2. Para você que me parece estar ansioso,
vamos começar pelo final.
Ansiedade:
“é um estado emocional com a qualidade subjetiva do
medo ou da emoção a ele relacionada, desagradável,
dirigido para um futuro, desproporcional e com desconforto
subjetivo e alterações manifestadas”
Aubrey Lewis
Ou seja, é uma perturbação da mente, causada pelo
somatório de dúvidas e insegurança ao que esta por vir.
3. A pessoa ansiosa vive num estado de alerta constante por
causa de uma situação que pode acontecer – e causar
sofrimento. Entretanto, a ansiedade não é doença. Faz
parte do nosso sistema de defesa e está projetada em
quase todos os animais vertebrados.
Não é à toa que o medo é um sentimento essencial
para descrever a ansiedade. Ambos surgem no mesmo
sistema do nosso corpo, o límbico, e estão localizados
nas mesmas regiões do cérebro.
A diferença entre as duas sensações está na distância
do perigo: na ansiedade, o motivo de preocupação está
no futuro; no medo, a ameaça está próxima. Quem teme
constantemente ser assaltado na rua, vive num estado
ansioso – mas, no momento do assalto, a pessoa sente
simplesmente medo.
4. O que influencia muito na ansiedade é a
maneira de pensar. Tomemos como
exemplo:
7. “Se a pessoa é muito catastrófica e imagina o tempo
inteiro que as coisas vão dar errado, ela sofre mais com
a ansiedade”, diz Thiago Sampaio, psicólogo membro
da Associação dos Portadores de Transtornos de
Ansiedade (Aporta). Essa ideia de pensamento
catastrófico faz uma pessoa ser mais preocupada do
que outra. E é central para entender a ansiedade no
ser humano.
Por mais que essa linha de pensamento seja irracional e
automática, é algo que podemos aprender a controlar
– sozinhos ou com a ajuda de terapia.
8. A ansiedade em sua manifestação
patológica:
A ansiedade é considerada patológica quando
sua característica adaptativa como
mecanismos de aletas para os perigos internos
ou externos em potencial é excessiva,
desproporcional, desadaptativa ou leva a
sofrimento intenso. Ou seja, ela é patológica a
partir do momento que começa a atrapalhar a
vida do paciente.
9. Formas Clínicas de Manifestação da Ansiedade
Patológica.
Manifestações cognitivas, psíquicas ou mentais: medo,
angustia, preocupação.
Manifestações físicas ou somáticas: boca seca, dor ou
desconforto torácico, palpitações, náuseas, fraqueza,
falta de ar, sensação de sufocamento e instabilidade,
ondas de calor e frio.
Manifestações comportamentais: esquiva ou fuga,
inquietação e exploração do ambiente (antecipando
perigo ou ameaça), hiper-reatividade aos estímulos,
insônia.
10. Bases ambientais, neurais e influencias dos
neurotransmissores.
Do ponto de vista da biológico, é um estado de
funcionamento cerebral, ligado a percepção de
contextos ambientais potencialmente ameaçadores,
que possibilita a identificação do perigo e do grau da
ameaça (potencial, distante ou iminente) e elicia ações
comportamentais especificas de enfrentamento.
Um estudo feito a pouco tempo, constatou que os
riscos ambientais para os comportamentos ansiosos
dependem das características genéticas. Os riscos
genéticos para a ansiedade se manifestam através de
uma maior sensibilidade aos ambientes estressores.
11. Outro estudo acredita que as funções cerebrais mais
relacionadas à ansiedade seriam a amígdala e o córtex
pré-frontal. Ambos regulam as respostas às emoções e
poderiam ser os maiores candidatos na mediação de
risco genético (Lau e Pine, 2008).
Na gênese dos transtornos da ansiedade vários
neurotransmissores são implicados, uma vez que eles
participam, em maior ou menor grau, da modulação e
regulação dos comportamentos defensivos. Entre eles
destacam-se as aminas biogênicas (noradrenalina,
serotonina e dopamina), aminoácidos (Ácido ã-
Aminobutírico - GABA, glicina), peptídeos (fator de
liberação de corticotropina, corticotropina,
colecistocinina) e esteróides (corticosterona).
12. Causas e recursos farmacológicos para
tratamento.
Os recursos farmacológicos disponíveis para o
tratamento dos transtornos da ansiedade são
diversificados e incluem as seguintes classes de
medicamentos: benzodiazepínicos, antidepressivos,
barbiturios, carbonatos e noradrenergeticos.
As evidências obtidas até então permitem constatar o
progresso alcançado no tratamento dos transtornos da
ansiedade com a utilização dos antidepressivos,
embora um caminho longo, decerto, ainda haverá que
ser trilhado em busca de novas opções terapêuticas
para abordagem deste transtorno.
Imagens ...
15. A ansiedade é como uma febre: um sintoma de que algo está
errado. Se simplesmente tratarmos a febre, podemos ignorar o real
problema – e isso é perigoso. O grande desafio é descobrir os motivos
da inquietação.
Uma pesquisa na Universidade de Bonn, na Alemanha já até
arranjou um culpado para as nossas preocupações: o gene COMT. A
pesquisa afirma que um quarto da população mundial tem uma
mutação nesse gene que determina a predisposição ao pensamento
catastrófico. Sim, quem tem essa mutação pensa que as coisas
sempre vão dar errado – e é mais ansioso.
Com um pouco de ajuda e força de vontade da pra conviver
com a ansiedade pacificamente – e é pensando desse jeito que
você vai fazer a diferença na hora de reconhecer que nem tudo
precisa ser motivo de preocupação o tempo todo.
16. “Alta Ansiedade - Cazuza”
Se marco uma entrevista às 2
1:15 já fumei 10 cigarros
Se vou gravar uma faixa
A mesa do estúdio está quebrada
Não sei esperar, não sei esperar
E a minha vida é um engarrafamento
Se tenho uma festa às 10
8:30 já estou pronto
Fico balançando os pés
Sentado na beira da cama
O tempo não passa pra mim
Quero mais velocidade
Várias coisas ao mesmo tempo
Não quero esse bonde lento.