1. MÓDULO III: DEUS
ROTEIRO 1: EXISTÊNCIA DE DEUS
ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA
PROGRAMA FUNDAMENTAL - TOMO I
2. MÓDULO III: DEUS
OBJETIVO GERAL
• Apresentar Deus como a
inteligência suprema e a
causa primeira de todas as
coisas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Explicar a necessidade da
crença em Deus para o
homem.
• Conceituar Deus à luz da
Doutrina Espírita.
3. CONTEÚDO BÁSICO
•A ideia de Deus [...] se afirma e se
impõe, fora e acima de todos os
sistemas, de todas as filosofias, de
todas as crenças.
Léon Denis: O grande enigma. Cap. 5
4. Allan Kardec: O livro dos Espíritos, questão 5.
A necessidade da
crença em Deus está,
instintivamente,
alojada na mente
humana, e decorre
do axioma de que
não há efeito sem
causa.
AXIOMA:
são verdades
inquestionáveis
universalmente válidas,
máxima, Do
latim 'proposição
evidente'
5. •Foi por este motivo que Kardec perguntou aos
Espíritos Superiores:
«Que dedução se pode tirar do sentimento
instintivo, que todos os homens trazem em si,
da existência de Deus?»
•A resposta foi a seguinte:
«A de que Deus existe; pois, donde lhes viria
esse sentimento, se não tivesse uma base? É
ainda uma consequência do princípio — não
há efeito sem causa.»
6. Allan Kardec: O livro dos espíritos, questão 1.
•Deus é a
inteligência
suprema, causa
primária de
todas as coisas.
8. O homem que desconhece Deus e não quer
saber que forças, que recursos, que socorros
d´Ele promanam, esse é comparável a um
indigente que habita ao lado de palácios, cheios
de tesouros, e se arrisca a morrer de miséria
diante da porta que lhe está aberta e pela qual
tudo o convida a entrar (11).
A crença em Deus [...] se afirma e se impõe,
fora e acima de todos os sistemas, de todas as
filosofias, de todas as crenças (4).
9. O homem [...] não se pode desinteressar dela
porque o homem é um ser [pensante].
O homem vive, e importa-lhe saber qual é a fonte,
qual é a causa, qual é a lei da vida.
A opinião que tem sobre a causa, sobre a lei do
Universo, essa opinião, quer ele queira ou não, quer
saiba ou não, se reflete em seus atos, em toda a sua
vida pública ou particular (7).
10. A questão de Deus é o mais grave de todos os
problemas suspensos sobre nossas cabeças e
cuja solução se liga, de maneira restrita,
imperiosa, ao problema do ser humano e de
seu destino, ao problema da vida individual e
da vida social (4).
11. O conhecimento da verdade sobre DEUS, sobre o mundo e a vida é
o que há de mais essencial, de mais necessário, porque é Ele que
nos sustenta, nos inspira e nos dirige, mesmo à nossa revelia (5).
A crença em Deus está instintivamente impressa na mente
humana.
À medida que o homem evolui, apura-se também a crença em
Deus.
Dessa forma, como nos ensinam os Espíritos Superiores, o
sentimento instintivo de crer em Deus nos prova que Deus existe.
É também [...] uma consequência do princípio – não há efeito sem
causa (2).
12. Poder-se-ia argumentar que a crença em Deus resulta da
educação recebida, consequência das ideias adquiridas.
Entretanto, esclarecem os Espíritos da Codificação, se [...]
assim fosse, porque existiria nos vossos selvagens esse
sentimento? (3)
Opinando a respeito, Kardec nos elucida:
Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse
tão-somente produto de um ensino, não seria universal e
não existiria senão nos que houvessem podido receber
esse ensino, conforme se dá com as noções científicas (3).
13. Deus nos fala por todas as vozes do Infinito.
E fala, não em uma Bíblia escrita há séculos, mas em uma
bíblia que se escreve todos os dias, com estes
característicos majestosos, que se chamam oceanos,
montanhas e astros do céu;
por todas as harmonias, doces e graves, que sobem do
imo da Terra ou descem dos espaços etéreos.
Fala ainda no santuário do ser, nas horas de silêncio e de
meditação.
14. Quando os ruídos discordantes da vida material se calam,
então a voz interior, a grande voz desperta e se faz ouvir.
Essa voz sai da profundeza da consciência e nos fala dos
deveres, do progresso, da ascensão da criatura.
Há em nós uma espécie de retiro íntimo, uma fonte
profunda de onde podem jorrar ondas de vida, de amor,
de virtude, de luz. Ali se manifesta esse reflexo, esse
gérmen divino, escondido em toda Alma humana (9).
15. A história da ideia de Deus mostra-nos que ela
sempre foi relativa ao grau intelectual dos
povos e de seus legisladores, correspondendo
aos movimentos civilizadores, à poesia dos
climas, às raças, à florescência de diferentes
povos; enfim, aos progressos espirituais da
Humanidade.
16. Descendo pelo curso dos tempos, assistimos
sucessivamente aos desfalecimentos e
tergiversações dessa ideia imperecível, que,
às vezes fulgurante e outras vezes eclipsada,
pode, todavia, ser identificada sempre, nos
fastos da Humanidade (13).
17. Liga-se [...] estreitamente à ideia de Lei, e assim à de
dever e de sacrifício.
A ideia de Deus liga-se a todas as noções
indispensáveis à ordem, à harmonia, à elevação dos
seres e das sociedades.
Eis por que, logo que a ideia de Deus se enfraquece,
todas essas noções se debilitam; desaparecem, pouco
a pouco, para dar lugar ao personalismo, à presunção,
ao ódio por toda autoridade, por toda direção, por
toda lei superior (10).
18. Diremos, pois, que desconhecer, desprezar a crença em
Deus e a comunhão do pensamento que a Ele se liga [...]
seria, ao mesmo tempo, desconhecer o que há de maior, e
desprezar as potências interiores que fazem a nossa
verdadeira riqueza.
Seria calcar aos pés nossa própria felicidade, tudo que
pode fazer nossa elevação, nossa glória, nossa ventura (11).
19. A ideia de Deus impõe-se por todas as faculdades do nosso
Espírito, ao mesmo tempo que nos fala aos nossos olhos os
esplendores do Universo.
A inteligência suprema revela a causa eterna, na qual
todos os seres vêm haurir a força, a luz e a vida.
Aí está o Espírito Divino, o Espírito Potente, que se venera
sob tantas denominações; mas, sob todos esses nomes, é
sempre o centro, a lei viva, a razão pela qual os seres e os
mundos se sentem viver, se conhecem, se renovam e
elevam (8).
20. Viver sem a crença em um ser superior é negar a obra da
Criação;
é omitir o evidente, o real; é alimentar o nosso orgulho;
é permanecer no estado de ignorância em que ainda nos
encontramos, é, em suma, negar a realidade que está ao
alcance de todos, pois tudo no Universo, o visível e o
invisível, e, principalmente, a nossa consciência, nos fala
de um Ser superior.
21. A crença em Deus é, além disso, questão essencial para o
entendimento da Doutrina Espírita.
Entretanto, para elucidar esse assunto de tão magna importância,
[...] temos agora recursos mais elevados que os do pensamento
humano; temos o ensino daqueles que deixaram a Terra, a
apreciação das Almas que, tendo franqueado o túmulo, nos fazem
ouvir, do fundo do mundo invisível, seus conselhos, seus apelos,
suas exortações.
Verdade é que nem todos os Espíritos são igualmente aptos a tratar
dessas questões. [...] Nem todos estão igualmente desenvolvidos;
não chegaram todos ao mesmo grau de evolução. [...]
22. Acima, porém, da multidão das Almas obscuras,
ignorantes, atrasadas, há Espíritos eminentes, descidos das
esferas [superiores] para esclarecer e guiar a Humanidade.
Ora, que dizem esses Espíritos sobre a questão de Deus?
A existência da Potência Suprema é afirmada por todos os
Espíritos elevados (6).
23. Todos [...] aqueles cujos ensinamentos têm reconfortado
as nossas almas, mitigado nossas misérias, sustentado
nossos desfalecimentos, são unânimes em afirmar, em
repetir, em reconhecer a alta Inteligência que governa os
seres e os mundos..
Eles dizem que essa Inteligência se revela mais brilhante e
mais sublime à medida que se escalam os degraus da vida
espiritual (6).
Assim, nos esclarecem os Espíritos Superiores na primeira
questão de O Livro dos Espíritos: Que é Deus?
24. Que é Deus
Deus é a inteligência suprema,
causa primária [primeira] de todas
as coisas (1).
25. Afirmando a existência de uma causa primeira no Universo, os
Espíritos Superiores trazem, dessa forma, um novo conceito de
Deus para a Humanidade, oposto à ideia de um deus
antropomórfico, parcial e vingador, apresentado pelas religiões de
um modo geral.
Pode-se levar mais longe do que temos feito a definição de Deus?
Definir é limitar.
Em face deste grande problema, a fraqueza humana aparece.
Deus impõe-se ao nosso Espírito, porém escapa a toda análise.
26. O Ser que enche o tempo e o espaço não será
jamais medido por seres limitados pelo tempo
e pelo espaço.
Querer definir Deus seria circunscrevê-lo e
quase negá-lo [...].
Para resumir, tanto quanto podemos, tudo o
que pensamos referente a Deus, diremos que
Ele é a Vida, a Razão, a Consciência em sua
plenitude.
27. É a causa eternamente operante de tudo
o que existe.
É a comunhão universal, onde cada ser
vai sorver a existência, a fim de, em
seguida, concorrer, na medida de suas
faculdades crescentes e de sua elevação,
para a harmonia do conjunto (12).
28. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
• KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 86.
ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Questão 1, p. 51.
• 2. ______. Questão 5, p. 52.
• 3. ______. Questão 6, p. 52.
• 4. DENIS, Léon. O grande enigma. 14. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.
Primeira parte. Cap. 5 (Necessidade da idéia de Deus), p. 69.
• 5. ______. p. 70.
• 6. ______. p. 70-71.
• 7. ______. p. 72.
• 8. ______. p. 82.
• 9. ______. Cap. 6 (As leis universais), p. 82-83.
29. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
• 10. ______. Cap. 7 (A ideia de Deus e a experimentação
psíquica), p. 95.
• 11. ______. Cap. 8 (Ação de Deus no mundo e na História), p.
98.
• 12. ______. Depois da morte. Tradução de João Lourenço de
Souza. 25. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Parte segunda, cap. 9
(O universo e Deus), p. 121-122.
• 13. FLAMMARION, Camille. Deus na natureza. Tradução de
Manuel Quintão. 7. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. Tomo 5
(Deus), p. 385.
30. IEDC
Instituto Espírita Dias da Cruz
DAE
Departamento de
Assistência Espiritual
Facilitadores:
Denise Maria de Aguiar da Silva
Deise Cristina Maciel de Aguiar
2017