Um estudo publicado recentemente no American Journal of Obstetrics & Gynecology conclui que a vacinação contra a COVID-19 gera uma robusta imunidade em mulheres grávidas e puérperas. Anticorpos encontrados no cordão umbilical e no leite materno indiciam ainda que a imunidade poderá estar a ser transmitida das mães para os filhos.

1. Vacinas contra
a COVID-19
Grávidas e lactantes ganham sólida resposta
imunológica após vacinação

2. Um estudo publicado recentemente no American Journal of
Obstetrics & Gynecology conclui que a vacinação contra a COVID-19
gera uma robusta imunidade em mulheres grávidas e puérperas.
Anticorpos encontrados no cordão umbilical e no leite materno
indiciam ainda que a imunidade poderá estar a ser transmitida das
mães para os filhos.

3. Numa fase em que são ainda mais as dúvidas do que as certezas e que
nem mesmo a vacinação está imune a críticas ou receios, nem isenta
de questões por responder, alguns estudos vão conquistando terreno e
trazendo luz sobre o assunto. O que engloba uma população tida
inicialmente como sensível e que tinha estado arredada dos planos de
vacinação iniciais.
Disso mesmo dá conta um estudo que reuniu 131 mulheres em idade
reprodutiva, das quais 84 estavam no terceiro trimestre de gestação, 31
eram lactantes e apenas 16 mulheres não estavam grávidas nem a
amamentar. Todas foram imunizadas com as duas doses
recomendadas contra o Sars-CoV-2. Análises posteriores acusaram a
presença de anticorpos em todas as mulheres sem distinção.

4. • Não apenas isso como a imunidade
resultante da vacinação é mais expressiva
e acentuada do que a verificada em
mulheres que haviam contraído a doença
e gerado anticorpos como resposta
natural à infeção.
• Outro dado importante foi a deteção da
presença de anticorpos no cordão
umbilical e no leite materno, um indicador
de que por via da placenta e do leite a
imunidade é transmitida aos bebés.

5. Estas novas evidências científicas, resultantes da fase de testes em
gestantes, ajudam não apenas à tomada de decisões mais acertadas
por parte das mulheres e dos decisores dos planos de vacinação, como
são indicadores de que as grávidas podem ser vacinadas, permitindo
uma imunidade segura e que parece estar a ser transmitida aos filhos.

6. Segundo dados científicos, de que dá conta a mesma publicação, os
resultados apontam para uma maior probabilidade de transmissão de
anticorpos aos bebés quando as mães são vacinadas no terceiro
trimestres do que quando o são mais perto do final da gestação. Ou
seja, um maior o espaçamento entre a toma da vacina e o parto foi
associado a uma maior probabilidade de transmissão de anticorpos ao
feto e a uma maior eficácia dessa transferência.
Uma das autoras deste estudo comparativo, Emily Miller, professora
assistente de obstetrícia e ginecologia da Faculdade de Feinberg da
Universidade de Medicina Northwestern, entende que a vacina é um
mecanismo de proteção também para os bebés e que “quanto mais
cedo se tomar melhor”.

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