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Poemas de Alberto Caeiro

12 de Nov de 2014
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Poemas de Alberto Caeiro

  1. Poemas de Alberto Caeiro
  2. Fernando Pessoa Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu em 13 de junho de 1888 em Lisboa. É considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa e da literatura universal. Como poeta, era conhecido por suas múltiplas personalidades, os heterônimos, que eram e são até hoje objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra, sendo os principais Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro.
  3. Alberto Caeiro Antes de analisar sobre Alberto Caeiro é necessário saber um pouco sobre o poeta. Alberto da Silva, heterônimo criado por Fernando Pessoa, é considerado o Mestre Ingênuo dos restantes heterônimos e do próprio poeta.
  4.  Mestre ◦ Viver sem dor; ◦ Envelhecer sem angústia e morrer sem desespero; ◦ Não procurar encontrar sentido para a vida e para as coisas que o rodeiam; ◦ Sentir sem pensar; ◦ Ser um ser uno (não fragmentado).  Poeta do real objetivo.  Poeta da Natureza, a natureza é a única verdade  Temporalidade estática, vive no presente, não quer saber do passado ou do futuro.  Antimetafísico, pois deseja abolir a consciência dos seus próprios pensamentos (o vício de pensar).  A sua existência é o seu próprio significado.
  5. Guardador de rebanho O Meu Olhar O meu olhar é nítido como um girassol. Tenho o costume de andar pelas estradas Olhando para a direita e para a esquerda, E de, vez em quando olhando para trás... E o que vejo a cada momento É aquilo que nunca antes eu tinha visto, E eu sei dar por isso muito bem... Sei ter o pasmo essencial Que tem uma criança se, ao nascer, Reparasse que nascera deveras... Sinto-me nascido a cada momento Para a eterna novidade do Mundo... Creio no mundo como num malmequer, Porque o vejo. Mas não penso nele Porque pensar é não compreender ... O Mundo não se fez para pensarmos nele (Pensar é estar doente dos olhos) Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo... Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, Mas porque a amo, e amo-a por isso, Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe por que ama, nem o que é amar ... Amar é a eterna inocência, E a única inocência não pensar...
  6. Análise A primeira estrofe entende-se que ele observa a tudo sem se perder ou confundir. E a cada momento que ele observa a tudo, se surpreende com o mundo, como se tivesse acabado de nascer e começasse a descobri-lo. Já na segunda, diz que viver é não pensar,uma recusa do pensamento abstrato, já que era como o oposto do sentir, viver apenas das emoções. Na terceira afirma novamente o seu desgosto pela metafísica. Além de falar sobre a natureza, demonstrando seu amor por ela, no qual, amar é não pensar, mas não necessariamente precisa de uma resposta, não precisa muito menos saber o que é o amor. E conclui seu poema, afirmando que amar é não pensar.
  7. Pastor amoroso O amor é uma companhia O amor é uma companhia. Já não sei andar só pelos caminhos, Porque já não posso andar só. Um pensamento visível faz-me andar mais depressa E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo. Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo. E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar. Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas. Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela. Todo eu sou qualquer força que me abandona. Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
  8. Análise O eu-lírico diz que o amor é uma companhia, que não faz sentindo ele andar sozinho, pois ele deveria andar com o seu amor. Mesmo o seu amor ausente, ele sente a presença dela, ela é a sua força, mas também sua fraqueza, perde suas força sem ela. Ela é tudo para ele, mesmo ausente. Quando ele está com ela, ele perdi suas forças, elas o abandonam... E toda a sua realidade é uma flor, pois essa flor é o seu amor.
  9. Poemas inconjuntos Criança desconhecida Criança desconhecida e suja brincando à minha porta, Não te pergunto se me trazes um recado dos símbolos. Acho-te graça por nunca te ter visto antes, E naturalmente se pudesses estar limpa eras outra criança, Nem aqui vinhas. Brinca na poeira, brinca! Aprecio a tua presença só com os olhos. Vale mais a pena ver uma cousa sempre pela primeira vez que conhecê-la, Porque conhecer é como nunca ter visto pela primeira vez, E nunca ter visto pela primeira vez é só ter ouvido contar. O modo como esta criança está suja é diferente do modo como as outras estão sujas. Brinca! Pegando numa pedra que te cabe na mão, Sabes que te cabe na mão. Qual é a filosofia que chega a uma certeza maior? Nenhuma, e nenhuma pode vir brincar nunca à minha porta.
  10. Analise O eu - lírico conta como observa uma criança pobre a brincar frente à sua porta e a admira, sujeito à sua simplicidade. Ele não questiona a presença da criança e entende que não há nada mais que isso, e é exatamente isso que faz a situação especial. Explica que só assiste a criança brincando, e que vê-la vale muito mais que conhecê-la. Conta como a criança é diferente por ser como é, desconhecida e suja, e que brinca com pedras sem filosofia; se tivesse filosofia não brincaria frente à sua porta.
  11. Professora Claudia Literatura 2°A Grupo: Amanda Garcia n°2 Amanda Lira n°3 Leonardo Arinelli n°19
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