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AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
• Para que se possa compreender de forma
mais ampla o tema da afetividade na
educação infantil, entendemos que
primeiramente faz-se necessário tratar
rapidamente da Psicologia do
Desenvolvimento Infantil, especialmente o
desenvolvimento cognitivo estudado por Jean
Piaget.
PSICÓLOGO Jean Piaget
• A infância é uma etapa biologicamente útil,
que se caracteriza como sendo o período de
adaptação progressiva ao meio físico e social.
A adaptação, aqui, é “equilíbrio”, cuja
conquista dura toda a infância e adolescência
e define a estruturação própria destes
períodos existenciais. E, conforme ensina o
psicólogo Jean Piaget (1985), “educar é
adaptar o indivíduo ao meio social ambiente”.
• Quando, então, se trata de educação infantil
no contexto da educação moderna é preciso
considerar quatro pontos fundamentais:
a significação da infância;
a estrutura do pensamento da criança;
as leis de desenvolvimento; e
mecanismo da vida social infantil.
O PAPEL DA PSICOLOGIA NA
EDUCAÇÃO. PARA PIAGET
• [...] a pedagogia moderna não saiu de forma
alguma da psicologia da criança, da mesma
maneira que os progressos da técnica industrial
surgiram, passo a passo, das descobertas das
ciências exatas. Foram muito mais o espírito
geral das pesquisas psicológicas e, muitas vezes
também, os próprios métodos de observação
que, passando do campo da ciência pura ao da
experimentação, vivificaram a pedagogia
(PIAGET, 1985, p. 148).
• Piaget foi um dos grandes estudiosos da
Psicologia do Desenvolvimento; dedicou-se
exclusivamente ao estudo do desenvolvi-
mento cognitivo, quer dizer, à gênese da
inteligência e da lógica. Ele concluiu pela
existência de quatro estágios ou fases do
desenvolvimento da inteligência. Em cada
estágio há um estilo característico através do
qual a criança constrói seu conhecimento.
Vejamos:
Primeiro estágio
• Sensório motor (ou prático) 0 – 2 anos:
trabalho mental: estabelecer relações entre as
ações e as modificações que elas provocam no
ambiente físico; exercício dos reflexos;
manipulação do mundo por meio da ação. Ao
final, constância/permanência do objeto.
Segundo estágio
• Pré-operatório (ou intuitivo) 2 – 6 anos:
desenvolvimento da capacidade simbólica
(símbolos mentais: imagens e palavras que
representam objetos ausentes); explosão
lingüística; características do pensamento
(egocentrismo, intuição, variância);
pensamento dependente das ações externas.
Terceiro estágio
• Operatório-concreto – 7 – 11 anos:
capacidade de ação interna: operação.
Características da operação: reversibilidade
/invariância – conservação (quantidade,
constância, peso, volume); descentração
/capacidade de seriação/capacidade de
classificação.
Quarto estágio
• Operacional-formal (abstrato) – 11 anos... A
operação se realiza através da linguagem
(conceitos). O raciocínio é hipotético-dedutivo
(levantamento de hipóteses; realização de
deduções). Essa capacidade de sair-se bem com
as palavras e essa independência em relação ao
recurso concreto permite: ganho de tempo;
aprofundamento do conhecimento; domínio da
ciência da filosofia.
Seu papel
• Portanto, a afetividade exerce um papel
fundamental nas correlações psicossomáticas
básicas, além de influenciar decisivamente a
percepção, a memória, o pensamento, a
vontade e as ações, e ser, assim, um
componente essencial da harmonia e do
equilíbrio da personalidade humana.
AFETIVIDADE, APRENDIZAGEM
Muitos educadores enfatizam que a afetividade
está nas interações sociais, influenciando no
aspecto cognitivo do educando, e as decisões
relacionadas ao ensino têm várias implicações
afetivas no desenvolvimento do comportamento
do aluno, impactando na sua aprendizagem.
Segundo Wallon (1978), para construir a pessoa
ou o seu conhecimento, o aspecto afetivo é o foco
principal, pois a atividade emocional é ao mesmo
tempo social e biológica.
O seu vínculo com o ambiente social garante o
acesso ao universo de sua cultura, acumulado pelo
ser humano ao longo dos tempos.
Comportamento afetivo
• Podemos notar que os relacionamentos de
todos os envolvidos no cotidiano escolar reve-
lam diferentes conhecimentos, habilidades de
relacionamento interpessoal, conteúdos da
cultura que são temporais, múltiplos e
heterogêneos. Esses saberes são construídos
no tempo, na socialização familiar, escolar,
numa integração cognitiva e afetiva.
PARA BENATO
• Devemos estabelecer relações de empatias com o
outro ser humano, procurando entender e perceber
seus sentimentos, intenções e mensagens.
• Tais características nos dão a possibilidade de um
relacionamento pleno com os demais e melhor
qualidade de vida. Para Benato (2001, p. 13), falar de
afetividade é, “falar da essência da vida humana no
sentido em que o ser humano, social por natureza, se
relaciona e se vincula a outras pessoas desde sempre,
sendo feliz e sofrendo em decorrência dessas
interrelações.”
• Nas escolas tradicionais a relação professor-
aluno era vertical, na qual o professor detinha
todo o saber e o educando apenas recebia este
conhe-cimento pronto. O professor não fazia a
menor questão de vivenciar com os seus alunos a
aprendizagem, atuava sem qualquer tipo de
expressão humana em relação ao aluno, prejudi-
cando sua qualidade afetiva e produtiva em sala
de aula. Com isto, o papel do educador fica
comprometido com a construção do
conhecimento dos educandos.
• O professor precisa saber viabilizar exercícios de
cooperação que sustentarão os próprios
desenvolvimentos cognitivos, moral, social e
afetivo dos discentes. Ele deve facilitar a
veiculação de idéias, valores e princípios de vida
ajudando a formar a personalidade de cada
aluno. Conforme Paulo Freire (1996, p. 47): “às
vezes, mal se imagina o que pode passar a
representar, na vida de um aluno, um simples
gesto do professor”.
• A afetividade comporta um conceito bem
amplo, envolvendo vivênciase expressões
humanas mais complexas, com a apropriação
dos sistemas culturais pelo indivíduo, mas
tendo como origem as emoções. O educador
deve transformar sua ação em objeto de
reflexão, buscando assim, não só o avanço
cognitivo, mas criando condições afetivas para
o aluno estabelecer vínculos positivos com os
conteúdos ensinados.
• Os estudos marcados pelos determinantes sócio-
culturais do educando têm possibilitado uma nova
leitura de suas áreas afetivas e cognitivas, onde a
interpretação de que o pensamento e sentimento se
fundem, impede a análise isolada destas dimensões.
Piaget (1978) questionou as teorias que tratavam a
afetividade e a cognição de forma separada. Segundo
ele, apesar de diferentes em sua natureza, eles são
aspectos inseparáveis. Destacou que toda ação e
pensamento comportam aspectos cognitivos,
representados pelas estruturas mentais, aliados a
aspectos afetivos representados pela afetividade.
ARANTES, 2008
• Para estudiosos, o papel afetivo funciona
como fonte de energia que a cognição utiliza
para o funcionamento do intelecto. Todos os
objetos de conhecimento são simultanea-
mente cognitivos e afetivos, e as pessoas são
ao mesmo tempo objetos de conhecimento e
de afeto.
Vygotsky
• Também estudou como as emoções se
integravam ao funcionamento da mente, com
participação ativa em sua configuração.
• “Reconhecendo as bases orgânicas sobre as quais
as emoções humanas se desenvolvem, Vygotsky
buscou no desenvolvimento da linguagem –
sistema simbólico básico de todos os grupos
humanos -, os elementos fundamentais para
compreender as origens do psiquismo”. (Idem,
2008, s. p.)
Goleman (1996)
• já destacava a importância da motivação e da
afetividade na aprendizagem dos alunos,
mostrando como a vida mental é diretamente
afetada pelos distúrbios mocionais,
chamando “a atenção para a idéia bem
conhecida de que alunos deprimidos, mal-
humorados e ansiosos encontram maior
dificuldade em aprender”. (JAQUES e VICARI,
2005, p. 6)
• Os estados afetivos fundamentais são as
emoções, os sentimentos, as inclinações e as
paixões. A palavra emoção vem do latim
movere, mover-se para fora, externalizar-se. É
a intensidade máxima do afeto.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ARANTES, Valéria Amorim. Afetividade e Cognição. Disponível em: http://www.hottopos.com/videtur23/valeria.htm.
• BENATO, Adrianna Fabiani. Afetividade no processo de aprendizagem. Dissertação de Mestrado. Florianópolis: UFSC, 2001.

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  • 2. AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL • Para que se possa compreender de forma mais ampla o tema da afetividade na educação infantil, entendemos que primeiramente faz-se necessário tratar rapidamente da Psicologia do Desenvolvimento Infantil, especialmente o desenvolvimento cognitivo estudado por Jean Piaget.
  • 3. PSICÓLOGO Jean Piaget • A infância é uma etapa biologicamente útil, que se caracteriza como sendo o período de adaptação progressiva ao meio físico e social. A adaptação, aqui, é “equilíbrio”, cuja conquista dura toda a infância e adolescência e define a estruturação própria destes períodos existenciais. E, conforme ensina o psicólogo Jean Piaget (1985), “educar é adaptar o indivíduo ao meio social ambiente”.
  • 4. • Quando, então, se trata de educação infantil no contexto da educação moderna é preciso considerar quatro pontos fundamentais: a significação da infância; a estrutura do pensamento da criança; as leis de desenvolvimento; e mecanismo da vida social infantil.
  • 5. O PAPEL DA PSICOLOGIA NA EDUCAÇÃO. PARA PIAGET • [...] a pedagogia moderna não saiu de forma alguma da psicologia da criança, da mesma maneira que os progressos da técnica industrial surgiram, passo a passo, das descobertas das ciências exatas. Foram muito mais o espírito geral das pesquisas psicológicas e, muitas vezes também, os próprios métodos de observação que, passando do campo da ciência pura ao da experimentação, vivificaram a pedagogia (PIAGET, 1985, p. 148).
  • 6. • Piaget foi um dos grandes estudiosos da Psicologia do Desenvolvimento; dedicou-se exclusivamente ao estudo do desenvolvi- mento cognitivo, quer dizer, à gênese da inteligência e da lógica. Ele concluiu pela existência de quatro estágios ou fases do desenvolvimento da inteligência. Em cada estágio há um estilo característico através do qual a criança constrói seu conhecimento. Vejamos:
  • 7. Primeiro estágio • Sensório motor (ou prático) 0 – 2 anos: trabalho mental: estabelecer relações entre as ações e as modificações que elas provocam no ambiente físico; exercício dos reflexos; manipulação do mundo por meio da ação. Ao final, constância/permanência do objeto.
  • 8. Segundo estágio • Pré-operatório (ou intuitivo) 2 – 6 anos: desenvolvimento da capacidade simbólica (símbolos mentais: imagens e palavras que representam objetos ausentes); explosão lingüística; características do pensamento (egocentrismo, intuição, variância); pensamento dependente das ações externas.
  • 9. Terceiro estágio • Operatório-concreto – 7 – 11 anos: capacidade de ação interna: operação. Características da operação: reversibilidade /invariância – conservação (quantidade, constância, peso, volume); descentração /capacidade de seriação/capacidade de classificação.
  • 10. Quarto estágio • Operacional-formal (abstrato) – 11 anos... A operação se realiza através da linguagem (conceitos). O raciocínio é hipotético-dedutivo (levantamento de hipóteses; realização de deduções). Essa capacidade de sair-se bem com as palavras e essa independência em relação ao recurso concreto permite: ganho de tempo; aprofundamento do conhecimento; domínio da ciência da filosofia.
  • 11. Seu papel • Portanto, a afetividade exerce um papel fundamental nas correlações psicossomáticas básicas, além de influenciar decisivamente a percepção, a memória, o pensamento, a vontade e as ações, e ser, assim, um componente essencial da harmonia e do equilíbrio da personalidade humana.
  • 12. AFETIVIDADE, APRENDIZAGEM Muitos educadores enfatizam que a afetividade está nas interações sociais, influenciando no aspecto cognitivo do educando, e as decisões relacionadas ao ensino têm várias implicações afetivas no desenvolvimento do comportamento do aluno, impactando na sua aprendizagem. Segundo Wallon (1978), para construir a pessoa ou o seu conhecimento, o aspecto afetivo é o foco principal, pois a atividade emocional é ao mesmo tempo social e biológica. O seu vínculo com o ambiente social garante o acesso ao universo de sua cultura, acumulado pelo ser humano ao longo dos tempos.
  • 13. Comportamento afetivo • Podemos notar que os relacionamentos de todos os envolvidos no cotidiano escolar reve- lam diferentes conhecimentos, habilidades de relacionamento interpessoal, conteúdos da cultura que são temporais, múltiplos e heterogêneos. Esses saberes são construídos no tempo, na socialização familiar, escolar, numa integração cognitiva e afetiva.
  • 14. PARA BENATO • Devemos estabelecer relações de empatias com o outro ser humano, procurando entender e perceber seus sentimentos, intenções e mensagens. • Tais características nos dão a possibilidade de um relacionamento pleno com os demais e melhor qualidade de vida. Para Benato (2001, p. 13), falar de afetividade é, “falar da essência da vida humana no sentido em que o ser humano, social por natureza, se relaciona e se vincula a outras pessoas desde sempre, sendo feliz e sofrendo em decorrência dessas interrelações.”
  • 15. • Nas escolas tradicionais a relação professor- aluno era vertical, na qual o professor detinha todo o saber e o educando apenas recebia este conhe-cimento pronto. O professor não fazia a menor questão de vivenciar com os seus alunos a aprendizagem, atuava sem qualquer tipo de expressão humana em relação ao aluno, prejudi- cando sua qualidade afetiva e produtiva em sala de aula. Com isto, o papel do educador fica comprometido com a construção do conhecimento dos educandos.
  • 16. • O professor precisa saber viabilizar exercícios de cooperação que sustentarão os próprios desenvolvimentos cognitivos, moral, social e afetivo dos discentes. Ele deve facilitar a veiculação de idéias, valores e princípios de vida ajudando a formar a personalidade de cada aluno. Conforme Paulo Freire (1996, p. 47): “às vezes, mal se imagina o que pode passar a representar, na vida de um aluno, um simples gesto do professor”.
  • 17. • A afetividade comporta um conceito bem amplo, envolvendo vivênciase expressões humanas mais complexas, com a apropriação dos sistemas culturais pelo indivíduo, mas tendo como origem as emoções. O educador deve transformar sua ação em objeto de reflexão, buscando assim, não só o avanço cognitivo, mas criando condições afetivas para o aluno estabelecer vínculos positivos com os conteúdos ensinados.
  • 18. • Os estudos marcados pelos determinantes sócio- culturais do educando têm possibilitado uma nova leitura de suas áreas afetivas e cognitivas, onde a interpretação de que o pensamento e sentimento se fundem, impede a análise isolada destas dimensões. Piaget (1978) questionou as teorias que tratavam a afetividade e a cognição de forma separada. Segundo ele, apesar de diferentes em sua natureza, eles são aspectos inseparáveis. Destacou que toda ação e pensamento comportam aspectos cognitivos, representados pelas estruturas mentais, aliados a aspectos afetivos representados pela afetividade.
  • 19. ARANTES, 2008 • Para estudiosos, o papel afetivo funciona como fonte de energia que a cognição utiliza para o funcionamento do intelecto. Todos os objetos de conhecimento são simultanea- mente cognitivos e afetivos, e as pessoas são ao mesmo tempo objetos de conhecimento e de afeto.
  • 20. Vygotsky • Também estudou como as emoções se integravam ao funcionamento da mente, com participação ativa em sua configuração. • “Reconhecendo as bases orgânicas sobre as quais as emoções humanas se desenvolvem, Vygotsky buscou no desenvolvimento da linguagem – sistema simbólico básico de todos os grupos humanos -, os elementos fundamentais para compreender as origens do psiquismo”. (Idem, 2008, s. p.)
  • 21. Goleman (1996) • já destacava a importância da motivação e da afetividade na aprendizagem dos alunos, mostrando como a vida mental é diretamente afetada pelos distúrbios mocionais, chamando “a atenção para a idéia bem conhecida de que alunos deprimidos, mal- humorados e ansiosos encontram maior dificuldade em aprender”. (JAQUES e VICARI, 2005, p. 6)
  • 22. • Os estados afetivos fundamentais são as emoções, os sentimentos, as inclinações e as paixões. A palavra emoção vem do latim movere, mover-se para fora, externalizar-se. É a intensidade máxima do afeto.
  • 23. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS • ARANTES, Valéria Amorim. Afetividade e Cognição. Disponível em: http://www.hottopos.com/videtur23/valeria.htm. • BENATO, Adrianna Fabiani. Afetividade no processo de aprendizagem. Dissertação de Mestrado. Florianópolis: UFSC, 2001.