1. Progesterona, gestação e
aborto de repetição
Conheça a relação entre a progesterona, uma das principais hormonas
femininas, a capacidade reprodutiva e abortos de repetição.
2. Sobre o estrogénio e a progesterona
A par do estrogénio, a progesterona é das principais hormonas
femininas. O primeiro assegura todas as alterações que ocorrem por
altura da puberdade, sendo o estrogénio o responsável pelo
desenvolvimento do perfil sexual da mulher, definindo as
características dos órgãos sexuais, o grau de pilosidade, o peito, a
vagina e o tamanho do útero, bem como dos músculos, das coxas e das
glândulas. A ele se devem igualmente características que vão do timbre
de voz ao brilho do cabelo ou à textura da pele.
A progesterona, por seu lado, e de um modo geral, prepara o corpo da
mulher para a gravidez – do útero às glândulas mamárias –, sendo
fundamental na viabilização e sobrevivência do embrião.
3. Os superpoderes da progesterona
Ela regula o ciclo menstrual, ajuda na formação do embrião e viabiliza a
gestação, preparando o útero para receber uma possível gravidez. Espessar o
revestimento do endométrio para acolher o óvulo fertilizado é uma das suas
principais funções. Daí que os seus níveis sejam mais elevados após a
ovulação, assim se mantendo em caso de fecundação e diminuindo caso não
se verifique uma gravidez. Da sua ajustada presença no corpo da mulher,
depende a capacidade reprodutiva. Problemas de fertilidade, gravidezes
ectópicas e abortos de repetição, sabe-se, são consequências frequentes de
baixos níveis de progesterona no organismo. Sem a devida preparação dos
órgãos reprodutores, da responsabilidade desta hormona, obter uma
gravidez torna-se difícil e, caso aconteça, está mais suscetível a sofrer um
aborto na fase inicial, por falhas no processo de implantação do embrião, ou
a culminar num parto prematuro.
4. Mais evidências clínicas
Estudos recentes têm precisamente vindo a estabelecer uma conexão direta
entre os níveis de progesterona e o sucesso de uma gestação, determinando
uma relação causal. Um dado que é útil nos próprios procedimentos de
reprodução medicamente assistida. Se medidos e ajustados aos índices de
progesterona provados necessários no momento da transferência
embrionária, os tratamentos auferem de mais elevadas taxas de sucesso. O
mesmo é dizer que existe um nível ajustado de progesterona a ser garantido
e abaixo do qual as taxas de sucesso dos tratamentos reprodutivos caem de
forma acentuada. Um marcador que se apresenta determinante não apenas
na obtenção e manutenção de gravidezes, como na reabilitação de
procedimentos levados a cabo perante valores de progesterona abaixo dos
considerados ótimos.
5. Um estudo pioneiro
Na tentativa de ajudar mulheres que, em comum, tinham a experiência de
sangramento no início da gravidez e gravidezes interrompidas por abortos
espontâneos de repetição, cientistas britânicos, da Universidade de
Birmingham, recomendaram a um grupo de voluntárias a toma desta
hormona, sob orientação médica, no decurso da gestação. O pressuposto
deste estudo era precisamente o de que o aumento da progesterona, a fim
de manter o revestimento do útero, poderia elevar a possibilidade de levar a
gravidez ao seu términus com desfecho feliz. Verifica-se que a hormona não
exerce o mesmo efeito em todas as mulheres, ou em todos os casos, mas
teve benefícios visíveis nas voluntárias com histórico de abortos recorrentes.
Razão para acreditar que, de futuro, muitos pais poderão realizar o sonho da
parentalidade, graças a esta hormona.
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