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Obesidade, fertilidade e
transferência em diferido
Existe uma comprovada correlação entre obesidade e níveis de
fertilidade feminina. Reconhece-se ainda uma relação direta entre
taxas de aborto e índices de sucesso de implantação embrionária em
procedimentos in vitro e o excesso de peso, devido às alterações
endócrinas que a gordura corporal implica. A boa notícia é que, em
procedimentos de reprodução humana medicamente assistida, se
verifica que a transferência em diferido minimiza os efeitos negativos
da obesidade na obtenção de uma gravidez.
Obesidade e gravidez
A obesidade tem um impacto negativo na gravidez. Mulheres obesas ou com
excesso de peso:
• Necessitam de mais tempo para engravidar de forma natural
• Têm mais probabilidade de desenvolver problemas de infertilidade
• Têm mais baixa recetividade endometrial
• Revelam menores taxas de sucesso de implantação embrionária
• Desenvolvem mais complicações obstétricas
• Têm uma mais elevada taxa de aborto
• Duplicam o risco de morte fetal
• Duplicam o risco de parto prematuro
Filhos com maiores riscos de saúde
O problema da obesidade – considerada pela Organização Mundial da
Saúde como a epidemia do século XXI, e que duplicou desde 1980 –
não afeta apenas a fertilidade feminina, comprometendo planos e
desejos familiares, como hipoteca a própria saúde dos bebés. Estudos
referem uma maior probabilidade destas crianças desenvolverem
doenças crónicas, como a diabetes tipo II, síndrome metabólico e
doenças cardiovasculares na adolescência ou em idade adulta.
Transferência em fresco e em diferido
Nos procedimentos clínicos de fertilização in vitro, a fertilização do óvulo ocorre em
laboratório, sendo os embriões posteriormente transferidos para o interior do útero
materno, a fim de serem implantados e originarem a pretendida gravidez. Um
procedimento que acontece no decurso de alguns dias. Estes embriões, em fresco, podem,
todavia, ser congelados e implantados posteriormente, num mais adequado ciclo ou num
futuro próximo. A isto se chama transferência em diferido por oposição à transferência de
embriões em fresco.
A transferência em diferido e o seu sucesso devem-se à evolução tecnológica, à melhoria
dos meios de cultivo, ao uso de substâncias crioprotetoras e a avançadas técnicas e
procedimentos de vitrificação embrionária. Uma evolução impeditiva da formação de
cristais no interior das células, decorrentes dos anteriores métodos de congelamento lento,
e que se refletia em taxas de sobrevivência embrionária menos satisfatórias, e em nada
comparáveis com os atuais 90 a 95% de sucesso.
Alguns estudos referem maiores taxas de gravidez obtidas por via de transferência tardia
ou seja, de embriões vitrificados, do que em fresco, uma vez que são menos notórios ou
mesmo ausentes os efeitos do tratamento medicamentoso necessário à estimulação
ovariana.
Casos em que está indicada a transferência em
diferido
A transferência em diferido está indicada sempre que, por alguma razão, exista prejuízo para a paciente ou se
preveja uma diminuição da taxa de gravidez numa transferência de embriões em fresco.
São elegíveis para este procedimento, entre outras:
• Mulheres que apresentem um quadro de hiperestimulação ovariana, por conta de uma exuberante
resposta ao tratamento.
• Mulheres que apresentem elevados níveis de progesterona, os quais comprometem o sucesso da
implantação embrionária.
• Evidências recentes relacionam ainda este procedimento com maior sucesso na obtenção de gravidez em
pacientes com excesso de peso, eliminando a correlação entre o excesso de peso e todos os riscos acima
enumerados.
A recomendação, porém, é a de que as mulheres devem reduzir o peso e aproximá-lo do Índice de Massa
Corporal adequado antes de tentarem engravidar, seja por via natural ou por métodos de fertilização in vitro.
A transferência em diferido é um procedimento que permite à equipa médica eleger o melhor momento para a
transferência com base em períodos de maior recetividade de implantação. Coloca ainda nas mãos das
mulheres e dos casais a possibilidade de preservar uma possível gravidez para um futuro mais acertado, o que
pode ter enorme significado em casos de doença que implique um intervalo nos sonhos familiares.
A reter
• A congelação ultrarrápida ou vitrificação implicada na transferência em
diferido não altera a qualidade dos embriões.
• A obesidade deve ser abordada antes de se tentar engravidar, por via de
um programa de redução de peso, de exercício físico específico e regular e
um adequado plano alimentar, elaborado e acompanhado por um
nutricionista.
• Hábitos de vida saudáveis resultam em índices de sucesso mais elevados,
mesmo em tratamentos de reprodução assistida.
• Cabe à equipa médica avaliar quais os melhores procedimentos, em função
de cada situação.
• Consulte a Malo Clinic – Ginemed, pois avaliamos soluções específicas para
cada caso concreto.
Contactos
MALO CLINIC Medical Care
Av. dos Combatentes, 43 – 5º piso
1600-042 Lisboa (Portugal)
Telefone
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Obesidade, fertilidade e transferencia em diferido

  • 2. Existe uma comprovada correlação entre obesidade e níveis de fertilidade feminina. Reconhece-se ainda uma relação direta entre taxas de aborto e índices de sucesso de implantação embrionária em procedimentos in vitro e o excesso de peso, devido às alterações endócrinas que a gordura corporal implica. A boa notícia é que, em procedimentos de reprodução humana medicamente assistida, se verifica que a transferência em diferido minimiza os efeitos negativos da obesidade na obtenção de uma gravidez.
  • 3. Obesidade e gravidez A obesidade tem um impacto negativo na gravidez. Mulheres obesas ou com excesso de peso: • Necessitam de mais tempo para engravidar de forma natural • Têm mais probabilidade de desenvolver problemas de infertilidade • Têm mais baixa recetividade endometrial • Revelam menores taxas de sucesso de implantação embrionária • Desenvolvem mais complicações obstétricas • Têm uma mais elevada taxa de aborto • Duplicam o risco de morte fetal • Duplicam o risco de parto prematuro
  • 4. Filhos com maiores riscos de saúde O problema da obesidade – considerada pela Organização Mundial da Saúde como a epidemia do século XXI, e que duplicou desde 1980 – não afeta apenas a fertilidade feminina, comprometendo planos e desejos familiares, como hipoteca a própria saúde dos bebés. Estudos referem uma maior probabilidade destas crianças desenvolverem doenças crónicas, como a diabetes tipo II, síndrome metabólico e doenças cardiovasculares na adolescência ou em idade adulta.
  • 5. Transferência em fresco e em diferido Nos procedimentos clínicos de fertilização in vitro, a fertilização do óvulo ocorre em laboratório, sendo os embriões posteriormente transferidos para o interior do útero materno, a fim de serem implantados e originarem a pretendida gravidez. Um procedimento que acontece no decurso de alguns dias. Estes embriões, em fresco, podem, todavia, ser congelados e implantados posteriormente, num mais adequado ciclo ou num futuro próximo. A isto se chama transferência em diferido por oposição à transferência de embriões em fresco. A transferência em diferido e o seu sucesso devem-se à evolução tecnológica, à melhoria dos meios de cultivo, ao uso de substâncias crioprotetoras e a avançadas técnicas e procedimentos de vitrificação embrionária. Uma evolução impeditiva da formação de cristais no interior das células, decorrentes dos anteriores métodos de congelamento lento, e que se refletia em taxas de sobrevivência embrionária menos satisfatórias, e em nada comparáveis com os atuais 90 a 95% de sucesso. Alguns estudos referem maiores taxas de gravidez obtidas por via de transferência tardia ou seja, de embriões vitrificados, do que em fresco, uma vez que são menos notórios ou mesmo ausentes os efeitos do tratamento medicamentoso necessário à estimulação ovariana.
  • 6. Casos em que está indicada a transferência em diferido A transferência em diferido está indicada sempre que, por alguma razão, exista prejuízo para a paciente ou se preveja uma diminuição da taxa de gravidez numa transferência de embriões em fresco. São elegíveis para este procedimento, entre outras: • Mulheres que apresentem um quadro de hiperestimulação ovariana, por conta de uma exuberante resposta ao tratamento. • Mulheres que apresentem elevados níveis de progesterona, os quais comprometem o sucesso da implantação embrionária. • Evidências recentes relacionam ainda este procedimento com maior sucesso na obtenção de gravidez em pacientes com excesso de peso, eliminando a correlação entre o excesso de peso e todos os riscos acima enumerados. A recomendação, porém, é a de que as mulheres devem reduzir o peso e aproximá-lo do Índice de Massa Corporal adequado antes de tentarem engravidar, seja por via natural ou por métodos de fertilização in vitro. A transferência em diferido é um procedimento que permite à equipa médica eleger o melhor momento para a transferência com base em períodos de maior recetividade de implantação. Coloca ainda nas mãos das mulheres e dos casais a possibilidade de preservar uma possível gravidez para um futuro mais acertado, o que pode ter enorme significado em casos de doença que implique um intervalo nos sonhos familiares.
  • 7. A reter • A congelação ultrarrápida ou vitrificação implicada na transferência em diferido não altera a qualidade dos embriões. • A obesidade deve ser abordada antes de se tentar engravidar, por via de um programa de redução de peso, de exercício físico específico e regular e um adequado plano alimentar, elaborado e acompanhado por um nutricionista. • Hábitos de vida saudáveis resultam em índices de sucesso mais elevados, mesmo em tratamentos de reprodução assistida. • Cabe à equipa médica avaliar quais os melhores procedimentos, em função de cada situação. • Consulte a Malo Clinic – Ginemed, pois avaliamos soluções específicas para cada caso concreto.
  • 8. Contactos MALO CLINIC Medical Care Av. dos Combatentes, 43 – 5º piso 1600-042 Lisboa (Portugal) Telefone • (+351) 210 109 000 Email • info@maloclinic-ginemed.com Website • https://www.maloclinic-ginemed.com/