1. ROTEIRO 3: TRÍPLICE ASPECTO DA DOUTRINA ESPÍRITA
ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA
PROGRAMA FUNDAMENTAL - TOMO I – MÓDULO I
1
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO
2. RAFAEL SANZIO
A Escola de Atenas (Scuola di
Atene no original) é uma das mais
famosas pinturas do renascentista
italiano Rafael e representa
a Academia de Atenas.
Foi pintada entre 1509 e 1511
na Stanza della Segnatura sob
encomenda do Vaticano.
A pintura já foi descrita como
"a obra-prima de Rafael e a
personificação perfeita do
espírito clássico
da Renascença“
A importância da obra também
está em demonstrar como a
filosofia e a vida intelectual da
Grécia
2
5. 1. O TRÍPLICE ASPECTO DA
DOUTRINA ESPÍRITA
5
CIENTÍFICO FILOSÓFICO RELIGIOSO
6. O Espiritismo é,
ao mesmo tempo,
uma ciência de observação e
uma doutrina filosófica.
Como ciência prática,
ele consiste nas relações que se
estabelecem entre nós e os
Espíritos;
como filosofia, ele compreende
todas as consequências morais
que dimanam (nascem) dessas
mesmas relações.
(5) KARDEC. Obras póstumas.
6
7. O ESPIRITISMO SE APRESENTA SOB
TRÊS ASPECTOS DIFERENTES:
• O das manifestações, o dos
princípios e da filosofia que
delas decorrem e o da
aplicação desses princípios. (1)
7
8. TRÊS GRAUS DE ADEPTOS
• 1º. Os que creem nas
manifestações e se limitam
a comprová-las;
para esses, o Espiritismo é
uma ciência experimental;
8
9. TRÊS GRAUS DE ADEPTOS
• 2º. Os que lhe
percebem as
consequências
morais;
9
10. TRÊS GRAUS DE ADEPTOS
• 3º. Os que
praticam ou
se esforçam
por praticar
essa moral.
10
11. O TRÍPLICE ASPECTO
consoante as palavras de Kardec
CIENTÍFICO
concernente às
manifestações
dos Espíritos.
11
FILOSÓFICO
respeitante aos
princípios,
inclusive
morais, em que
se assenta a sua
doutrina.
RELIGIOSO
relativo à
aplicação
desses
princípios.
(1)
14. GLOSSÁRIO
• Conhecimento atento e
aprofundado de algo.
• Corpo de conhecimentos
sistematizados adquiridos via
observação, identificação, pesquisa e
explicação de determinadas
categorias de fenômenos e fatos, e
formulados metódica e
racionalmente. (2)
14
CIÊNCIA
15. CIÊNCIA
Nenhuma ciência existe
que haja saído prontinha
do cérebro de um homem
(...) são fruto de
observações
sucessivas, apoiadas
em observações
precedentes, como em
um ponto conhecido,
para chegar ao
desconhecido. (1)
15
16. CIÊNCIA ESPÍRITA
Os fatos ou
fenômenos espíritas,
isto é, produzidos por
espíritos
desencarnados, são a
substância mesma da
Ciência Espírita,
cujo objeto é o estudo
e conhecimento
desses fenômenos,
para fixação das leis
que os regem. (1)
16
17. “O Espiritismo, pois, não
estabelece com o princípio
absoluto senão o que se
acha evidentemente
demonstrado, ou o que
ressalta logicamente da
observação.” [continua]
17
CARÁTER CIENTÍFICO
18. CARÁTER CIENTÍFICO
[continuação]
Caminhando de par com o
progresso, o Espiritismo jamais será
ultrapassado, porque, se novas
descobertas lhe demonstrassem
estar em erro acerca de um ponto
qualquer, ele se modificaria nesse
ponto. Se uma verdade nova se
revelar, ele a aceitará. “ (1 e 6)
18
19. O PAPEL
CIENTÍFICO DO ESPIRITISMO
O Espiritismo é uma ciência
cujo fim é a demonstração
experimental da existência da
alma e sua imortalidade, por
meio de comunicações com
aqueles aos quais
impropriamente têm sido
chamados morto.
(1 e 7) O Fenômeno Espírita, Gabriel Delanne
19
20. CIÊNCIA ESPÍRITA
• se classifica [...] entre as ciências
positivas ou experimentais e se
utiliza do método analítico ou
indutivo, porque observa e
examina os fenômenos
mediúnicos, faz experiências,
comprova-os.
(1 e 8) BARBOSA, Pedro Franco. Espiritismo básico.
20
21. POSITIVISMO
Sistema filosófico formulado
por Comte, a Sociedade, a
Cultura passa por três
etapas: a TEOLÓGICA, a
METAFÍSICA e a POSITIVA.
Surge quando a humanidade
atinge a terceira etapa, sua
maioridade rompendo com
as anteriores. (9)
CIÊNCIAS POSITIVAS OU
EXPERIMENTAIS
Consiste na observação dos
fenômenos, opondo-se ao
racionalismo e ao idealismo,
por meio da promoção do
primado da experiência
sensível, única capaz de
produzir a partir dos dados
concretos (positivos) a
verdadeira ciência (na
concepção positivista), sem
qualquer atributo ... (10)
21
GLOSSÁRIO
22. METAFÍSICA
(...) "a ciência do mundo para
além da física" e encontraram
razões intrínsecas para
justificar o uso do termo
"metafísica" para referir-se a
este tipo de trabalho, de
forma que o termo se
instaurou e sobreviveu até os
dias atuais. (11)
TEOLOGIA
É o estudo da existência de
Deus, das questões
referentes ao conhecimento
da divindade, assim como de
sua relação com o mundo e
com os homens. (12)
22
GLOSSÁRIO
23. MÉTODO INDUTIVO
Método empirista, o qual
considera o
conhecimento como
baseado na experiência; a
generalização deriva de
observações de casos da
realidade concreta e são
elaboradas a partir de
constatações particulares.
EXEMPLO:
Pedro é moral
João é mortal
Carlos é mortal. …
Ora,
Pedro, João, … e Carlos são
homens.
Logo,
(todos) os homens são
mortais (13)
23
GLOSSÁRIO
25. ESPIRITISMO E FILOSOFIA
• O Espiritismo é uma
DOUTRINA FILOSÓFICA
de efeitos religiosos,
como qualquer filosofia
espiritualista, pelo que
forçosamente vai ter às
bases fundamentais de
todas as religiões: Deus,
a alma e a vida futura.
[CONTINUA]
25
26. ESPIRITISMO E FILOSOFIA
[CONTINUAÇÃO]
• Mas, não é uma religião
constituída, visto que não tem
culto, nem rito, nem templos e
que, entre seus adeptos,
nenhum tomou, nem recebeu o
título de sacerdote ou de sumo-
sacerdote. (1)
Allan Kardec: Obras póstumas – Ligeira resposta aos
detratores do espiritismo.
26
27. GLOSSÁRIO
FILOSOFIA
Formada pela junção de dois
vocábulos:
SOPHIA significa “sabedoria”
PHILOS, que deriva de philia,
que dizer “amor fraternal”,
“amor entre pessoas que se
querem bem” e “se
respeitam mutuamente”, “é
o amor entre amigos ou a
amizade”.
DO GREGO PHILOSOPHÍA
Logo, Filosofia significa “amor
pelo saber”, “respeito pela
sabedoria”. E o filósofo é
aquele que ama, respeita e
tem apreço pela sabedoria.(8)
Difícil dar uma definição genérica, já
que varia não só quanto a cada
filósofo ou corrente filosófica, mas
também a cada período histórico. (3)
27
28. Estudo que se caracteriza pela intenção de
ampliar incessantemente a compreensão da
realidade, no sentido de apreendê-la na sua
totalidade, quer pela busca da realidade capaz
de abranger todas as outras, o Ser, quer pela
definição do instrumento capaz de apreender a
realidade, o pensamento, as respostas às
perguntas:[continua]
28
GLOSSÁRIO
FILOSOFIA
29. GLOSSÁRIO
que é a razão?
o conhecimento?
a consciência?
a reflexão?
que é explicar?
provar?
que é uma causa?
um fundamento?
uma lei?
um princípio?...
tornando-se o homem
tema inevitável de
consideração. (4)
29
... AS RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS:
30. CONHECIMENTO
• PLATÃO
Conhecimentos são crenças
verdadeiras e justificadas
que tem que seguir um
método racional, lógico, ter
sentido.
• ARISTÓTELES
Para algo ser conhecimento
não basta ser crenças
verdadeiras e justificadas
tem que comprovar. (4)
30
31. PLATÃO
(427-347 a.C.),
segurando sua
obra Timaeus, e
apontando sua
mão direita para
cima.
Platão era o líder
da Academia de
Atenas, que
congregava os
maiores filósofos
e matemáticos
de seu tempo.
ARISTÓTELES
No centro
da Escola de
Atenas, ao lado
esquerdo de
Platão e portando
sua obra Ética,
está Aristóteles,
seu discípulo, e
que viveu até 322
a.C.
31
Detalhe da obra
Escola de Atenas
Rafael Sanzio
33. ESPIRITISMO É FILOSOFIA
•O espiritismo
é uma filosofia de
Bases Científicas.
BASES
CIENTÍFICAS:
Fatos
mediúnicos
(podem ser
medidos e
analisados por
qualquer
ciência)(4)
33
34. FILOSOFIA ESPIRITUALISTA
• O aspecto filosófico do
Espiritismo vem
destacado na folha de
rosto de O Livro dos
Espíritos, a primeira obra
do Espiritismo, quando
Allan Kardec classifica a
nova doutrina de
Filosofia Espiritualista. (1)
34
35. ESPIRITISMO é uma doutrina
essencialmente filosófica,
embora seus princípios sejam
comprovados
experimentalmente, o que lhe
confere também o caráter
científico.
Quando o Homem pergunta,
interroga, cogita, quer saber o
«como» e o «porquê» das
coisas, dos fatos, dos
acontecimentos, nasce a
FILOSOFIA, que mostra o que
são as coisas e porque são as
coisas o que são. (1)
35
36. 36
QUEM SOMOS? DE ONDE VIMOS? PARA ONDE VAMOS?
PAUL GAUGUIN (1848-1903)
Carregada de símbolos – homem, animal, totem, natureza -
tudo nesta obra se conjuga harmonicamente para chamar a
atenção para as grandes questões sobre o sentido da vida.
Pintura de 1897.
37. O caráter filosófico do Espiritismo está (...)
no estudo que faz do Homem, sobretudo
Espírito, de seus problemas, de sua
origem, de sua destinação.
37
38. • (...) o conhecimento do
mecanismo das relações dos
Homens que vivem na Terra com
aqueles que já se despediram
dela, temporariamente, pela
morte, estabelecendo as bases
desse permanente
relacionamento, e demonstra a
existência, inquestionável, de
algo que tudo cria e tudo
comanda, inteligentemente –
DEUS.
38
39. • Definindo as
responsabilidades do
Espírito – quando
encarnado (alma) e
também do
desencarnado, o
Espiritismo é Filosofia,
uma regra moral de
vida e comportamento
para os seres da
Criação, dotados de
sentimento, razão e
consciência. (8)
39
41. EFEITOS RELIGIOSOS
• O Espiritismo [diz Allan Kardec] é uma
doutrina filosófica de
EFEITOS RELIGIOSOS,
como qualquer filosofia espiritualista,
pelo que forçosamente vai ter às bases
fundamentais de todas as religiões:
Deus, a alma e a vida futura.
42. O laço estabelecido por
uma religião, seja qual
for o seu objetivo é [...]
essencialmente moral,
que liga os corações, que
identifica os
pensamentos, as
aspirações, [...].
42
43. [...]Como consequência da
comunhão de vistas e de
sentimentos, a fraternidade
e a solidariedade, a
indulgência e a
benevolência mútuas.
É nesse sentido que
também se diz: a religião da
amizade, a religião da
família.
43
44. • Ora, sim, sem dúvida, senhores!
• No sentido filosófico, o
Espiritismo é uma religião, e nós
nos vangloriamos por isto, porque
é a Doutrina que funda os
vínculos da fraternidade e da
comunhão de pensamentos, não
sobre uma simples convenção,
mas sobre bases mais sólidas: as
próprias leis da Natureza.(14)
44
ESPIRITISMO É RELIGIÃO
45. ESPIRITISMO É RELIGIÃO
Não tendo o Espiritismo nenhum dos
caracteres de uma religião, na acepção
usual da palavra, não podia nem devia
enfeitar-se com um título sobre cujo valor
inevitavelmente se teria equivocado.
Eis por que simplesmente se diz:
DOUTRINA FILOSÓFICA E MORAL
45
46. O [...] Espiritismo repousa
sobre as bases fundamentais
da religião e respeita todas
as crenças; [...] um de seus
efeitos é incutir sentimentos
religiosos nos que os não
possuem, fortalecê-los nos
que os tenham vacilantes.
Allan Kardec: O livro dos médiuns –Primeira parte. Cap. 3, item 24.
46
47. LIVRO: O CONSOLADOR
• Francisco Cândido Xavier
Ditado Pelo Espírito
Emmanuel
Editado Pela FEB (1941)
47
48. LIVRO: O CONSOLADOR
• Apresentando o Espiritismo, na sua
feição de Consolador prometido pelo
Cristo, três aspectos diferentes:
científico, filosófico e religioso, qual
desses aspectos é o maior?
Introdução da obra, Definição: O Consolador. Francisco Cândido Xavier. Ditado Pelo Espírito
Emmanuel. Editado Pela FEB (1941).
48
50. LIVRO: O CONSOLADOR
“A Ciência e a Filosofia
vinculam à Terra essa
figura simbólica,
porém, a Religião é o
ângulo divino que a
liga ao céu.
No seu aspecto científico
e filosófico, a doutrina
será sempre um campo
nobre de investigações
humanas, como outros
movimentos coletivos, de
natureza intelectual, que
visam o aperfeiçoamento
da Humanidade.
50
51. No aspecto religioso,
todavia, repousa a sua
grandeza divina, por
constituir a
restauração do
Evangelho de Jesus
Cristo, ...
... estabelecendo a
renovação definitiva
do homem, para a
grandeza do seu
imenso futuro
espiritual.” (15)
51
LIVRO: O CONSOLADOR
54. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita
Programa Fundamental – Tomo I, FEB, 2010.
2. Disponível em: https://www.google.com.br/#q=ci%C3%AAncia+defini%C3%A7%C3%A3o,
28/08/2016, 18:08
3. Seminário "O que é Espiritismo?" com Anete Guimarães - 1ª parte, realizado na cidade de
Aparecida D´Oeste/SP em 17 julho de 2010 .
4. Novo Dicionário Eletrônico Aurélio versão 7.0, 5ª. Edição do Dicionário Aurélio da Língua
Portuguesa, by Regis Ltda, 2010.
5. KARDEC. Obras póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 38. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.
(Ligeira resposta aos detratores do espiritismo). Primeira parte, p. 260-261.
6. KARDEC, Allan. A gênese. Tradução de Guillon Ribeiro. 55. ed. RJ: FEB, 2005. Cap. 1, item 55,
p. 42.
7. DELANNE, Gabriel. O fenômeno espírita. Tradução de Francisco. Raymundo Ewerton
Quadros. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Prefácio, p. 13.
8.BARBOSA, Pedro Franco. Espiritismo básico. 5. ed. Rio de Janeiro:FEB, 2002. (O espiritismo
filosófico)
9. JAPIASSÚ, Hilton. Dicionário Básico de Filosofia.
54
55. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
10.
https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=CI%C3%8ANCIAS+POSITIVAS+++defini%C3%A7%
C3%A3o. 02/09/2016, 10:39
11.http://www.infoescola.com/filosofia/metafisica/. 02/09/2016, 10:45
12.https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=teol%C3%B3gica++defini%C3%A7%C3%A3o.
02/09/2016, 10:50
13. http://mba.eci.ufmg.br/downloads/metodologia.pdf. 02/09/2016, 11:00
14. Revista espírita. Jornal de estudos psicológicos. Ano 1868. Tradução de Evandro Noleto
Bezerra. Poesias traduzidas por Inaldo Lacerda Lima. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Ano 11.
Dezembro de 1868. Nº 12. Item: Discurso de abertura pelo senhor Allan Kardec: O
espiritismo é uma religião?, p. 490- 491.
15 . Introdução da obra, Definição: O Consolador. Francisco Cândido Xavier. Ditado Pelo Espírito
Emmanuel. Editado Pela FEB (1941).
55
56. 56
IEDC
Instituto Espírita Dias da Cruz
DAE
Departamento De Assistência Espiritual
Facilitadores:
Denise Maria de Aguiar da Silva
Deise Cristina Maciel de Aguiar
2016
Notas do Editor
Le 2 décembre 1805 : La bataille d'Austerlitz, par François Gérard.