Impressões e Expectativas

RaQuel Oliveira
RaQuel OliveiraEstudante em ESA
Impressões
Termo que usamos com muita frequência após 
conhecermos uma pessoa. 
No primeiro contacto que temos com alguém que 
não conhecemos, construímos uma imagem, 
uma ideia, sobre essa pessoa a partir de 
algumas características, de alguns indícios que 
apreendemos no primeiro encontro.
Os objetos também nos causam impressões ao 
primeiro contacto, contudo, há diferenças 
quando se trata de pessoas: 
A produção de impressões é mútua, uma vez 
que o outro também produz uma impressão 
sobre nós. 
A nossa impressão afeta o nosso 
comportamento para com o outro e, portanto, o 
seu comportamento para connosco.
As impressões têm efeito na relação 
interpessoal que se estabelecerá no 
futuro, uma vez que somos condicionados 
pelo primeiro encontro e pela forma como 
avaliamos a pessoa. 
Se posteriormente algumas caraterísticas 
que atribuímos ao outro são diferentes 
das que formulámos inicialmente, 
tendemos a rejeitá-las.
A formação de impressões consiste no 
processo pelo qual se organiza a 
informação acerca de outra pessoa por 
forma a integrá-la numa categoria 
significativa.
Impressão e Categorização 
Procedemos a um processo de 
categorização que consiste em 
reagruparmos os objetos, as pessoas, as 
situações, em diferentes classes a partir do 
que consideramos serem as suas diferenças 
e semelhanças. 
“Um conjunto de processos psicológicos que tendem a 
ordenar o ambiente em categorias: grupos de pessoas, 
objetos, acontecimentos… Enquanto semelhantes, 
equivalentes uns aos outros pela ação, as intenções, as 
atitudes de um indivíduo”. 
- Henri Tajfel
A categorização permite simplificar a 
complexidade do mundo social, uma vez que 
orienta o nosso comportamento e a forma como 
atuamos de acordo com a avaliação que 
fizemos. 
Procedemos geralmente a três tipos de 
avaliação: 
- Afetiva (se gostamos ou não da pessoa) 
- Moral (se a pessoa é boa ou não) 
- Instrumental (se a pessoa é 
competente/incompetente ou capaz/incapaz)
Ao desenvolvermos expetativas sobre o 
comportamento dos outros a partir das 
impressões que formamos, isso 
possibilita-nos planear as nossas ações, o 
que facilita as interações sociais.
A formação das impressões 
Na base da formação das impressões 
está a interpretação, isto é, procedemos 
a uma avaliação que remete para os 
nossos conhecimentos, valores e 
experiências pessoais.
Alguns indícios, explicam o modo como 
formamos uma impressão sobre uma 
pessoa no primeiro encontro: 
- Indícios físicos: caraterísticas físicas das 
pessoas que associamos a um 
determinado tipo de personalidade ou 
categoria social; podem incluir-se as 
expressões faciais e os gestos.
- Indícios verbais: o modo como a pessoa fala, 
surge como um indicador do grau de 
instrução da pessoa; podem incluir o sotaque 
duma determinada região. 
- Indícios não verbais: sinais que 
interpretamos como indicadores (modo de 
vestir, gesticular enquanto fala, como se 
senta). 
- Indícios comportamentais: comportamentos 
que se observam na pessoa, variam de 
pessoa para pessoa e remetem para as 
experiências pessoas (um mesmo 
comportamento pode ter significados 
diferentes).
É comum fazer uma avaliação geral da 
pessoa a partir de algumas caraterísticas 
ou traços que observamos na interação 
com ela ou que nos foi referida por outros 
- a isto se chama teoria implícita da 
personalidade.
O efeito das primeiras 
impressões 
Uma investigação conduzida por Solomon Asch, em 
1946, revelou dados surpreendentes. 
Apresentou aos sujeitos as seguintes listas: 
Pessoa A 
Inteligente 
Trabalhadora 
Impulsiva 
Crítica 
Obstinada 
Invejosa 
Pessoa B 
Invejosa 
Obstinada 
Crítica 
Impulsiva 
Trabalhadora 
Inteligente
Na sua grande maioria, os sujeitos 
avaliaram a pessoa A mais positivamente 
que a pessoa B, apesar da única 
diferença entre as listas ser a ordem pela 
qual as características foram 
apresentadas. 
A primeira informação é a que tem maior 
influência sobre as nossas impressões, e 
portanto na apreciação global que 
fazemos.
Depois de criarmos uma ideia geral sobre 
a pessoa é difícil alterarmos a nossa 
perceção, mesmo que recebamos 
informações que contradizem a nossa 
impressão inicial. Rejeitamos integrar 
informações que contrariem as nossas 
impressões ou opiniões e temos uma 
tendência a procurar ou valorizar 
informações que confirmem as nossas 
convicções.
“Efeito de Halo”- Forma-se uma 
impressão global sobre um objeto/pessoa, 
que em seguida se aplica a todas as 
caraterísticas ou comportamentos do 
mesmo. 
Exemplo: Considera-se que o professor 
tem qualidades pedagógicas e 
competências de ensino porque se gosta 
dele.
Expectativas
As expectativas são modos de 
categorizar as pessoas através dos 
indícios e das informações, prevendo o 
seu comportamento e as suas atitudes. 
As expectativas são mútuas. 
No processo de categorização estão 
envolvidas a indução e a dedução.
É pela indução que ao observarmos 
um indivíduo o incluímos numa categoria. 
Ex.: Associamos uma bata branca a um 
profissional de saúde. 
É pela dedução que depois de o 
incluímos numa categoria passamos a 
atribuir-lhe determinadas características.
Expectativas, estatuto e papel 
Um exemplo claro da importância das 
expectativas na vida social é-nos dado 
pelas relações duradouras: 
marido/mulher; pais/filhos; 
empregados/patrões, etc. 
Ao exercerem as suas funções, há um 
conjunto de expectativas mútuas. 
A cada estatuto corresponde um papel, 
ou seja, comportamentos esperados de 
um individuo.
Os papeis sociais possuem 
comportamentos próprios institucionalizados, 
pelo que os seus membros sabem quais as 
reações que um seu comportamento pode 
provocar - expectativa de conduta. 
As expectativas afetam o modo como os 
outros interagem connosco. As positivas 
geram comportamentos positivos, e as 
negativas comportamentos negativos.
O efeito das expectativas 
Rosenthal desenvolveu a seguinte 
experiência: 
Fizeram convencer alguns professores 
do primeiro ciclo que certos estudantes 
selecionados mostrariam uma aceleração 
no desenvolvimento intelectual nos meses 
seguintes, o que era mentira, pois os 
alunos foram aleatoriamente 
selecionados.
Contudo, quando testados uns meses 
mais tarde, os alunos selecionados 
apresentaram um rendimento académico 
superior ao dos outros colegas. 
A verdade é que os professores com 
expectativas de bons resultados de alguns 
alunos trataram-nos de uma maneira 
diferente, de modo a reconhecer e a reforçar 
as suas iniciativas independentes. Foi assim 
que as crianças selecionadas desenvolveram 
melhores capacidades escolares. – “efeito de 
Pigmaleão”
Rosenthal concluiu que as expectativas 
interferem com os resultados apesar de 
não ser um ato consciente. 
Os alunos também desenvolvem 
expectativas sobre os professores. 
Podemos concluir que sem termos 
consciência, as nossas atitudes influenciam 
os comportamentos dos outros que por sua 
vez também influenciam os nossos.
1 de 24

Recomendados

A formação de impressões por
A formação de impressõesA formação de impressões
A formação de impressõesLuis De Sousa Rodrigues
11.8K visualizações5 slides
Relações interpessoais por
Relações interpessoaisRelações interpessoais
Relações interpessoaisSilvia Revez
11.6K visualizações38 slides
Relações interpessoais2 por
Relações interpessoais2Relações interpessoais2
Relações interpessoais2Nuno Pereira
13.2K visualizações66 slides
Atitudes - Psicologia por
Atitudes - PsicologiaAtitudes - Psicologia
Atitudes - PsicologiaSara Afonso
64.9K visualizações26 slides
O conformismo por
O conformismoO conformismo
O conformismoLuis De Sousa Rodrigues
11.6K visualizações8 slides
Psicologia 12º por
Psicologia 12ºPsicologia 12º
Psicologia 12ºJoana Filipa Rodrigues
18.5K visualizações9 slides

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Relações Interpessoais 1 por
Relações Interpessoais 1Relações Interpessoais 1
Relações Interpessoais 1Jorge Barbosa
38.3K visualizações57 slides
Relações interpessoais por
Relações interpessoaisRelações interpessoais
Relações interpessoaisVitor Manuel de Carvalho
5K visualizações14 slides
Influência social por
Influência socialInfluência social
Influência socialVitor Manuel de Carvalho
22.3K visualizações12 slides
MENTE por
MENTEMENTE
MENTEVitor Manuel de Carvalho
14.6K visualizações43 slides
Relações interpessoais: Conformismo e Obediência por
Relações interpessoais: Conformismo e ObediênciaRelações interpessoais: Conformismo e Obediência
Relações interpessoais: Conformismo e ObediênciaUniversidade Católica Portuguesa
82.3K visualizações13 slides
Processos Cognitivos - Resumo por
Processos Cognitivos - ResumoProcessos Cognitivos - Resumo
Processos Cognitivos - ResumoJorge Barbosa
49.1K visualizações41 slides

Mais procurados(20)

Relações Interpessoais 1 por Jorge Barbosa
Relações Interpessoais 1Relações Interpessoais 1
Relações Interpessoais 1
Jorge Barbosa38.3K visualizações
Processos Cognitivos - Resumo por Jorge Barbosa
Processos Cognitivos - ResumoProcessos Cognitivos - Resumo
Processos Cognitivos - Resumo
Jorge Barbosa49.1K visualizações
Relações precoces por norberto faria
Relações precocesRelações precoces
Relações precoces
norberto faria22.8K visualizações
Cognição Social por nockinhas22
Cognição SocialCognição Social
Cognição Social
nockinhas2230.4K visualizações
Grupos sociais por mikto
Grupos sociaisGrupos sociais
Grupos sociais
mikto6K visualizações
Os indivíduos e os grupos por Ana Isabel
Os indivíduos e os gruposOs indivíduos e os grupos
Os indivíduos e os grupos
Ana Isabel6.9K visualizações
Teste formativo 2 de psicologia B por Silvia Revez
Teste formativo 2 de psicologia BTeste formativo 2 de psicologia B
Teste formativo 2 de psicologia B
Silvia Revez25.7K visualizações
Relações precoces psicologia 12º por Maria Oliveira
Relações precoces psicologia 12º Relações precoces psicologia 12º
Relações precoces psicologia 12º
Maria Oliveira4.9K visualizações
O esquecimento por psicologiaazambuja
O esquecimentoO esquecimento
O esquecimento
psicologiaazambuja20.5K visualizações
Representações Sociais por Sara Afonso
Representações SociaisRepresentações Sociais
Representações Sociais
Sara Afonso22.8K visualizações
Valor aspetual por Cristina Martins
Valor aspetualValor aspetual
Valor aspetual
Cristina Martins76.4K visualizações
Influencia social por Silvia Revez
Influencia socialInfluencia social
Influencia social
Silvia Revez35.7K visualizações
Módulo 2 – o desenvolvimento humano 1 por psicologiaazambuja
Módulo 2 – o desenvolvimento humano 1Módulo 2 – o desenvolvimento humano 1
Módulo 2 – o desenvolvimento humano 1
psicologiaazambuja21.3K visualizações
Psicologia: a cultura por davidaaduarte
Psicologia: a culturaPsicologia: a cultura
Psicologia: a cultura
davidaaduarte42.4K visualizações

Destaque

Trabalho das expectativas psicologia por
Trabalho das expectativas   psicologiaTrabalho das expectativas   psicologia
Trabalho das expectativas psicologiaCatarinaJusto
4.9K visualizações4 slides
Comportamento Humano por
Comportamento HumanoComportamento Humano
Comportamento HumanoAdrianadiasbrito
5.6K visualizações88 slides
Aula 3 social ii por
Aula 3 social iiAula 3 social ii
Aula 3 social iiLuciene Neves
2.4K visualizações8 slides
Problemas e conceitos teóricos estruturadores de psicologia por
Problemas e conceitos teóricos estruturadores de psicologiaProblemas e conceitos teóricos estruturadores de psicologia
Problemas e conceitos teóricos estruturadores de psicologiadavidaaduarte
3.5K visualizações36 slides
As atitudes por
As atitudesAs atitudes
As atitudesLuis De Sousa Rodrigues
1.1K visualizações1 slide
Relações interpessoais por
Relações interpessoaisRelações interpessoais
Relações interpessoaisSilvia Revez
6.5K visualizações38 slides

Destaque(20)

Trabalho das expectativas psicologia por CatarinaJusto
Trabalho das expectativas   psicologiaTrabalho das expectativas   psicologia
Trabalho das expectativas psicologia
CatarinaJusto4.9K visualizações
Comportamento Humano por Adrianadiasbrito
Comportamento HumanoComportamento Humano
Comportamento Humano
Adrianadiasbrito5.6K visualizações
Aula 3 social ii por Luciene Neves
Aula 3 social iiAula 3 social ii
Aula 3 social ii
Luciene Neves2.4K visualizações
Problemas e conceitos teóricos estruturadores de psicologia por davidaaduarte
Problemas e conceitos teóricos estruturadores de psicologiaProblemas e conceitos teóricos estruturadores de psicologia
Problemas e conceitos teóricos estruturadores de psicologia
davidaaduarte3.5K visualizações
Relações interpessoais por Silvia Revez
Relações interpessoaisRelações interpessoais
Relações interpessoais
Silvia Revez6.5K visualizações
Cognição social por Josevânia Silva
Cognição socialCognição social
Cognição social
Josevânia Silva7.3K visualizações
Relações Interpessoais por Douglas Ramos
Relações InterpessoaisRelações Interpessoais
Relações Interpessoais
Douglas Ramos2.4K visualizações
Cognição Social por alicecanuto
Cognição SocialCognição Social
Cognição Social
alicecanuto12K visualizações
RelaçõEs Interpessoais por Rolando Almeida
RelaçõEs InterpessoaisRelaçõEs Interpessoais
RelaçõEs Interpessoais
Rolando Almeida21.2K visualizações
Psicologia b por Rute1993
Psicologia bPsicologia b
Psicologia b
Rute19937.8K visualizações
Trabalho insucesso escolar por Raquel Camacho
Trabalho insucesso escolar Trabalho insucesso escolar
Trabalho insucesso escolar
Raquel Camacho39.1K visualizações
Entendendo o Comportamento humano - Por Julio Pascoal por Julio Pascoal
Entendendo o Comportamento humano - Por Julio PascoalEntendendo o Comportamento humano - Por Julio Pascoal
Entendendo o Comportamento humano - Por Julio Pascoal
Julio Pascoal3.7K visualizações
Power point estereótipos, preconceitos e discriminação. por Vitor Manuel de Carvalho
Power point   estereótipos, preconceitos e discriminação.Power point   estereótipos, preconceitos e discriminação.
Power point estereótipos, preconceitos e discriminação.
Vitor Manuel de Carvalho23.5K visualizações
Cognição social (slides da aula) por Adalene Sales
Cognição social (slides da aula)Cognição social (slides da aula)
Cognição social (slides da aula)
Adalene Sales15.8K visualizações

Similar a Impressões e Expectativas

Relações interpessoais por
Relações interpessoaisRelações interpessoais
Relações interpessoaisSilvia Revez
2K visualizações38 slides
Relações interpessoais por
Relações interpessoaisRelações interpessoais
Relações interpessoaisSilvia Revez
970 visualizações38 slides
Ficha de trabalho nâº7 por
Ficha de trabalho nâº7Ficha de trabalho nâº7
Ficha de trabalho nâº7jorge2_santos
478 visualizações4 slides
Relações Interpessoais por
Relações InterpessoaisRelações Interpessoais
Relações InterpessoaisPedro Oliveira
1.4K visualizações42 slides
A categorização impressões, expectativas, estereótipos por
A  categorização   impressões, expectativas, estereótiposA  categorização   impressões, expectativas, estereótipos
A categorização impressões, expectativas, estereótiposMarcelo Anjos
3.4K visualizações4 slides
A cognição social por
A cognição socialA cognição social
A cognição socialLuis De Sousa Rodrigues
566 visualizações1 slide

Similar a Impressões e Expectativas(20)

Relações interpessoais por Silvia Revez
Relações interpessoaisRelações interpessoais
Relações interpessoais
Silvia Revez2K visualizações
Relações interpessoais por Silvia Revez
Relações interpessoaisRelações interpessoais
Relações interpessoais
Silvia Revez970 visualizações
Ficha de trabalho nâº7 por jorge2_santos
Ficha de trabalho nâº7Ficha de trabalho nâº7
Ficha de trabalho nâº7
jorge2_santos478 visualizações
Relações Interpessoais por Pedro Oliveira
Relações InterpessoaisRelações Interpessoais
Relações Interpessoais
Pedro Oliveira1.4K visualizações
A categorização impressões, expectativas, estereótipos por Marcelo Anjos
A  categorização   impressões, expectativas, estereótiposA  categorização   impressões, expectativas, estereótipos
A categorização impressões, expectativas, estereótipos
Marcelo Anjos3.4K visualizações
Relações interpessoais por Marcelo Anjos
Relações interpessoaisRelações interpessoais
Relações interpessoais
Marcelo Anjos3.1K visualizações
Os processos fundamentais de cognição social por Marcelo Anjos
Os processos fundamentais de cognição socialOs processos fundamentais de cognição social
Os processos fundamentais de cognição social
Marcelo Anjos3.7K visualizações
Aula 02 auxiliar de escritório por Homero Alves de Lima
Aula 02 auxiliar de escritórioAula 02 auxiliar de escritório
Aula 02 auxiliar de escritório
Homero Alves de Lima1.1K visualizações
Psicologia social por Laércio Góes
Psicologia socialPsicologia social
Psicologia social
Laércio Góes21.1K visualizações
Assistente Administrativo por Liberty Ensino
Assistente AdministrativoAssistente Administrativo
Assistente Administrativo
Liberty Ensino74 visualizações
Atitude Social por Psicologia_2015
Atitude SocialAtitude Social
Atitude Social
Psicologia_2015385 visualizações
Nb m07t11 adriana_m_machado por Andrea Cortelazzi
Nb m07t11 adriana_m_machadoNb m07t11 adriana_m_machado
Nb m07t11 adriana_m_machado
Andrea Cortelazzi242 visualizações
12.2 relaes interpessoais por cleilza sales
12.2 relaes interpessoais12.2 relaes interpessoais
12.2 relaes interpessoais
cleilza sales63 visualizações
relacionalmentointerpessoal-110530140603-phpapp01.pptx por ProfYasminBlanco
relacionalmentointerpessoal-110530140603-phpapp01.pptxrelacionalmentointerpessoal-110530140603-phpapp01.pptx
relacionalmentointerpessoal-110530140603-phpapp01.pptx
ProfYasminBlanco3 visualizações
A organização como contexto social e desenvolvimento cognitivo por Anderson Cássio Oliveira
A organização como contexto social e desenvolvimento cognitivoA organização como contexto social e desenvolvimento cognitivo
A organização como contexto social e desenvolvimento cognitivo
Anderson Cássio Oliveira1.2K visualizações
Relações Interpessoais De Atracção por João Marrocano
Relações Interpessoais De AtracçãoRelações Interpessoais De Atracção
Relações Interpessoais De Atracção
João Marrocano4.4K visualizações
Diferencas individuais por Jose Soares
Diferencas individuaisDiferencas individuais
Diferencas individuais
Jose Soares2.3K visualizações
Sociologia 1 s_em_volume_1_(2014) por Eduardo Oliveira
Sociologia 1 s_em_volume_1_(2014)Sociologia 1 s_em_volume_1_(2014)
Sociologia 1 s_em_volume_1_(2014)
Eduardo Oliveira42.4K visualizações

Mais de RaQuel Oliveira

Fobias por
FobiasFobias
FobiasRaQuel Oliveira
2.6K visualizações27 slides
Media e hábitos socioculturais por
Media e hábitos socioculturaisMedia e hábitos socioculturais
Media e hábitos socioculturaisRaQuel Oliveira
2.2K visualizações12 slides
A integração de portugal na união europeia por
A integração de portugal na união europeiaA integração de portugal na união europeia
A integração de portugal na união europeiaRaQuel Oliveira
7.7K visualizações21 slides
Cultura por
CulturaCultura
CulturaRaQuel Oliveira
2.4K visualizações34 slides
A cultura e o desporto ao serviço dos Totalitarismos por
A cultura e o desporto ao serviço dos TotalitarismosA cultura e o desporto ao serviço dos Totalitarismos
A cultura e o desporto ao serviço dos TotalitarismosRaQuel Oliveira
2.2K visualizações19 slides
Jane Austen por
Jane AustenJane Austen
Jane AustenRaQuel Oliveira
315 visualizações9 slides

Mais de RaQuel Oliveira(20)

Fobias por RaQuel Oliveira
FobiasFobias
Fobias
RaQuel Oliveira2.6K visualizações
Media e hábitos socioculturais por RaQuel Oliveira
Media e hábitos socioculturaisMedia e hábitos socioculturais
Media e hábitos socioculturais
RaQuel Oliveira2.2K visualizações
A integração de portugal na união europeia por RaQuel Oliveira
A integração de portugal na união europeiaA integração de portugal na união europeia
A integração de portugal na união europeia
RaQuel Oliveira7.7K visualizações
Cultura por RaQuel Oliveira
CulturaCultura
Cultura
RaQuel Oliveira2.4K visualizações
A cultura e o desporto ao serviço dos Totalitarismos por RaQuel Oliveira
A cultura e o desporto ao serviço dos TotalitarismosA cultura e o desporto ao serviço dos Totalitarismos
A cultura e o desporto ao serviço dos Totalitarismos
RaQuel Oliveira2.2K visualizações
Jane Austen por RaQuel Oliveira
Jane AustenJane Austen
Jane Austen
RaQuel Oliveira315 visualizações
Resumo filme o Rapaz do Pijama às Riscas por RaQuel Oliveira
Resumo filme o Rapaz do Pijama às RiscasResumo filme o Rapaz do Pijama às Riscas
Resumo filme o Rapaz do Pijama às Riscas
RaQuel Oliveira12.7K visualizações
A política colonial Estado Novo por RaQuel Oliveira
A política colonial Estado NovoA política colonial Estado Novo
A política colonial Estado Novo
RaQuel Oliveira2.5K visualizações
Totalitarismos por RaQuel Oliveira
Totalitarismos Totalitarismos
Totalitarismos
RaQuel Oliveira721 visualizações
Relações precoces psicologia por RaQuel Oliveira
Relações precoces psicologiaRelações precoces psicologia
Relações precoces psicologia
RaQuel Oliveira3.6K visualizações
Tendências culturais em Portugal por RaQuel Oliveira
Tendências culturais em PortugalTendências culturais em Portugal
Tendências culturais em Portugal
RaQuel Oliveira923 visualizações
O que há em mim é sobretudo cansaço- Álvaro de Campos por RaQuel Oliveira
O que há em mim é sobretudo cansaço- Álvaro de CamposO que há em mim é sobretudo cansaço- Álvaro de Campos
O que há em mim é sobretudo cansaço- Álvaro de Campos
RaQuel Oliveira2.3K visualizações
Atitudes e representações sociais por RaQuel Oliveira
Atitudes e representações sociais Atitudes e representações sociais
Atitudes e representações sociais
RaQuel Oliveira4.1K visualizações
A civilização industrial - História 11ºano por RaQuel Oliveira
A civilização industrial - História 11ºanoA civilização industrial - História 11ºano
A civilização industrial - História 11ºano
RaQuel Oliveira14.6K visualizações
O pianista, resumo do filme. Holocausto por RaQuel Oliveira
O pianista, resumo do filme. HolocaustoO pianista, resumo do filme. Holocausto
O pianista, resumo do filme. Holocausto
RaQuel Oliveira53.2K visualizações
Genetic modification por RaQuel Oliveira
Genetic modificationGenetic modification
Genetic modification
RaQuel Oliveira3.3K visualizações
Rios Cávado e Ave por RaQuel Oliveira
Rios Cávado e AveRios Cávado e Ave
Rios Cávado e Ave
RaQuel Oliveira2.5K visualizações
U.S.A English Work por RaQuel Oliveira
U.S.A English WorkU.S.A English Work
U.S.A English Work
RaQuel Oliveira907 visualizações
A casa dos espíritos por RaQuel Oliveira
A casa dos espíritosA casa dos espíritos
A casa dos espíritos
RaQuel Oliveira1.2K visualizações
Reforma católica por RaQuel Oliveira
Reforma católica Reforma católica
Reforma católica
RaQuel Oliveira4.5K visualizações

Impressões e Expectativas

  • 2. Termo que usamos com muita frequência após conhecermos uma pessoa. No primeiro contacto que temos com alguém que não conhecemos, construímos uma imagem, uma ideia, sobre essa pessoa a partir de algumas características, de alguns indícios que apreendemos no primeiro encontro.
  • 3. Os objetos também nos causam impressões ao primeiro contacto, contudo, há diferenças quando se trata de pessoas: A produção de impressões é mútua, uma vez que o outro também produz uma impressão sobre nós. A nossa impressão afeta o nosso comportamento para com o outro e, portanto, o seu comportamento para connosco.
  • 4. As impressões têm efeito na relação interpessoal que se estabelecerá no futuro, uma vez que somos condicionados pelo primeiro encontro e pela forma como avaliamos a pessoa. Se posteriormente algumas caraterísticas que atribuímos ao outro são diferentes das que formulámos inicialmente, tendemos a rejeitá-las.
  • 5. A formação de impressões consiste no processo pelo qual se organiza a informação acerca de outra pessoa por forma a integrá-la numa categoria significativa.
  • 6. Impressão e Categorização Procedemos a um processo de categorização que consiste em reagruparmos os objetos, as pessoas, as situações, em diferentes classes a partir do que consideramos serem as suas diferenças e semelhanças. “Um conjunto de processos psicológicos que tendem a ordenar o ambiente em categorias: grupos de pessoas, objetos, acontecimentos… Enquanto semelhantes, equivalentes uns aos outros pela ação, as intenções, as atitudes de um indivíduo”. - Henri Tajfel
  • 7. A categorização permite simplificar a complexidade do mundo social, uma vez que orienta o nosso comportamento e a forma como atuamos de acordo com a avaliação que fizemos. Procedemos geralmente a três tipos de avaliação: - Afetiva (se gostamos ou não da pessoa) - Moral (se a pessoa é boa ou não) - Instrumental (se a pessoa é competente/incompetente ou capaz/incapaz)
  • 8. Ao desenvolvermos expetativas sobre o comportamento dos outros a partir das impressões que formamos, isso possibilita-nos planear as nossas ações, o que facilita as interações sociais.
  • 9. A formação das impressões Na base da formação das impressões está a interpretação, isto é, procedemos a uma avaliação que remete para os nossos conhecimentos, valores e experiências pessoais.
  • 10. Alguns indícios, explicam o modo como formamos uma impressão sobre uma pessoa no primeiro encontro: - Indícios físicos: caraterísticas físicas das pessoas que associamos a um determinado tipo de personalidade ou categoria social; podem incluir-se as expressões faciais e os gestos.
  • 11. - Indícios verbais: o modo como a pessoa fala, surge como um indicador do grau de instrução da pessoa; podem incluir o sotaque duma determinada região. - Indícios não verbais: sinais que interpretamos como indicadores (modo de vestir, gesticular enquanto fala, como se senta). - Indícios comportamentais: comportamentos que se observam na pessoa, variam de pessoa para pessoa e remetem para as experiências pessoas (um mesmo comportamento pode ter significados diferentes).
  • 12. É comum fazer uma avaliação geral da pessoa a partir de algumas caraterísticas ou traços que observamos na interação com ela ou que nos foi referida por outros - a isto se chama teoria implícita da personalidade.
  • 13. O efeito das primeiras impressões Uma investigação conduzida por Solomon Asch, em 1946, revelou dados surpreendentes. Apresentou aos sujeitos as seguintes listas: Pessoa A Inteligente Trabalhadora Impulsiva Crítica Obstinada Invejosa Pessoa B Invejosa Obstinada Crítica Impulsiva Trabalhadora Inteligente
  • 14. Na sua grande maioria, os sujeitos avaliaram a pessoa A mais positivamente que a pessoa B, apesar da única diferença entre as listas ser a ordem pela qual as características foram apresentadas. A primeira informação é a que tem maior influência sobre as nossas impressões, e portanto na apreciação global que fazemos.
  • 15. Depois de criarmos uma ideia geral sobre a pessoa é difícil alterarmos a nossa perceção, mesmo que recebamos informações que contradizem a nossa impressão inicial. Rejeitamos integrar informações que contrariem as nossas impressões ou opiniões e temos uma tendência a procurar ou valorizar informações que confirmem as nossas convicções.
  • 16. “Efeito de Halo”- Forma-se uma impressão global sobre um objeto/pessoa, que em seguida se aplica a todas as caraterísticas ou comportamentos do mesmo. Exemplo: Considera-se que o professor tem qualidades pedagógicas e competências de ensino porque se gosta dele.
  • 18. As expectativas são modos de categorizar as pessoas através dos indícios e das informações, prevendo o seu comportamento e as suas atitudes. As expectativas são mútuas. No processo de categorização estão envolvidas a indução e a dedução.
  • 19. É pela indução que ao observarmos um indivíduo o incluímos numa categoria. Ex.: Associamos uma bata branca a um profissional de saúde. É pela dedução que depois de o incluímos numa categoria passamos a atribuir-lhe determinadas características.
  • 20. Expectativas, estatuto e papel Um exemplo claro da importância das expectativas na vida social é-nos dado pelas relações duradouras: marido/mulher; pais/filhos; empregados/patrões, etc. Ao exercerem as suas funções, há um conjunto de expectativas mútuas. A cada estatuto corresponde um papel, ou seja, comportamentos esperados de um individuo.
  • 21. Os papeis sociais possuem comportamentos próprios institucionalizados, pelo que os seus membros sabem quais as reações que um seu comportamento pode provocar - expectativa de conduta. As expectativas afetam o modo como os outros interagem connosco. As positivas geram comportamentos positivos, e as negativas comportamentos negativos.
  • 22. O efeito das expectativas Rosenthal desenvolveu a seguinte experiência: Fizeram convencer alguns professores do primeiro ciclo que certos estudantes selecionados mostrariam uma aceleração no desenvolvimento intelectual nos meses seguintes, o que era mentira, pois os alunos foram aleatoriamente selecionados.
  • 23. Contudo, quando testados uns meses mais tarde, os alunos selecionados apresentaram um rendimento académico superior ao dos outros colegas. A verdade é que os professores com expectativas de bons resultados de alguns alunos trataram-nos de uma maneira diferente, de modo a reconhecer e a reforçar as suas iniciativas independentes. Foi assim que as crianças selecionadas desenvolveram melhores capacidades escolares. – “efeito de Pigmaleão”
  • 24. Rosenthal concluiu que as expectativas interferem com os resultados apesar de não ser um ato consciente. Os alunos também desenvolvem expectativas sobre os professores. Podemos concluir que sem termos consciência, as nossas atitudes influenciam os comportamentos dos outros que por sua vez também influenciam os nossos.