O documento discute a abordagem cognitivista de Jean Piaget sobre o desenvolvimento da cognição humana através de estágios. Piaget acreditava que as crianças constroem ativamente o conhecimento por meio da interação com o ambiente, desenvolvendo esquemas mentais que passam por assimilação e acomodação. Ele descreveu estágios do desenvolvimento cognitivo como sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.
3. • Surgimento do cognitivismo a
partir das criticas do
comportamentalismo
• Compreender de que forma se
processam a cognição humana
(ato de conhecer) e as faculdades
mentais:
• a memória,
• a atenção,
• a linguagem,
• o raciocínio,
• a organização do
conhecimento,
• os modelos de
reconhecimento e a
• capacidade para resolução
de problemas,
4. • Quem convive com crianças
frequentemente se questiona sobre
algumas de suas atitudes e
comportamentos, mas sobretudo sobre a
forma como adquirem e constroem o
conhecimento.
5. Cognitivismo
• Jean Piaget
• dedicou ao estudo da
Psicologia da Criança,
• “crescimento mental ou
o desenvolvimento das
condutas (isto é, dos
comportamentos,
incluindo a consciência)
até a fase de transição
para a adolescência, que
marca a inserção do
indivíduo na sociedade
adulta”
6. Perguntas do
cognitivismo
Como as pessoas constroem
conhecimentos?
Quais são os processos e as etapas
por que passam?
Como transitam de um nível de
conhecimento para outro mais
elevado?
7. • Jean William Fritz Piaget (Neuchâtel, 9 de
agosto de 1896 - Genebra, 16 de setembro
de 1980) foi um epistemólogo suíço,
considerado o um dos mais importantes
pensadores do século XX. Defendeu uma
abordagem interdisciplinar para a
investigação epistemológicanota 1 e fundou a
Epistemologia Genética, teoria do
conhecimento com base no estudo da
gênese psicológica do pensamento
humano.
8. O sujeito
constrói o seu
conhecimento
O sujeito é protagonista da
aquisição de
conhecimentos;
Piaget defende a sua teoria
em um momento em que as
teorias da aprendizagem
enfatizam as propriedade do
estímulo e não as do sujeito;
9. O sujeito constrói o seu conhecimento
Para Piaget:
Conhecer: é atuar diante da realidade que nos
envolve
Atuar: não so se traduz por ações e movimento
externos e visíveis. Um sujeito pode estar
mentalmente ativo sem que por isso tenha de
mover ou manipular objetos – quando compara,
ordena, conta ou faz deduções mentais
11. • O importante nessa abordagem é que, não importa o comportamento humano em si,
mas sim as modificações que ocorrem em suas estruturas cognitivas.
12. • Piaget se preocupou em
explicar que a inteligência,
e consequentemente a
aprendizagem, se processa
através do contato do ser
humano com o meio
ambiente e que essa
relação é a responsável
pelo desenvolvimento de
novas estruturas
cognitivas.
13. O construtivismo
• Construtivismo,
como a própria
palavra indica, e em
contexto
educacional, quer
dizer que a
construção do
conhecimento é um
processo ativo e
resultante de
adequada intera ção
professor-aluno.
15. Se conhecer é atuar, como se
organizam as múltiplas ações que
um organismo pode exercer?
16.
17. Piaget explica o processo
cognitivo através de esquema
• Os esquemas são estruturas mentais, ou
cognitivas, pelas quais os indivíduos
intelectualmente se adaptam e organizam o
meio.
• Esquema é uma estrutura cognitiva, que
emerge da integração de unidades mais
simples e primitivas em um todo mais
amplo, mais organizado e mais complexo.
18. • O esquema corresponde ao aspecto
organizativo de uma ação, a estrutura que
permite que essa ação possa repetir-se e ser
repetida e aplicada com ligeiras modificações
(...)
• Serva para dar sentido, interpretar e ordenar a
realidade
20. • Você sabia que os esquemas do adulto emergem dos
esquemas da criança?
• Sim, pois eles provêm da adaptação e organização, nas
suas interações e contatos com o meio ao longo da
vida.
21. • Uma criança apresenta um
certo número de esquemas.
• A partir de um estímulo, ela
assimila um evento a partir
da organização das suas
percepções por esses
esquemas.
22. Desenvolvimento
Intelectual
• Processo contínuo de
construção e reconstrução,
• comportamentos
observáveis e de estruturas
internas das quais emergem
os comportamentos.,
• Processos responsáveis
pelas mudanças:
• ASSIMILAÇÃO
• ACOMODAÇÃO.
23.
24. Assimilação
• É o processo cognitivo de colocar (classificar) novos eventos
em esquemas já existentes.
• Esse processo pode ser compreendido comparando-se os
esquemas a um balão e a assimilação ao ato de encher
mais o balão.
• O balão fica maior (crescimento por assimilação), mas não
muda sua forma.
• Assimilação, assim, pode ser entendida como uma parte do
processo pelo qual o indivíduo cognitivamente se adapta ao
ambiente e o organiza, ampliando os seus esquemas.
25. • Sabemos que os esquemas se
transformam ao longo da vida,
pois não são os mesmos entre
os adultos e as crianças. Piaget
descreveu e explicou essas
transformações pelo pro- cesso
de acomodação.
26. Acomodação
• significa que a estrutura
mental, ou seja, a
organização que a pessoa
tem para conhecer o mundo,
é capaz de se modificar para
dar conta das singularidades
do objeto.
• a criação de novos
esquemas ou a modificação
de esquemas já existentes,
que resultam em mudanças
na estrutura cognitiva ou no
seu desenvolvimento.
27.
28. Equilibração
• Balanço entre os processos de
assimilação e acomodação, ou seja,
trata-se de um mecanismo
autorregulador, necessário para
assegurar uma interação eficiente da
criança com o meio ambiente.
29.
30. O ponto essencial piagetiano é que o
sujeito vai construindo espontaneamente
os seus conhecimentos por meio da
interação com a realidade que o envolve
31. Para Piaget: a ideia de um processo
de aprendizagem é espontâneo
solitário: o estudante o aprende
sozinho e de maneira natural
mediante as ações que desenvolve
em iteração com os objetos.
32. Estágios do
desenvolvimento
cognitivo
Estágios de desenvolvimento:
Sensório
motor (0 –
2 anos)
Pré-
operatório
(2 – 6 anos)
Operatório
Concreto (7
– 11 anos)
Operatório
formal (11 –
15 anos)
Subordina a aprendizagem ao
desenvolvimento:
33. Período da inteligência
SENSÓRIO-MOTORA, ou
período de Latência, (até 2
anos).
• As principais aquisições do período sensório-motor,
destaca-se a construção da noção do "eu", através da
qual a criança diferencia o mundo externo do seu próprio
corpo.
• Ao longo desta etapa, a criança irá elaborar a sua
organização psicológica básica, seja no aspecto motor, no
perceptivo, no afetivo, no social e no intelectual.
• Para Piaget nesse periodo há existência de inteligência
antes da linguagem.
• A ausência da função semiótica é a principal
característica deste período.
• A inteligência trabalha através das percepções (simbólico)
e das ações (motor) através dos deslocamentos do
próprio corpo.
34. Período da inteligência SENSÓRIO-
MOTORA, ou período de Latência,
(até 2 anos).
• Anterior ao desenvolvimento da
linguagem e do pensamento.
• 1º Estágio dos reflexos, ou
mecanismos hereditários, e das
primeiras tendências instintivas
(nutrições) e das primeiras
emoções.
• 2.° Estágio dos primeiros hábitos
motores e das primeiras
percepções organizadas, e dos
sentimentos diferenciados.
• 3.Estágio da inteligência
sensório-motora ou prática
(anterior à linguagem), das
regulações afetivas elementares e
das primeiras fixações exteriores
da afetividade.
37. Período do
pensamento
pré-operatório
(2 a 7 anos, ou
segunda parte
da primeira
infância).
• 4.o Estágio da inteligência intuitiva, dos
sentimentos interindividuais espontâneos e das
relações sociais de submissão ao adulto.
38. • > o início da socialização da ação,
• > a interiorização da palavra, ou,
posto de outra forma, a aparição do
pensamento (tendo como base a
linguagem e o sistema de signos),
• > a interiorização da ação, que
deixa de ser puramente perceptiva
e motora para se reconstituir no
plano da intuição e das
“experiências mentais”.
40. • Piaget explica que a fase dos
porquês das crianças é a forma
mais eficiente de mostrar como a
criança pensa espontaneamente
41. Nesse estágio do desenvolvimento cognitivo, há três
comportamentos característicos, novidades afetivas
essenciais, que são:
• 1. O desenvolvimento dos
sentimentos interindividuais
(afeições, simpatias e
antipatias), relacionados à
socialização das ações.
• 2. A aparição de sentimentos
morais intuitivos,
provenientes das relações
entre adultos e crianças.
• 3. As regularizações de
interesses e valores, ligadas
ao pensamento intuitivo em
geral
42. Período operatório concreto
(7 a 11-12 anos
• 5.° Estágio das operações intelectuais
concretas (começo da lógica) e dos
sentimentos morais e sociais de cooperaça
43. Operatório Concreto (7 – 11
anos
• Início da escolarização formal é caracterizado por uma lógica interna
consistente e pela habilidade de solucionar problemas concretos.
• o equilíbrio entre a assimilação e a acomodação torna-se mais estável;
• A criança ultrapassa o egocentrismo, ou seja, dá-se um aumento da
empatia com os sentimentos e as atitudes dos outros;
• Mesmo antes deste estágio a criança já é capaz de ordenar uma série
de objetos por tamanhos e de comparar dois objetos indicando qual é
o maior,
• Começa a perceber a conservação do volume, da massa, do
comprimento, etc.
• Neste estágio, também algumas características das crianças começam
a ser aprimoradas, como exemplo elas se concentram mais nas
atividades; colaboram mais com os colegas; apresentam
responsabilidade e respeito mutuo e participações em grupo.
44. Período
operatório
formal (11 a 15
anos ou mais –
Adolescência
• 6.o Estágio das operações intelectuais abstratas, da
formação da personalidade e da inserção afetiva e
intelectual na sociedade dos adultos.
45. Operatório
formal (11 –
15 anos)
• Começa a raciocinar lógica e sistematicamente. Esse
estágio é definido pela habilidade de engajar-se no
raciocínio proposicional. As deduções lógicas podem ser
feitas sem o apoio de objetos concretos. Aprende a criar
conceitos e ideias.
• Diferente do período anterior, agora o adolescente tem
o pensamento formal abstrato.
• O pensamento hipotético-dedutivo é o mais importante
aspecto apresentado nessa fase de desenvolvimento,
pois o ser humano passa a criar hipóteses para tentar
explicar e sanar problemas, o foco desvia-se do "é" para
o "poderia ser".
• As bases do pensamento científico aparecem nessa
etapa do desenvolvimento.
46. A intervenção
construtivista
na prática
docente
orientador que vai conduzir a criança a
descobrir seus próprios esquemas mentais.
As estratégias do professor devem estar
centradas principalmente na iniciativa do
aluno,
criar um ambiente no qual o aluno possa
espontaneamente realizar experiências de
construção de conhecimento em sala de aula.
47. Encorajar e aceitar a autonomia e a iniciativa do
aluno.
> Utilizar dados brutos e fontes primárias,
juntamente com materiais manipulativos, interativos
e físicos.
> Estruturar objetivos educacionais contemplando
terminologias como: classificar, analisar, prever, criar.
> Permitir que as respostas do aluno dirijam as lições,
mudem estratégias de ensino e alterem conteúdo.
> Indagar sobre as interpretações de conceitos dos
alunos antes de compartilhar suas próprias
interpretações daquele conceito.
48. > Encorajar os alunos a se envolver em diálogos, entre si e
com o professor.
> Encorajar a indagação do aluno, fazendo perguntas
reflexivas, sem respostas fixas, encorajando os alunos a fazer
perguntas uns aos outros.
> Envolver os alunos em experiências que poderiam gerar
contradições em suas hipóteses iniciais, e então encorajar a
discussão.
> Dar um tempo de espera após se fazer uma pergunta.
> Dar tempo aos alunos para descobrirem relações e criarem
metáforas.