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Enfermagem na
Saúde da Mulher
Assistência pré-natal
Prof. Ms. Danieli Garbuio
• Unidade de Ensino: 2
• Competência da Unidade: Compreender sobre a assistência
pré-natal.
• Resumo: Aborda sobre os cuidados no pré-natal, as
intercorrências e patologias obstétricas.
• Palavras-chave: Pré-natal, cuidados nos
intercorrências gestacionais, patologias obstétricas.
• Título da Teleaula: Assistência pré-natal
• Teleaula nº: 2
pré-natal,
Convite ao estudo Cuidados no pré-natal
Intercorrências no pré-
natal
Patologias obstétricas
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/pregnant-woman-walking-active-well-fitted-1438542533.
Acesso em: 24 set. 2021.
Gravidez
Momento de grandes transformações
para a mulher, para seu (sua) parceiro (a)
e para toda a família. Durante o período
da gestação, o corpo vai se modificar
lentamente, preparando-se para o parto
e para a maternidade.
Pré-natal
O objetivo é assegurar o
desenvolvimento saudável da gestação,
permitindo um parto com menores
riscos para a mãe e para o bebê.
Aspectos psicossociais são também
avaliados e as atividades educativas e
preventivas devem ser realizadas pelos
profissionais do serviço.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/sperm-egg-cell-fertilization-illustration-on-1385193920.
Acesso em 24 set. 2021.
Contextualização
Cuidados no pré-natal
Sintomas comuns da gravidez
Presunção
• Atraso menstrual
• Aumento das
mamas
• Náuseas e vômitos
• Sialorreia
• Hiperpigmentação
da aréola e dos
mamilos
• Polaciúria
• Fadiga
Probabilidade
• Amolecimento
da cérvice
uterina
• Positividade do
BHCG a partir do
8º ou 9º dia
após fertilização
Certeza
• Presença dos
batimentos
cardíacos fetais
(BCF),
• Percepção dos
movimentos
fetais
• Ultrassonografia
confirmatória
Diagnóstico de gravidez
Teste rápido
Teste
Imunológico de
Gravidez (TIG) +
15 dias de atraso
menstrual
Plasma
Detecção da
gonadotrofina
coriônica (HCG)
Ultrassonográfico
Visualização do
saco gestacional
por volta das
seis semanas
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/hand-holding-pregnancy-test-pack-2-1664550184.
Acesso em: 05 out 2021.
Primeira consulta de pré-natal
 Realizar entrevista e exame físico geral e obstétrico
 Avaliação do risco gestacional
 Preencher cartão da gestante
 Cadastro no Sisprenatal
 Encaminhar para odontologia
 Observar cartão vacinal da gestante
 Solicitar exames do primeiro trimestre
 Realizar orientações e sanar dúvidas
A primeira consulta deve ser realizada
precocemente.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/pregnant-502415008. Acesso em: 05 out. 2021.
Calendário de consultas no pré-natal
Até 28ª
semana:
mensalmente
Da 28ª até a 36ª
semana:
quinzenalmente
Da 36ª até a 41ª
semana:
semanalmente
Mínimo de 6 consultas
intercaladas entre médico e enfermeiro.
Cuidados de
enfermagem no pré-
natal
Cuidados de enfermagem no pré-natal
Identificar e tratar ou controlar doenças
Prevenção de complicações
Promover o bom desenvolvimento fetal
Reduzir índices de morbimortalidade materna e
fetal
Consultas de pré-natal subsequentes
Entrevista
Exame
físico/
obstétrico
Orientações
Controle da gestação de risco habitual
Exames
laboratoriais no
pré-natal
Exame Solicitação
Hemoglobina e hematócrito 1º e 3º trimestres
Eletroforese de hemoglobina 1º trimestre
Tipo sanguíneo e fator Rh 1º trimestre
Coombs indireto A partir de 24 semanas
Glicemia em jejum 1º e 3º trimestres
TTGO 24ª-28ª semanas
Urina tipo I, 1º e 3º trimestres
Urocultura e antibiograma 1º e 3º trimestres
MS, 2016
Exames
laboratoriais no
pré-natal
Exame Solicitação
Teste rápido de proteinúria Indicado para mulheres com
hipertensão na gravidez
Teste rápido para sífilis ou VDRL 1º e 3º trimestres
Teste rápido para HIV ou sorologia
(antiHIV I e II)
1º e 3º trimestres
Sorologia hepatite B (HBsAg) 1º e 3º trimestres
Toxoplasmose IgG e IgM 1º e 3º trimestres
Parasitológico de fezes Quando anemia presente ou
outras manifestações sugestivas
MS, 2016
Imunização da
 Hepatite B (completar 3 doses, se estiver incompleto)
 Influenza (dose anual)
 dT/dTpa:
gestante
1dose de dT administrada previamente: fazer uma dose de dT
após o primeiro trimestre de gestação e uma dose de dTpa após a
20ª semana;
2 doses de dT administradas previamente: fazer uma dose de
dTpa a partir da 20ª semana de gestação.
Gestante com esquema vacinal completo com dT (três doses):
fazer somente a vacina dTpa a partir da 20ª semana, independente
se a gestação anterior ocorreu em um período maior ou menor
que cinco anos.
Queixas e riscos
gestacionais
Principais queixas gestacionais
Náusea
matinal
Pirose Lombalgia Varizes
Hemorroidas Polaciúria Constipação Flatulência
Corrimentos Cãibras
Náusea matinal
Não se restringe apenas ao período da manhã e deve ser
controlado, preferencialmente, sem o uso de medicamentos
Pode ser causado por: aborrecimentos, alterações hormonais e
diminuição do peristaltismo.
Conduta: evitar alimentos de difícil digestão, fazer alimentação
fracionada (pelo menos seis vezes ao dia) e ao acordar permanecer
na cama por mais ou menos meia hora antes de se levantar.
Algumas medicações também podem ser usadas, indicadas e
prescritas pelo médico.
Polaciúria: trata-se da urina em pequena quantidade e
várias vezes ao dia devido ao crescimento do útero e
consequente pressão sobre a bexiga.
Constipação: pode ser causada pela diminuição do
peristaltismo e pressão do útero sobre os intestinos. A
conduta é ingerir alimentos ricos em fibra, ingerir bastante
água, estabelecer horários para evacuação, evitar
medicamentos e praticar exercícios como caminhadas.
Flatulência: é causada por ação de bactérias produtoras de
gás no intestino. A conduta deve ser evitar ingestão de
alimentos que produzem gases e mastigar bem os
alimentos.
Lombalgia
• Causada por adaptações da postura e enfraquecimento dos
ligamentos das articulações sacroilíacas. Conduta: corrigir a
postura, evitar a fadiga, usar roupas adequadas e usar sapatos
baixos e confortáveis, além de aplicação de calor no local.
Varizes
• Podem afetar os membros inferiores, a vulva e a pelve. As
principais causas são: hereditariedade, roupas apertadas,
compressão dos grandes vasos devido ao útero estar aumentado
e permanecer longos períodos em pé ou sentada. Conduta: usar
meias elásticas quando recomendado, repousar com frequência,
evitar roupas apertadas, elevar pernas e quadril com almofadas
ou elevar os pés da cama cerca de 15 cm.
Fatores de risco gestacional
Os fatores de risco gestacional podem ser prontamente identificados no
decorrer da assistência pré-natal desde que os profissionais de saúde estejam
atentos a todas as etapas da anamnese, exame físico geral e exame gineco-
obstétrico.
Antecedentes obstétricos
Presença de doenças
Doenças obstétricas na gravidez atual
Fatores de risco
gestacional
Os alunos da professora Glória conheceram Ana, que está
aborto na gravidez anterior
. Portanto eles
internada há cinco dias com ameaça de aborto,
apresentando sangramento, dor e com histórico de
se
perguntaram: quais são os fatores de maior risco que
ocorrem na gestação?
Antecedentes obstétricos
• Infertilidade e esterilidade,
• malformação fetal,
• crescimento intrauterino restrito (CIUR),
• síndrome hemorrágica,
• síndrome hipertensiva,
• cirurgia de útero anterior.
• Multiparidade,
• parto difícil,
• parto prematuro,
• intervalo entre gestações de menos de 2 anos ou mais de 5 anos,
• óbitos perinatais,
• aborto,
• recém-nascido com peso menor que 2.500 gramas ou maior que 4.000
gramas,
• Rh negativo Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/concept-family-pregnancy-
motherhood-new-life-1916780477. Acesso em: 05 out. 2021.
Presença de doenças
• Renal,
• cardiovascular,
• pneumopatia,
• hemopatias,
• epilepsia,
• doença autoimune,
• ginecopatia,
• diabetes,
• anemia,
• doenças mentais e
• infectocontagiosas.
Doenças obstétricas na gravidez atual
• HAS,
• AU superior ou inferior à esperada,
• suspeita de gravidez ectópica,
• toxemia,
• hemorragia vaginal,
• ameaça de parto prematuro,
• gravidez prolongada,
• múltipla gravidez,
• oligodrâmnio ou polidrâmnio,
• óbito fetal,
• rotura das membranas por mais de 12 horas sem presença de trabalho de
parto,
• desnutrição e/ou ganho ponderal inadequado,
• diabetes gestacional e
• doenças infectocontagiosas.
Interação
Intercorrências e
patologias I
Cardiopatias e gestação
A integração entre embrião e útero materno provoca no organismo um
intrínseco estímulo hormonal que induz a transformações na fisiologia do
sistema cardiovascular, as quais são fundamentais para o adequado
desenvolvimento da gravidez. Essas mudanças determinam uma sobrecarga
hemodinâmica que pode revelar doenças cardíacas previamente não
reconhecidas ou agravar o estado funcional de cardiopatias subjacentes.
No pré-
natal
No
trabalho
de parto
No pós-
parto
Condutas:
Cardiopatias: conduta no pré-natal
Observar comprometimento pulmonar: tosse, hemoptise, estertores,
dispneia em repouso, sopro diastólico, taquicardia que aumenta com atividade.
Hospitalização para avaliar e prevenir sinais e
sintomas de descompensação cardíaca
Exame físico e anamnese
Observar congestão venosa
Tratar infecções e deficiências nutricionais
Limitar atividade física
Anemia
Níveis de hemoglobina estão abaixo do normal devido à carência de nutrientes
essenciais, principalmente por deficiência de ferro, zinco, vitamina B12 e
proteínas. A principal e mais comum - anemia ferropriva (carência de ferro).
Consequências para a mãe
diminui a capacidade de
cicatrização, diminui a resistência
contra infecções, há aumento do
índice de complicações
hemodinâmicas, aumento do
operatórios e
índice de partos
aumento do número de aborto,
e toxemia
parto prematuro
gravídica
Consequência fetal
o bebê pode nascer pequeno
para a idade gestacional
(PIG), pode haver aumento
do índice de sofrimento
fetal, lesão neurológica e
mortalidade perinatal.
Anemia
Condutas
Sulfato ferroso
Alimentação rica
em ferro
(nutricionista)
Orientar o
tratamento de
parasitoses
Controle de
hemograma
(Hb/Ht) a cada
30 dias
Exames para avaliação da anemia
(hemoglobina e hematócrito):
 Hemoglobina > 11g/dl – normal.
 Hemoglobina entre 8 e 11 g/dl –
anemia leve a moderada.
 Hemoglobina < 8 g/dl – anemia
grave.
Doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG)
A DHEG, ou pré-eclampsia, é uma das complicações mais frequentes da gravidez.
Ela é definida como o desenvolvimento de hipertensão (pressão arterial sistólica
>140mmhg ou diastólica >90mmhg) e proteinúria (300mg ou mais de proteína
em urina de 24h), após 20 semanas de gestação, em gestante previamente
normotensa. O edema já foi considerado um dos critérios para a definição, mas
hoje já não é mais imprescindível para o diagnóstico de pré-eclampsia.
Principal causa de morte materna no Brasil e o prognóstico
para o feto é grave
A redução de mortes pode ser feita por meio de uma boa
assistência no pré-natal, seguida de diagnóstico e tratamento
precoces
Classificação
da
DHEG
Hipertensão induzida pela gravidez (em
primíparas)
Pré-eclâmpsia: desenvolvimento da
hipertensão depois da 20ª semana de
gestação complicada por envolvimento renal,
levando à proteinúria
Eclâmpsia: pré-eclâmpsia complicada por
envolvimento do sistema nervoso central
(SNC) levando à convulsão
Intercorrências e
patologias II
Infecção do trato urinário na gestação
Escherichia coli
80%
Pielonefrite
Fatores
hormonais
 As gestantes com ITU não complicada, as cistites: devem ser
tratadas com antibióticos ambulatorialmente.
 A ITU complicada está associada a anormalidades estruturais ou
funcionais do trato urinário e se caracterizam por envolvimento de
patógenos com maiores resistências aos antimicrobianos. Gestante
deve ser hospitalizada.
 São sinais de ITU complicada: febre, taquicardia, calafrios, náuseas,
vômitos, dor lombar, com sinal de Giordano positivo e dor
abdominal.
 A ITU na gestação está associada
membranas, ao aborto, ao trabalho
à rotura prematura de
de parto prematuro, à
corioamnionite, ao baixo peso ao nascer, à infecção neonatal, além
de ser uma das principais causas de septicemia na gravidez.
Conduta na ITU em gestantes
Condutas
• Instruir sobre coleta de urina
• Orientar sobre uso de antibiótico
• Aumento da ingesta hídrica
• Acesso venoso permeável para hidratação
• Controle da temperatura e dinâmica uterina
• Observar perda vaginal
• Decúbito lateral esquerdo
Diabetes Mellitus (DM)
DM
• doença metabólica caracterizada por hiperglicemia e
associadas a complicações, disfunções e insuficiência de
vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro,
coração e vasos sanguíneos. DM tipo I e tipo II.
DMG (diabetes mellitus gestacional)
• caracteriza pela intolerância à glicose que se diagnostica no
período da gestação. Esta pode ocorrer neste período devido
aos hormônios antagônicos da insulina que são secretados
pela placenta, e se iniciam no 2º ou 3º trimestre da
gestação. Diagnóstico durante a gestação atual, sem ter
previamente preenchido os critérios diagnósticos de DM.
Diagnóstico de
DMG, segundo
a SBD 2019-
2020
Na primeira consulta de pré-natal, recomenda-se avaliar as mulheres quanto à
presença de DM prévio, não diagnosticado e francamente manifesto. O diagnóstico
de DM será feito se um dos testes a seguir apresentar-se alterado:
• Glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL;
• Glicemia 2 horas após sobrecarga com 75 g de glicose ≥ 200 mg/dL;
• HbA1c ≥ 6,5%;
• Glicemia aleatória ≥ 200 mg/dL na presença de sintomas;
•Confirmação será feita pela repetição dos exames alterados, na ausência de
sintomas
Sugere-se que seja feita dosagem de glicemia de jejum em todas as mulheres na
primeira consulta de pré-natal.
Mulheres sem diagnóstico de DM, mas com glicemia de jejum ≥ 92 mg/dL, devem
receber diagnóstico de DMG e ser submetida a teste de sobrecarga oral com 75 g de
glicose anidra entre 24 e 28 semanas de gestação, sendo o diagnóstico de DMG
quando um do valores a seguir encontrar-se alterado:
• Glicemia em jejum ≥ 92 mg/dL;
• Glicemia 1 hora após sobrecarga ≥ 180 mg/dL;
• Glicemia 2 horas após sobrecarga ≥ 153 mg/dL.
DMG
Consequência para a mãe
ITU
Polidrâmnio
Abortamento nas últimas
semanas gestacionais
Tendência à cetose e acidose
Consequência para o feto
Crescimento acelerado,
deposição excessiva de
gordura e retenção hídrica
Morbidade neonatal
(hipoglicemia)
Complicações
respiratórias
Sofrimento fetal
durante o parto
Condutas
DMG
Orientações alimentares
e controle de peso
Exercícios físicos
Monitoramento da
glicemia
Hipoglicemiantes orais
ou insulina
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/concept-healthy-diabetic-diabetes-sports-sport-1156968376.
Acesso em: 05 out. 2021.
Gravidez ectópica: fertilização do óvulo implantando fora da
cavidade uterina.
Crescimento intrauterino restrito (CIUR): recém-nascido possui
baixo peso ou é pequeno para a idade gestacional (PIG), com
peso menor ou igual a 2.500 gramas, independente da IG.
Incompetência cervical: defeito mecânico do colo do útero, que
se torna incapaz de levar a gravidez até o final, induzindo ao
trabalho de parto prematuro ou abortamento.
Mola hidatiforme: anomalia do desenvolvimento placentário que
resulta na conversão das vilosidades coriônicas a uma massa, com
aspecto de uvas, e precede um tumor maligno do trofoblasto, com
tendência à metástase rápida.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/ectopic-normal-pregnancy-fetus-uterus-womb-1063702256. Acesso
em: 24 set. 2021.
Outras
intercorrências
Patologias obstétricas
Pós-datismo e
gravidez
prolongada
Pós-datismo - gestação entre 40 e 42 semanas
Gravidez prolongada - gestação atinge ou ultrapassa 42
semanas
Classificada em fisiológica (quando não há disfunção
placentária) e patológica (quando há insuficiência da
placenta que compromete o feto)
Condutas: IG e DPP corretas, verificar se existe distocia,
complicação clínica ou sofrimento fetal. Controle de
BCF até 42 semanas e orientar quanto à parada ou
diminuição dos movimentos fetais.
Trabalho de parto prematuro (TPP)
Início do trabalho de parto antes das 37 semanas de
gestação.
Diagnóstico: contrações uterinas, dilatação e
esvaecimento cervical.
hospitalização, repouso em DLE, avaliar DU,
Condutas:
alterações
administração
do colo, controle BCF
, cateterismo venoso e
de sedativos, ringer lactato, e
corticoidoterapia (entre 28 e 34 semanas)
Fonte: Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/es/photos/beb%C3%A9-ni%C3%B1o-nacimiento-confianza-1681181/. Acesso em: 24 set. 2021.
Abortamento
Definição
• Término da gestação antes que se torne viável (22 semanas).
Fatores predisponentes
• Ovulares (óvulos ou espermatozoides defeituosos), insuficiência de
progesterona, infecções, traumas e incompetência cervical.
Condutas
• Hospitalização, controlar SSVV, avaliar sangramento, presença de
embrião em meio aos coágulos, administrar líquidos, sangue,
antibióticos e analgésicos, CPM
Óbito fetal intrauterino
Morte do feto ainda dentro do útero. É importante
conhecer a causa para evitar que se repita.
Causas maternas e ovulares
Condutas: Manter a bolsa amniótica íntegra o maior
tempo possível, administrar misoprostol via oral ou via
vaginal. Após a expulsão, encaminhar pedido de exame
anatomopatológico e bacteriológico da placenta e
encaminhar pedido de necropsia fetal.
Isoimunização pelo fator RH
A profilaxia se dá pela administração IM de imunoglobulina anti-
Rho (D) até 72 horas do parto ou aborto. Administra-se também
durante a gestação de mulheres Rh negativas e Coombs indireto
negativo, com marido positivo, entre 28 e 34 semanas.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/rhfactor-572959006. Acesso em: 24 set. 2021.
Outras
patologias
obstétricas
Placenta prévia: maior causa de hemorragias no
último trimestre da gestação. Placenta está
implantada no segmento uterino inferior, cobrindo
parcial ou totalmente o orifício cervical interno.
Descolamento prematuro de placenta (DPP):
ocorre na segunda metade da gestação. Placenta
se separa da parede uterina.
RPM ou amniorrexe prematura: rotura das
membranas amnióticas de maneira espontânea com
saída de líquido.
Hiperêmese gravídica
A professora Glória assumiu os cuidados da paciente Maria, que se
encontra hospitalizada devido a uma hiperêmese gravídica. Por
isso a professora indagou aos seus alunos: o que é uma
hiperêmese gravídica, quais são seus sinais e sintomas e quais os
cuidados que devemos ter com este tipo de paciente?
Definição
• Caracteriza-se por vários episódios de vômitos, os quais podem
gerar graves alterações hidroeletrolíticas e nutricionais para a
gestante.
Manifestações clínicas
• Perda de peso, alcalose metabólica (devido à perda do suco
gástrico), acidose (devido à diminuição do aporte nutricional) e
desidratação.
Condutas
• Discutir as angústias oferecendo apoio, instruir quanto à
alimentação fracionando-a, evitar alimentos ácidos, e orientar
uso de antiemético prescrito.
Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/young-beautiful-pregnant-woman-covering-mouth-
1070933945. Acesso em: 24 set. 2021
Interação
Recapitulando
Recapitulando
 Cuidados no pré-natal: diagnóstico gestacional,
consultas, acompanhamento, queixas e riscos
gestacionais.
 Intercorrências e patologias: cardiopatias na gestação,
anemia, DHEG, ITU, DMG.
 Patologias obstétricas: pós-datismo e gravidez
prolongada, TPP, abortamento, óbito fetal intrauterino,
isoimunização pelo fator RH, hiperêmese gravídica

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  • 1. Enfermagem na Saúde da Mulher Assistência pré-natal Prof. Ms. Danieli Garbuio
  • 2. • Unidade de Ensino: 2 • Competência da Unidade: Compreender sobre a assistência pré-natal. • Resumo: Aborda sobre os cuidados no pré-natal, as intercorrências e patologias obstétricas. • Palavras-chave: Pré-natal, cuidados nos intercorrências gestacionais, patologias obstétricas. • Título da Teleaula: Assistência pré-natal • Teleaula nº: 2 pré-natal,
  • 3. Convite ao estudo Cuidados no pré-natal Intercorrências no pré- natal Patologias obstétricas Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/pregnant-woman-walking-active-well-fitted-1438542533. Acesso em: 24 set. 2021.
  • 4. Gravidez Momento de grandes transformações para a mulher, para seu (sua) parceiro (a) e para toda a família. Durante o período da gestação, o corpo vai se modificar lentamente, preparando-se para o parto e para a maternidade. Pré-natal O objetivo é assegurar o desenvolvimento saudável da gestação, permitindo um parto com menores riscos para a mãe e para o bebê. Aspectos psicossociais são também avaliados e as atividades educativas e preventivas devem ser realizadas pelos profissionais do serviço. Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/sperm-egg-cell-fertilization-illustration-on-1385193920. Acesso em 24 set. 2021. Contextualização
  • 6. Sintomas comuns da gravidez Presunção • Atraso menstrual • Aumento das mamas • Náuseas e vômitos • Sialorreia • Hiperpigmentação da aréola e dos mamilos • Polaciúria • Fadiga Probabilidade • Amolecimento da cérvice uterina • Positividade do BHCG a partir do 8º ou 9º dia após fertilização Certeza • Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF), • Percepção dos movimentos fetais • Ultrassonografia confirmatória
  • 7. Diagnóstico de gravidez Teste rápido Teste Imunológico de Gravidez (TIG) + 15 dias de atraso menstrual Plasma Detecção da gonadotrofina coriônica (HCG) Ultrassonográfico Visualização do saco gestacional por volta das seis semanas Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/hand-holding-pregnancy-test-pack-2-1664550184. Acesso em: 05 out 2021.
  • 8. Primeira consulta de pré-natal  Realizar entrevista e exame físico geral e obstétrico  Avaliação do risco gestacional  Preencher cartão da gestante  Cadastro no Sisprenatal  Encaminhar para odontologia  Observar cartão vacinal da gestante  Solicitar exames do primeiro trimestre  Realizar orientações e sanar dúvidas A primeira consulta deve ser realizada precocemente. Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/pregnant-502415008. Acesso em: 05 out. 2021.
  • 9. Calendário de consultas no pré-natal Até 28ª semana: mensalmente Da 28ª até a 36ª semana: quinzenalmente Da 36ª até a 41ª semana: semanalmente Mínimo de 6 consultas intercaladas entre médico e enfermeiro.
  • 11. Cuidados de enfermagem no pré-natal Identificar e tratar ou controlar doenças Prevenção de complicações Promover o bom desenvolvimento fetal Reduzir índices de morbimortalidade materna e fetal
  • 12. Consultas de pré-natal subsequentes Entrevista Exame físico/ obstétrico Orientações Controle da gestação de risco habitual
  • 13. Exames laboratoriais no pré-natal Exame Solicitação Hemoglobina e hematócrito 1º e 3º trimestres Eletroforese de hemoglobina 1º trimestre Tipo sanguíneo e fator Rh 1º trimestre Coombs indireto A partir de 24 semanas Glicemia em jejum 1º e 3º trimestres TTGO 24ª-28ª semanas Urina tipo I, 1º e 3º trimestres Urocultura e antibiograma 1º e 3º trimestres MS, 2016
  • 14. Exames laboratoriais no pré-natal Exame Solicitação Teste rápido de proteinúria Indicado para mulheres com hipertensão na gravidez Teste rápido para sífilis ou VDRL 1º e 3º trimestres Teste rápido para HIV ou sorologia (antiHIV I e II) 1º e 3º trimestres Sorologia hepatite B (HBsAg) 1º e 3º trimestres Toxoplasmose IgG e IgM 1º e 3º trimestres Parasitológico de fezes Quando anemia presente ou outras manifestações sugestivas MS, 2016
  • 15. Imunização da  Hepatite B (completar 3 doses, se estiver incompleto)  Influenza (dose anual)  dT/dTpa: gestante 1dose de dT administrada previamente: fazer uma dose de dT após o primeiro trimestre de gestação e uma dose de dTpa após a 20ª semana; 2 doses de dT administradas previamente: fazer uma dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação. Gestante com esquema vacinal completo com dT (três doses): fazer somente a vacina dTpa a partir da 20ª semana, independente se a gestação anterior ocorreu em um período maior ou menor que cinco anos.
  • 17. Principais queixas gestacionais Náusea matinal Pirose Lombalgia Varizes Hemorroidas Polaciúria Constipação Flatulência Corrimentos Cãibras
  • 18. Náusea matinal Não se restringe apenas ao período da manhã e deve ser controlado, preferencialmente, sem o uso de medicamentos Pode ser causado por: aborrecimentos, alterações hormonais e diminuição do peristaltismo. Conduta: evitar alimentos de difícil digestão, fazer alimentação fracionada (pelo menos seis vezes ao dia) e ao acordar permanecer na cama por mais ou menos meia hora antes de se levantar. Algumas medicações também podem ser usadas, indicadas e prescritas pelo médico.
  • 19. Polaciúria: trata-se da urina em pequena quantidade e várias vezes ao dia devido ao crescimento do útero e consequente pressão sobre a bexiga. Constipação: pode ser causada pela diminuição do peristaltismo e pressão do útero sobre os intestinos. A conduta é ingerir alimentos ricos em fibra, ingerir bastante água, estabelecer horários para evacuação, evitar medicamentos e praticar exercícios como caminhadas. Flatulência: é causada por ação de bactérias produtoras de gás no intestino. A conduta deve ser evitar ingestão de alimentos que produzem gases e mastigar bem os alimentos.
  • 20. Lombalgia • Causada por adaptações da postura e enfraquecimento dos ligamentos das articulações sacroilíacas. Conduta: corrigir a postura, evitar a fadiga, usar roupas adequadas e usar sapatos baixos e confortáveis, além de aplicação de calor no local. Varizes • Podem afetar os membros inferiores, a vulva e a pelve. As principais causas são: hereditariedade, roupas apertadas, compressão dos grandes vasos devido ao útero estar aumentado e permanecer longos períodos em pé ou sentada. Conduta: usar meias elásticas quando recomendado, repousar com frequência, evitar roupas apertadas, elevar pernas e quadril com almofadas ou elevar os pés da cama cerca de 15 cm.
  • 21. Fatores de risco gestacional Os fatores de risco gestacional podem ser prontamente identificados no decorrer da assistência pré-natal desde que os profissionais de saúde estejam atentos a todas as etapas da anamnese, exame físico geral e exame gineco- obstétrico. Antecedentes obstétricos Presença de doenças Doenças obstétricas na gravidez atual
  • 23. Os alunos da professora Glória conheceram Ana, que está aborto na gravidez anterior . Portanto eles internada há cinco dias com ameaça de aborto, apresentando sangramento, dor e com histórico de se perguntaram: quais são os fatores de maior risco que ocorrem na gestação?
  • 24. Antecedentes obstétricos • Infertilidade e esterilidade, • malformação fetal, • crescimento intrauterino restrito (CIUR), • síndrome hemorrágica, • síndrome hipertensiva, • cirurgia de útero anterior. • Multiparidade, • parto difícil, • parto prematuro, • intervalo entre gestações de menos de 2 anos ou mais de 5 anos, • óbitos perinatais, • aborto, • recém-nascido com peso menor que 2.500 gramas ou maior que 4.000 gramas, • Rh negativo Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/concept-family-pregnancy- motherhood-new-life-1916780477. Acesso em: 05 out. 2021.
  • 25. Presença de doenças • Renal, • cardiovascular, • pneumopatia, • hemopatias, • epilepsia, • doença autoimune, • ginecopatia, • diabetes, • anemia, • doenças mentais e • infectocontagiosas.
  • 26. Doenças obstétricas na gravidez atual • HAS, • AU superior ou inferior à esperada, • suspeita de gravidez ectópica, • toxemia, • hemorragia vaginal, • ameaça de parto prematuro, • gravidez prolongada, • múltipla gravidez, • oligodrâmnio ou polidrâmnio, • óbito fetal, • rotura das membranas por mais de 12 horas sem presença de trabalho de parto, • desnutrição e/ou ganho ponderal inadequado, • diabetes gestacional e • doenças infectocontagiosas.
  • 29. Cardiopatias e gestação A integração entre embrião e útero materno provoca no organismo um intrínseco estímulo hormonal que induz a transformações na fisiologia do sistema cardiovascular, as quais são fundamentais para o adequado desenvolvimento da gravidez. Essas mudanças determinam uma sobrecarga hemodinâmica que pode revelar doenças cardíacas previamente não reconhecidas ou agravar o estado funcional de cardiopatias subjacentes. No pré- natal No trabalho de parto No pós- parto Condutas:
  • 30. Cardiopatias: conduta no pré-natal Observar comprometimento pulmonar: tosse, hemoptise, estertores, dispneia em repouso, sopro diastólico, taquicardia que aumenta com atividade. Hospitalização para avaliar e prevenir sinais e sintomas de descompensação cardíaca Exame físico e anamnese Observar congestão venosa Tratar infecções e deficiências nutricionais Limitar atividade física
  • 31. Anemia Níveis de hemoglobina estão abaixo do normal devido à carência de nutrientes essenciais, principalmente por deficiência de ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas. A principal e mais comum - anemia ferropriva (carência de ferro). Consequências para a mãe diminui a capacidade de cicatrização, diminui a resistência contra infecções, há aumento do índice de complicações hemodinâmicas, aumento do operatórios e índice de partos aumento do número de aborto, e toxemia parto prematuro gravídica Consequência fetal o bebê pode nascer pequeno para a idade gestacional (PIG), pode haver aumento do índice de sofrimento fetal, lesão neurológica e mortalidade perinatal.
  • 32. Anemia Condutas Sulfato ferroso Alimentação rica em ferro (nutricionista) Orientar o tratamento de parasitoses Controle de hemograma (Hb/Ht) a cada 30 dias Exames para avaliação da anemia (hemoglobina e hematócrito):  Hemoglobina > 11g/dl – normal.  Hemoglobina entre 8 e 11 g/dl – anemia leve a moderada.  Hemoglobina < 8 g/dl – anemia grave.
  • 33. Doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG) A DHEG, ou pré-eclampsia, é uma das complicações mais frequentes da gravidez. Ela é definida como o desenvolvimento de hipertensão (pressão arterial sistólica >140mmhg ou diastólica >90mmhg) e proteinúria (300mg ou mais de proteína em urina de 24h), após 20 semanas de gestação, em gestante previamente normotensa. O edema já foi considerado um dos critérios para a definição, mas hoje já não é mais imprescindível para o diagnóstico de pré-eclampsia. Principal causa de morte materna no Brasil e o prognóstico para o feto é grave A redução de mortes pode ser feita por meio de uma boa assistência no pré-natal, seguida de diagnóstico e tratamento precoces
  • 34. Classificação da DHEG Hipertensão induzida pela gravidez (em primíparas) Pré-eclâmpsia: desenvolvimento da hipertensão depois da 20ª semana de gestação complicada por envolvimento renal, levando à proteinúria Eclâmpsia: pré-eclâmpsia complicada por envolvimento do sistema nervoso central (SNC) levando à convulsão
  • 36. Infecção do trato urinário na gestação Escherichia coli 80% Pielonefrite Fatores hormonais  As gestantes com ITU não complicada, as cistites: devem ser tratadas com antibióticos ambulatorialmente.  A ITU complicada está associada a anormalidades estruturais ou funcionais do trato urinário e se caracterizam por envolvimento de patógenos com maiores resistências aos antimicrobianos. Gestante deve ser hospitalizada.  São sinais de ITU complicada: febre, taquicardia, calafrios, náuseas, vômitos, dor lombar, com sinal de Giordano positivo e dor abdominal.  A ITU na gestação está associada membranas, ao aborto, ao trabalho à rotura prematura de de parto prematuro, à corioamnionite, ao baixo peso ao nascer, à infecção neonatal, além de ser uma das principais causas de septicemia na gravidez.
  • 37. Conduta na ITU em gestantes Condutas • Instruir sobre coleta de urina • Orientar sobre uso de antibiótico • Aumento da ingesta hídrica • Acesso venoso permeável para hidratação • Controle da temperatura e dinâmica uterina • Observar perda vaginal • Decúbito lateral esquerdo
  • 38. Diabetes Mellitus (DM) DM • doença metabólica caracterizada por hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos. DM tipo I e tipo II. DMG (diabetes mellitus gestacional) • caracteriza pela intolerância à glicose que se diagnostica no período da gestação. Esta pode ocorrer neste período devido aos hormônios antagônicos da insulina que são secretados pela placenta, e se iniciam no 2º ou 3º trimestre da gestação. Diagnóstico durante a gestação atual, sem ter previamente preenchido os critérios diagnósticos de DM.
  • 39. Diagnóstico de DMG, segundo a SBD 2019- 2020 Na primeira consulta de pré-natal, recomenda-se avaliar as mulheres quanto à presença de DM prévio, não diagnosticado e francamente manifesto. O diagnóstico de DM será feito se um dos testes a seguir apresentar-se alterado: • Glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL; • Glicemia 2 horas após sobrecarga com 75 g de glicose ≥ 200 mg/dL; • HbA1c ≥ 6,5%; • Glicemia aleatória ≥ 200 mg/dL na presença de sintomas; •Confirmação será feita pela repetição dos exames alterados, na ausência de sintomas Sugere-se que seja feita dosagem de glicemia de jejum em todas as mulheres na primeira consulta de pré-natal. Mulheres sem diagnóstico de DM, mas com glicemia de jejum ≥ 92 mg/dL, devem receber diagnóstico de DMG e ser submetida a teste de sobrecarga oral com 75 g de glicose anidra entre 24 e 28 semanas de gestação, sendo o diagnóstico de DMG quando um do valores a seguir encontrar-se alterado: • Glicemia em jejum ≥ 92 mg/dL; • Glicemia 1 hora após sobrecarga ≥ 180 mg/dL; • Glicemia 2 horas após sobrecarga ≥ 153 mg/dL.
  • 40. DMG Consequência para a mãe ITU Polidrâmnio Abortamento nas últimas semanas gestacionais Tendência à cetose e acidose Consequência para o feto Crescimento acelerado, deposição excessiva de gordura e retenção hídrica Morbidade neonatal (hipoglicemia) Complicações respiratórias Sofrimento fetal durante o parto
  • 41. Condutas DMG Orientações alimentares e controle de peso Exercícios físicos Monitoramento da glicemia Hipoglicemiantes orais ou insulina Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/concept-healthy-diabetic-diabetes-sports-sport-1156968376. Acesso em: 05 out. 2021.
  • 42. Gravidez ectópica: fertilização do óvulo implantando fora da cavidade uterina. Crescimento intrauterino restrito (CIUR): recém-nascido possui baixo peso ou é pequeno para a idade gestacional (PIG), com peso menor ou igual a 2.500 gramas, independente da IG. Incompetência cervical: defeito mecânico do colo do útero, que se torna incapaz de levar a gravidez até o final, induzindo ao trabalho de parto prematuro ou abortamento. Mola hidatiforme: anomalia do desenvolvimento placentário que resulta na conversão das vilosidades coriônicas a uma massa, com aspecto de uvas, e precede um tumor maligno do trofoblasto, com tendência à metástase rápida. Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/ectopic-normal-pregnancy-fetus-uterus-womb-1063702256. Acesso em: 24 set. 2021. Outras intercorrências
  • 44. Pós-datismo e gravidez prolongada Pós-datismo - gestação entre 40 e 42 semanas Gravidez prolongada - gestação atinge ou ultrapassa 42 semanas Classificada em fisiológica (quando não há disfunção placentária) e patológica (quando há insuficiência da placenta que compromete o feto) Condutas: IG e DPP corretas, verificar se existe distocia, complicação clínica ou sofrimento fetal. Controle de BCF até 42 semanas e orientar quanto à parada ou diminuição dos movimentos fetais.
  • 45. Trabalho de parto prematuro (TPP) Início do trabalho de parto antes das 37 semanas de gestação. Diagnóstico: contrações uterinas, dilatação e esvaecimento cervical. hospitalização, repouso em DLE, avaliar DU, Condutas: alterações administração do colo, controle BCF , cateterismo venoso e de sedativos, ringer lactato, e corticoidoterapia (entre 28 e 34 semanas) Fonte: Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/es/photos/beb%C3%A9-ni%C3%B1o-nacimiento-confianza-1681181/. Acesso em: 24 set. 2021.
  • 46. Abortamento Definição • Término da gestação antes que se torne viável (22 semanas). Fatores predisponentes • Ovulares (óvulos ou espermatozoides defeituosos), insuficiência de progesterona, infecções, traumas e incompetência cervical. Condutas • Hospitalização, controlar SSVV, avaliar sangramento, presença de embrião em meio aos coágulos, administrar líquidos, sangue, antibióticos e analgésicos, CPM
  • 47. Óbito fetal intrauterino Morte do feto ainda dentro do útero. É importante conhecer a causa para evitar que se repita. Causas maternas e ovulares Condutas: Manter a bolsa amniótica íntegra o maior tempo possível, administrar misoprostol via oral ou via vaginal. Após a expulsão, encaminhar pedido de exame anatomopatológico e bacteriológico da placenta e encaminhar pedido de necropsia fetal.
  • 48. Isoimunização pelo fator RH A profilaxia se dá pela administração IM de imunoglobulina anti- Rho (D) até 72 horas do parto ou aborto. Administra-se também durante a gestação de mulheres Rh negativas e Coombs indireto negativo, com marido positivo, entre 28 e 34 semanas. Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/rhfactor-572959006. Acesso em: 24 set. 2021.
  • 49. Outras patologias obstétricas Placenta prévia: maior causa de hemorragias no último trimestre da gestação. Placenta está implantada no segmento uterino inferior, cobrindo parcial ou totalmente o orifício cervical interno. Descolamento prematuro de placenta (DPP): ocorre na segunda metade da gestação. Placenta se separa da parede uterina. RPM ou amniorrexe prematura: rotura das membranas amnióticas de maneira espontânea com saída de líquido.
  • 51. A professora Glória assumiu os cuidados da paciente Maria, que se encontra hospitalizada devido a uma hiperêmese gravídica. Por isso a professora indagou aos seus alunos: o que é uma hiperêmese gravídica, quais são seus sinais e sintomas e quais os cuidados que devemos ter com este tipo de paciente?
  • 52. Definição • Caracteriza-se por vários episódios de vômitos, os quais podem gerar graves alterações hidroeletrolíticas e nutricionais para a gestante. Manifestações clínicas • Perda de peso, alcalose metabólica (devido à perda do suco gástrico), acidose (devido à diminuição do aporte nutricional) e desidratação. Condutas • Discutir as angústias oferecendo apoio, instruir quanto à alimentação fracionando-a, evitar alimentos ácidos, e orientar uso de antiemético prescrito. Fonte: Shutterstock. Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/young-beautiful-pregnant-woman-covering-mouth- 1070933945. Acesso em: 24 set. 2021
  • 55. Recapitulando  Cuidados no pré-natal: diagnóstico gestacional, consultas, acompanhamento, queixas e riscos gestacionais.  Intercorrências e patologias: cardiopatias na gestação, anemia, DHEG, ITU, DMG.  Patologias obstétricas: pós-datismo e gravidez prolongada, TPP, abortamento, óbito fetal intrauterino, isoimunização pelo fator RH, hiperêmese gravídica