  serem  fiéis  a  eles.  São  capazes  de  denunciar  um  colega  que  infringiu  uma  regra,  por  acreditarem  no  poder  supremo  das  regras  e  na  sua  imutabilidade  (“moral do dever”). Os  conflitos  deixam  de  ser  meramente  físicos,  pois a pressão do grupo é uma dura pena.    
  • 68. NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA REALISMO VISUAL A  criança  já  não  desenha  as  partes  ocultas do objeto quando este é visto de  um  determinado  ângulo.  Supera  as  transparências, já começa a representar,  em seu desenho, a profundidade.    
  • 69. NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO (corpo) DRAMATIZAÇÃO A  criança  torna­se  capaz  de  reproduzir  textos  ou  representá­los  a  partir  de  situações  vividas,  respeitando  um  contexto  temporal  e  uma  seqüência lógica. São capazes de criar histórias  com  enredo,  geralmente  a  partir  de  situações  vividas.    
  • 70. PRINCÍPIO DIDÁTICO A  criança  é  capaz  de  concentrar­se  por  um  período  maior  de  tempo.  Tem condições de  executar  tarefas  que  envolvam  seqüências  e  regras,  devendo  explorar  experiências  concretas  de  resultados  imediatos  ou  de  prazo mais longo.    
  • 71.     ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES FORMAIS 12 ANOS em diante
  • 72. Este  período  é  denominado  operatório  formal  porque  a  lógica  extrapola  o  real,  possibilitando  o  desenvolvimento  de  um  pensamento  lógico  considerado  a  forma  de  um  argumento,  independente  da  realidade  concreta. O sujeito constrói um sistema lógico que lhe  possibilita  operar  mentalmente  sobre  proposições. Tem  início  os  processos  de  pensamento  hipotético  dedutivos  –  o  sujeito  começa  a  considerar  o  possível  como  um  conjunto  de  hipóteses  que  precisam  ser  sucessivamente  comprovadas. Nesta  fase,  o  indivíduo  demonstra  grande  interesse  nas  transformações  sociais  e  nas  teorias voltadas para o futuro.    
  • 73. NÍVEL DA LINGUAGEM DISCUSSÃO O adolescente é capaz de discutir um tema com  diferentes  pontos  de  vista  e  chegar  a  uma  conclusão. NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO GRUPOS As  crianças  são  capazes  de  formar  grupos  propriamente ditos, os grupos de adolescentes,  onde descobrem que as leis são transformáveis  e  seu  compromisso  antes  de  tudo  é  com  SEU  grupo. São absolutamente fiéis a ele (“moral da    cooperação”).  
  • 74. NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA TÉCNICAS DE DESENHO Utiliza  as  coordenadas,  desenhando  um  conjunto  que  envolve  relações  métricas,  proporções  e  profundidade.  Pode  aprender  todas as técnicas de desenho. NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO (corpo) TEATRO O adolescente pode dominar todo o conjunto de  representação de um texto e desenvolver todos  os aspectos que envolvem as práticas teatrais.    
  • 75. Inteligência abstrata Pensamento verbalizado e socializado Dissociação entre  o eu e o outro Intercâmbio entre o eu e o outro Linguagem socializada Afetos interindividuais: sentimentos  e ideais coletivos Nesta fase, a linguagem dá suporte ao  pensamento conceitual; há possibilidade de  formulação de hipóteses e preposições; o jovem  caminha para a autonomia no tocante às regras  sociais. Consegue caminhar para rejeitar,  criticar, aceitar, refletir sobre valores e  convenções sociais, culminando com a  construção da autonomia.