2. A integração Europeia e
as suas implicações
• Em 1 de janeiro de 1986 Portugal entrou na
Comunidade Económica Europeia.
• Consumava-se uma das ocorrências mais importantes
da história do nosso país.
Mário Soares a assinar o tratado de adesão de
Portugal à CEE em 12 de Junho de 1985
3. Da integração a 1992
• A integração na CEE segue-se a um período difícil para
os portugueses.
• Pouco mais de uma década depois da Revolução de
Abril, ainda existiam dificuldades económico-financeira:
elevadas taxas de juro, forte inflação nos salários,
desemprego, escasso desenvolvimento tecnológico,
débil dinamismo empresarial, carências na rede de
comunicações.
• Em 1986 existiram mudanças.
• A adesão à CEE proporciona a Portugal vantagens
significativas.
4. • Chegam apoios de ordem
técnica e um largo afluxo de
capitais, no âmbito dos fundos
Estruturais e do Fundo de
Coesão, destinados a aproximar
o país dos níveis de
desenvolvimento dos outros
países da Comunidade.
• Destaca-se a aplicação de
fundos no setor agrícola
(PEDAP), na indústria (PEDIP),
no emprego e na formação
profissional (PODAEEF), na
criação de infraestruturas
(PRODAC) e na educação
(PRODED)
5. • O impato dos fundos comunitários e a melhoria da
conjuntura internacional fazem-se sentir nos anos
seguintes:
• Cresce o número de pequenas e médias empresas; PIB
cresce; moderniza-se a estrutura da economia,
aumentando o setor terciário; cria-se um vasto programa
de obras públicas; reduz-se o défice da balança de
transacções correntes; desce a taxa de desemprego e
sobe o nível das renumerações; melhoram as regalias
sociais (pensões e subsídios de desemprego) e
aumenta o consumo privado.
6. De 1933 ao fim do século
• A agricultura sofre um declínio. Recebe investimentos
comunitários mas não suporta a concorrência europeia.
• A importância do setor primário passa para o setor
terciário, cuja expansão se deve ao crescimento das
grandes superfícies comerciais, à expansão da área das
telecomunicações e do audiovisual e aos progressos da
informação.
7. • A siderurgia, a química, a construção naval e a
eletromecânica reduzem a sua importância.
• Na exportações, os têxteis, o vestuário e o calçado, a
madeira e cortiça são ultrapassados pelas máquinas e
material de transporte.
• As trocas comerciais com os países da União Europeia e
Espanha vai crescendo.
• Investe-se, para além das telecomunicações e das
autoestradas, nas redes de gás, eletricidade e abastecimento
de água. Construem-se grandes obras, como a Ponte Vasco
da Gama e as infraestruturas da Expo’98.
8.
9. • O Estado procede à privatização de empresas,
proporcionando receitas adicionais.
• A desinflação, a estabilidade cambial e a redução das
taxas de juro são favorecidas.
• Portugal integra-se no grupo de 11 membros aderentes
à meda única em 1999.
• Vive-se um boom na concessão de crédito, dirigido para
os setores da habitação e dos serviços do que para o
setor industrial.
10. • A indústria é o elo mais fraco da economia.
• Apesar de investimento de algumas multinacionais e
investimentos estrangeiros, existem dificuldades de
competir nos mercados, cada vez mais dominados pelas
marcas internacionais.
• As empresas de telecomunicações, de cimentos, de
cortiça, de eletromecânica e bancos e distribuidores
alimentares cedem ao apelo dos atrativos mercados da
América do Sul e da Europa de Leste.
• A Bolsa ganha um importante papel.
11. A entrada no terceiro
milénio
• Ao entrar no terceiro milénio existem dificuldades que
Portugal enfrenta.
• Apesar da circulação do euro ter sido um êxito, o país
sofre os choques petrolíferos que se vão instalando; o
crescimento do terrorismo e efeitos da quebra
económica norte-americana e da recessão mundial que
se acentuam desde 2008.
• Portugal vê o desemprego a crescer, uma das
consequências da deslocações das empresas
multinacionais e do encerramento das que não resistem
à crise.
12. • Algumas empresas refugiaram-se no mercado de angola, que
aprece como uma salvação.
• Cresce o endividamento das famílias, aumentam os
problemas sociais e diminuem os padrões de vida das
populações.
• Portugal confronta-se com as suas fragilidades: pirâmide
demográfica deformada; dependência dos combustíveis
fósseis; baixo nível de escolaridade e fraca formação
profissional; dificuldade em desburocratizar os serviços;
défice orçamental crónico; nível excessivo de consumo
público; baixo investimento em Investigação e
Desenvolvimento.
14. Demografia
• A população não cessa de envelhecer.
• As assimetrias regionais de desenvolvimento refletem-
se nos fluxos migratórios. Apesar de alguns
investimentos, o interior possui uma desertificação,
enquanto que as periferias de Lisboa e Porto, Algarve e
Setúbal têm um aumento da população.
15. • A melhoria das condições de vida e o impulso da
atividade económica colocam Portugal como um país de
imigração.
• Desde o fim dos anos 70, as imigrações provém dos
países africanos de língua portuguesa e proporciona
uma mão de bora desqualificada que se dirige, em
maioria, para a construção civil.
• A terminar a década de 80, acentua-se os imigrantes
brasileiros, atraídos por um país em crescimento, que
lhes proporciona acesso direto à Europa. Uma grande
parte emprega-se em restaurantes e comércio.
16. • Depois de meados da década de 90, chegam os
ucranianos, romenos, russos e moldavos, oriundos de
países onde o comunismo se desmoronou e trazem
qualificações superiores.
• Muitos imigrantes utilizam Portugal como uma porta de
entrada para outros países europeus.
• No último milénio, chegam ao país os chineses,
trazendo vitalidade e empreendedorismo, ocupando o
comércio e restauração.
• Os imigrantes suprem carências de mão de obra e
dinamizam o tecido social, constituindo um importante
fator.
17. Sociedade e Cultura
• A mulher viu o seu papel reafirmado. O seu nível médio
de instrução suplanta o dos homens, a sua entrada no
mercado de trabalho introduz modificações na
população ativa.
• Na famílias, as relações homem-mulher processam-se
em igualdade. O clima familiar revela-se mais aberto e
tolerante para os filhos, cada vez mais escolarizados. A
tradicional família recua devido aos divórcios, uniões de
fato e a existência de mães solteiras.
• Os investimentos na educação são grandiosos.
18. • Melhor pagos, com um maior acesso ao crédito, à educação e à
segurança social, a população usufrui de um nível superior de
vida.
• Mais de dois terços da população têm casa própria, com um
automóvel.
• Leem-se mais jornais, revistas e livros. Um dos exemplos mais
marcantes é de Saramago, que ganhou o primeiro Prémio Nobel
de Literatura.
• Frequentam-se mais os cinemas e espetáculos.
• Ganha-se uma preocupação com a imagem e os ginásios e
salões de beleza enchem.
19. • A televisão cresce, assumindo-se como veículo de
transformação cultural.
• Os telemóveis invadem o país, ajudando a esbater as
barreiras do isolamento.
• O exercício da cidadania fica aquém: descuidos
ambientais, gastos energéticos, conduta nas estradas e
falta de sentido de responsabilidade dos jovens a DST.
20. A consolidação da
democracia
• A democracia portuguesa está ligada à Europa.
• Com a integração na CEE, o país queria preservar as
instituições democráticas.
• Desde a integração europeia que o percurso
democrático português se faz sem sobressaltos.
• O contato com modelos e padrões de intervenção
pública comuns aos países europeus, a convivência
entre os políticos de múltiplos países com solidas
tradições de democracia, o contato de instituições
homólogas, os acordos e os compromissos criaram teias
e vínculos essenciais ao fortalecimento da sociedade
democrática.
21. • As instituições de representação nacional funcionam
com normalidade, legitimadas pelo voto popular.
• Existe liberdade e tolerância.
• Não existem portugueses refugiados, deportados ou
exilados.
• Não há presos políticos.
• Devido a estes motivos Portugal usufruiu de prestígio
democrático, merecendo a confiança dos seus parceiros
comunitários e do mundo.
• Durão Barroso foi convidado, em junho de 2004, para
presidir os destinos da União Europeia, mostrando o
prestígio do país.