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1 de 37
Psicografia de
Divaldo Pereira Franco
Ditado pelo Espírito de
Manoel Philomeno de Miranda
Editora Federação Espírita do Brasil
1ª Edição - (Brasil) 1970
1
INSTITUTO ESPÍRITA DIAS DA
CRUZ
Av. da Azenha, 366, Azenha,
90160-004 - Porto Alegre – RS
(51) 3223-1938
GRUPO DE ESTUDO
FRATERNIDADE
REUNIÃO: TERÇAS
HORÁRIO: 16h
FACILITADORAS:
Dioni Aguiar Machado
Vera Saucedo
Denise Aguiar Silva
Livro PDF em:
http://www.autoresespiritasclassicos.c
om/autores%20espiritas%20classicos%
20%20diversos/Divaldo%20Franco/Div
aldo%20Franco%20-
%20Nos%20Bastidores%20da%20Obse
ss%C3%A3o.pdf
Porto Alegre
2023
CONTEÚDO:
1. APRESENTAÇÃO
2. BIOGRAFIA SINTÉTICA
7. CONTEÚDO RESUMIDO
8. SUMÁRIO
9. EXÓRDIO
 Carlos Wickland
 Cláudio Galeno
 Jean Martin Charcot
 José Petitinga
24. PROLEGÔMENOS
ESTUDO DO LIVRO NOS BASTIDORES DA OBSESSÃO
Mais conhecido como PHILOMENO DE
MIRANDA, foi, por muitos anos,
destacado colaborador do Movimento
Espírita da Bahia, culminando com a sua
eleição para a Presidência da União
Espírita Baiana, em substituição a JOSÉ
PETITINGA, quando este retornou ao
Pano Espiritual, em 25 de março de 1939,
em Salvador.
2
MANOEL PHILOMENO DE BAPTISTA DE
MIRANDA nasceu no dia 14 de
novembro de 1876, em Jangada,
Município do Conde no Estado da Bahia.
Diplomou-se em 1910, como Bacharel
em Comércio e Fazenda.
Exerceu sua profissão com muita
probidade e ajudava sempre aqueles
que o procuravam, pudessem ou não
retribuir os seus serviços.
Debilitado por uma enfermidade
pertinaz, em 1914, e tendo recorrido a
diversos médicos, sem qualquer
resultado positivo, foi curado pelo
médium SATURNINO FAVILA, na cidade
de Alagoinhas, com passes e água
fluidificada, complementando a cura
com alguns remédios da Flora Medicinal.
Nessa época, indo a Salvador, conheceu
JOSÉ PETITINGA, que o convidou a
frequentar a União Espírita Baiana.
A partir daí PHILOMENO DE MIRANDA
interessou-se pelo estudo e prática do
Espiritismo, tornando-se um dos mais
firmes adeptos de seus ensinamentos.
A serviço da Causa, visitava
periodicamente as Sociedades Espíritas,
da Capital e do Interior, procurando
soluções para qualquer dificuldade.
Delicado, educado, porém decidido na
luta, não dava trégua aos ataques
descabidos, arremetidos por religiosos e
cientistas que tentavam destruir o
trabalho dos espíritas.
Na literatura escreveu RESENHA DO
ESPIRITISMO NA BAHIA e EXCERTOS QUE
JUSTIFICAM O ESPIRITISMO, que
publicou omitindo o próprio nome.
BIOGRAFIA SINTÉTICA: MANOEL PHILOMENO DE BAPTISTA DE MIRANDA
3
Em resposta ao Padre HUBERTO
ROHDEN, publicou um opúsculo
intitulado PORQUE SOU ESPÍRITA.
Dedicou-se com muito carinho às
reuniões mediúnicas, especialmente às
de desobsessão.
Achava imprescindível que as Instituições
espíritas se preparassem
convenientemente para o intercâmbio
espiritual, sendo de bom alvitre que os
trabalhadores das atividades
desobsessivas se resguardassem ao
máximo na oração, na vigilância e no
trabalho superior.
Salientava a importância do trabalho da
caridade, para se precaverem de sofrer
ataques das Entidades que se sentem
frustradas nos planos nefastos de
perseguições. PHILOMENO DE MIRANDA E FAMÍLIA
4
Importante conhecer-se como se deu o
relacionamento do médium DIVALDO
PEREIRA FRANCO com esse amoroso
Benfeitor.
É o próprio Divaldo quem esclarece:
Numa das viagens a Pedro Leopoldo, no
ano de 1950, CHICO XAVIER psicografou
para mim uma mensagem ditada pelo
ESPÍRITO JOSÉ PETITINGA,
e no próximo encontro uma outra ditada
pelo ESPÍRITO MANOEL PHILOMENO DE
MIRANDA.
Eu era muito jovem e, como é
compreensível, fiquei muito
sensibilizado.
Guardei as mensagens, bebi nelas a
inspiração, permanecendo confiante em
Deus.
No ano de 1970, no mês de janeiro,
apareceu-me o ESPÍRITO MANOEL
PHILOMENO DE MIRANDA, dizendo que,
na Terra, havia trabalhado na União
Espírita Baiana, atual Federação, tendo
exercido vários cargos, dedicando-se,
especialmente à tarefa do estudo da
mediunidade e da desobsessão.
Quando chegou ao Mundo Espiritual foi
estudar em mais profundidade as
alienações por obsessão e as técnicas
correspondentes da desobsessão.
Fora uma pessoa que, no mundo, se
dedicava à escrituração mercantil,
portanto afeito a uma área de
informações de natureza geral sobre o
comércio.
Mas, tendo convivido muito com
PETITINGA, que foi um beletrista famoso,
um grande latinista, amigo íntimo de
CARNEIRO RIBEIRO - que também se
notabilizou pela réplica e tréplica com
RUY BARBOSA - ele, MIRANDA, houvera
aprimorado os conhecimentos
linguísticos que levara da Terra, com
vistas a uma programação de atividades
para a Doutrina Espírita, pela
mediunidade, no futuro.
BELETRISTA: aquele que cria obras
literárias.
LATINISTA: pessoa que conhece bem e
estuda a língua e a literatura latinas.
5
Convidado por JOANNA DE ÂNGELIS,
para trazer o seu contributo em torno da
mediunidade, da obsessão e
desobsessão, ele ficou quase trinta anos
realizando estudos e pesquisas e
elaborando trabalho que mais tarde iria
enfeixar em livros.
Ao me aparecer, então, pela primeira
vez, disse-me que gostaria de escrever
por meu intermédio.
Levou-me a uma reunião, no Mundo
Espiritual, onde reside, e ali mostrou-me
como eram realizadas as experiências de
prolongamento da vida física através de
transfusão de energia utilizando-se do
perispírito.
Depois de uma convivência de mais de
um mês, aparecendo-me diariamente
para facilitar o intercâmbio psíquico
entre ele e mim, começou a escrever
NOS BASTIDORES DA OBSESSÃO, que são
relatos, em torno da vida espiritual, das
técnicas obsessivas e de desobsessão.
A partir daí seguiram-se outros livros
sobre o problema obsessivo, classificado
por PHILOMENO DE MIRANDA como
“tormentoso flagício (flagelo) social”.
Nos seus livros, caracterizados e lidos
como “romances”, encontra-se
meticuloso exame da mediunidade
atormentada e das patologias obsessivas,
em páginas de profundo teor didático
que permitem ao leitor melhor
compreensão da narrativa central.
6
OBRAS
Ditou ao médium Divaldo Pereira Franco
as seguintes obras:
• Nos Bastidores da Obsessão 1970
FEB
• Grilhões Partidos 1974 LEAL
• Tramas do destino 1976 FEB
• Nas Fronteiras da Loucura 1982 LEAL
• Painéis da Obsessão 1984 LEAL
• Loucura e Obsessão 1988 FEB
• Temas da Vida e da Morte 1996 FEB
• Trilhas da Libertação 1996 FEB
• Tormentos da Obsessão 2001 LEAL
• Sexo e Obsessão 2003 LEAL
• Entre os Dois Mundos 2006 LEAL
• Reencontro com a Vida 2006 LEAL
• Transtornos Psiquiátricos e
Obsessivos 2009 LEAL
• Transição Planetária 2010 LEAL
• Mediunidade: Desafios e Bênçãos
2012 LEAL
• Amanhecer de Uma Nova Era 2012
LEAL
• Perturbações Espirituais 2015 LEAL
• No Rumo do mundo de Regeneração
2020 LEAL
Fonte:
• http://espiritaespiritismoberg.blo
gspot.com/2012/09/manoel-
philomeno-de-
miranda.html?m=1
• https://pt.slideshare.net/projeto
mpm/nos-bastidores-da-obsesso-
254045793
7
O autor espiritual, grande estudioso do
tema, focaliza a retaguarda do problema
da obsessão que, segundo ALLAN
KARDEC, é o domínio que alguns
Espíritos logram adquirir sobre certas
pessoas.
Através de 16 capítulos, precedidos de
valiosas anotações sobre os conceitos da
obsessão, apresenta os acontecimentos
ocorridos entre os anos de 1937 e 1938,
em Salvador, Bahia, com a família Soares,
que se encontra sob regime de intensa
perturbação espiritual.
Mostra os procedimentos adotados pelo
plano Espiritual Superior, durante
sessões realizadas na União Espírita
Baiana, ensejando aos membros da
família Soares a renovação íntima através
da aceitação e prática dos
esclarecimentos trazidos pela Doutrina
Espírita.
CONTEÚDO RESUMIDO
Divaldo Franco e Philomeno de Miranda, Espírito
8
• Exórdio
• Prolegômenos
• Examinando a obsessão
a) Obsessões especiais
b) Perante obsessores
c) Perante obsidiados
d) Porta de luz
e) Reuniões sérias
f) Em oração
CAPÍTULOS:
1. A família Soares
2. Socorro espiritual
3. Técnica de obsessão
4. Estudando o hipnotismo
5. Elucidações valiosas
6. No anfiteatro
7. Apontamentos novos
8. Processos obsessivos
9. Reencontro com o passado
10. Programação redentora
11. As agressões
12. Desobsessão e responsabilidade
13. Solução inesperada
14. O Cristo consolador
15. Enfermidade salvadora
16. Compromissos redentores
SUMÁRIO
9
“Pululam em torno da Terra os maus
Espíritos, em consequência da
inferioridade moral de seus habitantes.
A ação malfazeja desses Espíritos é parte
integrante dos flagelos com que a
Humanidade se vê a braços neste
mundo.
A obsessão, que é um dos eleitos de
semelhante ação, como as enfermidades
e todas as atribulações da vida, deve,
pois, ser considerada como provação ou
expiação e aceita com esse caráter.”
A GÊNESE, de Allan
Kardec, 14ª edição
da FEB, capítulo 14.
OBSESSÕES E
POSSESSÕES
Nota do Autor
espiritual.
A obsessão, mesmo nos dias de hoje,
constitui tormentoso flagício social.
Está presente em toda parte, convidando
o homem a sérios estudos.
As grandes conquistas contemporâneas
não conseguiram ainda erradicá-la.
Ignorada propositadamente pela
chamada Ciência Oficial, prossegue
colhendo nas suas malhas, diariamente,
verdadeiras legiões de incautos que se
deixam arrastar a resvaladouros
sombrios e truanescos, nos quais
padecem irremissivelmente, até à
desencarnação lamentável, continuando,
não raro, mesmo após o traspasse...
Isto, porque a morte continua
triunfando, ignorada, qual ponto de
interrogação cruel para muitas mentes e
incontáveis corações.
GLOSSÁRIO
EXÓRDIO: texto preliminar de
apresentação, inicio, introdução.
PULULAM: brotam, multiplicam-se
rapidamente com abundância.
FLAGÍCIO: sofrimento, aflição, tortura.
INCAUTOS: descuidados, não têm
cautela.
RESVALADOUROS: abismos,
despenhadeiros.
TRUANESCOS: Estranhos, absurdos.
EXÓRDIO
10
As Disciplinas e Doutrinas decorrentes da
Psicologia Experimental, nos seus
diversos setores, preferem continuar
teimosamente arregimentando teorias
que não respondem aos resultados da
observação demorada e das constatações
de laboratório, como se a Imortalidade
somente merecesse acirrado combate e
não investigação imparcial, capaz de
ensejar ao homem esperanças e
consolações, quando tudo lhe parece
conspirar contra a paz e a felicidade.
Desde as honestíssimas pesquisas do
BARÃO VON DE GULDENSTUBBÉ, em
1855, e as do professor ROBERTO HARE,
insuspeito lente de Química, na
universidade de Pensilvânia, em 1856,
que concluíram, pela realidade do
espírito preexistente ao berço e
sobrevivente após o túmulo, que os
cientistas conscientes das suas
responsabilidades se têm entregue ao
afã da verificação da Imortalidade.
E todos aqueles que se dedicaram à
observação e ao estudo, à
experimentação e ao fenômeno, são
concordes na comprovação da
continuidade da vida depois da morte...
ROBERTO HARE
(1781 - 1858)
Cientista norte-americano no século XIX,
físico e químico de grande renome,
Robert Hare foi o primeiro homem de
ciência nos Estados Unidos a se dedicar à
investigação experimental dos
fenômenos mediúnicos e à defesa e
propagação das ideias espíritas.
Em fins de 1855, publicou seus estudos e
suas conclusões em uma obra volumosa,
com mais de 400 páginas e com
ilustrações de todos os seus trabalhos,
intitulada Investigação Experimental das
Manifestações dos Espíritos –
Demonstração da Existência dos Espíritos
e sua Comunicação com os Mortais. (3)
BARÃO VON DE GULDENSTUBBÉ
(1820-1873)
Foi um grande trabalhador das primeiras
horas do Espiritismo, um grande
pesquisador da alma e que teve também
as suas obras queimadas na Espanha
pela Santa Inquisição no dia 9 de outubro
de 1861 no conhecido AUTO-DE-FÉ EM
BARCELONA.
Foi conhecido principalmente por suas
investigações e experiências em
pneumatografia. (1)
PNEUMATOGRAFIA: é a escrita produzida
diretamente pelo Espírito, sem nenhum
intermediário. Difere da psicografia
porque esta é a transmissão do
pensamento do Espírito pela mão do
médium. (2)
R. HARE R. HARE
11
Através de suas experiências concluiu
que a maioria das doenças mentais são
devidas, na realidade, a uma possessão.
Para fazer com que o Espírito
retardatário deixasse o corpo do doente
mental, contava com a ajuda de Espíritos
evoluídos que incorporavam na médium
ANNA.
O diálogo direto tornava-se então
possível entre o Dr. WICKLAND e o
Espírito. Várias sessões eram, às vezes,
necessárias.
WICKLAND
e sua esposa
ANNA
Entre 1918 e 1924 passou a estenografar
as comunicações que eram sempre
psicofônicas, isto é, faladas,... reunindo
farto e extenso conjunto de materiais
que constitui um verdadeiro
monumento que evidencia o
prosseguimento da vida após a morte.
Todo esse material foi reunido e
examinado com minúcia, dentro do
método científico.
Este trabalho resultou em uma obra
impressionante, intitulada TRINTA ANOS
ENTRE OS MORTOS.
Incansáveis, o Dr. WICKLAND e sua
esposa ANNA prestaram um concurso
inestimável, socorrendo e consolando
centenas de Espíritos desequilibrados
que vinham procurá-los ou eram
conduzidos até eles, estendendo um
auxílio que se desdobrava entre as duas
dimensões da vida, a espiritual e a
material, na exata medida em que os
“mortos”, uma vez esclarecidos,
deixavam de perseguir e prejudicar os
“vivos”.
Nos Estados Unidos, se tornaram
famosas as experiências psiquiátricas
realizadas pelo Dr. CARLOS WICKLAND,
que, utilizando-se da argumentação
espírita, conseguiu desobsidiar inúmeros
pacientes que lhe chegavam,
atormentados, ao consultório.
Simultaneamente, em seus trabalhos
especializados, utilizava-se de uma
médium clarividente, sua própria esposa,
que o ajudava na técnica da
desobsessão.
CARLOS WICKLAND
(1861-1945)
Carl August Wickland, psiquiatra e
pesquisador dos fenômenos psíquicos,
de nacionalidade sueca-americana.
A primeira vez em que teve contato com
uma entidade espiritual foi através de
sua esposa, que desenvolveu a
mediunidade espontaneamente.
12
DR. WICKLAND, e sua esposa médium,
ANNA, ao lado da máquina WIMHURST
DE CARL.
O médico observou logo que os Espíritos
que obsidiam sentem, bem mais que nós,
as dores de nosso corpo.
Ele montou, então, um aparelho simples
que enviava ao doente mental pequenas
descargas elétricas, totalmente
inofensivas e indolores para o
encarnado, porém intoleráveis para o
Espírito perturbador que o possuía.
O Dr. WICKLAND e ANNA jamais ouviram
falar de Espiritismo.
No entanto, mediante os eventos e as
vivências que protagonizaram, chegaram,
por conta própria, às mesmas
conclusões, no primeiro quartel do
século XX, a que ALLAN KARDEC chegara
no início da segunda metade do século
XIX. (4)
13
JEAN MARTIN CHARCOT
(1825-1893)
Foi uma das maiores figuras da medicina
francesa.
Neurologista e professor, exerceu grande
influência sobre SIGMUND FREUD, seu
aluno na SALPÊTRIÈRE.
Introduziu profundas modificações no
estudo da patologia nervosa e deve-se-
lhe a primeira descrição dos sintomas da
histeria, na qual experimentou o
tratamento pela hipnose, a qual
estimulou aquele aluno para o ponto de
vista psicológico. (5)
CLÁUDIO GALENO, DE PÉRGAMO
(130-200)
Médico e filósofo grego, cirurgião de
gladiadores, médico da corte e de
Cômodo (180-192).
Inferior apenas a Hipócrates, é
considerado o fundador da Fisiologia
Experimental e escreveu cerca de 400
livros, dos quais apenas 98 nos
chegaram.
Para ele as vidas psíquica e animal têm
funções diversas e operam em níveis
diversos, mas todo corpo é apenas um
instrumento da alma e cada organismo
se constitui segundo um plano lógico
estabelecido por um ser supremo, guia e
arquiteto do universo.
SALPÊTRIÈRE
Hospital-asilo construído em 1656, a
mando de Luís XIV, para ser uma fábrica
de pólvora, do qual o salitre é um dos
ingredientes, advindo daí o seu nome.
Foi transformado, 15 anos após, num
nosocômio.
Diante de ALCINA
incorporada pelo
espírito de
GALENO, em
plena sessão da
SALPETRIÊRE,
respondeu
CHARCOT, aos
interessados no
fenômeno e que
o inquiriram, que
lhes não convinha
se adiantassem à
própria época em
que viviam...
Sugeria que se não buscassem raciocínios
que aclarassem os resultados das
investigações, devendo contentar-se
somente com aquela «observação
experimental», a que todos haviam
presenciado.
Tal atitude anticientífica tem sido
mantida por respeitáveis investigadores,
por temerem a realidade da vida
imperecível.
JEAN MARTIN CHARCOT
14
ALCINA, com letra clara e bonita, escreve
com a maior desenvoltura os caracteres
gregos perfeitamente formados, segundo
o dizer de ambos os sábios interrogantes.
Depois dessa prova, CHARCOT, como que
inspirado e profundamente emocionado,
disse:
– Vamos evocar Espíritos; porém não
Espíritos vulgares; busquemos na história
da Humanidade, os mais luminosos e os
interroguemos sobre as obras que
projetaram, deixando-as interrompidas
por haverem falecido.
LABARDE, professor de Fisiologia, pede a
palavra e, após cinco minutos de
meditação, diz:
– Evoquemos o Espírito de GALENO e lhe
perguntemos que observação importante
fez depois de sua primeira dissecação.
Concluída essa experiência, disse
CHARCOT:
– Haveis observado a sua obediência;
passemos, agora, a uma ordem de
experiências superiores.
Mandou que trouxessem um quadro de
giz e disse:
– Alcina, vá ao quadro-negro: escreva.
Dirigindo-se então aos professores
assistentes, disse-lhes:
– Senhores, ordenai a esta jovem que vá
ao quadro de giz escrever em qualquer
idioma, seja europeu ou exótico, antigo
ou vivo, sobre assuntos científicos,
literários, ou quaisquer outros.
Os professores PANNÁS, grego, e
MATHIAS DUVAL, francês, ambos
membros da Academia e professores
universitários, adiantam-se e ditam
orações completas em grego antigo e
moderno, respectivamente.
ALCINA
O papel da sensitiva ALCINA na célebre
experiência em SALPETRIÊRE, levada a
efeito por CHARCOT, conforme Carlos
Bernardo Loureiro, no livro AS
MULHERES MÉDIUNS.
ALCINA era considerada histérica,
naquele hospital-asilo, nos idos de 1862.
Em uma célebre experiência com a
sensitiva, CHARCOT apresentou-a à
seleta e douta assembleia de psiquiatras.
– Eis aqui uma histérica que, debaixo da
influência do hipnotismo, obedecerá
cegamente a quanto se lhe ordenar. Ides
presenciar um fenômeno muito
surpreendente.
E ordena-lhe:
– Alcina, caminhe para a direita.
Alcina obedece e caminha para a direita.
– Alcina, cante uma canção.
Alcina canta.
– Alcina, dance.
Alcina dança.
15
Essa trindade teve uma única e mesma
alma: foi Alexandre, foi César, foi
Napoleão!
Profunda e estarrecedora impressão
provocava ALCINA nos espíritos cultos e
descrentes daquela plêiade de eruditos.
O professor de Freud [CHARCOT],
encerrando as experiências, assim se
expressou:
– Senhores, não pretendais avançar além
da nossa época; não busqueis raciocínio
algum para a explicação clara e
verdadeira destas experiências;
contestai-vos com a observação
experimental que acabais de fazer ...
E aquele histórico e notável episódio
médico se encerra, para nós, espíritas,
aqui, cabendo-nos apenas acrescentar:
– Sem comentários. (5)
Depois de LABARDE, falou MATHIAS
DUVAL, austero sábio, de grande
inteligência, que disse:
– Evoquemos o Espírito Platão, que nos
dirá algo sobre a semelhança que existe
entre Alexandre, César, e Napoleão.
PLATÃO, em GREGO, escreveu, através
da analfabeta ALCINA:
– Observei que, fisicamente, esses três
homens se parecem: estatura mediana,
temperamento nervoso e exagerado,
paixões inferiores, vivacidade, soberba,
talento extraordinário, tez morena,
cabelos negros, mãos finas, expressão
fácil, sem verbosidade, eloquência
claríssima, resoluções firmes, atividade
inesgotável, etc.
Todas estas condições lhes foram
comuns; suas obras de guerreiros e
conquistadores, idênticas; a ambição,
única e igualmente arrebatadora: a
dominação do mundo.
E GALENO respondeu pela mão da
médium:
– O corpo humano não chegou à sua
perfeita conformação. Os sistemas da
circulação e da enervação estão bastante
unidos e relacionados na obra da
economia; porém, o sistema linfático
sofrerá uma evolução de grande
proveito, sobretudo para a longevidade
da espécie humana.
Em alguns animais inferiores, de vidas
mais longas, já se poderiam fazer
experiências comprobatórias desta
asserção.
Toda essa luminosa comunicação de
GALENO foi escrita por ALCINA, no
quadro de giz, em caracteres gregos e no
idioma antigo, do tempo do pai da
Medicina.
16
Charcot ao lado de Alcina
desmaiada durante uma
aula de Medicina.
17
De KARDEC aos nossos dias, todavia,
quantas edificantes realizações e
preciosos estudos em torno dos
médiuns, da mediunidade, das obsessões
e das desobsessões têm sido
apresentados!
Este capítulo dos problemas psíquicos —
a OBSESSÃO — tem merecido dos
cristãos novos o mais acendrado (puro)
interesse.
Apesar disso, avassaladoramente vem-se
mantendo em caráter epidêmico, qual
morbo virulento (enfermidade
contagiosa) que se alastra por toda a
Terra, hoje mais do que em qualquer
época...
Sinal dos tempos a que se relerem os
escritos evangélicos prenuncia essa dor
generalizada, a Era do Espírito Imortal.
Milhões de criaturas, no entanto,
dormem o sono da indiferença,
entregues aos anestésicos do prazer e ao
ópio da ilusão.
A bússola para o sadio exercício da
mediunidade foi apresentada com
rigoroso equilíbrio, através da Obra
magistral.
Entretanto, diante dos lancinantes
(torturantes) problemas da obsessão na
atualidade, tem-se a impressão de que
nada até o momento haja sido feito a
fim de ser modificado esse estado de
coisas.
Com ALLAN KARDEC, no entanto, tiveram
início os eloquentes testemunhos da
imortalidade, da comunicabilidade dos
Espíritos, da reencarnação e das
obsessões, cabendo ao insigne mestre
lionês a honrosa tarefa de apresentar
conveniente terapêutica para ser
aplicada nos obsidiados como também
nos obsessores.
A partir da publicação de O LIVRO DOS
MÉDIUNS, em janeiro de 1861, em Paris,
todo um conjunto de regras, com um
notável esquema das faculdades
mediúnicas, foi apresentado, a par de
seguro estudo do Espírito, nas suas
diversas facetas, culminando com o
exame das manifestações Espiríticas,
organização de Sociedades e palestras
dos Espíritos Elevados, que traçaram
rotas de segurança para os que
ingressarem na investigação racional dos
fenômenos medianímicos.
18
Algumas das personagens aqui aparecem
discretamente resguardadas por
pseudônimo, considerando que algumas
delas e seus familiares se encontram
ainda reencarnadas...
Como nos impressionassem as técnicas
da obsessão utilizadas pelos Espíritos
perseguidores e as técnicas da
desobsessão aplicadas pelos Instrutores
Desencarnados, reunimos dados, fizemos
verificação, e hoje apresentamos o
resultado das averiguações ao leitor
interessado em informações do Mundo
Espiritual sobre o palpitante problema
das perseguições espirituais.
Estes fatos transcorreram entre os dois
mundos: o dos encarnados e o dos
desencarnados.
Estes dois mundos se interpenetram, já
que não há barreiras que os separem
nem fronteiras reais, definidas, entre
ambos.
A Doutrina Espírita, porém, possui os
antídotos, as terapias especiais para tão
calamitoso mal.
Repetindo Jesus, distende lições e
roteiros para os que se abeberam
(empreguinaram) das suas fontes vitais.
***
ESTE LIVRO DEVERIA
TER SIDO ESCRITO FAZ
MUITO TEMPO...
Todos os fatos nele narrados
aconteceram entre os anos de 1937 e
1938, em Salvador, na Bahia, quando da
nossa jornada carnal, na Terra.
Por todos os lugares se manifestam os
Espíritos advertindo, esclarecendo,
despertando...
No entanto, o carro desatrelado da
juventude corre na direção de abismos
insondáveis.
Os homens alcançam a maturidade
vencidos pelos desgastes da quadra
juvenil, e a velhice em desassossego
padece ao abandono.
Os altos índices da criminalidade de
todos os matizes e as calamidades sociais
espalhadas na Terra são, todavia, alguns
dos fatores predisponentes (tendências)
e preponderantes (determinantes) para
as obsessões...
Os crimes ocultos, os desastres da
emoção, os abusos de toda ordem de
uma vida ressurgem depois, noutra vida,
em caráter coercitivo, obsessivo.
É o que hoje ocorre como consequência
do passado.
19
PETITINGA presidiu a União até a data da
sua desencarnação, no dia 25 de março
de 1939, depois de mal súbito que o
acometeu em pleno trabalho na sede da
União Espírita.
O sepultamento foi acompanhado por
grande cortejo, formado por vários
ônibus, fretados pela Companhia Fabril
da Bahia, onde trabalhava, e mereceu
registro nos principais periódicos da
época, os quais homenageavam o
jornalista, poeta, escritor, linguista e
emérito espírita, que provocou
suspensão do expediente na empresa em
que servia.
Por meio de uma médium amiga,
Petitinga deu uma comunicação em
pleno velório, em sua residência, na Rua
do Limoeiro. (8)
Seu primeiro contato com o Espiritismo
se deu em 1887, aos 21 anos de idade,
quando leu O Livro dos Espíritos.
Algum tempo e muitos estudos depois,
ele fundou na cidade de Juazeiro o
"Grupo Espírita Caridade“.
No dia 25 de dezembro de 1915 fundou
a União Espírita Baiana, com o objetivo
de orientar o movimento espírita na
Bahia.
UM EPISÓDIO MARCANTE NA VIDA DE
PETITINGA
No livro NOS BASTIDORES DA
OBSESSÃO, Capítulo 11 - AS AGRESSÕES
– nosso livro de estudo - MANOEL
PHILOMENO DE MIRANDA, pelas mãos
de DIVALDO FRANCO, narra um episódio
que nos mostra perfeitamente como era
e como se comportava JOSÉ PETITINGA.
(7)
São de sua autoria os livros de
poesias "HARPEJOS VESPERTINOS",
"MADRESSILVAS" e "TONADILHAS“. (6)
Grande parte das instruções, orientações
e socorros procederam do Mundo
Espiritual, durante as sessões realizadas
com a participação de diversos membros
da União Espírita Baiana, quando
presidida por JOSÉ PETITINGA, o amigo
incondicional do Cristo.
Diversos companheiros encarnados e nós
participávamos, em desdobramento
parcial pelo sono, das atividades da
desobsessão e das incursões no Mundo
Espiritual sob o comando de Abnegados
Mentores que nos sustentavam e
conduziam, adestrando-nos nas
realidades da vida extracorpórea.
JOSÉ PETITINGA
(1866-1939)
José Florentino de Sena, mais conhecido
como José Petitinga foi um jornalista,
poeta, contador brasileiro, conhecido
como um dos precursores do Espiritismo
na Bahia. Fundador da União Espírita
Baiana. (6)
20
Seu patriotismo sofreu completa
transformação.
Essa virtude foi substituída por uma
outra:
O Cosmopolitismo (universalista)...
Fez-se um fleumático (equilibrado)
incomparável, dedicado, altruísta;
benevolente para com todos, sem
preferência de raças nem de crenças,
porque via irmãos em todos os homens.
Tornou-se o marco referencial do
movimento espírita unificador. (9)
PETITINGA O APÓSTULO DA UNIFICAÇÃO
Desde jovem, tomou parte ativa dos
movimentos cívicos e políticos do
Abolicionismo e da República, batendo-
se por essas duas causas nos jornais da
época, o que logo lhe granjeou
justificada notoriedade.
José Petitinga era um entusiasta, um
democrata intransigente, um patriota
extremoso, capaz de sacrifício.
A IMORTALIDADE
PETITINGA continua trabalhando em prol
de seu crescimento e da iluminação de
consciências, tendo páginas psicografadas
através de médiuns, entre eles,
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER e DIVALDO
PEREIRA FRANCO.
IDEAIS DA MATURIDADE
IDEAIS DE SUA MOCIDADE
21
DESDOBRAMENTO:
Fenômeno anímico
da emancipação da
alma, que permite
ao espírito libertar-
se do corpo
parcialmente e
estar em outro
lugares.
Em confabulações com PETITINGA,
quando ainda no plano físico,
conseguíamos, de certo modo,
acompanhar as disposições socorristas
dedicadas aos membros envolvidos nas
tramas da obsessão de que nos
ocupamos nestas páginas.
Foi, todavia, aqui chegando, após a
libertação dos liames fisiológicos pela
desencarnação, que pudemos reunir
todos os apontamentos de que tínhamos
necessidade, contando, também, com a
valiosa cooperação do venerando amigo
PETITINGA e das ENTIDADES
SUPERIORES, que nos ajudaram naquele
tentame (estudo, experiência), então
coroado de êxito, mercê da Divina
Misericórdia.
Desde vários anos, percebêramos a
facilidade com que nos libertávamos
[PHILOMENO] parcialmente dos liames
carnais, em estado de lucidez,
amealhando (acumulando), desde então,
incomparáveis recursos para utilização
oportuna.
Quando nos aconteceram as primeiras,
experiências dessa ordem, no labor
mediúnico em grupo, retornamos ao
corpo conservando intactas as
lembranças, o mesmo acontecendo a
diversos membros daquelas atividades.
Como se tornassem cada vez mais
complexas as tarefas em curso, a
bondade dos Amigos Espirituais
procedeu a conveniente censura das
lembranças, de modo a que a nossa vida
material não fosse afetada pelas
recordações de tais realizações.
Veja os slides do estudo
do livro Perispírito,
de Zalmino Zimmermann,
Capítulo XI - Perispírito e
Mediunidade
22
Reconhecidos e sensibilizados pelo
auxílio recebido do Alto, que nunca nos
tem faltado com o seu socorro, exoramos
(pedimos) as bênçãos do Senhor para
todos nós, servo incompetente que
reconhecemos ser, na Sua Vinha de Luz e
Amor.
MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA
Salvador, 12 de junho de 1970.
Nada traz de novo, que já não tenha sido
dito.
Repete, fiel à técnica educacional de que
o exercício é um dos mais eficientes
métodos da aprendizagem, muitas lições
conhecidas.
Longe de ser um tratado sobre obsessão
e desobsessão, é um ligeiro estudo
prático, através de uma família
anatematizada (castigada) pelas
perturbações de além-túmulo.
Imenso e fértil campo a joeirar
(pesquisar), a obsessão continua
aguardando os estudiosos mais bem
adestrados e mais capazes para mais
amplos esclarecimentos e mais eficazes
elucidações.
O nosso pálido esforço tem o escopo de
chamar a atenção para o problema.
Que outros, como já tem sido feito por
muitos, realizem a parte mais nobre e
complexa da questão.
Alguns dos subitens que constituem os
PROLEGÔMENOS (prefácio) desta Obra
apareceram oportunamente em alguns
periódicos espíritas.
Aqui se encontram por nós próprios
refundidos (revistos) para melhor
entrosamento no conjunto.
Reconhecemos a singeleza deste
trabalho.
Com ele, todavia, objetivamos cooperar
de alguma forma com os nobres
lidadores da mediunidade, os infatigáveis
servidores das tarefas da desobsessão,
que se dedicam confiantes e joviais aos
trabalhos de socorro aos irmãos
atribulados deste lado de cá e do lado de
lá, cooperando com o Cristo na
implantação do Mundo Melhor a que
todos aspiramos.
23
(1) AUTORES ESPÍRITAS
• http://www.autoresespiritasclassicos.c
om/autores%20espiritas%20classicos
%20%20diversos/mediuns/Bar%C3%A
3o%20de%20Guldenstubb%C3%A9/Ba
r%C3%A3o%20de%20Guldenstubb%C
3%A9.htm
• https://www.espiritualidades.com.br/
NOT/Not_2016/2016_09_22_Luis_Gul
denstubbe.htm
(2) AUTORES ESPÍRITAS
• http://www.autoresespiritasclassicos.c
om
(3)
• https://www.autoresespiritasclassicos.
com/Pesquisadores%20espiritas/Robe
rt%20Hare/Robert%20Hare.htm
• (4)
https://www.correioespirita.org.br/sec
oes-do-jornal/biografias/1837-
cientistas-e-experiencias-mediunicas-
carl-august-wickland
• https://thestructureofheaven.com/dr-
carl-wickland-and-thirty-years-among-
the-dead/
• https://wordgems.net/aft.15.html
• https://espiritismo-
seculoxxi.blogspot.com/2021/
(5)
• https://centroespiritansn.wixsite.com/
censn/sabe-quem-foi
(6)
• https://www.febnet.org.br/wp-
content/uploads/2012/06/Jose-
Petitinga.pdf?fbclid=IwAR2xd0XULk89
YGgX5aaZLpiFJcuLEdKTSxBX9SpSRRUz
RQEOqKWDAiq19Fk
• http://www.oconsolador.com.br/ano1
4/714/especial2.html
(7)
• http://www.oconsolador.com.br/ano1
4/714/especial2.html
• http://www.redeamigoespirita.com.br
/
(8)
• http://www.feparana.com.br/topico/?
topico=2849
(9)
• https://blogdobrunotavares.wordpress
.com/2019/10/08/jose-petitinga-um-
grande-pioneiro-da-difusao-espirita-
no-brasil-por-paulo-alves-godoy/
EXÓRDIO - REFERÊNCIAS
24
Os Espíritos exercem incessante ação
sobre o mundo moral e mesmo sobre o
mundo físico.
Atuam sobre a matéria e sobre o
pensamento e constituem uma das
potências da Natureza, causa eficiente de
uma multidão de fenômenos até então
inexplicados ou mal explicados e que não
encontram explicação racional senão no
Espiritismo.
As relações dos Espíritos com os homens
são constantes.
Os bons Espíritos nos atraem para o bem,
nos sustentam nas provas da vida e nos
ajudam a suportá-las com coragem e
resignação.
Os maus nos impelem para o mal: é-lhes
um gozo ver-nos sucumbir e assemelhar-
nos a eles.
O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec,
Introdução.
Os modernos pesquisadores da mente
encarnada, fascinados pelas experiências
de Laboratório, surpreendem,
paulatinamente, as realidades do Mundo
extrafísico.
Ligados, porém, aos velhos preconceitos
científicos, denominam a faculdade
através da qual veiculam tais fatos pelo
nome genérico de “PSI”.
O “PSI” é uma designação que dá
elasticidade quase infinita aos recursos
plásticos da mente, tais como
conhecimento do passado (telepatia), ou
acontecimentos que tiveram lugar
anteriormente e se encontram gravados
nas mentes de outras pessoas;
conhecimento de ocorrências no mundo
exterior (clarividência), sem o contacto
com impressões sensoriais;
e percepção do futuro (presciência).
Em princípio, os recursos valiosos da
mente, nas experiências de transposição
dos sentidos, fenômenos de profetismo e
lucidez, demonstrações de
insensibilidade táctil, nas alucinações,
polarizações e despolarizações psíquicas,
realizadas em epilépticos e histéricos
hipnotizados, ensejavam conclusões
apressadas que pareciam confirmar as
características do “psi”.
Comprovou-se mui facilmente, através
da sugestão hipnológica, que se pode
impressionar um percipiente (sensitivo)
a fim de que o mesmo assuma
personificações parasitárias
momentaneamente, representando
vultos da História ou simples pessoas da
plebe...
PROLEGÔMENOS
GLOSSÁRIO
Prolegômenos: Amplo texto introdutório.
25
GLOSSOLALIA:
Quando médiuns sonambúlicos falam ou
escrevem em pseudolínguas inexistentes,
elaboradas nos recessos de suas
subconsciências.
Em geral o fenômeno está ligado a
situações de fervor religioso, em que o
indivíduo crê expressar-se em uma língua
desconhecida, por ele tida como de
origem divina. (2)
PNEUMOGRAFIA: escrita produzida
diretamente pelo Espírito, sem qualquer
intermediário. (3)
METAFONISMO: sinônimos de hiloclastia.
A penetração paranormal da matéria
através da matéria é chamada
de Hiloclastia por René Sudré. (4)
METERGIA: ação ou exteriorização
paranormal variada e complexa que
produz corporificações, movimentos de
objetos à distância, como ainda, ações no
médium ou em outros seres vivos. (5)
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
XENOGLOSSIA:
Fenômeno de se expressar
espontaneamente em um idioma
estranho, ou seja, uma língua que não
foi previamente estudada e aprendida
(na presente reencarnação) por aquele
que nesta se expressa, e, por isso, uma
manifestação em tais condições é
considerada um fenômeno paranormal,
sobrenatural, metapsíquico.
A xenoglossia é catalogada como uma
das mais fortes evidências da
sobrevivência da alma pós-morte e da
reencarnação.
Conforme o Espiritismo, tal manifestação
pode ser resultado de um processo
anímico ou mediúnico.
Allan Kardec classificou de médium
poliglota aquele que tem essa
capacidade. (1)
Considerando-se, todavia, em outras
experiências, os fenômenos intelectuais,
como nos casos de XENOGLOSSIA e
GLOSSOLALIA, especialmente entre
crianças de tenra idade, ou naqueles de
ordem física, tais como a
PNEUMOGRAFIA, o METAFONISMO, a
TELECINESIA, a TELEPLASMIA e os
diversos fenômenos dentro da
METERGIA, constata-se não haver
elasticidade que se ofereça à mente
encarnada que os possa elucidar, senão
através da aceitação tácita
(subentendido, oculta) de uma força
externa inteligente, com vontade
própria, que atua no sensitivo, a este
conferindo tais possibilidades.
Estudiosos do assunto, no passado, tais
como WILLIAM JAMES, acreditaram que
todos vivemos mergulhados numa
«corrente de consciência cósmica»,
enquanto HENRIQUE BERGSON supunha
que «a mente possui um conhecimento
de tudo, em qualquer lugar, sem
limitação de tempo ou de espaço»,
dando ao cérebro a função de velador de
tal conhecimento.
Enquanto tais fenômenos se demoram
sem explicação definitiva, a
sobrevivência do Espírito após a morte
do corpo não encontra aceitação pelas
Academias; distúrbios mentais de vária
ordem aprisionam multidões em
cárceres estreitos e sombrios, povoados
pelos fantasmas da loucura, reduzindo o
homem à condição primitiva do
passado...
Muito embora os desvarios (distúrbios)
da razão estejam presentes nos fastos
(venturosos) de todos os tempos, jamais,
como na atualidade, o homem se sentiu
tão perturbado.
26
WILLIAM JAMES
(1842-1910)
Filósofo e psicólogo
americano e o primeiro
intelectual a oferecer
um curso de psicologia
nos Estados Unidos.
HENRIQUE BERGSON
(1859 -1941)
Foi um filósofo e
diplomata francês,
laureado com o Nobel
de Literatura de 1927.
Conhecido principalmente por Ensaios
sobre os dados imediatos da consciência,
Matéria e Memória, A evolução criadora
e As duas fontes da moral e da religião,
sua obra é de grande atualidade e tem
sido estudada em diferentes disciplinas -
cinema, literatura, neuropsicologia,
bioética, entre outras.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
TELECINESIA:
Fenômeno provocado pelo comando
mental à distância capaz de fazer com
que objetos se movam.
É um caso particular da Psicocinesia.
Há autores que julgam que a telecinesia
também possa ser provocada por um
médium sob influência de uma Entidade
espiritual e que, neste caso, seria uma
ocorrência peculiar ao mediunismo. (5)
TELEPLASMIA:
Efeito físico de origem mediúnica,
decorrente do uso da energia
ectoplásmica, que envolve o fenômeno
ectoplásmico de formas.
Teleplasma é o nome dado ao
ectoplasma por alguns
experimentadores, sugerido pela equipe
de W. Crookes, referindo-se ao que se
desprendeu do médium para efetuar o
fenômeno.
27
Considerados inicialmente como anjos
maus ou demônios, ao tempo de Jesus,
foram por Ele classificados de Espíritos
imundos, com os quais se defrontou,
reiteradas vezes, durante a jornada
vivida na Terra.
Todos os grandes pensadores, artistas,
escritores, filósofos do passado, pais de
religiões, doutores da Igreja, são
unânimes em atestar as realidades da
vida além da carne, pelos testemunhos
inconfundíveis da imortalidade.
Aos Espíritos dos ditos mortos se referem
ANAXÁGORAS, PLUTARCO, SÓCRATES,
HERÓDOTO, ARISTÓTELES, CÍCERO,
HORÁCIO, PLÍNIO, OVÍDIO, LUCANO,
FLÁVIO JOSÉ, VIRGÍLIO, DIONISIO DE
HALICARNASSO, VALÉRIO MÁXIMO...
que, em seus relatos, apresentam farta
documentação comprobatória do
intercâmbio espiritual, citando outras
não menos célebres personagens do seu
tempo.
Fazendo-se ligeiro levantamento através
da História — e os acontecimentos têm
sido registrados em todas as épocas do
pensamento, mesmo nas mais recuadas
—, surpreendemos, ao lado dos
alienados de qualquer procedência,
magos e sacerdotes manipulando
exorcismos e orações com que
pretendiam afastar os Espíritos
atormentadores, que se comprazem em
vampirizar ou exaltar suas vítimas em
infeliz comércio entre os dois planos da
vida: o corporal e o espiritual.
Os livros sagrados de todos os povos,
desde a mais remota antiguidade
oriental, em se referindo às Leis Morais,
reportam-se à vida extraterrena às
consolações e às penalidades impostas
aos Espíritos — tal como se a informação
tivesse sido haurida na mesma fonte,
tendo como única procedência a
inspiração dos desencarnados —
estudando, igualmente, as aflições e
perturbações de origem espiritual, que
remontam às vidas pregressas...
Tratadistas estudiosos dos problemas
psicossociológicos do presente atribuem
grande parte dos distúrbios mentais à
“tensão” das horas em que se vive,
elevando, cada dia, o número dos
desarranjados psiquicamente e aturdidos
da emoção.
Naturalmente que, além desses, afirmam
os de procedência fisiológica, da
hereditariedade, de vírus e germens, as
sequelas da epilepsia, da tuberculose,
das febres reumáticas, da sífilis, os
traumatismos e choques que se
encarregam de contribuir larga e
amplamente para a loucura.
Fatores outros predisponentes a que
também se referem não podem ser
relegados a plano secundário.
Todavia, além desses, que dão origem a
psicoses e neuroses lamentáveis, outros
há que somente podem ser explicados
pela Doutrina Espírita, no Capítulo das
Obsessões estudadas carinhosamente
por Allan Kardec.
28
RACIONALISMO
O Racionalismo é uma corrente filosófica
que traz como argumento a noção de
que a razão é a única forma que o ser
humano tem de alcançar o verdadeiro
conhecimento por completo. O filósofo,
físico e matemático René Descartes foi
um dos principais difusores dos
pensamentos ligados a essa teoria.
Das primeiras lutas entre o Empirismo e
o Racionalismo intelectual à era atômica,
filósofos e cientistas não ficaram
indiferentes aos Espíritos...
Ricos são os comentários sobre as
aparições, as casas assombradas, os
avisos e as consultas nos santuários de
todas as grandes civilizações.
Mais tarde LACTÂNCIO, ORÍGENES,
AMBRÓSIO, BASÍLIO E ARNÓBIO dão
farto e eloquente testemunho das
comunicações com os desencarnados.
A Escola Neoplatônica de Alexandria,
através dos seus mais expressivos vultos,
pregando a multiplicidade das
existências (reencarnação), afirma, por
intermédio de PLOTINO, PORFÍRIO,
JÂMBLICO, PRÓCLUS, a continuidade da
vida concedida ao princípio espiritual.
A Idade Média foi farta em provas sobre
os desencarnados. “Anjos” e “espíritos
imundos” subitamente invadiram a
Europa, e os “inspirados” e
“endemoninhados”, os “adivinhos» e
“feiticeiros” foram levados à pira
crematória, sem que conseguissem
extingui-los.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
EMPIRISMO
O empirismo é uma teoria filosófica que
argumenta que todo o conhecimento
humano deve ser adquirido de
experiências sensoriais. Ou seja, a partir
de suas vivências, e não instintos ou
conhecimento nato, os indivíduos vão
adquirindo saberes, consciência e
aprendizado.
29
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
PSIQUISTA é o profissional que trabalha e
estuda as forças da mente. Como a
energia mental afeta o comportamento
humano. Estuda os fenômenos
energéticos e paranormais humanos.
Classificou como obsessão a grande
maioria dos distúrbios psíquicos e
elaborou processos de recuperação do
obsidiado, estudando as causas
anteriores das aflições à luz das
reencarnações, através de linguagem
condizente com a razão, e demonstrável
experimentalmente.
A codificação Kardequiana, como um
monumento granítico para os séculos
porvindouros, certamente não resolveu
o “problema do homem”, pois que este
ao próprio homem é pertinente,
oferecendo, todavia, as bases e direções
seguras para que tenha uma vida feliz,
ética e socialmente harmoniosa na
família e na comunidade onde foi
chamado a viver.
No século XIX, porém, fadado pelas suas
conquistas a servir de base ao futuro, no
que diz respeito ao conhecimento, a
sobrevivência mereceu por parte de
psicólogos e psiquistas o mais acirrado
debate, inaugurando-se a época das
investigações controladas
cientificamente.
Foi nesse período que ALLAN KARDEC,
convidado à liça (contenda, debate) da
cultura e da informação, empunhando o
bisturi da investigação, clareou, com uma
Filosofia Científica, o Espiritismo, calcada
em fatos devidamente comprovados, os
escaninhos (recantos) do obscurantismo
(ignorância, desconhecimento),
oferecendo uma terapêutica segura para
as alienações torturantes, repetindo as
experiências de JESUS CRISTO junto aos
endemoninhados e enfermos de toda
ordem.
Psiquistas de nomeada, advertidos pelos
resultados observados na Europa e na
América, em torno do fascinante assunto
— comunicabilidade dos Espíritos —,
empenharam-se, então, em laboriosas
experiências, criando, alguns, por mais
compatível com as suas investiduras
acadêmicas, sucedâneos (substitutos)
para a alma, que introduziram na
genética da Biologia, negando àquela o
direito à legitimidade.
30
HANS ADOLF E. DRIESCH
(1867- 1941)
Biólogo e filósofo alemão, Neovitalista
conhecido por seus primeiros trabalhos
experimentais em Embriologia.
Propôs a existência do princípio da vida
nos seres animados, um fator espiritual,
irredutível (que não pode ser reduzido ou
simplificado) aos agentes físico-químicos.
Na base dos fenômenos vitais existe uma
peculiar força vital imaterial que chamou
de ENTELÉQUIA.
O Professor GUSTAVO GELEY, por
exemplo, criou a designação de “dínamo-
psiquismo”, PAULEY, a de “consciência
profunda”, HANS DRIESCH a de
enteléquias e teorias metapsíquicas
vieram a lume, em ferrenho antagonismo
à imortalidade, esgrimindo as armas do
sofisma e da negação, sem conseguirem,
no entanto, resultado positivo.
GUSTAVE GELEY
(1865 – 1924)
Psiquiatra e
pesquisador
espírita francês.
Considerado um dos mais notáveis
pesquisadores no campo das
materializações, tornou-se referência
obrigatória no estudo do ectoplasma e
seus fenômenos.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
ENTELÉQUIAS: Na filosofia de
Aristóteles, qualquer realidade que
atingiu seu ponto de perfeição, a
essência da alma.
TEORIAS METAPSÍQUICAS: Ciência
estabelecida e estruturada por Charles
Richet, destinada a estudar os
fenômenos que transcendiam
à Psicologia e que fugiam ao domínio
físico da ciência dita materialista, como a
clarividência, a telepatia, a visão dupla,
etc.
31
COM O ADVENTO DA MODERNA
PARAPSICOLOGIA, novos sucedâneos
têm sido criados para o espírito imortal
e, enquanto os pesquisadores se
demoram no problema da designação
nominativa que inspira debates e
celeumas, a Doutrina Espírita, lecionando
amor e fraternidade, estudo e
conhecimento da vida sob a inspiração
dos Imortais, distende braços e liberta
das malhas vigorosas (fortes) da
obsessão aqueles que, por imprevidência
ou provação, se deixaram arrastar aos
escuros precipícios da anarquia mental,
perturbados ou subjugados por forças
ultrizes (vingativas) da Erraticidade,
prescrevendo as mesmas diretrizes
morais insertas (incluídas) no Evangelho
de Jesus-Cristo, vivido em espírito e
verdade.
E Fenômenos Objetivos, cuja
manifestação envolve ação física sobre
os objetos materiais (na linguagem
espírita, Fenômenos Físicos). Esta
classificação é utilizada até os dias de
hoje. A sua maior contribuição foi o
estudo do ectoplasma, substância
responsável pelos fenômenos objetivos.
WILLIAM CROOKES (1832 – 1919) -
Químico e físico britânico.
Mencionado como sendo um dos mais
persistentes e corajosos pesquisadores
dos fenômenos supranormais, estudou o
que acontece com os médiuns, a
materialização de espíritos e a levitação.
Desenvolveu importante trabalho na
área da fenomenologia espírita.
O célebre Professor CHARLES RICHET,
estimulado pelas experiências
eminentemente científicas de Sir
WILLIAM CROOKES, elaborou a
Metapsíquica e, ao despedir-se da sua
Cátedra de Fisiologia, na Universidade de
Paris, deixou ao futuro a satisfação de
confirmar, de negar ou desdobrar as suas
conclusões.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
CHARLES ROBERT RICHET (1850 - 1935)
Médico fisiologista francês.
Descobridor da soroterapia e da
anafilaxia (reação alérgica aguda), foi
laureado com o Nobel de Fisiologia ou
Medicina de 1913.
Classificou os fenômenos metapsíquicos
em dois grupos gerais: Fenômenos
Subjetivos, que ocorrem exclusivamente
na área psíquica, sem nenhuma ação
dinâmica sobre os objetos materiais
(anos antes, a estes fenômenos Allan
Kardec denominou Inteligentes).
RICHET CROOKES
32
(1) LUZ ESPÍRITA
• https://www.luzespirita.org.br/index.
php?lisPage=enciclopedia&item=Xen
oglossia
(2) WIKIPEDIA
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Glossol
alia
(3) IPEAK
• https://www.ipeak.net/pt/2715
(4) WIKIPEDIA
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Polterg
eist
(5) ARTIGOS ESPIRITAS
• https://artigosespiritas.wordpress.co
m/dicionario-espirita/letras-e-f-g-e-
h/
• https://ceacs.wordpress.com/diciona
rio-espirita/
PROLEGÔMENOS - REFERÊNCIAS
Instituto Espírita
Dias da Cruz
Grupo de Estudo
Fraternidade
Facilitadoras:
Dioni Aguiar
Vera Saucedo
Arte:
Denise Aguiar
ESTUDO
DO
LIVRO
PERISPÍRITO
Três verbos existem que, bem conjugados, serão
lâmpadas luminosas em nosso caminho:
Aprender,
Servir e
Cooperar.
Chico Xavier
PERISPÍRITO
Zalmino Zimmermann
Capítulo
XI. PERISPÍRITO E MEDIUNIDADE
Porto Alegre
2021
INSTITUTO ESPÍRITA DIAS DA CRUZ - GRUPO DE ESTUDO FRATERNIDADE - FACILITADORAS: DIONI AGUIAR E VERA SAUCEDO - ARTE: DENISE AGUIAR 6A
XI.
PERISPÍRITO
E
MEDIUNIDADE
–
INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES
JACOBSON TROVÃO, facilitador do curso
estudando o livro dos médiuns, pela
FEBTV, responde a seguinte questão:
É POSSÍVEL O MÉDIUM ENCARNADO
DAR MANIFESTAÇÃO NO PLANO
ESPIRITUAL?
Os médiuns encarnados são convocados
pelos Espíritos Superiores para
colaborarem no processo desobsessivos
durante o sono.
A sensação descrita por diversos
médiuns é a de que se sentem em plena
reunião mediúnica, embora muitos
relatem ambientes diversos.
As obras de MANOEL PHILOMENO DE
MIRANDA sempre narram esses
acontecimentos.
No último livro desse autor espiritual,
psicografia de DIVALDO FRANCO, “No
Rumo do Mundo de Regeneração”,
Capítulo 14, narra reuniões no plano
espiritual, onde a médium Malvina
colabora com a equipe espiritual durante
a madrugada.
Há um momento em que PHILOMENO
descreve:
“A médium Malvina amanhecerá
enfraquecida pelo desgaste da
comunicação com o anãozinho e, durante
a PRECE DO ALVORECER, mantendo-se
vinculada a seu guia espiritual, foi
melhorando no trabalho que lhe dizia
respeito e seguiu a faina de suas
atividades”.
Naturalmente, o médium recebe o
amparo devido, e tais sensações
desagradáveis, se ocorrerem, tendem a
desaparecer pelo envolvimento na prece e
nas lidas diárias.
PEDRO CAMILO, NO LIVRO DEVASSANDO
A MEDIUNIDADE, CITA:
“As obras do Espírito ANDRÉ LUIZ e outras
tantas nos falam que os médiuns
costumam desenvolver atividades
mediúnicas fora do corpo, durante o
sono, junto aos seus Guias.
Isso é possível porque a mediunidade
não é patrimônio do corpo físico.
Embora necessite de predisposições
orgânicas para eclodir nesta ou naquela
pessoa, sua natureza é espiritual, atributo
do espírito imortal, que a leva para outras
existências e, também, para o Plano
Espiritual, após o desencarne”.
INSTITUTO ESPÍRITA DIAS DA CRUZ - GRUPO DE ESTUDO FRATERNIDADE - FACILITADORAS: DIONI AGUIAR E VERA SAUCEDO - ARTE: DENISE AGUIAR 6B
XI.
PERISPÍRITO
E
MEDIUNIDADE
–
INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES
YVONNNE PEREIRA, cujas faculdades lhe
permitiam o fácil desprendimento e a
retenção das lembranças, também se
refere a utilização, no plano espiritual, de
médiuns encarnados, desprendidos de
seus corpos:
“(...) ser médium não implica tão
somente obter manifestações ostensivas
de entidades elevadas ou inferiores do
Invisível, no recinto de uma agremiação
de experimentações espíritas, transmitir
receituário e passes ou escrever belas
páginas, para a edificação geral, sob
impulso do Alto.
Sua aptidão lhe confere também o dever
de se consagrar a tarefa quiçá mais
amplas e melindrosas, durante as horas
de emancipação do seu espírito,
através do sono natural, ou do letárgico,
que seus Guardiães gostarão de provocar,
para que mais eficientes se tornem a
liberdade e a desenvoltura indispensáveis
à movimentação a realizar-se”.
EM DEVASSANDO O INVISÍVEL, Capítulo
quatro, YVONNNE conta que DR.
BEZERRA DE MENEZES era quem mais
frequentemente a levava para o
atendimento de sofredores do Além, nas
regiões inferiores.
Coração bondoso, DR. BEZERRA DE
MENEZES lhe proporcionava preciosos
aprendizados, à medida que ela mesma
se fazia instrumento de socorro.
Depreende-se, portanto, que os médiuns
são, sim, arrebatados pelos seus guias, a
fim de atenderem aos sofredores,
mediunicamente, na Espiritualidade, e
que essa é uma tarefa das mais nobres e
significativas que lhe podem ser
confiadas.
Basta, para tanto, que se credenciem pelo
trabalho sincero e pela sincera vontade de
superar as próprias limitações.
Quanto à lembrança das experiências
vividas fora do corpo, nem todas as
pessoas são capazes de retê-la.
YVONNE DO AMARAL PEREIRA, por uma
particularidade da sua mediunidade, trazia
boa parte das lembranças para a memória
de vigília, o que não acontece com a
maioria.
Por que, então, se somos todos médiuns?
O espírito BEZERRA DE MENEZES
esclarece a questão:
É bom que o médium ignore muitos
acontecimentos em que toma parte, como
agente transmissor da Espiritualidade, a
fim de que a vanglória e a pretensão,
sempre fáceis de se infiltrarem no caráter
humano, não lhe anulem as possibilidades
prematuramente, antes de ele próprio se
servir de ensejos que recebe, e que lhe
são de justiça, para as tentativas de
progresso. (Devassando o Invisível)
INSTITUTO ESPÍRITA DIAS DA CRUZ - GRUPO DE ESTUDO FRATERNIDADE - FACILITADORAS: DIONI AGUIAR E VERA SAUCEDO - ARTE: DENISE AGUIAR 6C
XI.
PERISPÍRITO
E
MEDIUNIDADE
–
INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES
O ESQUECIMENTO DAS ATIVIDADES
MEDIÚNICAS NOTURNAS, a semelhança
do passado proporcionado pelas Leis
Divinas, é medida que os Mentores
Espirituais adotam para não perturbar,
excessivamente, a vida do médium.
A realidade espiritual é por demais
intensa e assustadora, e certas nuances,
além de não serem compreendidas em
sua inteireza, mergulhariam o adepto
sincero e o médium, de modo geral, em
dúvidas e confusões dispensáveis ao seu
aprendizado.
Os médiuns que se recordam de suas
atividades o fazem porque tal facilidade
compõe o leque de suas faculdades.
NADA OBSTANTE, NÃO SE RECORDAM
DE TUDO, MAS SOMENTE DAQUILO QUE
APROVEITA AOS SEUS CONHECIMENTOS
E AO AMADURECIMENTO DE SUAS
MEDIUNIDADES.
O que deve permanecer esquecido fica
esquecido, seja por um mecanismo
natural, seja por determinação dos
espíritos.
Assim, devemos aceitar o esquecimento
das atividades mediúnicas realizadas por
nós durante o sono como medida
preventiva, depositando em Deus e nos
nossos amigos do Invisível a confiança
que merecem, pelas demonstrações de
carinho e de atenção que nos dão,
constantemente.
E, por nossa vez, nos façamos dóceis aos
seus apelos, envidando todos os esforços
para sermos fiéis instrumentos de suas
diretrizes.
Livro: DEVASSANDO A MEDIUNIDADE,
de PEDRO CAMILO.
PEDRO CAMILO
YVONNE DO AMARAL PEREIRA (1900-
1984) é uma das médiuns de maior
destaque do Brasil. Trabalhadora ativa do
espiritismo, procurou sempre vivenciar a
mensagem que divulgava, através dos
seus livros psicografados, até sua
desencarnação.
PEDRO CAMILO, autor do livro
Devassando a Mediunidade, desde 1999,
vem realizando um ciclo de estudo em
torno da vida e obra de Yvonne do
Amaral Pereira.
37
• TRANSTORNOS MENTAIS,
palestra proferida por Alberto
Almeida durante o Congresso
Espírita de Dourados -
Mediunidade com Jesus
• Duração: 55 minutos
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
Em:
https://www.youtube.com/watch?v=fHhBlfo2iHs
16/05/2023 – 15h54

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Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
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ESTUDO DO LIVRO NOS BASTIDORES DA OBSESSÃO REALIZADA - GRUPO FRATERNIDADE - INSTITUTO ESPÍRITA DIAS DA CRUZ

  • 1. Psicografia de Divaldo Pereira Franco Ditado pelo Espírito de Manoel Philomeno de Miranda Editora Federação Espírita do Brasil 1ª Edição - (Brasil) 1970 1 INSTITUTO ESPÍRITA DIAS DA CRUZ Av. da Azenha, 366, Azenha, 90160-004 - Porto Alegre – RS (51) 3223-1938 GRUPO DE ESTUDO FRATERNIDADE REUNIÃO: TERÇAS HORÁRIO: 16h FACILITADORAS: Dioni Aguiar Machado Vera Saucedo Denise Aguiar Silva Livro PDF em: http://www.autoresespiritasclassicos.c om/autores%20espiritas%20classicos% 20%20diversos/Divaldo%20Franco/Div aldo%20Franco%20- %20Nos%20Bastidores%20da%20Obse ss%C3%A3o.pdf Porto Alegre 2023 CONTEÚDO: 1. APRESENTAÇÃO 2. BIOGRAFIA SINTÉTICA 7. CONTEÚDO RESUMIDO 8. SUMÁRIO 9. EXÓRDIO  Carlos Wickland  Cláudio Galeno  Jean Martin Charcot  José Petitinga 24. PROLEGÔMENOS ESTUDO DO LIVRO NOS BASTIDORES DA OBSESSÃO
  • 2. Mais conhecido como PHILOMENO DE MIRANDA, foi, por muitos anos, destacado colaborador do Movimento Espírita da Bahia, culminando com a sua eleição para a Presidência da União Espírita Baiana, em substituição a JOSÉ PETITINGA, quando este retornou ao Pano Espiritual, em 25 de março de 1939, em Salvador. 2 MANOEL PHILOMENO DE BAPTISTA DE MIRANDA nasceu no dia 14 de novembro de 1876, em Jangada, Município do Conde no Estado da Bahia. Diplomou-se em 1910, como Bacharel em Comércio e Fazenda. Exerceu sua profissão com muita probidade e ajudava sempre aqueles que o procuravam, pudessem ou não retribuir os seus serviços. Debilitado por uma enfermidade pertinaz, em 1914, e tendo recorrido a diversos médicos, sem qualquer resultado positivo, foi curado pelo médium SATURNINO FAVILA, na cidade de Alagoinhas, com passes e água fluidificada, complementando a cura com alguns remédios da Flora Medicinal. Nessa época, indo a Salvador, conheceu JOSÉ PETITINGA, que o convidou a frequentar a União Espírita Baiana. A partir daí PHILOMENO DE MIRANDA interessou-se pelo estudo e prática do Espiritismo, tornando-se um dos mais firmes adeptos de seus ensinamentos. A serviço da Causa, visitava periodicamente as Sociedades Espíritas, da Capital e do Interior, procurando soluções para qualquer dificuldade. Delicado, educado, porém decidido na luta, não dava trégua aos ataques descabidos, arremetidos por religiosos e cientistas que tentavam destruir o trabalho dos espíritas. Na literatura escreveu RESENHA DO ESPIRITISMO NA BAHIA e EXCERTOS QUE JUSTIFICAM O ESPIRITISMO, que publicou omitindo o próprio nome. BIOGRAFIA SINTÉTICA: MANOEL PHILOMENO DE BAPTISTA DE MIRANDA
  • 3. 3 Em resposta ao Padre HUBERTO ROHDEN, publicou um opúsculo intitulado PORQUE SOU ESPÍRITA. Dedicou-se com muito carinho às reuniões mediúnicas, especialmente às de desobsessão. Achava imprescindível que as Instituições espíritas se preparassem convenientemente para o intercâmbio espiritual, sendo de bom alvitre que os trabalhadores das atividades desobsessivas se resguardassem ao máximo na oração, na vigilância e no trabalho superior. Salientava a importância do trabalho da caridade, para se precaverem de sofrer ataques das Entidades que se sentem frustradas nos planos nefastos de perseguições. PHILOMENO DE MIRANDA E FAMÍLIA
  • 4. 4 Importante conhecer-se como se deu o relacionamento do médium DIVALDO PEREIRA FRANCO com esse amoroso Benfeitor. É o próprio Divaldo quem esclarece: Numa das viagens a Pedro Leopoldo, no ano de 1950, CHICO XAVIER psicografou para mim uma mensagem ditada pelo ESPÍRITO JOSÉ PETITINGA, e no próximo encontro uma outra ditada pelo ESPÍRITO MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA. Eu era muito jovem e, como é compreensível, fiquei muito sensibilizado. Guardei as mensagens, bebi nelas a inspiração, permanecendo confiante em Deus. No ano de 1970, no mês de janeiro, apareceu-me o ESPÍRITO MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA, dizendo que, na Terra, havia trabalhado na União Espírita Baiana, atual Federação, tendo exercido vários cargos, dedicando-se, especialmente à tarefa do estudo da mediunidade e da desobsessão. Quando chegou ao Mundo Espiritual foi estudar em mais profundidade as alienações por obsessão e as técnicas correspondentes da desobsessão. Fora uma pessoa que, no mundo, se dedicava à escrituração mercantil, portanto afeito a uma área de informações de natureza geral sobre o comércio. Mas, tendo convivido muito com PETITINGA, que foi um beletrista famoso, um grande latinista, amigo íntimo de CARNEIRO RIBEIRO - que também se notabilizou pela réplica e tréplica com RUY BARBOSA - ele, MIRANDA, houvera aprimorado os conhecimentos linguísticos que levara da Terra, com vistas a uma programação de atividades para a Doutrina Espírita, pela mediunidade, no futuro. BELETRISTA: aquele que cria obras literárias. LATINISTA: pessoa que conhece bem e estuda a língua e a literatura latinas.
  • 5. 5 Convidado por JOANNA DE ÂNGELIS, para trazer o seu contributo em torno da mediunidade, da obsessão e desobsessão, ele ficou quase trinta anos realizando estudos e pesquisas e elaborando trabalho que mais tarde iria enfeixar em livros. Ao me aparecer, então, pela primeira vez, disse-me que gostaria de escrever por meu intermédio. Levou-me a uma reunião, no Mundo Espiritual, onde reside, e ali mostrou-me como eram realizadas as experiências de prolongamento da vida física através de transfusão de energia utilizando-se do perispírito. Depois de uma convivência de mais de um mês, aparecendo-me diariamente para facilitar o intercâmbio psíquico entre ele e mim, começou a escrever NOS BASTIDORES DA OBSESSÃO, que são relatos, em torno da vida espiritual, das técnicas obsessivas e de desobsessão. A partir daí seguiram-se outros livros sobre o problema obsessivo, classificado por PHILOMENO DE MIRANDA como “tormentoso flagício (flagelo) social”. Nos seus livros, caracterizados e lidos como “romances”, encontra-se meticuloso exame da mediunidade atormentada e das patologias obsessivas, em páginas de profundo teor didático que permitem ao leitor melhor compreensão da narrativa central.
  • 6. 6 OBRAS Ditou ao médium Divaldo Pereira Franco as seguintes obras: • Nos Bastidores da Obsessão 1970 FEB • Grilhões Partidos 1974 LEAL • Tramas do destino 1976 FEB • Nas Fronteiras da Loucura 1982 LEAL • Painéis da Obsessão 1984 LEAL • Loucura e Obsessão 1988 FEB • Temas da Vida e da Morte 1996 FEB • Trilhas da Libertação 1996 FEB • Tormentos da Obsessão 2001 LEAL • Sexo e Obsessão 2003 LEAL • Entre os Dois Mundos 2006 LEAL • Reencontro com a Vida 2006 LEAL • Transtornos Psiquiátricos e Obsessivos 2009 LEAL • Transição Planetária 2010 LEAL • Mediunidade: Desafios e Bênçãos 2012 LEAL • Amanhecer de Uma Nova Era 2012 LEAL • Perturbações Espirituais 2015 LEAL • No Rumo do mundo de Regeneração 2020 LEAL Fonte: • http://espiritaespiritismoberg.blo gspot.com/2012/09/manoel- philomeno-de- miranda.html?m=1 • https://pt.slideshare.net/projeto mpm/nos-bastidores-da-obsesso- 254045793
  • 7. 7 O autor espiritual, grande estudioso do tema, focaliza a retaguarda do problema da obsessão que, segundo ALLAN KARDEC, é o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Através de 16 capítulos, precedidos de valiosas anotações sobre os conceitos da obsessão, apresenta os acontecimentos ocorridos entre os anos de 1937 e 1938, em Salvador, Bahia, com a família Soares, que se encontra sob regime de intensa perturbação espiritual. Mostra os procedimentos adotados pelo plano Espiritual Superior, durante sessões realizadas na União Espírita Baiana, ensejando aos membros da família Soares a renovação íntima através da aceitação e prática dos esclarecimentos trazidos pela Doutrina Espírita. CONTEÚDO RESUMIDO Divaldo Franco e Philomeno de Miranda, Espírito
  • 8. 8 • Exórdio • Prolegômenos • Examinando a obsessão a) Obsessões especiais b) Perante obsessores c) Perante obsidiados d) Porta de luz e) Reuniões sérias f) Em oração CAPÍTULOS: 1. A família Soares 2. Socorro espiritual 3. Técnica de obsessão 4. Estudando o hipnotismo 5. Elucidações valiosas 6. No anfiteatro 7. Apontamentos novos 8. Processos obsessivos 9. Reencontro com o passado 10. Programação redentora 11. As agressões 12. Desobsessão e responsabilidade 13. Solução inesperada 14. O Cristo consolador 15. Enfermidade salvadora 16. Compromissos redentores SUMÁRIO
  • 9. 9 “Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em consequência da inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo. A obsessão, que é um dos eleitos de semelhante ação, como as enfermidades e todas as atribulações da vida, deve, pois, ser considerada como provação ou expiação e aceita com esse caráter.” A GÊNESE, de Allan Kardec, 14ª edição da FEB, capítulo 14. OBSESSÕES E POSSESSÕES Nota do Autor espiritual. A obsessão, mesmo nos dias de hoje, constitui tormentoso flagício social. Está presente em toda parte, convidando o homem a sérios estudos. As grandes conquistas contemporâneas não conseguiram ainda erradicá-la. Ignorada propositadamente pela chamada Ciência Oficial, prossegue colhendo nas suas malhas, diariamente, verdadeiras legiões de incautos que se deixam arrastar a resvaladouros sombrios e truanescos, nos quais padecem irremissivelmente, até à desencarnação lamentável, continuando, não raro, mesmo após o traspasse... Isto, porque a morte continua triunfando, ignorada, qual ponto de interrogação cruel para muitas mentes e incontáveis corações. GLOSSÁRIO EXÓRDIO: texto preliminar de apresentação, inicio, introdução. PULULAM: brotam, multiplicam-se rapidamente com abundância. FLAGÍCIO: sofrimento, aflição, tortura. INCAUTOS: descuidados, não têm cautela. RESVALADOUROS: abismos, despenhadeiros. TRUANESCOS: Estranhos, absurdos. EXÓRDIO
  • 10. 10 As Disciplinas e Doutrinas decorrentes da Psicologia Experimental, nos seus diversos setores, preferem continuar teimosamente arregimentando teorias que não respondem aos resultados da observação demorada e das constatações de laboratório, como se a Imortalidade somente merecesse acirrado combate e não investigação imparcial, capaz de ensejar ao homem esperanças e consolações, quando tudo lhe parece conspirar contra a paz e a felicidade. Desde as honestíssimas pesquisas do BARÃO VON DE GULDENSTUBBÉ, em 1855, e as do professor ROBERTO HARE, insuspeito lente de Química, na universidade de Pensilvânia, em 1856, que concluíram, pela realidade do espírito preexistente ao berço e sobrevivente após o túmulo, que os cientistas conscientes das suas responsabilidades se têm entregue ao afã da verificação da Imortalidade. E todos aqueles que se dedicaram à observação e ao estudo, à experimentação e ao fenômeno, são concordes na comprovação da continuidade da vida depois da morte... ROBERTO HARE (1781 - 1858) Cientista norte-americano no século XIX, físico e químico de grande renome, Robert Hare foi o primeiro homem de ciência nos Estados Unidos a se dedicar à investigação experimental dos fenômenos mediúnicos e à defesa e propagação das ideias espíritas. Em fins de 1855, publicou seus estudos e suas conclusões em uma obra volumosa, com mais de 400 páginas e com ilustrações de todos os seus trabalhos, intitulada Investigação Experimental das Manifestações dos Espíritos – Demonstração da Existência dos Espíritos e sua Comunicação com os Mortais. (3) BARÃO VON DE GULDENSTUBBÉ (1820-1873) Foi um grande trabalhador das primeiras horas do Espiritismo, um grande pesquisador da alma e que teve também as suas obras queimadas na Espanha pela Santa Inquisição no dia 9 de outubro de 1861 no conhecido AUTO-DE-FÉ EM BARCELONA. Foi conhecido principalmente por suas investigações e experiências em pneumatografia. (1) PNEUMATOGRAFIA: é a escrita produzida diretamente pelo Espírito, sem nenhum intermediário. Difere da psicografia porque esta é a transmissão do pensamento do Espírito pela mão do médium. (2) R. HARE R. HARE
  • 11. 11 Através de suas experiências concluiu que a maioria das doenças mentais são devidas, na realidade, a uma possessão. Para fazer com que o Espírito retardatário deixasse o corpo do doente mental, contava com a ajuda de Espíritos evoluídos que incorporavam na médium ANNA. O diálogo direto tornava-se então possível entre o Dr. WICKLAND e o Espírito. Várias sessões eram, às vezes, necessárias. WICKLAND e sua esposa ANNA Entre 1918 e 1924 passou a estenografar as comunicações que eram sempre psicofônicas, isto é, faladas,... reunindo farto e extenso conjunto de materiais que constitui um verdadeiro monumento que evidencia o prosseguimento da vida após a morte. Todo esse material foi reunido e examinado com minúcia, dentro do método científico. Este trabalho resultou em uma obra impressionante, intitulada TRINTA ANOS ENTRE OS MORTOS. Incansáveis, o Dr. WICKLAND e sua esposa ANNA prestaram um concurso inestimável, socorrendo e consolando centenas de Espíritos desequilibrados que vinham procurá-los ou eram conduzidos até eles, estendendo um auxílio que se desdobrava entre as duas dimensões da vida, a espiritual e a material, na exata medida em que os “mortos”, uma vez esclarecidos, deixavam de perseguir e prejudicar os “vivos”. Nos Estados Unidos, se tornaram famosas as experiências psiquiátricas realizadas pelo Dr. CARLOS WICKLAND, que, utilizando-se da argumentação espírita, conseguiu desobsidiar inúmeros pacientes que lhe chegavam, atormentados, ao consultório. Simultaneamente, em seus trabalhos especializados, utilizava-se de uma médium clarividente, sua própria esposa, que o ajudava na técnica da desobsessão. CARLOS WICKLAND (1861-1945) Carl August Wickland, psiquiatra e pesquisador dos fenômenos psíquicos, de nacionalidade sueca-americana. A primeira vez em que teve contato com uma entidade espiritual foi através de sua esposa, que desenvolveu a mediunidade espontaneamente.
  • 12. 12 DR. WICKLAND, e sua esposa médium, ANNA, ao lado da máquina WIMHURST DE CARL. O médico observou logo que os Espíritos que obsidiam sentem, bem mais que nós, as dores de nosso corpo. Ele montou, então, um aparelho simples que enviava ao doente mental pequenas descargas elétricas, totalmente inofensivas e indolores para o encarnado, porém intoleráveis para o Espírito perturbador que o possuía. O Dr. WICKLAND e ANNA jamais ouviram falar de Espiritismo. No entanto, mediante os eventos e as vivências que protagonizaram, chegaram, por conta própria, às mesmas conclusões, no primeiro quartel do século XX, a que ALLAN KARDEC chegara no início da segunda metade do século XIX. (4)
  • 13. 13 JEAN MARTIN CHARCOT (1825-1893) Foi uma das maiores figuras da medicina francesa. Neurologista e professor, exerceu grande influência sobre SIGMUND FREUD, seu aluno na SALPÊTRIÈRE. Introduziu profundas modificações no estudo da patologia nervosa e deve-se- lhe a primeira descrição dos sintomas da histeria, na qual experimentou o tratamento pela hipnose, a qual estimulou aquele aluno para o ponto de vista psicológico. (5) CLÁUDIO GALENO, DE PÉRGAMO (130-200) Médico e filósofo grego, cirurgião de gladiadores, médico da corte e de Cômodo (180-192). Inferior apenas a Hipócrates, é considerado o fundador da Fisiologia Experimental e escreveu cerca de 400 livros, dos quais apenas 98 nos chegaram. Para ele as vidas psíquica e animal têm funções diversas e operam em níveis diversos, mas todo corpo é apenas um instrumento da alma e cada organismo se constitui segundo um plano lógico estabelecido por um ser supremo, guia e arquiteto do universo. SALPÊTRIÈRE Hospital-asilo construído em 1656, a mando de Luís XIV, para ser uma fábrica de pólvora, do qual o salitre é um dos ingredientes, advindo daí o seu nome. Foi transformado, 15 anos após, num nosocômio. Diante de ALCINA incorporada pelo espírito de GALENO, em plena sessão da SALPETRIÊRE, respondeu CHARCOT, aos interessados no fenômeno e que o inquiriram, que lhes não convinha se adiantassem à própria época em que viviam... Sugeria que se não buscassem raciocínios que aclarassem os resultados das investigações, devendo contentar-se somente com aquela «observação experimental», a que todos haviam presenciado. Tal atitude anticientífica tem sido mantida por respeitáveis investigadores, por temerem a realidade da vida imperecível. JEAN MARTIN CHARCOT
  • 14. 14 ALCINA, com letra clara e bonita, escreve com a maior desenvoltura os caracteres gregos perfeitamente formados, segundo o dizer de ambos os sábios interrogantes. Depois dessa prova, CHARCOT, como que inspirado e profundamente emocionado, disse: – Vamos evocar Espíritos; porém não Espíritos vulgares; busquemos na história da Humanidade, os mais luminosos e os interroguemos sobre as obras que projetaram, deixando-as interrompidas por haverem falecido. LABARDE, professor de Fisiologia, pede a palavra e, após cinco minutos de meditação, diz: – Evoquemos o Espírito de GALENO e lhe perguntemos que observação importante fez depois de sua primeira dissecação. Concluída essa experiência, disse CHARCOT: – Haveis observado a sua obediência; passemos, agora, a uma ordem de experiências superiores. Mandou que trouxessem um quadro de giz e disse: – Alcina, vá ao quadro-negro: escreva. Dirigindo-se então aos professores assistentes, disse-lhes: – Senhores, ordenai a esta jovem que vá ao quadro de giz escrever em qualquer idioma, seja europeu ou exótico, antigo ou vivo, sobre assuntos científicos, literários, ou quaisquer outros. Os professores PANNÁS, grego, e MATHIAS DUVAL, francês, ambos membros da Academia e professores universitários, adiantam-se e ditam orações completas em grego antigo e moderno, respectivamente. ALCINA O papel da sensitiva ALCINA na célebre experiência em SALPETRIÊRE, levada a efeito por CHARCOT, conforme Carlos Bernardo Loureiro, no livro AS MULHERES MÉDIUNS. ALCINA era considerada histérica, naquele hospital-asilo, nos idos de 1862. Em uma célebre experiência com a sensitiva, CHARCOT apresentou-a à seleta e douta assembleia de psiquiatras. – Eis aqui uma histérica que, debaixo da influência do hipnotismo, obedecerá cegamente a quanto se lhe ordenar. Ides presenciar um fenômeno muito surpreendente. E ordena-lhe: – Alcina, caminhe para a direita. Alcina obedece e caminha para a direita. – Alcina, cante uma canção. Alcina canta. – Alcina, dance. Alcina dança.
  • 15. 15 Essa trindade teve uma única e mesma alma: foi Alexandre, foi César, foi Napoleão! Profunda e estarrecedora impressão provocava ALCINA nos espíritos cultos e descrentes daquela plêiade de eruditos. O professor de Freud [CHARCOT], encerrando as experiências, assim se expressou: – Senhores, não pretendais avançar além da nossa época; não busqueis raciocínio algum para a explicação clara e verdadeira destas experiências; contestai-vos com a observação experimental que acabais de fazer ... E aquele histórico e notável episódio médico se encerra, para nós, espíritas, aqui, cabendo-nos apenas acrescentar: – Sem comentários. (5) Depois de LABARDE, falou MATHIAS DUVAL, austero sábio, de grande inteligência, que disse: – Evoquemos o Espírito Platão, que nos dirá algo sobre a semelhança que existe entre Alexandre, César, e Napoleão. PLATÃO, em GREGO, escreveu, através da analfabeta ALCINA: – Observei que, fisicamente, esses três homens se parecem: estatura mediana, temperamento nervoso e exagerado, paixões inferiores, vivacidade, soberba, talento extraordinário, tez morena, cabelos negros, mãos finas, expressão fácil, sem verbosidade, eloquência claríssima, resoluções firmes, atividade inesgotável, etc. Todas estas condições lhes foram comuns; suas obras de guerreiros e conquistadores, idênticas; a ambição, única e igualmente arrebatadora: a dominação do mundo. E GALENO respondeu pela mão da médium: – O corpo humano não chegou à sua perfeita conformação. Os sistemas da circulação e da enervação estão bastante unidos e relacionados na obra da economia; porém, o sistema linfático sofrerá uma evolução de grande proveito, sobretudo para a longevidade da espécie humana. Em alguns animais inferiores, de vidas mais longas, já se poderiam fazer experiências comprobatórias desta asserção. Toda essa luminosa comunicação de GALENO foi escrita por ALCINA, no quadro de giz, em caracteres gregos e no idioma antigo, do tempo do pai da Medicina.
  • 16. 16 Charcot ao lado de Alcina desmaiada durante uma aula de Medicina.
  • 17. 17 De KARDEC aos nossos dias, todavia, quantas edificantes realizações e preciosos estudos em torno dos médiuns, da mediunidade, das obsessões e das desobsessões têm sido apresentados! Este capítulo dos problemas psíquicos — a OBSESSÃO — tem merecido dos cristãos novos o mais acendrado (puro) interesse. Apesar disso, avassaladoramente vem-se mantendo em caráter epidêmico, qual morbo virulento (enfermidade contagiosa) que se alastra por toda a Terra, hoje mais do que em qualquer época... Sinal dos tempos a que se relerem os escritos evangélicos prenuncia essa dor generalizada, a Era do Espírito Imortal. Milhões de criaturas, no entanto, dormem o sono da indiferença, entregues aos anestésicos do prazer e ao ópio da ilusão. A bússola para o sadio exercício da mediunidade foi apresentada com rigoroso equilíbrio, através da Obra magistral. Entretanto, diante dos lancinantes (torturantes) problemas da obsessão na atualidade, tem-se a impressão de que nada até o momento haja sido feito a fim de ser modificado esse estado de coisas. Com ALLAN KARDEC, no entanto, tiveram início os eloquentes testemunhos da imortalidade, da comunicabilidade dos Espíritos, da reencarnação e das obsessões, cabendo ao insigne mestre lionês a honrosa tarefa de apresentar conveniente terapêutica para ser aplicada nos obsidiados como também nos obsessores. A partir da publicação de O LIVRO DOS MÉDIUNS, em janeiro de 1861, em Paris, todo um conjunto de regras, com um notável esquema das faculdades mediúnicas, foi apresentado, a par de seguro estudo do Espírito, nas suas diversas facetas, culminando com o exame das manifestações Espiríticas, organização de Sociedades e palestras dos Espíritos Elevados, que traçaram rotas de segurança para os que ingressarem na investigação racional dos fenômenos medianímicos.
  • 18. 18 Algumas das personagens aqui aparecem discretamente resguardadas por pseudônimo, considerando que algumas delas e seus familiares se encontram ainda reencarnadas... Como nos impressionassem as técnicas da obsessão utilizadas pelos Espíritos perseguidores e as técnicas da desobsessão aplicadas pelos Instrutores Desencarnados, reunimos dados, fizemos verificação, e hoje apresentamos o resultado das averiguações ao leitor interessado em informações do Mundo Espiritual sobre o palpitante problema das perseguições espirituais. Estes fatos transcorreram entre os dois mundos: o dos encarnados e o dos desencarnados. Estes dois mundos se interpenetram, já que não há barreiras que os separem nem fronteiras reais, definidas, entre ambos. A Doutrina Espírita, porém, possui os antídotos, as terapias especiais para tão calamitoso mal. Repetindo Jesus, distende lições e roteiros para os que se abeberam (empreguinaram) das suas fontes vitais. *** ESTE LIVRO DEVERIA TER SIDO ESCRITO FAZ MUITO TEMPO... Todos os fatos nele narrados aconteceram entre os anos de 1937 e 1938, em Salvador, na Bahia, quando da nossa jornada carnal, na Terra. Por todos os lugares se manifestam os Espíritos advertindo, esclarecendo, despertando... No entanto, o carro desatrelado da juventude corre na direção de abismos insondáveis. Os homens alcançam a maturidade vencidos pelos desgastes da quadra juvenil, e a velhice em desassossego padece ao abandono. Os altos índices da criminalidade de todos os matizes e as calamidades sociais espalhadas na Terra são, todavia, alguns dos fatores predisponentes (tendências) e preponderantes (determinantes) para as obsessões... Os crimes ocultos, os desastres da emoção, os abusos de toda ordem de uma vida ressurgem depois, noutra vida, em caráter coercitivo, obsessivo. É o que hoje ocorre como consequência do passado.
  • 19. 19 PETITINGA presidiu a União até a data da sua desencarnação, no dia 25 de março de 1939, depois de mal súbito que o acometeu em pleno trabalho na sede da União Espírita. O sepultamento foi acompanhado por grande cortejo, formado por vários ônibus, fretados pela Companhia Fabril da Bahia, onde trabalhava, e mereceu registro nos principais periódicos da época, os quais homenageavam o jornalista, poeta, escritor, linguista e emérito espírita, que provocou suspensão do expediente na empresa em que servia. Por meio de uma médium amiga, Petitinga deu uma comunicação em pleno velório, em sua residência, na Rua do Limoeiro. (8) Seu primeiro contato com o Espiritismo se deu em 1887, aos 21 anos de idade, quando leu O Livro dos Espíritos. Algum tempo e muitos estudos depois, ele fundou na cidade de Juazeiro o "Grupo Espírita Caridade“. No dia 25 de dezembro de 1915 fundou a União Espírita Baiana, com o objetivo de orientar o movimento espírita na Bahia. UM EPISÓDIO MARCANTE NA VIDA DE PETITINGA No livro NOS BASTIDORES DA OBSESSÃO, Capítulo 11 - AS AGRESSÕES – nosso livro de estudo - MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA, pelas mãos de DIVALDO FRANCO, narra um episódio que nos mostra perfeitamente como era e como se comportava JOSÉ PETITINGA. (7) São de sua autoria os livros de poesias "HARPEJOS VESPERTINOS", "MADRESSILVAS" e "TONADILHAS“. (6) Grande parte das instruções, orientações e socorros procederam do Mundo Espiritual, durante as sessões realizadas com a participação de diversos membros da União Espírita Baiana, quando presidida por JOSÉ PETITINGA, o amigo incondicional do Cristo. Diversos companheiros encarnados e nós participávamos, em desdobramento parcial pelo sono, das atividades da desobsessão e das incursões no Mundo Espiritual sob o comando de Abnegados Mentores que nos sustentavam e conduziam, adestrando-nos nas realidades da vida extracorpórea. JOSÉ PETITINGA (1866-1939) José Florentino de Sena, mais conhecido como José Petitinga foi um jornalista, poeta, contador brasileiro, conhecido como um dos precursores do Espiritismo na Bahia. Fundador da União Espírita Baiana. (6)
  • 20. 20 Seu patriotismo sofreu completa transformação. Essa virtude foi substituída por uma outra: O Cosmopolitismo (universalista)... Fez-se um fleumático (equilibrado) incomparável, dedicado, altruísta; benevolente para com todos, sem preferência de raças nem de crenças, porque via irmãos em todos os homens. Tornou-se o marco referencial do movimento espírita unificador. (9) PETITINGA O APÓSTULO DA UNIFICAÇÃO Desde jovem, tomou parte ativa dos movimentos cívicos e políticos do Abolicionismo e da República, batendo- se por essas duas causas nos jornais da época, o que logo lhe granjeou justificada notoriedade. José Petitinga era um entusiasta, um democrata intransigente, um patriota extremoso, capaz de sacrifício. A IMORTALIDADE PETITINGA continua trabalhando em prol de seu crescimento e da iluminação de consciências, tendo páginas psicografadas através de médiuns, entre eles, FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER e DIVALDO PEREIRA FRANCO. IDEAIS DA MATURIDADE IDEAIS DE SUA MOCIDADE
  • 21. 21 DESDOBRAMENTO: Fenômeno anímico da emancipação da alma, que permite ao espírito libertar- se do corpo parcialmente e estar em outro lugares. Em confabulações com PETITINGA, quando ainda no plano físico, conseguíamos, de certo modo, acompanhar as disposições socorristas dedicadas aos membros envolvidos nas tramas da obsessão de que nos ocupamos nestas páginas. Foi, todavia, aqui chegando, após a libertação dos liames fisiológicos pela desencarnação, que pudemos reunir todos os apontamentos de que tínhamos necessidade, contando, também, com a valiosa cooperação do venerando amigo PETITINGA e das ENTIDADES SUPERIORES, que nos ajudaram naquele tentame (estudo, experiência), então coroado de êxito, mercê da Divina Misericórdia. Desde vários anos, percebêramos a facilidade com que nos libertávamos [PHILOMENO] parcialmente dos liames carnais, em estado de lucidez, amealhando (acumulando), desde então, incomparáveis recursos para utilização oportuna. Quando nos aconteceram as primeiras, experiências dessa ordem, no labor mediúnico em grupo, retornamos ao corpo conservando intactas as lembranças, o mesmo acontecendo a diversos membros daquelas atividades. Como se tornassem cada vez mais complexas as tarefas em curso, a bondade dos Amigos Espirituais procedeu a conveniente censura das lembranças, de modo a que a nossa vida material não fosse afetada pelas recordações de tais realizações. Veja os slides do estudo do livro Perispírito, de Zalmino Zimmermann, Capítulo XI - Perispírito e Mediunidade
  • 22. 22 Reconhecidos e sensibilizados pelo auxílio recebido do Alto, que nunca nos tem faltado com o seu socorro, exoramos (pedimos) as bênçãos do Senhor para todos nós, servo incompetente que reconhecemos ser, na Sua Vinha de Luz e Amor. MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA Salvador, 12 de junho de 1970. Nada traz de novo, que já não tenha sido dito. Repete, fiel à técnica educacional de que o exercício é um dos mais eficientes métodos da aprendizagem, muitas lições conhecidas. Longe de ser um tratado sobre obsessão e desobsessão, é um ligeiro estudo prático, através de uma família anatematizada (castigada) pelas perturbações de além-túmulo. Imenso e fértil campo a joeirar (pesquisar), a obsessão continua aguardando os estudiosos mais bem adestrados e mais capazes para mais amplos esclarecimentos e mais eficazes elucidações. O nosso pálido esforço tem o escopo de chamar a atenção para o problema. Que outros, como já tem sido feito por muitos, realizem a parte mais nobre e complexa da questão. Alguns dos subitens que constituem os PROLEGÔMENOS (prefácio) desta Obra apareceram oportunamente em alguns periódicos espíritas. Aqui se encontram por nós próprios refundidos (revistos) para melhor entrosamento no conjunto. Reconhecemos a singeleza deste trabalho. Com ele, todavia, objetivamos cooperar de alguma forma com os nobres lidadores da mediunidade, os infatigáveis servidores das tarefas da desobsessão, que se dedicam confiantes e joviais aos trabalhos de socorro aos irmãos atribulados deste lado de cá e do lado de lá, cooperando com o Cristo na implantação do Mundo Melhor a que todos aspiramos.
  • 23. 23 (1) AUTORES ESPÍRITAS • http://www.autoresespiritasclassicos.c om/autores%20espiritas%20classicos %20%20diversos/mediuns/Bar%C3%A 3o%20de%20Guldenstubb%C3%A9/Ba r%C3%A3o%20de%20Guldenstubb%C 3%A9.htm • https://www.espiritualidades.com.br/ NOT/Not_2016/2016_09_22_Luis_Gul denstubbe.htm (2) AUTORES ESPÍRITAS • http://www.autoresespiritasclassicos.c om (3) • https://www.autoresespiritasclassicos. com/Pesquisadores%20espiritas/Robe rt%20Hare/Robert%20Hare.htm • (4) https://www.correioespirita.org.br/sec oes-do-jornal/biografias/1837- cientistas-e-experiencias-mediunicas- carl-august-wickland • https://thestructureofheaven.com/dr- carl-wickland-and-thirty-years-among- the-dead/ • https://wordgems.net/aft.15.html • https://espiritismo- seculoxxi.blogspot.com/2021/ (5) • https://centroespiritansn.wixsite.com/ censn/sabe-quem-foi (6) • https://www.febnet.org.br/wp- content/uploads/2012/06/Jose- Petitinga.pdf?fbclid=IwAR2xd0XULk89 YGgX5aaZLpiFJcuLEdKTSxBX9SpSRRUz RQEOqKWDAiq19Fk • http://www.oconsolador.com.br/ano1 4/714/especial2.html (7) • http://www.oconsolador.com.br/ano1 4/714/especial2.html • http://www.redeamigoespirita.com.br / (8) • http://www.feparana.com.br/topico/? topico=2849 (9) • https://blogdobrunotavares.wordpress .com/2019/10/08/jose-petitinga-um- grande-pioneiro-da-difusao-espirita- no-brasil-por-paulo-alves-godoy/ EXÓRDIO - REFERÊNCIAS
  • 24. 24 Os Espíritos exercem incessante ação sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo físico. Atuam sobre a matéria e sobre o pensamento e constituem uma das potências da Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos até então inexplicados ou mal explicados e que não encontram explicação racional senão no Espiritismo. As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos impelem para o mal: é-lhes um gozo ver-nos sucumbir e assemelhar- nos a eles. O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, Introdução. Os modernos pesquisadores da mente encarnada, fascinados pelas experiências de Laboratório, surpreendem, paulatinamente, as realidades do Mundo extrafísico. Ligados, porém, aos velhos preconceitos científicos, denominam a faculdade através da qual veiculam tais fatos pelo nome genérico de “PSI”. O “PSI” é uma designação que dá elasticidade quase infinita aos recursos plásticos da mente, tais como conhecimento do passado (telepatia), ou acontecimentos que tiveram lugar anteriormente e se encontram gravados nas mentes de outras pessoas; conhecimento de ocorrências no mundo exterior (clarividência), sem o contacto com impressões sensoriais; e percepção do futuro (presciência). Em princípio, os recursos valiosos da mente, nas experiências de transposição dos sentidos, fenômenos de profetismo e lucidez, demonstrações de insensibilidade táctil, nas alucinações, polarizações e despolarizações psíquicas, realizadas em epilépticos e histéricos hipnotizados, ensejavam conclusões apressadas que pareciam confirmar as características do “psi”. Comprovou-se mui facilmente, através da sugestão hipnológica, que se pode impressionar um percipiente (sensitivo) a fim de que o mesmo assuma personificações parasitárias momentaneamente, representando vultos da História ou simples pessoas da plebe... PROLEGÔMENOS GLOSSÁRIO Prolegômenos: Amplo texto introdutório.
  • 25. 25 GLOSSOLALIA: Quando médiuns sonambúlicos falam ou escrevem em pseudolínguas inexistentes, elaboradas nos recessos de suas subconsciências. Em geral o fenômeno está ligado a situações de fervor religioso, em que o indivíduo crê expressar-se em uma língua desconhecida, por ele tida como de origem divina. (2) PNEUMOGRAFIA: escrita produzida diretamente pelo Espírito, sem qualquer intermediário. (3) METAFONISMO: sinônimos de hiloclastia. A penetração paranormal da matéria através da matéria é chamada de Hiloclastia por René Sudré. (4) METERGIA: ação ou exteriorização paranormal variada e complexa que produz corporificações, movimentos de objetos à distância, como ainda, ações no médium ou em outros seres vivos. (5) INFORMAÇÕES ADICIONAIS: XENOGLOSSIA: Fenômeno de se expressar espontaneamente em um idioma estranho, ou seja, uma língua que não foi previamente estudada e aprendida (na presente reencarnação) por aquele que nesta se expressa, e, por isso, uma manifestação em tais condições é considerada um fenômeno paranormal, sobrenatural, metapsíquico. A xenoglossia é catalogada como uma das mais fortes evidências da sobrevivência da alma pós-morte e da reencarnação. Conforme o Espiritismo, tal manifestação pode ser resultado de um processo anímico ou mediúnico. Allan Kardec classificou de médium poliglota aquele que tem essa capacidade. (1) Considerando-se, todavia, em outras experiências, os fenômenos intelectuais, como nos casos de XENOGLOSSIA e GLOSSOLALIA, especialmente entre crianças de tenra idade, ou naqueles de ordem física, tais como a PNEUMOGRAFIA, o METAFONISMO, a TELECINESIA, a TELEPLASMIA e os diversos fenômenos dentro da METERGIA, constata-se não haver elasticidade que se ofereça à mente encarnada que os possa elucidar, senão através da aceitação tácita (subentendido, oculta) de uma força externa inteligente, com vontade própria, que atua no sensitivo, a este conferindo tais possibilidades.
  • 26. Estudiosos do assunto, no passado, tais como WILLIAM JAMES, acreditaram que todos vivemos mergulhados numa «corrente de consciência cósmica», enquanto HENRIQUE BERGSON supunha que «a mente possui um conhecimento de tudo, em qualquer lugar, sem limitação de tempo ou de espaço», dando ao cérebro a função de velador de tal conhecimento. Enquanto tais fenômenos se demoram sem explicação definitiva, a sobrevivência do Espírito após a morte do corpo não encontra aceitação pelas Academias; distúrbios mentais de vária ordem aprisionam multidões em cárceres estreitos e sombrios, povoados pelos fantasmas da loucura, reduzindo o homem à condição primitiva do passado... Muito embora os desvarios (distúrbios) da razão estejam presentes nos fastos (venturosos) de todos os tempos, jamais, como na atualidade, o homem se sentiu tão perturbado. 26 WILLIAM JAMES (1842-1910) Filósofo e psicólogo americano e o primeiro intelectual a oferecer um curso de psicologia nos Estados Unidos. HENRIQUE BERGSON (1859 -1941) Foi um filósofo e diplomata francês, laureado com o Nobel de Literatura de 1927. Conhecido principalmente por Ensaios sobre os dados imediatos da consciência, Matéria e Memória, A evolução criadora e As duas fontes da moral e da religião, sua obra é de grande atualidade e tem sido estudada em diferentes disciplinas - cinema, literatura, neuropsicologia, bioética, entre outras. INFORMAÇÕES ADICIONAIS: TELECINESIA: Fenômeno provocado pelo comando mental à distância capaz de fazer com que objetos se movam. É um caso particular da Psicocinesia. Há autores que julgam que a telecinesia também possa ser provocada por um médium sob influência de uma Entidade espiritual e que, neste caso, seria uma ocorrência peculiar ao mediunismo. (5) TELEPLASMIA: Efeito físico de origem mediúnica, decorrente do uso da energia ectoplásmica, que envolve o fenômeno ectoplásmico de formas. Teleplasma é o nome dado ao ectoplasma por alguns experimentadores, sugerido pela equipe de W. Crookes, referindo-se ao que se desprendeu do médium para efetuar o fenômeno.
  • 27. 27 Considerados inicialmente como anjos maus ou demônios, ao tempo de Jesus, foram por Ele classificados de Espíritos imundos, com os quais se defrontou, reiteradas vezes, durante a jornada vivida na Terra. Todos os grandes pensadores, artistas, escritores, filósofos do passado, pais de religiões, doutores da Igreja, são unânimes em atestar as realidades da vida além da carne, pelos testemunhos inconfundíveis da imortalidade. Aos Espíritos dos ditos mortos se referem ANAXÁGORAS, PLUTARCO, SÓCRATES, HERÓDOTO, ARISTÓTELES, CÍCERO, HORÁCIO, PLÍNIO, OVÍDIO, LUCANO, FLÁVIO JOSÉ, VIRGÍLIO, DIONISIO DE HALICARNASSO, VALÉRIO MÁXIMO... que, em seus relatos, apresentam farta documentação comprobatória do intercâmbio espiritual, citando outras não menos célebres personagens do seu tempo. Fazendo-se ligeiro levantamento através da História — e os acontecimentos têm sido registrados em todas as épocas do pensamento, mesmo nas mais recuadas —, surpreendemos, ao lado dos alienados de qualquer procedência, magos e sacerdotes manipulando exorcismos e orações com que pretendiam afastar os Espíritos atormentadores, que se comprazem em vampirizar ou exaltar suas vítimas em infeliz comércio entre os dois planos da vida: o corporal e o espiritual. Os livros sagrados de todos os povos, desde a mais remota antiguidade oriental, em se referindo às Leis Morais, reportam-se à vida extraterrena às consolações e às penalidades impostas aos Espíritos — tal como se a informação tivesse sido haurida na mesma fonte, tendo como única procedência a inspiração dos desencarnados — estudando, igualmente, as aflições e perturbações de origem espiritual, que remontam às vidas pregressas... Tratadistas estudiosos dos problemas psicossociológicos do presente atribuem grande parte dos distúrbios mentais à “tensão” das horas em que se vive, elevando, cada dia, o número dos desarranjados psiquicamente e aturdidos da emoção. Naturalmente que, além desses, afirmam os de procedência fisiológica, da hereditariedade, de vírus e germens, as sequelas da epilepsia, da tuberculose, das febres reumáticas, da sífilis, os traumatismos e choques que se encarregam de contribuir larga e amplamente para a loucura. Fatores outros predisponentes a que também se referem não podem ser relegados a plano secundário. Todavia, além desses, que dão origem a psicoses e neuroses lamentáveis, outros há que somente podem ser explicados pela Doutrina Espírita, no Capítulo das Obsessões estudadas carinhosamente por Allan Kardec.
  • 28. 28 RACIONALISMO O Racionalismo é uma corrente filosófica que traz como argumento a noção de que a razão é a única forma que o ser humano tem de alcançar o verdadeiro conhecimento por completo. O filósofo, físico e matemático René Descartes foi um dos principais difusores dos pensamentos ligados a essa teoria. Das primeiras lutas entre o Empirismo e o Racionalismo intelectual à era atômica, filósofos e cientistas não ficaram indiferentes aos Espíritos... Ricos são os comentários sobre as aparições, as casas assombradas, os avisos e as consultas nos santuários de todas as grandes civilizações. Mais tarde LACTÂNCIO, ORÍGENES, AMBRÓSIO, BASÍLIO E ARNÓBIO dão farto e eloquente testemunho das comunicações com os desencarnados. A Escola Neoplatônica de Alexandria, através dos seus mais expressivos vultos, pregando a multiplicidade das existências (reencarnação), afirma, por intermédio de PLOTINO, PORFÍRIO, JÂMBLICO, PRÓCLUS, a continuidade da vida concedida ao princípio espiritual. A Idade Média foi farta em provas sobre os desencarnados. “Anjos” e “espíritos imundos” subitamente invadiram a Europa, e os “inspirados” e “endemoninhados”, os “adivinhos» e “feiticeiros” foram levados à pira crematória, sem que conseguissem extingui-los. INFORMAÇÕES ADICIONAIS: EMPIRISMO O empirismo é uma teoria filosófica que argumenta que todo o conhecimento humano deve ser adquirido de experiências sensoriais. Ou seja, a partir de suas vivências, e não instintos ou conhecimento nato, os indivíduos vão adquirindo saberes, consciência e aprendizado.
  • 29. 29 INFORMAÇÕES ADICIONAIS: PSIQUISTA é o profissional que trabalha e estuda as forças da mente. Como a energia mental afeta o comportamento humano. Estuda os fenômenos energéticos e paranormais humanos. Classificou como obsessão a grande maioria dos distúrbios psíquicos e elaborou processos de recuperação do obsidiado, estudando as causas anteriores das aflições à luz das reencarnações, através de linguagem condizente com a razão, e demonstrável experimentalmente. A codificação Kardequiana, como um monumento granítico para os séculos porvindouros, certamente não resolveu o “problema do homem”, pois que este ao próprio homem é pertinente, oferecendo, todavia, as bases e direções seguras para que tenha uma vida feliz, ética e socialmente harmoniosa na família e na comunidade onde foi chamado a viver. No século XIX, porém, fadado pelas suas conquistas a servir de base ao futuro, no que diz respeito ao conhecimento, a sobrevivência mereceu por parte de psicólogos e psiquistas o mais acirrado debate, inaugurando-se a época das investigações controladas cientificamente. Foi nesse período que ALLAN KARDEC, convidado à liça (contenda, debate) da cultura e da informação, empunhando o bisturi da investigação, clareou, com uma Filosofia Científica, o Espiritismo, calcada em fatos devidamente comprovados, os escaninhos (recantos) do obscurantismo (ignorância, desconhecimento), oferecendo uma terapêutica segura para as alienações torturantes, repetindo as experiências de JESUS CRISTO junto aos endemoninhados e enfermos de toda ordem. Psiquistas de nomeada, advertidos pelos resultados observados na Europa e na América, em torno do fascinante assunto — comunicabilidade dos Espíritos —, empenharam-se, então, em laboriosas experiências, criando, alguns, por mais compatível com as suas investiduras acadêmicas, sucedâneos (substitutos) para a alma, que introduziram na genética da Biologia, negando àquela o direito à legitimidade.
  • 30. 30 HANS ADOLF E. DRIESCH (1867- 1941) Biólogo e filósofo alemão, Neovitalista conhecido por seus primeiros trabalhos experimentais em Embriologia. Propôs a existência do princípio da vida nos seres animados, um fator espiritual, irredutível (que não pode ser reduzido ou simplificado) aos agentes físico-químicos. Na base dos fenômenos vitais existe uma peculiar força vital imaterial que chamou de ENTELÉQUIA. O Professor GUSTAVO GELEY, por exemplo, criou a designação de “dínamo- psiquismo”, PAULEY, a de “consciência profunda”, HANS DRIESCH a de enteléquias e teorias metapsíquicas vieram a lume, em ferrenho antagonismo à imortalidade, esgrimindo as armas do sofisma e da negação, sem conseguirem, no entanto, resultado positivo. GUSTAVE GELEY (1865 – 1924) Psiquiatra e pesquisador espírita francês. Considerado um dos mais notáveis pesquisadores no campo das materializações, tornou-se referência obrigatória no estudo do ectoplasma e seus fenômenos. INFORMAÇÕES ADICIONAIS: ENTELÉQUIAS: Na filosofia de Aristóteles, qualquer realidade que atingiu seu ponto de perfeição, a essência da alma. TEORIAS METAPSÍQUICAS: Ciência estabelecida e estruturada por Charles Richet, destinada a estudar os fenômenos que transcendiam à Psicologia e que fugiam ao domínio físico da ciência dita materialista, como a clarividência, a telepatia, a visão dupla, etc.
  • 31. 31 COM O ADVENTO DA MODERNA PARAPSICOLOGIA, novos sucedâneos têm sido criados para o espírito imortal e, enquanto os pesquisadores se demoram no problema da designação nominativa que inspira debates e celeumas, a Doutrina Espírita, lecionando amor e fraternidade, estudo e conhecimento da vida sob a inspiração dos Imortais, distende braços e liberta das malhas vigorosas (fortes) da obsessão aqueles que, por imprevidência ou provação, se deixaram arrastar aos escuros precipícios da anarquia mental, perturbados ou subjugados por forças ultrizes (vingativas) da Erraticidade, prescrevendo as mesmas diretrizes morais insertas (incluídas) no Evangelho de Jesus-Cristo, vivido em espírito e verdade. E Fenômenos Objetivos, cuja manifestação envolve ação física sobre os objetos materiais (na linguagem espírita, Fenômenos Físicos). Esta classificação é utilizada até os dias de hoje. A sua maior contribuição foi o estudo do ectoplasma, substância responsável pelos fenômenos objetivos. WILLIAM CROOKES (1832 – 1919) - Químico e físico britânico. Mencionado como sendo um dos mais persistentes e corajosos pesquisadores dos fenômenos supranormais, estudou o que acontece com os médiuns, a materialização de espíritos e a levitação. Desenvolveu importante trabalho na área da fenomenologia espírita. O célebre Professor CHARLES RICHET, estimulado pelas experiências eminentemente científicas de Sir WILLIAM CROOKES, elaborou a Metapsíquica e, ao despedir-se da sua Cátedra de Fisiologia, na Universidade de Paris, deixou ao futuro a satisfação de confirmar, de negar ou desdobrar as suas conclusões. INFORMAÇÕES ADICIONAIS: CHARLES ROBERT RICHET (1850 - 1935) Médico fisiologista francês. Descobridor da soroterapia e da anafilaxia (reação alérgica aguda), foi laureado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1913. Classificou os fenômenos metapsíquicos em dois grupos gerais: Fenômenos Subjetivos, que ocorrem exclusivamente na área psíquica, sem nenhuma ação dinâmica sobre os objetos materiais (anos antes, a estes fenômenos Allan Kardec denominou Inteligentes). RICHET CROOKES
  • 32. 32 (1) LUZ ESPÍRITA • https://www.luzespirita.org.br/index. php?lisPage=enciclopedia&item=Xen oglossia (2) WIKIPEDIA • https://pt.wikipedia.org/wiki/Glossol alia (3) IPEAK • https://www.ipeak.net/pt/2715 (4) WIKIPEDIA • https://pt.wikipedia.org/wiki/Polterg eist (5) ARTIGOS ESPIRITAS • https://artigosespiritas.wordpress.co m/dicionario-espirita/letras-e-f-g-e- h/ • https://ceacs.wordpress.com/diciona rio-espirita/ PROLEGÔMENOS - REFERÊNCIAS
  • 33. Instituto Espírita Dias da Cruz Grupo de Estudo Fraternidade Facilitadoras: Dioni Aguiar Vera Saucedo Arte: Denise Aguiar ESTUDO DO LIVRO PERISPÍRITO Três verbos existem que, bem conjugados, serão lâmpadas luminosas em nosso caminho: Aprender, Servir e Cooperar. Chico Xavier PERISPÍRITO Zalmino Zimmermann Capítulo XI. PERISPÍRITO E MEDIUNIDADE Porto Alegre 2021
  • 34. INSTITUTO ESPÍRITA DIAS DA CRUZ - GRUPO DE ESTUDO FRATERNIDADE - FACILITADORAS: DIONI AGUIAR E VERA SAUCEDO - ARTE: DENISE AGUIAR 6A XI. PERISPÍRITO E MEDIUNIDADE – INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES JACOBSON TROVÃO, facilitador do curso estudando o livro dos médiuns, pela FEBTV, responde a seguinte questão: É POSSÍVEL O MÉDIUM ENCARNADO DAR MANIFESTAÇÃO NO PLANO ESPIRITUAL? Os médiuns encarnados são convocados pelos Espíritos Superiores para colaborarem no processo desobsessivos durante o sono. A sensação descrita por diversos médiuns é a de que se sentem em plena reunião mediúnica, embora muitos relatem ambientes diversos. As obras de MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA sempre narram esses acontecimentos. No último livro desse autor espiritual, psicografia de DIVALDO FRANCO, “No Rumo do Mundo de Regeneração”, Capítulo 14, narra reuniões no plano espiritual, onde a médium Malvina colabora com a equipe espiritual durante a madrugada. Há um momento em que PHILOMENO descreve: “A médium Malvina amanhecerá enfraquecida pelo desgaste da comunicação com o anãozinho e, durante a PRECE DO ALVORECER, mantendo-se vinculada a seu guia espiritual, foi melhorando no trabalho que lhe dizia respeito e seguiu a faina de suas atividades”. Naturalmente, o médium recebe o amparo devido, e tais sensações desagradáveis, se ocorrerem, tendem a desaparecer pelo envolvimento na prece e nas lidas diárias. PEDRO CAMILO, NO LIVRO DEVASSANDO A MEDIUNIDADE, CITA: “As obras do Espírito ANDRÉ LUIZ e outras tantas nos falam que os médiuns costumam desenvolver atividades mediúnicas fora do corpo, durante o sono, junto aos seus Guias. Isso é possível porque a mediunidade não é patrimônio do corpo físico. Embora necessite de predisposições orgânicas para eclodir nesta ou naquela pessoa, sua natureza é espiritual, atributo do espírito imortal, que a leva para outras existências e, também, para o Plano Espiritual, após o desencarne”.
  • 35. INSTITUTO ESPÍRITA DIAS DA CRUZ - GRUPO DE ESTUDO FRATERNIDADE - FACILITADORAS: DIONI AGUIAR E VERA SAUCEDO - ARTE: DENISE AGUIAR 6B XI. PERISPÍRITO E MEDIUNIDADE – INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES YVONNNE PEREIRA, cujas faculdades lhe permitiam o fácil desprendimento e a retenção das lembranças, também se refere a utilização, no plano espiritual, de médiuns encarnados, desprendidos de seus corpos: “(...) ser médium não implica tão somente obter manifestações ostensivas de entidades elevadas ou inferiores do Invisível, no recinto de uma agremiação de experimentações espíritas, transmitir receituário e passes ou escrever belas páginas, para a edificação geral, sob impulso do Alto. Sua aptidão lhe confere também o dever de se consagrar a tarefa quiçá mais amplas e melindrosas, durante as horas de emancipação do seu espírito, através do sono natural, ou do letárgico, que seus Guardiães gostarão de provocar, para que mais eficientes se tornem a liberdade e a desenvoltura indispensáveis à movimentação a realizar-se”. EM DEVASSANDO O INVISÍVEL, Capítulo quatro, YVONNNE conta que DR. BEZERRA DE MENEZES era quem mais frequentemente a levava para o atendimento de sofredores do Além, nas regiões inferiores. Coração bondoso, DR. BEZERRA DE MENEZES lhe proporcionava preciosos aprendizados, à medida que ela mesma se fazia instrumento de socorro. Depreende-se, portanto, que os médiuns são, sim, arrebatados pelos seus guias, a fim de atenderem aos sofredores, mediunicamente, na Espiritualidade, e que essa é uma tarefa das mais nobres e significativas que lhe podem ser confiadas. Basta, para tanto, que se credenciem pelo trabalho sincero e pela sincera vontade de superar as próprias limitações. Quanto à lembrança das experiências vividas fora do corpo, nem todas as pessoas são capazes de retê-la. YVONNE DO AMARAL PEREIRA, por uma particularidade da sua mediunidade, trazia boa parte das lembranças para a memória de vigília, o que não acontece com a maioria. Por que, então, se somos todos médiuns? O espírito BEZERRA DE MENEZES esclarece a questão: É bom que o médium ignore muitos acontecimentos em que toma parte, como agente transmissor da Espiritualidade, a fim de que a vanglória e a pretensão, sempre fáceis de se infiltrarem no caráter humano, não lhe anulem as possibilidades prematuramente, antes de ele próprio se servir de ensejos que recebe, e que lhe são de justiça, para as tentativas de progresso. (Devassando o Invisível)
  • 36. INSTITUTO ESPÍRITA DIAS DA CRUZ - GRUPO DE ESTUDO FRATERNIDADE - FACILITADORAS: DIONI AGUIAR E VERA SAUCEDO - ARTE: DENISE AGUIAR 6C XI. PERISPÍRITO E MEDIUNIDADE – INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES O ESQUECIMENTO DAS ATIVIDADES MEDIÚNICAS NOTURNAS, a semelhança do passado proporcionado pelas Leis Divinas, é medida que os Mentores Espirituais adotam para não perturbar, excessivamente, a vida do médium. A realidade espiritual é por demais intensa e assustadora, e certas nuances, além de não serem compreendidas em sua inteireza, mergulhariam o adepto sincero e o médium, de modo geral, em dúvidas e confusões dispensáveis ao seu aprendizado. Os médiuns que se recordam de suas atividades o fazem porque tal facilidade compõe o leque de suas faculdades. NADA OBSTANTE, NÃO SE RECORDAM DE TUDO, MAS SOMENTE DAQUILO QUE APROVEITA AOS SEUS CONHECIMENTOS E AO AMADURECIMENTO DE SUAS MEDIUNIDADES. O que deve permanecer esquecido fica esquecido, seja por um mecanismo natural, seja por determinação dos espíritos. Assim, devemos aceitar o esquecimento das atividades mediúnicas realizadas por nós durante o sono como medida preventiva, depositando em Deus e nos nossos amigos do Invisível a confiança que merecem, pelas demonstrações de carinho e de atenção que nos dão, constantemente. E, por nossa vez, nos façamos dóceis aos seus apelos, envidando todos os esforços para sermos fiéis instrumentos de suas diretrizes. Livro: DEVASSANDO A MEDIUNIDADE, de PEDRO CAMILO. PEDRO CAMILO YVONNE DO AMARAL PEREIRA (1900- 1984) é uma das médiuns de maior destaque do Brasil. Trabalhadora ativa do espiritismo, procurou sempre vivenciar a mensagem que divulgava, através dos seus livros psicografados, até sua desencarnação. PEDRO CAMILO, autor do livro Devassando a Mediunidade, desde 1999, vem realizando um ciclo de estudo em torno da vida e obra de Yvonne do Amaral Pereira.
  • 37. 37 • TRANSTORNOS MENTAIS, palestra proferida por Alberto Almeida durante o Congresso Espírita de Dourados - Mediunidade com Jesus • Duração: 55 minutos INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Em: https://www.youtube.com/watch?v=fHhBlfo2iHs 16/05/2023 – 15h54

Notas do Editor

  1. Páginas 297 338