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Teoria
Teoria
Construtivista
Construtivista
Profª. Drª. Andréa Forgiarini Cechin
Profª. Drª. Andréa Forgiarini Cechin
Universidade Federal de Santa Maria
Universidade Federal de Santa Maria
afcechin@gmail.com
afcechin@gmail.com
   
   
Em  9  de  agosto,  na  cidade 
suíça  de  Neuchâtel,  nasce 
Piaget. 
Aos  10  anos  publica  na 
revista  da  Sociedade  dos 
Amigos  da  Natureza  de 
Neuchâtel  um  artigo  com 
estudos  sobre  um  pardal 
albino.
Forma­se  em  Biologia  pela 
Universidade de Neuchâtel.
   
Torna­se doutor. Sua tese foi 
sobre  moluscos.
Muda­se  para  a  Zurique  para 
estudar  Psicologia 
(principalmente psicanálise).
Muda­se  para  a  França. 
Ingressa  na  Universidade  de 
Paris.
É  convidado  a  trabalhar  com 
testes de inteligência infantil.
   
A  convite  do  psicólogo  da 
educação  Claparède  (Escola 
Nova)  passa  a  fazer  suas 
pesquisas  no  Instituto  Jean­
Jacques  Rousseau,  em 
Genebra,  destinado  à 
formação de professores.
Lança  seu  primeiro  livro:  “A 
Linguagem  e  o  Pensamento 
da Criança”.
Casa­se  com  Valentine 
Châtenay,  uma  de  suas 
assistentes,  com  quem  teve 
três filhos: Jacqueline (1925), 
Lucienne  (1927)  e  Laurent 
(1931).
   
Começa a lecionar Psicologia, 
História  da  ciência  e 
Sociologia em Neuchâtel.
Em  Genebra  passa  a  ensinar 
História  do  Pensamento 
Científico.
Assume  o  Gabinete 
Internacional  de  Educação 
(dedicado  a  estudos 
pedagógicos).
Escreve vários trabalhos sobre 
as  primeiras  fases  do 
desenvolvimento, muitos deles 
inspirados  na  observação  de 
seus três filhos.
   
Com as pesquisadoras Bärbel 
Inhelder  e  Alina  Szeminska, 
publica  trabalhos  sobre  a 
formação  dos  conceitos 
matemáticos e físicos.
Participa  da  elaboração  da 
Constituição  da  Unesco. 
Torna­se  membro  do 
conselho executivo e é várias 
vezes  subdiretor  geral, 
responsável  pelo 
Departamento de Educação.
   
Publica  a  primeira  síntese  de 
sua  teoria  do  conhecimento: 
“Introdução  à  Epistemologia 
Genética”.
É  convidado  a  lecionar  na 
Universidade  de  Sourbonne, 
em  Paris,  sucedendo  ao 
filósofo Merleau­Ponty.
Em  Genebra,  funda  o  Centro 
Internacional  de 
Epistemologia  Genética, 
destinado  a  realizar 
pesquisas  interdisciplinares 
sobre  a  formação  da 
inteligência.
   
Escreve  a  principal  obra  de 
sua  maturidade:  “Biologia  e 
Conhecimento”.
Piaget morre em Genebra, no 
dia 16 de setembro.
   
PREOCUPAÇÃO CENTRAL DE 
PIAGET
SUJEITO EPISTÊMICO
Estudo dos processos de 
pensamentos presentes desde a 
infância inicial até a idade adulta
Visão interacionista
Mostrou  a  criança  e  o  homem  num 
processo  ativo  de  contínua  interação,   
procurando  entender  quais  os 
mecanismos  mentais  que  o  sujeito  usa 
nas  diferentes  etapas  da  vida  para 
compreender o mundo. 
   
CONHECIMENTO
Resultado da interação
SUJEITO - OBJETO
através de sua AÇÃO, o
sujeito
toma contato com o objeto
   
Não há conhecimento que resulte de 
um simples registro de observações 
ou sem uma estruturação devida às 
atividades do sujeito.
Também não há estruturas cognitivas 
inatas.
O  funcionamento  da  inteligência  é 
herdado,  no  entanto,  as  estruturas  da 
mente são construídas pela via de uma 
organização  sucessiva  de  ações  do 
sujeito sobre o objeto.
   
Estudo  dos  processos  que  o 
indivíduo  usa  para  conhecer  a 
realidade. 
Formulação  de  um  ponto  de  vista 
filosófico  sobre  a  gênese  do 
conhecimento. 
Reflexão sobre as bases filosóficas do 
conhecimento.
Chama­se genética porque estuda 
como nasce e se desenvolve o 
conhecimento no ser humano
   
Saber  quais  os  processos  mentais 
envolvidos  numa  determinada 
situação de resolução de problemas 
e  quais  os  processos  que  ocorrem 
no  indivíduo  que  possibilite  aquele 
tipo de atuação.
Mostra  como  o  conhecimento  se 
desenvolve,  desde  as  rudimentares 
estruturas  mentais  do  recém­
nascido  até  o  pensamento  lógico 
formal do adolescente.
   
Piaget considerou que se estudasse 
cuidadosa  e  profundamente  a 
maneira  pela  qual  as  crianças 
constroem  as  noções  fundamentais 
de  conhecimento  lógico  poderia 
compreender­se  a  gênese  e  a 
evolução do conhecimento humano.
Após  estudos,  Piaget  concebeu  que 
a  criança  possui  uma  lógica  de 
funcionamento  mental  que  difere  – 
qualitativamente  –  da  lógica  do 
funcionamento mental do adulto.
   
Para  Piaget  a  adaptação  à  realidade 
externa  depende  basicamente  do 
conhecimento.
Só  o  conhecimento  possibilita  ao 
indivíduo  um  estado  de  equilíbrio 
interno que o capacita a adaptar­se 
ao meio ambiente.
Existe  uma  realidade  externa  ao 
sujeito  do  conhecimento  que 
regula e corrige o desenvolvimento 
do conhecimento adaptativo.
A função desse desenvolvimento é 
produzir  estruturas  lógicas  que 
permitam  ao  sujeito  atuar  sobre  o 
mundo  de  formas  cada  vez  mais 
flexíveis e complexas.
   
Para Piaget, o sujeito herda uma série 
de  estruturas  biológicas  que 
predispõem  o  surgimento  de  certas 
estruturas mentais. 
HEREDITARIEDADE
Não herdamos a inteligência, mas um 
organismo  que  vai  amadurecer  no 
contato com o meio ambiente. 
   
Da  interação  organismo­ambiente 
resultarão  determinadas  estruturas 
cognitivas  que  vão  funcionar  de 
modo  semelhante    durante  toda  a 
vida do sujeito. 
Segundo  Piaget,  esse  modo  de 
funcionamento,  que  constitui  nossa 
herança  biológica,  permanece 
constante durante toda a vida.
A  maturação  do  organismo  vai 
contribuir  de  forma  decisiva  para  o 
aparecimento  de  estruturas  mentais 
que proporcionam a possibilidade de 
adaptação  cada  vez  melhor  ao 
ambiente.
   
Inclui  tanto  aspectos  físicos  como  sociais. 
Tanto  o  ambiente  físico  como  o  social 
concorrem  no  sentido  de  oferecer 
estímulos  e  situações  que  requerem  um 
processo cognitivo para resolução. 
No  aspecto  físico,  um  ambiente  rico  em 
estimulação  irá  proporcionar  objetos  que 
possam  ser  manipulados  pela  criança, 
lugares  que  possam  ser  explorados, 
oportunidades de observação de fenômenos 
da natureza, etc. 
AMBIENTE
No  plano  social,  o  ambiente  será  rico  de 
estimulação quando reforçar e valorizar a 
aquisição  de  competência  da  criança  em 
muitos aspectos.
   
ESQUEMAS
Estruturas  mentais  ou  cognitivas 
pelas  quais  os  indivíduos 
intelectualmente  se  adaptam  e 
organizam o meio.
São de natureza reflexa (nascimento).
São construídos.
É  uma  unidade  estrutural  básica  de 
pensamento  ou  de  ação  e  que 
corresponde  a  estrutura  biológica  que 
se  muda  e  se  adapta.  São  unidades 
estruturais  móveis  que  se  modificam  e 
adaptam,  enriquecendo  com  isso  tanto 
o  repertório  comportamental  como  a 
vida mental do indivíduo.
   
Este  desenvolvimento  permite  ao 
indivíduo  uma  adaptação  mais 
complexa  a  uma  realidade  que  é 
percebida  por  ele  de  forma  cada  vez 
mais  diferenciada  e  abrangente, 
exigindo  formas  de  comportamento  e 
pensamento mais evoluídas.
Os esquemas estão em contínuo 
desenvolvimento
   
O  ambiente  físico  e  social  coloca 
continuamente  o  indivíduo  diante  de 
questões que rompem o estado de equilíbrio 
do  organismo  e  eliciam  a  busca  de 
comportamentos mais adaptativos.
ADAPTAÇÃO
Para  tanto,  utilizará  as  estruturas 
mentais  (ESQUEMAS)  já  existentes 
ou  então,  quando  estas  estruturas 
se  mostram  ineficientes,  elas  serão 
modificadas  a  fim  de  se  chegar  a 
uma  forma  adequada  para  se  lidar 
com a nova situação.
As  novas  questões  movimentam  o 
organismo nos sentido de resolve­las.
   
No  processo  de  adaptação  estão 
implicados  dois  processos 
complementares:  ASSIMILAÇÃO  e 
ACOMODAÇÃO.
ASSIMILAÇÃO
Tentativa  de  solucionar  uma 
determinada  situação,  utilizando  uma 
estrutura  mental  já  formada  ou  a 
incorporação de um conhecimento a um 
sistema já pronto.
É  a  atualização  de  um  aspecto  do 
repertório  comportamental  ou  mental 
do sujeito numa dada circunstância. 
Processo de absorção do que é oferecido 
pelo mundo que nos rodeia.
   
Modificação  de  estruturas  antigas  com 
vistas à solução de um novo problema, 
de uma nova situação.
ACOMODAÇÃO
A  assimilação  é  continuamente 
modificada  pelo  processo  paralelo  de 
acomodação.
Processo  mediante  o  qual  nosso 
organismo  se  modifica,  no  sentido  de 
adaptar­se às novas exigências.
A  criança  é  o  próprio  agente  de  seu 
desenvolvimento,  os  processos  assimilativos 
estendem  seu  domínio  e  a  acomodação  leva  a 
modificações  da  atividade.  Do  equilíbrio  desses 
dois processos advém uma adaptação ao mundo 
cada  vez  mais  adequada  e  uma  conseqüente 
organização mental.
   
Processo  de  organização  das  estruturas 
cognitivas  num  sistema  coerente, 
independente,  que  possibilita  ao  indivíduo 
a adaptação à realidade.
EQUILÍBRIO
Restabelecimento do equilíbrio entre o 
entendimento presente e novas 
experiências.
   
A  aprendizagem  depende  do 
processo  de  equilibração:  a 
criança  tem  oportunidade  de 
crescer  e  se  desenvolver  quando 
o equilíbrio é desestabilizado.
A função do professor, nesta 
perspectiva, é desafiar o aluno, 
provocando constante 
desequilíbrio em seus esquemas 
mentais.
   
Como Piaget conceitua o desenvolvimento 
cognitivo
O  desenvolvimento  é  um  processo 
espontâneo  que  dirige  a  aprendizagem; 
determina, em grande parte, o modo pelo 
qual a aprendizagem ocorre.
É um processo contínuo que começa com 
nascimento.
As  faixas  etárias  p/  cada  período  são 
idades  médias  nas  quais  as  crianças 
geralmente demonstram características de 
pensamento de cada período.
Os períodos são irreversíveis.
As  crianças  não  pulam  estágios  e  os 
ritmos  de  desenvolvimento  variam 
consideravelmente.
   
DESENVOLVIMENTO
EQUILIBRAÇÃO PROGRESSIVA
É seqüencial e vai de estruturas mais
imples para estruturas mais complexas
Os estágios são os mesmos para todos
indivíduos e se sucedem na mesma orde
   
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO
Sensório-motor
Pré-operacional
operações concretas
operações formais
   
ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR
zero aos 24 meses
   
Esse estágio é chamado de sensório­motor 
porque os atos inteligentes da criança 
compreendem a ações motoras como 
resposta aos diversos estímulos que 
afetam os seus sentidos.
Nesse estágio, a criança assimila o meio exterior 
à  sua  própria  atividade  e  depois  prolonga  essa 
assimilação através de esquemas mais móveis e, 
ao  mesmo  tempo,  mais  aptos a coordenarem­se 
entre si.
Inicialmente  o  objeto  é  somente  algo  para 
chupar,  olhar  ou  agarrar,  depois  transforma­se 
em coisa para deslocar, mover e utilizar para fins 
cada vez mais complexos.
Assimilar  significa,  nesse  momento, 
compreender ou deduzir, e o processo confunde­
se  com  a  relação  que  se  estabelece  entre  um 
objeto e os demais.
   
INDISSOCIAÇÃO ENTRE O EU E O OUTRO
A percepção da criança recém­nascida pode ser 
descrita em termos de total indiferenciação do 
meio no qual vive.
Apresenta uma percepção global e 
indiferenciada, não distinguindo sequer o seu 
próprio corpo dos demais objetos à sua volta.
Gradualmente aprende a discriminar pessoas e 
objetos à sua volta e compreende que os objetos 
continuam a existir mesmo que não sejam 
acessíveis a algum receptor sensorial.
   
INTELIGÊNCIA PRÁTICA
A criança ainda não dispõe de uma 
estrutura representativa, permitindo a ela 
internalizar os objetos, de modo que possa 
agir apenas no plano mental.
EGOCENTRISMO RADICAL
Nesse estágio, a ação da criança 
forma um todo isolável que tem 
como referência o próprio corpo.
   
Fase dos reflexos
Fase das reações circulares primárias
Fase das reações circulares secundárias
Fase da coordenação de esquemas secundários
Fase das reações circulares terciárias
Início do simbolismo
O estágio sensório­motor compreende 
seis sub­estágios:
   
Fase dos reflexos (primeiro mês)
As  trocas  que  o  recém­nascido  estabelece 
com  o  meio  se  resumem  a  reações  bem 
específicas a certos estímulos, originalmente 
ligadas ao plano genético – os reflexos.
Esses reflexos não têm um caráter passivo, 
ao contrário, evidenciam uma forma precoce 
de assimilação sensoriomotora.
Por  exemplo,  os  reflexos  de  sucção  se 
aperfeiçoam  com  o  exercício,  levando  a 
discriminações  e  a  uma  espécie  de 
generalização da atividade.
   
Fase das reações circulares primárias
 (1 a 4 meses)
Na  teoria  piagetiana,  uma  reação  circular 
compreende  uma  ação  que  se  repete.  É 
chamada  primária  quando  centralizada  no 
próprio corpo.
Nesta  fase  a  criança  começa  a  realizar 
algumas  discriminações  perceptivas,  como 
sorrir em reconhecimento a certas pessoas, 
mas ainda não se pode atribuir a ela a noção 
de  pessoa  ou  objeto:ainda  não  é  capaz  de 
distinguir entre ela e o meio externo.
   
Fase das reações circulares secundárias 
(4 a 8 meses)
Nesta  fase,  as  reações  circulares  são 
chamadas  secundárias  porque  estão 
voltadas para os objetos.
Quando  uma  ação  sobre  o  meio  externo 
produz  um  resultado  desejado  ela  tende  a 
repetir­se:  o  sujeito  procura  encontrar  o 
movimento que exerceu por acaso um efeito 
interessante sobre os objetos.
O  comportamento  da  criança  começa  a 
dirigir­se a um fim. Inicia a manifestação de 
uma intencionalidade primitiva, já que os fins 
decorrem  do  comportamento  anterior  (não 
intencional).
   
O que diferencia, basicamente, as 
reações circulares secundárias das 
primárias, é que, para as secundárias, o 
interesse se volta para o efeito sobre 
os objetos da realidade exterior e não 
somente na atividade como tal.
   
Fase da coordenação de esquemas secundários
(8 a 11meses)
Piaget  identifica,  nesta  fase,  as  primeiras 
condutas propriamente inteligentes.
O sujeito aplica meios conhecidos às novas 
circunstâncias  –  manifesta  intenção, 
finalidade, meta e busca diversos meios para 
atingir o objetivo.
O  início  desta  fase  é  marcado  pelo 
aparecimento  de  uma  coordenação  mútua 
dos  esquemas  secundários,  isto  é,  dois 
esquemas  antes  usados  de  forma  isolada 
passam a ser utilizados num único ato.
O  sujeito  passa  a  estabelecer  novas 
combinações entre os esquemas e, com isto, 
aprende  a  relacionar  as  coisas  entre  si. 
Essas novas combinações são chamadas de 
esquemas transitivos.
   
O  desenvolvimento  dessa  nova  capacidade 
(agregar  dois  ou  mais  esquemas)  permite  à 
criança buscar objetos desaparecidos, já que 
tal  ato  exige  que  ela  afaste  obstáculos  que 
ocultam  e  conceba  o  objeto  como  algo 
situado atrás daqueles que foram afastados. 
NOÇÃO DE PERMANÊNCIA DOS OBJETOS
O  sujeito  aprende  a  compreender  o  objeto 
nas suas relações com as coisas atualmente 
percebidas  e  não  apenas  nas  suas  relações 
com  a  ação.  Nesse  momento  ele  começa  a 
constituir o objeto real.
   
Fase das reações circulares terciárias
(11 a 18 meses)
A  reação  circular  é  denominada  terciária
porque o sujeito não reproduz simplesmente 
aquela  experiência  que  traz  um  resultado 
interessante,  mas  varia  as  ações  durante  a 
própria repetição.
Constituição de novos esquemas através da 
experimentação ou busca de novidade. 
Surge um tipo superior de coordenação de 
esquema, já que esta se dirige a busca de 
novos meios.  
O sujeito modifica o ato ligado ao objeto com 
o propósito de estudar sua natureza – 
EXPERIMENTAÇÃO ATIVA.
   
O  progresso  alcançado  pela  criança 
identifica­se  pelo  fato  dela  adaptar­se  às 
novas  situações  procurando  descobrir 
novos meios. 
A  criança,  nesta  fase,  ainda  não  dispõe  da 
capacidade  de  deduzir  ou  representar;  a 
solução  de  problemas  novos  é  alcançada 
pela combinação da busca experimental e da 
coordenação dos esquemas.
INTELIGÊNCIA  EMPÍRICA  –  acomodação 
intencional  diferenciada  às  novas 
circunstâncias.
   
Início do simbolismo (18 a 24 meses)
Novo  tipo  de  condutas:  invenção  por 
dedução  e  combinação  mental.  Permitem  à 
criança  o  desenvolvimento  de  uma 
INTELIGÊNCIA SISTEMÁTICA.
A criança passa premeditar a ação. Trata­se 
da aplicação de meios conhecidos às novas 
situações.
Corresponde à transição de uma inteligência 
sensório­motora  para  uma  inteligência 
representacional.
Nesta  fase,  o  sujeito  inventa  novos  meios 
num  nível  representacional,  sem  atividade 
sensório­motora  imediata:  a  experiência 
acontece  então  no  ato  do  pensamento  (a 
criança  representa  as  ações  antes  de 
executá­las no plano real).
   
NÍVEL DA LINGUAGEM
A  criança  emite  sons  e  balbucia  sílabas. 
Utiliza uma palavra para significar uma frase.
MONÓLOGO
NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E
SOCIALIZAÇÃO
INDIVIDUAL
A  criança  trabalha  sozinha,  para  ela  as  outras 
pessoas  não  passam  de  objetos,  passíveis  de 
serem  explorados  como  qualquer  outro.  Não 
emprestam  seus  objetos  por  acreditarem  que 
não lhes serão devolvidos.
   
NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO
GRÁFICA
REALISMO FORTUITO
A  criança  risca  o  papel  sem  coordenar 
seus  movimentos,  por  puro  exercício  – 
RABISCAÇÃO.
Em  geral,  enche  o  papel  de  traçados 
evoluindo,  ao  final  deste  estágio,  para 
riscos  circulares  e,  por  fim,  pequenos 
círculos  em  todo  o  papel  –  DESENHO 
CELULAR.
Ao  perguntarmos  à  criança  o  que 
desenhou,  esta  é  capaz  de  atribuir 
diferentes  significações  ao  mesmo 
rabisco,  mudando  o  significado  a  cada 
pergunta.
   
NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO
CORPO
IMITAÇÃO COMO MODELO
Como  não  tem  as  representações 
mentais dos objetos, a criança necessita 
da  presença  deles  para  imitá­los.  O 
objeto é o próprio modelo da imitação.
Inicia  imitando  sons,  evoluindo  para  a 
aprendizagem da linguagem. No entanto, 
só  realiza  imitações  com  o  modelo  em 
sua presença.
   
PRINCÍPIO DIDÁTICO
Permissividade  para  a  AÇÃO  da  criança 
sobre o meio: deslocar a si e os objetos no 
espaço, engatinhar, subir e descer escadas, 
andar em trilhas, empurrar e puxar, encaixar 
e  enfileirar  objetos  (blocos,  grãos,  caixas, 
etc.),  manipular  diferentes  materiais  e 
texturas  (terra,  água,  pano,  papel,  etc.), 
imitações faciais, sonoras e de gestos.
   
ESTÁGIO PRÉ-OPERACIONAL
2 aos 7 anos
   
Neste  estágio,  o  sujeito  desenvolve  uma 
nova  capacidade:  o  pensamento  (no  início 
egocêntrico, depois  intuitivo)  que  será 
aperfeiçoado nos estágios subseqüentes.
A  atividade  lógica  não  pode  ser  confundida 
com  inteligência,  pois  a  criança  evidencia 
atos inteligentes sem ter muita lógica.
A  função  da  lógica  é  a  demonstração,  a 
busca  da  verdade.  Neste  estágio,  a  criança 
parece muito segura em todas as coisas, e a 
necessidade  de  verificação  do  seu 
pensamento não representa, neste momento, 
algo importante.
Nesse  período,  a  troca  de  pontos  de  vista 
nada  mais  é  que  um  choque  de  afirmações 
contraditórias,  sem  compreensão  nem 
motivação.
   
O  pensamento  pode  ser  definido  como  a 
representação interna de eventos.
INTELIGÊNCIA SIMBÓLICA
A  criança  se  torna  capaz  de  relacionar  dois 
ou  mais  objetos  no  plano  mental, 
independente  da  atividade  sensorial  e 
motora.
Esta  capacidade  de  representar  os  objetos 
passa  a  ser  possível  graças  à  função 
simbólica  ou  semiótica,  característica  do 
desenvolvimento  da  inteligência  neste 
estágio.
   
A  passagem  da  ação  (período  sensório­
motor)  ao  pensamento  (conceito)  não 
acontece  de  forma  brusca,  mas  num 
processo de diferenciação progressivo.
Ao contrário da inteligência sensório­motora, 
a  inteligência  pré­operatória  independe  da 
percepção,  possibilitando  ao  sujeito 
relacionar dois ou mais objetos(ausentes ou 
presentes), duas ou mais ações (do passado 
ou do presente).
A  criança  pré­operatória  é  capaz  de 
reconstituir suas ações passadas através de 
narrativas e de antecipar suas ações futuras 
pela representação verbal.
O  aparecimento  da  linguagem  tem  como 
conseqüência a possibilidade de troca entre 
os  sujeitos,  a  aparição  do  pensamento 
propriamente dito e a interiorização da ação.
   
NÍVEIS DA LINGUAGEM
As crianças parecem falar entre si, mas suas 
frases  não  são  coordenadas  e  elas  não  se 
importam com a resposta dos outros. Falam 
todos ao mesmo tempo.
MONÓLOGO COLETIVO
INFORMAÇÃO ADAPTADA
A  criança  adapta  sua  resposta  à  fala  do 
companheiro,  mas  não  é  capaz  de  manter 
uma conversação longa, podendo mudar de 
tema a partir de uma palavra que desperte o 
seu interesse.
   
NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E
SOCIALIZAÇÃO
PARES MÓVEIS
As  crianças  começam  a  andar  em  pares  mas 
estes  são  móveis,  dissolvem­se  e  refazem­se 
conforme  a  atividade.  Não  compreende  regras 
sociais, nem acordos, portanto estes pares não 
significam  acordos  ou  compromissos  mútuos. 
Os  conflitos  já  configuram  disputas  (brigas)  e 
são freqüentes.
PARES FIXOS
Gênese  da  construção  dos  bandos. 
Caracterizam­se  por  maior  permanência  nas 
escolhas.  Os  conflitos  diminuem 
consideravelmente.  São  capazes  de  brincar 
juntos,  dividindo  seus  brinquedos.  Já  têm 
noção  do  que  lhe  pertence  e  do  que  pertence 
aos outros.
   
NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO
GRÁFICA
REALISMO GORADO
Incapacidade  sintética.  Não  consegue  colocar 
todos os elementos que desenha na totalidade 
ou no conjunto. Começa a representar a figura 
humana através de um círculo (cabeça) dotado 
de pernas e braços (GARATUJAS).
REALISMO INTELECTUAL
Consegue organizar os elementos na totalidade. 
Enriquece seu desenho com detalhes; desenha 
o  que  SABE  que  existe  e  não  o  que  pode  ser 
visto de um objeto nesta ou naquela posição – 
TRANSPARÊNCIA.
   
NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO
CORPO
IMITAÇÃO DIFERIDA
Início das representações mentais. A criança é 
capaz  de  evocar  pessoas  e  objetos  sem  que 
estes  estejam  presentes.  Inicia  a  imitação  sem 
modelo, fazendo dessa um jogo de exercício.
JOGO SIMBÓLICO
Capacidade  de 
reproduzir  situações 
vividas.  Passa  a 
assimilar  o  mundo 
real,  a  criança  usa  a 
fantasia,  o  “faz­de­
conta”.
   
Principal característica do pensamento
pré­operatório:
EGOCENTRISMO
Esta característica sem manifesta no 
plano perceptivo, afetivo e social.
   
CARACTERÍSTICAS DO EGOCENTRISMO
 INTELECTUAL
FINALISMO
ANIMISMO
ARTIFICIALISMO
IRREVERSIBILIDADE
CENTRAÇÃO
   
FINALISMO
Para a criança, tudo existe porque tem uma
 finalidade a cumprir. 
Fase dos “porquês”: a criança pergunta pelo
simples prazer de perguntar.
Geralmente, esta finalidade tem a ver com os 
interesses dela. Por exemplo: o sol nasce 
porque ela precisa acordar.
ANIMISMO
A criança atribui vida aos seres inanimados. 
Por exemplo: a escada é má porque a 
derrubou. 
   
ARTIFICIALISMO
A criança tem dificuldade de diferenciar o 
que foi construído pelo homem e o que é 
obra da natureza. 
IRREVERSIBILIDADE
Nesta fase a criança não têm noção de 
conservação. Isto está intimamente ligado à 
irreversibilidade do pensamento. 
Um raciocínio que não consegue 
compreender que a operação direta 
corresponde a operação inversa.
O pensamento da criança pré­operatória só 
ocorre num sentido, se houver uma 
transformação, ela não pode ser desfeita por 
um simples processo de voltar atrás.
   
CENTRAÇÃO
Pensamento centralizado, rígido, inflexível, 
dada a impossibilidade de levar em conta 
várias relações ao mesmo tempo. MINHA VÓ 
NÃO PODE SER AO MESMO TEMPO MÃE DA 
MINHA MÃE.
   
ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS
7 aos 12 anos
   
O  que  marca  a  transição  para  o  estágio 
operatório  concreto  é  o  domínio  de  um 
sistema cognitivo que permite que a criança 
manipule o mundo que a rodeia.
Sistema  consistente  e  estável,  através  do  qual 
pode  compreender  a  realidade  objetivamente, 
sem  cair  em  contradições  típicas  do  estágio 
pré­operatório.
INTELIGÊNCIA CONCRETA
   
Neste  período  as  ações  interiorizadas  ou 
conceitualizadas  adquirem  a  categoria  de 
OPERAÇÕES.
Uma  operação  é  uma  ação  que  pode  ser 
internalizada  ou  uma  ação  sobre  a  qual  se 
possa pensar.
Implica sempre as noções de reversibilidade 
e conservação.
Transformações  reversíveis  que  modificam 
certas variáveis e conservam outras a título 
de  invariantes  –  são  eminentemente 
LÓGICAS.
São  chamadas  concretas  porque  estão 
baseadas  na  experiência  real  que  o  sujeito 
vivencia ou vivenciou. Não depende mais da 
percepção.
   
Neste período a criança começa a estruturar 
a realidade pela própria razão.
A  criança  adquire,  ao  longo  deste  estágio, 
noção  de  conservação  de  número, 
substância, peso e volume.
Neste estágio, também se observam grandes 
conquistas  do  raciocínio  em  relação  ao 
tempo, velocidade e espaço.
   
A  criança  supera  o  egocentrismo  e  é  capaz 
de ver a totalidade de diferentes ângulos.
Organiza  o  mundo  de  forma  lógica 
(operatória); é capaz de incluir conjuntos, de 
ordenar  elementos  por  suas  grandezas, 
usando critérios de conjuntos.
Faz  uso  dos  signos,  convencionais  e 
arbitrários  (palavra).  É  o  momento  mais 
adequado para a alfabetização. A linguagem 
oral é cada vez mais importante e é capaz de 
conversar  longamente  com  os 
companheiros.
   
NÍVEL DA LINGUAGEM
DIÁLOGO
A  criança  tem  condições  de  manter  uma 
conversação,  mas  não  consegue  discutir 
diferentes pontos de vista para chegar a uma 
conclusão comum.
   
NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO
E SOCIALIZAÇÃO
BANDOS
Agrupam­se  em  quantidades  maiores, 
geralmente  liderados  por  uma  criança  que 
possua  características  significativas  (ser  a 
maior, a mais forte, etc). 
Adoram  chefiar  e  ser  chefiados. 
Compreendem  as  regras  e  reconhecem  as 
regras  sociais,  tendo  condições  de 
estabelecer  compromissos  e  serem  fiéis  a 
eles. 
São  capazes  de  denunciar  um  colega  que 
infringiu  uma  regra,  por  acreditarem  no  poder 
supremo  das  regras  e  na  sua  imutabilidade 
(“moral do dever”).
Os  conflitos  deixam  de  ser  meramente  físicos, 
pois a pressão do grupo é uma dura pena.
   
NÍVEL DE
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
REALISMO
VISUAL
A  criança  já  não  desenha  as  partes 
ocultas do objeto quando este é visto de 
um  determinado  ângulo.  Supera  as 
transparências, já começa a representar, 
em seu desenho, a profundidade.
   
NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO
(corpo)
DRAMATIZAÇÃO
A  criança  torna­se  capaz  de  reproduzir  textos 
ou representá­los a partir de situações vividas, 
respeitando  um  contexto  temporal  e  uma 
seqüência lógica. São capazes de criar histórias 
com  enredo,  geralmente  a  partir  de  situações 
vividas.
   
PRINCÍPIO DIDÁTICO
A  criança  é  capaz 
de  concentrar­se 
por  um  período 
maior  de  tempo. 
Tem condições de 
executar  tarefas 
que  envolvam 
seqüências  e 
regras,  devendo 
explorar 
experiências 
concretas  de 
resultados 
imediatos  ou  de 
prazo mais longo.
   
ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES FORMAIS
12 ANOS em diante
   
Este  período  é  denominado  operatório 
formal  porque  a  lógica  extrapola  o  real, 
possibilitando  o  desenvolvimento  de  um 
pensamento  lógico  considerado  a  forma  de 
um  argumento,  independente  da  realidade 
concreta.
O sujeito constrói um sistema lógico que lhe 
possibilita  operar  mentalmente  sobre 
proposições.
Tem  início  os  processos  de  pensamento 
hipotético  dedutivos  –  o  sujeito  começa  a 
considerar o possível como um conjunto de 
hipóteses que precisam ser sucessivamente 
comprovadas.
Nesta  fase,  o  indivíduo  demonstra  grande 
interesse  nas  transformações  sociais  e  nas 
teorias voltadas para o futuro.
   
NÍVEL DA LINGUAGEM
DISCUSSÃO
O adolescente é capaz de discutir um tema com 
diferentes  pontos  de  vista  e  chegar  a  uma 
conclusão.
NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E
SOCIALIZAÇÃO
GRUPOS
As  crianças  são  capazes  de  formar  grupos 
propriamente ditos, os grupos de adolescentes, 
onde descobrem que as leis são transformáveis 
e  seu  compromisso  antes  de  tudo  é  com  SEU 
grupo. São absolutamente fiéis a ele (“moral da 
cooperação”).
   
NÍVEL DE
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
TÉCNICAS DE
DESENHO
Utiliza  as  coordenadas,  desenhando  um 
conjunto  que  envolve  relações  métricas, 
proporções  e  profundidade.  Pode  aprender 
todas as técnicas de desenho.
NÍVEL DE
REPRESENTAÇÃO (corpo)
TEATRO
O adolescente pode dominar todo o conjunto de 
representação de um texto e desenvolver todos 
os aspectos que envolvem as práticas teatrais.
   
Inteligência abstrata
Pensamento verbalizado e socializado
Dissociação entre  o eu e o outro
Intercâmbio entre o eu e o outro
Linguagem socializada
Afetos interindividuais: sentimentos 
e ideais coletivos
Nesta fase, a linguagem dá suporte ao 
pensamento conceitual; há possibilidade de 
formulação de hipóteses e preposições; o jovem 
caminha para a autonomia no tocante às regras 
sociais. Consegue caminhar para rejeitar, 
criticar, aceitar, refletir sobre valores e 
convenções sociais, culminando com a 
construção da autonomia.

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Teoria Construtivista de Piaget

  • 1.     Teoria Teoria Construtivista Construtivista Profª. Drª. Andréa Forgiarini Cechin Profª. Drª. Andréa Forgiarini Cechin Universidade Federal de Santa Maria Universidade Federal de Santa Maria afcechin@gmail.com afcechin@gmail.com
  • 3.     Em  9  de  agosto,  na  cidade  suíça  de  Neuchâtel,  nasce  Piaget.  Aos  10  anos  publica  na  revista  da  Sociedade  dos  Amigos  da  Natureza  de  Neuchâtel  um  artigo  com  estudos  sobre  um  pardal  albino. Forma­se  em  Biologia  pela  Universidade de Neuchâtel.
  • 4.     Torna­se doutor. Sua tese foi  sobre  moluscos. Muda­se  para  a  Zurique  para  estudar  Psicologia  (principalmente psicanálise). Muda­se  para  a  França.  Ingressa  na  Universidade  de  Paris. É  convidado  a  trabalhar  com  testes de inteligência infantil.
  • 5.     A  convite  do  psicólogo  da  educação  Claparède  (Escola  Nova)  passa  a  fazer  suas  pesquisas  no  Instituto  Jean­ Jacques  Rousseau,  em  Genebra,  destinado  à  formação de professores. Lança  seu  primeiro  livro:  “A  Linguagem  e  o  Pensamento  da Criança”. Casa­se  com  Valentine  Châtenay,  uma  de  suas  assistentes,  com  quem  teve  três filhos: Jacqueline (1925),  Lucienne  (1927)  e  Laurent  (1931).
  • 6.     Começa a lecionar Psicologia,  História  da  ciência  e  Sociologia em Neuchâtel. Em  Genebra  passa  a  ensinar  História  do  Pensamento  Científico. Assume  o  Gabinete  Internacional  de  Educação  (dedicado  a  estudos  pedagógicos). Escreve vários trabalhos sobre  as  primeiras  fases  do  desenvolvimento, muitos deles  inspirados  na  observação  de  seus três filhos.
  • 7.     Com as pesquisadoras Bärbel  Inhelder  e  Alina  Szeminska,  publica  trabalhos  sobre  a  formação  dos  conceitos  matemáticos e físicos. Participa  da  elaboração  da  Constituição  da  Unesco.  Torna­se  membro  do  conselho executivo e é várias  vezes  subdiretor  geral,  responsável  pelo  Departamento de Educação.
  • 8.     Publica  a  primeira  síntese  de  sua  teoria  do  conhecimento:  “Introdução  à  Epistemologia  Genética”. É  convidado  a  lecionar  na  Universidade  de  Sourbonne,  em  Paris,  sucedendo  ao  filósofo Merleau­Ponty. Em  Genebra,  funda  o  Centro  Internacional  de  Epistemologia  Genética,  destinado  a  realizar  pesquisas  interdisciplinares  sobre  a  formação  da  inteligência.
  • 9.     Escreve  a  principal  obra  de  sua  maturidade:  “Biologia  e  Conhecimento”. Piaget morre em Genebra, no  dia 16 de setembro.
  • 10.     PREOCUPAÇÃO CENTRAL DE  PIAGET SUJEITO EPISTÊMICO Estudo dos processos de  pensamentos presentes desde a  infância inicial até a idade adulta Visão interacionista Mostrou  a  criança  e  o  homem  num  processo  ativo  de  contínua  interação,    procurando  entender  quais  os  mecanismos  mentais  que  o  sujeito  usa  nas  diferentes  etapas  da  vida  para  compreender o mundo. 
  • 11.     CONHECIMENTO Resultado da interação SUJEITO - OBJETO através de sua AÇÃO, o sujeito toma contato com o objeto
  • 12.     Não há conhecimento que resulte de  um simples registro de observações  ou sem uma estruturação devida às  atividades do sujeito. Também não há estruturas cognitivas  inatas. O  funcionamento  da  inteligência  é  herdado,  no  entanto,  as  estruturas  da  mente são construídas pela via de uma  organização  sucessiva  de  ações  do  sujeito sobre o objeto.
  • 13.     Estudo  dos  processos  que  o  indivíduo  usa  para  conhecer  a  realidade.  Formulação  de  um  ponto  de  vista  filosófico  sobre  a  gênese  do  conhecimento.  Reflexão sobre as bases filosóficas do  conhecimento. Chama­se genética porque estuda  como nasce e se desenvolve o  conhecimento no ser humano
  • 14.     Saber  quais  os  processos  mentais  envolvidos  numa  determinada  situação de resolução de problemas  e  quais  os  processos  que  ocorrem  no  indivíduo  que  possibilite  aquele  tipo de atuação. Mostra  como  o  conhecimento  se  desenvolve,  desde  as  rudimentares  estruturas  mentais  do  recém­ nascido  até  o  pensamento  lógico  formal do adolescente.
  • 15.     Piaget considerou que se estudasse  cuidadosa  e  profundamente  a  maneira  pela  qual  as  crianças  constroem  as  noções  fundamentais  de  conhecimento  lógico  poderia  compreender­se  a  gênese  e  a  evolução do conhecimento humano. Após  estudos,  Piaget  concebeu  que  a  criança  possui  uma  lógica  de  funcionamento  mental  que  difere  –  qualitativamente  –  da  lógica  do  funcionamento mental do adulto.
  • 16.     Para  Piaget  a  adaptação  à  realidade  externa  depende  basicamente  do  conhecimento. Só  o  conhecimento  possibilita  ao  indivíduo  um  estado  de  equilíbrio  interno que o capacita a adaptar­se  ao meio ambiente. Existe  uma  realidade  externa  ao  sujeito  do  conhecimento  que  regula e corrige o desenvolvimento  do conhecimento adaptativo. A função desse desenvolvimento é  produzir  estruturas  lógicas  que  permitam  ao  sujeito  atuar  sobre  o  mundo  de  formas  cada  vez  mais  flexíveis e complexas.
  • 17.     Para Piaget, o sujeito herda uma série  de  estruturas  biológicas  que  predispõem  o  surgimento  de  certas  estruturas mentais.  HEREDITARIEDADE Não herdamos a inteligência, mas um  organismo  que  vai  amadurecer  no  contato com o meio ambiente. 
  • 18.     Da  interação  organismo­ambiente  resultarão  determinadas  estruturas  cognitivas  que  vão  funcionar  de  modo  semelhante    durante  toda  a  vida do sujeito.  Segundo  Piaget,  esse  modo  de  funcionamento,  que  constitui  nossa  herança  biológica,  permanece  constante durante toda a vida. A  maturação  do  organismo  vai  contribuir  de  forma  decisiva  para  o  aparecimento  de  estruturas  mentais  que proporcionam a possibilidade de  adaptação  cada  vez  melhor  ao  ambiente.
  • 19.     Inclui  tanto  aspectos  físicos  como  sociais.  Tanto  o  ambiente  físico  como  o  social  concorrem  no  sentido  de  oferecer  estímulos  e  situações  que  requerem  um  processo cognitivo para resolução.  No  aspecto  físico,  um  ambiente  rico  em  estimulação  irá  proporcionar  objetos  que  possam  ser  manipulados  pela  criança,  lugares  que  possam  ser  explorados,  oportunidades de observação de fenômenos  da natureza, etc.  AMBIENTE No  plano  social,  o  ambiente  será  rico  de  estimulação quando reforçar e valorizar a  aquisição  de  competência  da  criança  em  muitos aspectos.
  • 20.     ESQUEMAS Estruturas  mentais  ou  cognitivas  pelas  quais  os  indivíduos  intelectualmente  se  adaptam  e  organizam o meio. São de natureza reflexa (nascimento). São construídos. É  uma  unidade  estrutural  básica  de  pensamento  ou  de  ação  e  que  corresponde  a  estrutura  biológica  que  se  muda  e  se  adapta.  São  unidades  estruturais  móveis  que  se  modificam  e  adaptam,  enriquecendo  com  isso  tanto  o  repertório  comportamental  como  a  vida mental do indivíduo.
  • 21.     Este  desenvolvimento  permite  ao  indivíduo  uma  adaptação  mais  complexa  a  uma  realidade  que  é  percebida  por  ele  de  forma  cada  vez  mais  diferenciada  e  abrangente,  exigindo  formas  de  comportamento  e  pensamento mais evoluídas. Os esquemas estão em contínuo  desenvolvimento
  • 22.     O  ambiente  físico  e  social  coloca  continuamente  o  indivíduo  diante  de  questões que rompem o estado de equilíbrio  do  organismo  e  eliciam  a  busca  de  comportamentos mais adaptativos. ADAPTAÇÃO Para  tanto,  utilizará  as  estruturas  mentais  (ESQUEMAS)  já  existentes  ou  então,  quando  estas  estruturas  se  mostram  ineficientes,  elas  serão  modificadas  a  fim  de  se  chegar  a  uma  forma  adequada  para  se  lidar  com a nova situação. As  novas  questões  movimentam  o  organismo nos sentido de resolve­las.
  • 23.     No  processo  de  adaptação  estão  implicados  dois  processos  complementares:  ASSIMILAÇÃO  e  ACOMODAÇÃO. ASSIMILAÇÃO Tentativa  de  solucionar  uma  determinada  situação,  utilizando  uma  estrutura  mental  já  formada  ou  a  incorporação de um conhecimento a um  sistema já pronto. É  a  atualização  de  um  aspecto  do  repertório  comportamental  ou  mental  do sujeito numa dada circunstância.  Processo de absorção do que é oferecido  pelo mundo que nos rodeia.
  • 24.     Modificação  de  estruturas  antigas  com  vistas à solução de um novo problema,  de uma nova situação. ACOMODAÇÃO A  assimilação  é  continuamente  modificada  pelo  processo  paralelo  de  acomodação. Processo  mediante  o  qual  nosso  organismo  se  modifica,  no  sentido  de  adaptar­se às novas exigências. A  criança  é  o  próprio  agente  de  seu  desenvolvimento,  os  processos  assimilativos  estendem  seu  domínio  e  a  acomodação  leva  a  modificações  da  atividade.  Do  equilíbrio  desses  dois processos advém uma adaptação ao mundo  cada  vez  mais  adequada  e  uma  conseqüente  organização mental.
  • 25.     Processo  de  organização  das  estruturas  cognitivas  num  sistema  coerente,  independente,  que  possibilita  ao  indivíduo  a adaptação à realidade. EQUILÍBRIO Restabelecimento do equilíbrio entre o  entendimento presente e novas  experiências.
  • 26.     A  aprendizagem  depende  do  processo  de  equilibração:  a  criança  tem  oportunidade  de  crescer  e  se  desenvolver  quando  o equilíbrio é desestabilizado. A função do professor, nesta  perspectiva, é desafiar o aluno,  provocando constante  desequilíbrio em seus esquemas  mentais.
  • 27.     Como Piaget conceitua o desenvolvimento  cognitivo O  desenvolvimento  é  um  processo  espontâneo  que  dirige  a  aprendizagem;  determina, em grande parte, o modo pelo  qual a aprendizagem ocorre. É um processo contínuo que começa com  nascimento. As  faixas  etárias  p/  cada  período  são  idades  médias  nas  quais  as  crianças  geralmente demonstram características de  pensamento de cada período. Os períodos são irreversíveis. As  crianças  não  pulam  estágios  e  os  ritmos  de  desenvolvimento  variam  consideravelmente.
  • 28.     DESENVOLVIMENTO EQUILIBRAÇÃO PROGRESSIVA É seqüencial e vai de estruturas mais imples para estruturas mais complexas Os estágios são os mesmos para todos indivíduos e se sucedem na mesma orde
  • 29.     ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO Sensório-motor Pré-operacional operações concretas operações formais
  • 31.     Esse estágio é chamado de sensório­motor  porque os atos inteligentes da criança  compreendem a ações motoras como  resposta aos diversos estímulos que  afetam os seus sentidos. Nesse estágio, a criança assimila o meio exterior  à  sua  própria  atividade  e  depois  prolonga  essa  assimilação através de esquemas mais móveis e,  ao  mesmo  tempo,  mais  aptos a coordenarem­se  entre si. Inicialmente  o  objeto  é  somente  algo  para  chupar,  olhar  ou  agarrar,  depois  transforma­se  em coisa para deslocar, mover e utilizar para fins  cada vez mais complexos. Assimilar  significa,  nesse  momento,  compreender ou deduzir, e o processo confunde­ se  com  a  relação  que  se  estabelece  entre  um  objeto e os demais.
  • 32.     INDISSOCIAÇÃO ENTRE O EU E O OUTRO A percepção da criança recém­nascida pode ser  descrita em termos de total indiferenciação do  meio no qual vive. Apresenta uma percepção global e  indiferenciada, não distinguindo sequer o seu  próprio corpo dos demais objetos à sua volta. Gradualmente aprende a discriminar pessoas e  objetos à sua volta e compreende que os objetos  continuam a existir mesmo que não sejam  acessíveis a algum receptor sensorial.
  • 35.     Fase dos reflexos (primeiro mês) As  trocas  que  o  recém­nascido  estabelece  com  o  meio  se  resumem  a  reações  bem  específicas a certos estímulos, originalmente  ligadas ao plano genético – os reflexos. Esses reflexos não têm um caráter passivo,  ao contrário, evidenciam uma forma precoce  de assimilação sensoriomotora. Por  exemplo,  os  reflexos  de  sucção  se  aperfeiçoam  com  o  exercício,  levando  a  discriminações  e  a  uma  espécie  de  generalização da atividade.
  • 36.     Fase das reações circulares primárias  (1 a 4 meses) Na  teoria  piagetiana,  uma  reação  circular  compreende  uma  ação  que  se  repete.  É  chamada  primária  quando  centralizada  no  próprio corpo. Nesta  fase  a  criança  começa  a  realizar  algumas  discriminações  perceptivas,  como  sorrir em reconhecimento a certas pessoas,  mas ainda não se pode atribuir a ela a noção  de  pessoa  ou  objeto:ainda  não  é  capaz  de  distinguir entre ela e o meio externo.
  • 37.     Fase das reações circulares secundárias  (4 a 8 meses) Nesta  fase,  as  reações  circulares  são  chamadas  secundárias  porque  estão  voltadas para os objetos. Quando  uma  ação  sobre  o  meio  externo  produz  um  resultado  desejado  ela  tende  a  repetir­se:  o  sujeito  procura  encontrar  o  movimento que exerceu por acaso um efeito  interessante sobre os objetos. O  comportamento  da  criança  começa  a  dirigir­se a um fim. Inicia a manifestação de  uma intencionalidade primitiva, já que os fins  decorrem  do  comportamento  anterior  (não  intencional).
  • 39.     Fase da coordenação de esquemas secundários (8 a 11meses) Piaget  identifica,  nesta  fase,  as  primeiras  condutas propriamente inteligentes. O sujeito aplica meios conhecidos às novas  circunstâncias  –  manifesta  intenção,  finalidade, meta e busca diversos meios para  atingir o objetivo. O  início  desta  fase  é  marcado  pelo  aparecimento  de  uma  coordenação  mútua  dos  esquemas  secundários,  isto  é,  dois  esquemas  antes  usados  de  forma  isolada  passam a ser utilizados num único ato. O  sujeito  passa  a  estabelecer  novas  combinações entre os esquemas e, com isto,  aprende  a  relacionar  as  coisas  entre  si.  Essas novas combinações são chamadas de  esquemas transitivos.
  • 40.     O  desenvolvimento  dessa  nova  capacidade  (agregar  dois  ou  mais  esquemas)  permite  à  criança buscar objetos desaparecidos, já que  tal  ato  exige  que  ela  afaste  obstáculos  que  ocultam  e  conceba  o  objeto  como  algo  situado atrás daqueles que foram afastados.  NOÇÃO DE PERMANÊNCIA DOS OBJETOS O  sujeito  aprende  a  compreender  o  objeto  nas suas relações com as coisas atualmente  percebidas  e  não  apenas  nas  suas  relações  com  a  ação.  Nesse  momento  ele  começa  a  constituir o objeto real.
  • 41.     Fase das reações circulares terciárias (11 a 18 meses) A  reação  circular  é  denominada  terciária porque o sujeito não reproduz simplesmente  aquela  experiência  que  traz  um  resultado  interessante,  mas  varia  as  ações  durante  a  própria repetição. Constituição de novos esquemas através da  experimentação ou busca de novidade.  Surge um tipo superior de coordenação de  esquema, já que esta se dirige a busca de  novos meios.   O sujeito modifica o ato ligado ao objeto com  o propósito de estudar sua natureza –  EXPERIMENTAÇÃO ATIVA.
  • 42.     O  progresso  alcançado  pela  criança  identifica­se  pelo  fato  dela  adaptar­se  às  novas  situações  procurando  descobrir  novos meios.  A  criança,  nesta  fase,  ainda  não  dispõe  da  capacidade  de  deduzir  ou  representar;  a  solução  de  problemas  novos  é  alcançada  pela combinação da busca experimental e da  coordenação dos esquemas. INTELIGÊNCIA  EMPÍRICA  –  acomodação  intencional  diferenciada  às  novas  circunstâncias.
  • 43.     Início do simbolismo (18 a 24 meses) Novo  tipo  de  condutas:  invenção  por  dedução  e  combinação  mental.  Permitem  à  criança  o  desenvolvimento  de  uma  INTELIGÊNCIA SISTEMÁTICA. A criança passa premeditar a ação. Trata­se  da aplicação de meios conhecidos às novas  situações. Corresponde à transição de uma inteligência  sensório­motora  para  uma  inteligência  representacional. Nesta  fase,  o  sujeito  inventa  novos  meios  num  nível  representacional,  sem  atividade  sensório­motora  imediata:  a  experiência  acontece  então  no  ato  do  pensamento  (a  criança  representa  as  ações  antes  de  executá­las no plano real).
  • 44.     NÍVEL DA LINGUAGEM A  criança  emite  sons  e  balbucia  sílabas.  Utiliza uma palavra para significar uma frase. MONÓLOGO NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO INDIVIDUAL A  criança  trabalha  sozinha,  para  ela  as  outras  pessoas  não  passam  de  objetos,  passíveis  de  serem  explorados  como  qualquer  outro.  Não  emprestam  seus  objetos  por  acreditarem  que  não lhes serão devolvidos.
  • 45.     NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA REALISMO FORTUITO A  criança  risca  o  papel  sem  coordenar  seus  movimentos,  por  puro  exercício  –  RABISCAÇÃO. Em  geral,  enche  o  papel  de  traçados  evoluindo,  ao  final  deste  estágio,  para  riscos  circulares  e,  por  fim,  pequenos  círculos  em  todo  o  papel  –  DESENHO  CELULAR. Ao  perguntarmos  à  criança  o  que  desenhou,  esta  é  capaz  de  atribuir  diferentes  significações  ao  mesmo  rabisco,  mudando  o  significado  a  cada  pergunta.
  • 46.     NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO CORPO IMITAÇÃO COMO MODELO Como  não  tem  as  representações  mentais dos objetos, a criança necessita  da  presença  deles  para  imitá­los.  O  objeto é o próprio modelo da imitação. Inicia  imitando  sons,  evoluindo  para  a  aprendizagem da linguagem. No entanto,  só  realiza  imitações  com  o  modelo  em  sua presença.
  • 47.     PRINCÍPIO DIDÁTICO Permissividade  para  a  AÇÃO  da  criança  sobre o meio: deslocar a si e os objetos no  espaço, engatinhar, subir e descer escadas,  andar em trilhas, empurrar e puxar, encaixar  e  enfileirar  objetos  (blocos,  grãos,  caixas,  etc.),  manipular  diferentes  materiais  e  texturas  (terra,  água,  pano,  papel,  etc.),  imitações faciais, sonoras e de gestos.
  • 49.     Neste  estágio,  o  sujeito  desenvolve  uma  nova  capacidade:  o  pensamento  (no  início  egocêntrico, depois  intuitivo)  que  será  aperfeiçoado nos estágios subseqüentes. A  atividade  lógica  não  pode  ser  confundida  com  inteligência,  pois  a  criança  evidencia  atos inteligentes sem ter muita lógica. A  função  da  lógica  é  a  demonstração,  a  busca  da  verdade.  Neste  estágio,  a  criança  parece muito segura em todas as coisas, e a  necessidade  de  verificação  do  seu  pensamento não representa, neste momento,  algo importante. Nesse  período,  a  troca  de  pontos  de  vista  nada  mais  é  que  um  choque  de  afirmações  contraditórias,  sem  compreensão  nem  motivação.
  • 50.     O  pensamento  pode  ser  definido  como  a  representação interna de eventos. INTELIGÊNCIA SIMBÓLICA A  criança  se  torna  capaz  de  relacionar  dois  ou  mais  objetos  no  plano  mental,  independente  da  atividade  sensorial  e  motora. Esta  capacidade  de  representar  os  objetos  passa  a  ser  possível  graças  à  função  simbólica  ou  semiótica,  característica  do  desenvolvimento  da  inteligência  neste  estágio.
  • 51.     A  passagem  da  ação  (período  sensório­ motor)  ao  pensamento  (conceito)  não  acontece  de  forma  brusca,  mas  num  processo de diferenciação progressivo. Ao contrário da inteligência sensório­motora,  a  inteligência  pré­operatória  independe  da  percepção,  possibilitando  ao  sujeito  relacionar dois ou mais objetos(ausentes ou  presentes), duas ou mais ações (do passado  ou do presente). A  criança  pré­operatória  é  capaz  de  reconstituir suas ações passadas através de  narrativas e de antecipar suas ações futuras  pela representação verbal. O  aparecimento  da  linguagem  tem  como  conseqüência a possibilidade de troca entre  os  sujeitos,  a  aparição  do  pensamento  propriamente dito e a interiorização da ação.
  • 52.     NÍVEIS DA LINGUAGEM As crianças parecem falar entre si, mas suas  frases  não  são  coordenadas  e  elas  não  se  importam com a resposta dos outros. Falam  todos ao mesmo tempo. MONÓLOGO COLETIVO INFORMAÇÃO ADAPTADA A  criança  adapta  sua  resposta  à  fala  do  companheiro,  mas  não  é  capaz  de  manter  uma conversação longa, podendo mudar de  tema a partir de uma palavra que desperte o  seu interesse.
  • 53.     NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO PARES MÓVEIS As  crianças  começam  a  andar  em  pares  mas  estes  são  móveis,  dissolvem­se  e  refazem­se  conforme  a  atividade.  Não  compreende  regras  sociais, nem acordos, portanto estes pares não  significam  acordos  ou  compromissos  mútuos.  Os  conflitos  já  configuram  disputas  (brigas)  e  são freqüentes. PARES FIXOS Gênese  da  construção  dos  bandos.  Caracterizam­se  por  maior  permanência  nas  escolhas.  Os  conflitos  diminuem  consideravelmente.  São  capazes  de  brincar  juntos,  dividindo  seus  brinquedos.  Já  têm  noção  do  que  lhe  pertence  e  do  que  pertence  aos outros.
  • 54.     NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA REALISMO GORADO Incapacidade  sintética.  Não  consegue  colocar  todos os elementos que desenha na totalidade  ou no conjunto. Começa a representar a figura  humana através de um círculo (cabeça) dotado  de pernas e braços (GARATUJAS). REALISMO INTELECTUAL Consegue organizar os elementos na totalidade.  Enriquece seu desenho com detalhes; desenha  o  que  SABE  que  existe  e  não  o  que  pode  ser  visto de um objeto nesta ou naquela posição –  TRANSPARÊNCIA.
  • 55.     NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO CORPO IMITAÇÃO DIFERIDA Início das representações mentais. A criança é  capaz  de  evocar  pessoas  e  objetos  sem  que  estes  estejam  presentes.  Inicia  a  imitação  sem  modelo, fazendo dessa um jogo de exercício. JOGO SIMBÓLICO Capacidade  de  reproduzir  situações  vividas.  Passa  a  assimilar  o  mundo  real,  a  criança  usa  a  fantasia,  o  “faz­de­ conta”.
  • 58.     FINALISMO Para a criança, tudo existe porque tem uma  finalidade a cumprir.  Fase dos “porquês”: a criança pergunta pelo simples prazer de perguntar. Geralmente, esta finalidade tem a ver com os  interesses dela. Por exemplo: o sol nasce  porque ela precisa acordar. ANIMISMO A criança atribui vida aos seres inanimados.  Por exemplo: a escada é má porque a  derrubou. 
  • 61.     ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS 7 aos 12 anos
  • 62.     O  que  marca  a  transição  para  o  estágio  operatório  concreto  é  o  domínio  de  um  sistema cognitivo que permite que a criança  manipule o mundo que a rodeia. Sistema  consistente  e  estável,  através  do  qual  pode  compreender  a  realidade  objetivamente,  sem  cair  em  contradições  típicas  do  estágio  pré­operatório. INTELIGÊNCIA CONCRETA
  • 63.     Neste  período  as  ações  interiorizadas  ou  conceitualizadas  adquirem  a  categoria  de  OPERAÇÕES. Uma  operação  é  uma  ação  que  pode  ser  internalizada  ou  uma  ação  sobre  a  qual  se  possa pensar. Implica sempre as noções de reversibilidade  e conservação. Transformações  reversíveis  que  modificam  certas variáveis e conservam outras a título  de  invariantes  –  são  eminentemente  LÓGICAS. São  chamadas  concretas  porque  estão  baseadas  na  experiência  real  que  o  sujeito  vivencia ou vivenciou. Não depende mais da  percepção.
  • 64.     Neste período a criança começa a estruturar  a realidade pela própria razão. A  criança  adquire,  ao  longo  deste  estágio,  noção  de  conservação  de  número,  substância, peso e volume. Neste estágio, também se observam grandes  conquistas  do  raciocínio  em  relação  ao  tempo, velocidade e espaço.
  • 65.     A  criança  supera  o  egocentrismo  e  é  capaz  de ver a totalidade de diferentes ângulos. Organiza  o  mundo  de  forma  lógica  (operatória); é capaz de incluir conjuntos, de  ordenar  elementos  por  suas  grandezas,  usando critérios de conjuntos. Faz  uso  dos  signos,  convencionais  e  arbitrários  (palavra).  É  o  momento  mais  adequado para a alfabetização. A linguagem  oral é cada vez mais importante e é capaz de  conversar  longamente  com  os  companheiros.
  • 66.     NÍVEL DA LINGUAGEM DIÁLOGO A  criança  tem  condições  de  manter  uma  conversação,  mas  não  consegue  discutir  diferentes pontos de vista para chegar a uma  conclusão comum.
  • 67.     NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO BANDOS Agrupam­se  em  quantidades  maiores,  geralmente  liderados  por  uma  criança  que  possua  características  significativas  (ser  a  maior, a mais forte, etc).  Adoram  chefiar  e  ser  chefiados.  Compreendem  as  regras  e  reconhecem  as  regras  sociais,  tendo  condições  de  estabelecer  compromissos  e  serem  fiéis  a  eles.  São  capazes  de  denunciar  um  colega  que  infringiu  uma  regra,  por  acreditarem  no  poder  supremo  das  regras  e  na  sua  imutabilidade  (“moral do dever”). Os  conflitos  deixam  de  ser  meramente  físicos,  pois a pressão do grupo é uma dura pena.
  • 68.     NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA REALISMO VISUAL A  criança  já  não  desenha  as  partes  ocultas do objeto quando este é visto de  um  determinado  ângulo.  Supera  as  transparências, já começa a representar,  em seu desenho, a profundidade.
  • 69.     NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO (corpo) DRAMATIZAÇÃO A  criança  torna­se  capaz  de  reproduzir  textos  ou representá­los a partir de situações vividas,  respeitando  um  contexto  temporal  e  uma  seqüência lógica. São capazes de criar histórias  com  enredo,  geralmente  a  partir  de  situações  vividas.
  • 70.     PRINCÍPIO DIDÁTICO A  criança  é  capaz  de  concentrar­se  por  um  período  maior  de  tempo.  Tem condições de  executar  tarefas  que  envolvam  seqüências  e  regras,  devendo  explorar  experiências  concretas  de  resultados  imediatos  ou  de  prazo mais longo.
  • 71.     ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES FORMAIS 12 ANOS em diante
  • 72.     Este  período  é  denominado  operatório  formal  porque  a  lógica  extrapola  o  real,  possibilitando  o  desenvolvimento  de  um  pensamento  lógico  considerado  a  forma  de  um  argumento,  independente  da  realidade  concreta. O sujeito constrói um sistema lógico que lhe  possibilita  operar  mentalmente  sobre  proposições. Tem  início  os  processos  de  pensamento  hipotético  dedutivos  –  o  sujeito  começa  a  considerar o possível como um conjunto de  hipóteses que precisam ser sucessivamente  comprovadas. Nesta  fase,  o  indivíduo  demonstra  grande  interesse  nas  transformações  sociais  e  nas  teorias voltadas para o futuro.
  • 73.     NÍVEL DA LINGUAGEM DISCUSSÃO O adolescente é capaz de discutir um tema com  diferentes  pontos  de  vista  e  chegar  a  uma  conclusão. NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO GRUPOS As  crianças  são  capazes  de  formar  grupos  propriamente ditos, os grupos de adolescentes,  onde descobrem que as leis são transformáveis  e  seu  compromisso  antes  de  tudo  é  com  SEU  grupo. São absolutamente fiéis a ele (“moral da  cooperação”).
  • 74.     NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA TÉCNICAS DE DESENHO Utiliza  as  coordenadas,  desenhando  um  conjunto  que  envolve  relações  métricas,  proporções  e  profundidade.  Pode  aprender  todas as técnicas de desenho. NÍVEL DE REPRESENTAÇÃO (corpo) TEATRO O adolescente pode dominar todo o conjunto de  representação de um texto e desenvolver todos  os aspectos que envolvem as práticas teatrais.