ESTUDO DO LIVRO NOS BASTIDORES DA OBSESSÃO
Psicografia de
Divaldo Pereira Franco
Ditado pelo Espírito de
Manoel Philomeno de Miranda
O autor espiritual, grande estudioso do tema, focaliza a retaguarda do problema da obsessão que, segundo ALLAN KARDEC, é o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas.
Através de 16 capítulos, precedidos de valiosas anotações sobre os conceitos da obsessão, apresenta os acontecimentos ocorridos entre os anos de 1937 e 1938, em Salvador, Bahia, com a família Soares, que se encontra sob regime de intensa perturbação espiritual.
Mostra os procedimentos adotados pelo plano Espiritual Superior, durante sessões realizadas na União Espírita Baiana, ensejando aos membros da família Soares a renovação íntima através da aceitação e prática dos esclarecimentos trazidos pela Doutrina Espírita.
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
ESTUDO DO LIVRO NOS BASTIDORES DA OBSESSÃO REALIZADA - GRUPO FRATERNIDADE - INSTITUTO ESPÍRITA DIAS DA CRUZ
1. Psicografia de
Divaldo Pereira Franco
Ditado pelo Espírito de
Manoel Philomeno de Miranda
Editora Federação Espírita do Brasil
1ª Edição - (Brasil) 1970
1
INSTITUTO ESPÍRITA DIAS DA
CRUZ
Av. da Azenha, 366, Azenha,
90160-004 - Porto Alegre – RS
(51) 3223-1938
GRUPO DE ESTUDO
FRATERNIDADE
REUNIÃO: TERÇAS
HORÁRIO: 16h
FACILITADORAS:
Dioni Aguiar Machado
Vera Saucedo
Denise Aguiar Silva
Livro PDF em:
http://www.autoresespiritasclassicos.c
om/autores%20espiritas%20classicos%
20%20diversos/Divaldo%20Franco/Div
aldo%20Franco%20-
%20Nos%20Bastidores%20da%20Obse
ss%C3%A3o.pdf
Porto Alegre
2023
CONTEÚDO:
1. APRESENTAÇÃO
2. BIOGRAFIA SINTÉTICA
7. CONTEÚDO RESUMIDO
8. SUMÁRIO
9. EXÓRDIO
Carlos Wickland
Cláudio Galeno
Jean Martin Charcot
José Petitinga
24. PROLEGÔMENOS
ESTUDO DO LIVRO NOS BASTIDORES DA OBSESSÃO
2. Mais conhecido como PHILOMENO DE
MIRANDA, foi, por muitos anos,
destacado colaborador do Movimento
Espírita da Bahia, culminando com a sua
eleição para a Presidência da União
Espírita Baiana, em substituição a JOSÉ
PETITINGA, quando este retornou ao
Pano Espiritual, em 25 de março de 1939,
em Salvador.
2
MANOEL PHILOMENO DE BAPTISTA DE
MIRANDA nasceu no dia 14 de
novembro de 1876, em Jangada,
Município do Conde no Estado da Bahia.
Diplomou-se em 1910, como Bacharel
em Comércio e Fazenda.
Exerceu sua profissão com muita
probidade e ajudava sempre aqueles
que o procuravam, pudessem ou não
retribuir os seus serviços.
Debilitado por uma enfermidade
pertinaz, em 1914, e tendo recorrido a
diversos médicos, sem qualquer
resultado positivo, foi curado pelo
médium SATURNINO FAVILA, na cidade
de Alagoinhas, com passes e água
fluidificada, complementando a cura
com alguns remédios da Flora Medicinal.
Nessa época, indo a Salvador, conheceu
JOSÉ PETITINGA, que o convidou a
frequentar a União Espírita Baiana.
A partir daí PHILOMENO DE MIRANDA
interessou-se pelo estudo e prática do
Espiritismo, tornando-se um dos mais
firmes adeptos de seus ensinamentos.
A serviço da Causa, visitava
periodicamente as Sociedades Espíritas,
da Capital e do Interior, procurando
soluções para qualquer dificuldade.
Delicado, educado, porém decidido na
luta, não dava trégua aos ataques
descabidos, arremetidos por religiosos e
cientistas que tentavam destruir o
trabalho dos espíritas.
Na literatura escreveu RESENHA DO
ESPIRITISMO NA BAHIA e EXCERTOS QUE
JUSTIFICAM O ESPIRITISMO, que
publicou omitindo o próprio nome.
BIOGRAFIA SINTÉTICA: MANOEL PHILOMENO DE BAPTISTA DE MIRANDA
3. 3
Em resposta ao Padre HUBERTO
ROHDEN, publicou um opúsculo
intitulado PORQUE SOU ESPÍRITA.
Dedicou-se com muito carinho às
reuniões mediúnicas, especialmente às
de desobsessão.
Achava imprescindível que as Instituições
espíritas se preparassem
convenientemente para o intercâmbio
espiritual, sendo de bom alvitre que os
trabalhadores das atividades
desobsessivas se resguardassem ao
máximo na oração, na vigilância e no
trabalho superior.
Salientava a importância do trabalho da
caridade, para se precaverem de sofrer
ataques das Entidades que se sentem
frustradas nos planos nefastos de
perseguições. PHILOMENO DE MIRANDA E FAMÍLIA
4. 4
Importante conhecer-se como se deu o
relacionamento do médium DIVALDO
PEREIRA FRANCO com esse amoroso
Benfeitor.
É o próprio Divaldo quem esclarece:
Numa das viagens a Pedro Leopoldo, no
ano de 1950, CHICO XAVIER psicografou
para mim uma mensagem ditada pelo
ESPÍRITO JOSÉ PETITINGA,
e no próximo encontro uma outra ditada
pelo ESPÍRITO MANOEL PHILOMENO DE
MIRANDA.
Eu era muito jovem e, como é
compreensível, fiquei muito
sensibilizado.
Guardei as mensagens, bebi nelas a
inspiração, permanecendo confiante em
Deus.
No ano de 1970, no mês de janeiro,
apareceu-me o ESPÍRITO MANOEL
PHILOMENO DE MIRANDA, dizendo que,
na Terra, havia trabalhado na União
Espírita Baiana, atual Federação, tendo
exercido vários cargos, dedicando-se,
especialmente à tarefa do estudo da
mediunidade e da desobsessão.
Quando chegou ao Mundo Espiritual foi
estudar em mais profundidade as
alienações por obsessão e as técnicas
correspondentes da desobsessão.
Fora uma pessoa que, no mundo, se
dedicava à escrituração mercantil,
portanto afeito a uma área de
informações de natureza geral sobre o
comércio.
Mas, tendo convivido muito com
PETITINGA, que foi um beletrista famoso,
um grande latinista, amigo íntimo de
CARNEIRO RIBEIRO - que também se
notabilizou pela réplica e tréplica com
RUY BARBOSA - ele, MIRANDA, houvera
aprimorado os conhecimentos
linguísticos que levara da Terra, com
vistas a uma programação de atividades
para a Doutrina Espírita, pela
mediunidade, no futuro.
BELETRISTA: aquele que cria obras
literárias.
LATINISTA: pessoa que conhece bem e
estuda a língua e a literatura latinas.
5. 5
Convidado por JOANNA DE ÂNGELIS,
para trazer o seu contributo em torno da
mediunidade, da obsessão e
desobsessão, ele ficou quase trinta anos
realizando estudos e pesquisas e
elaborando trabalho que mais tarde iria
enfeixar em livros.
Ao me aparecer, então, pela primeira
vez, disse-me que gostaria de escrever
por meu intermédio.
Levou-me a uma reunião, no Mundo
Espiritual, onde reside, e ali mostrou-me
como eram realizadas as experiências de
prolongamento da vida física através de
transfusão de energia utilizando-se do
perispírito.
Depois de uma convivência de mais de
um mês, aparecendo-me diariamente
para facilitar o intercâmbio psíquico
entre ele e mim, começou a escrever
NOS BASTIDORES DA OBSESSÃO, que são
relatos, em torno da vida espiritual, das
técnicas obsessivas e de desobsessão.
A partir daí seguiram-se outros livros
sobre o problema obsessivo, classificado
por PHILOMENO DE MIRANDA como
“tormentoso flagício (flagelo) social”.
Nos seus livros, caracterizados e lidos
como “romances”, encontra-se
meticuloso exame da mediunidade
atormentada e das patologias obsessivas,
em páginas de profundo teor didático
que permitem ao leitor melhor
compreensão da narrativa central.
6. 6
OBRAS
Ditou ao médium Divaldo Pereira Franco
as seguintes obras:
• Nos Bastidores da Obsessão 1970
FEB
• Grilhões Partidos 1974 LEAL
• Tramas do destino 1976 FEB
• Nas Fronteiras da Loucura 1982 LEAL
• Painéis da Obsessão 1984 LEAL
• Loucura e Obsessão 1988 FEB
• Temas da Vida e da Morte 1996 FEB
• Trilhas da Libertação 1996 FEB
• Tormentos da Obsessão 2001 LEAL
• Sexo e Obsessão 2003 LEAL
• Entre os Dois Mundos 2006 LEAL
• Reencontro com a Vida 2006 LEAL
• Transtornos Psiquiátricos e
Obsessivos 2009 LEAL
• Transição Planetária 2010 LEAL
• Mediunidade: Desafios e Bênçãos
2012 LEAL
• Amanhecer de Uma Nova Era 2012
LEAL
• Perturbações Espirituais 2015 LEAL
• No Rumo do mundo de Regeneração
2020 LEAL
Fonte:
• http://espiritaespiritismoberg.blo
gspot.com/2012/09/manoel-
philomeno-de-
miranda.html?m=1
• https://pt.slideshare.net/projeto
mpm/nos-bastidores-da-obsesso-
254045793
7. 7
O autor espiritual, grande estudioso do
tema, focaliza a retaguarda do problema
da obsessão que, segundo ALLAN
KARDEC, é o domínio que alguns
Espíritos logram adquirir sobre certas
pessoas.
Através de 16 capítulos, precedidos de
valiosas anotações sobre os conceitos da
obsessão, apresenta os acontecimentos
ocorridos entre os anos de 1937 e 1938,
em Salvador, Bahia, com a família Soares,
que se encontra sob regime de intensa
perturbação espiritual.
Mostra os procedimentos adotados pelo
plano Espiritual Superior, durante
sessões realizadas na União Espírita
Baiana, ensejando aos membros da
família Soares a renovação íntima através
da aceitação e prática dos
esclarecimentos trazidos pela Doutrina
Espírita.
CONTEÚDO RESUMIDO
Divaldo Franco e Philomeno de Miranda, Espírito
8. 8
• Exórdio
• Prolegômenos
• Examinando a obsessão
a) Obsessões especiais
b) Perante obsessores
c) Perante obsidiados
d) Porta de luz
e) Reuniões sérias
f) Em oração
CAPÍTULOS:
1. A família Soares
2. Socorro espiritual
3. Técnica de obsessão
4. Estudando o hipnotismo
5. Elucidações valiosas
6. No anfiteatro
7. Apontamentos novos
8. Processos obsessivos
9. Reencontro com o passado
10. Programação redentora
11. As agressões
12. Desobsessão e responsabilidade
13. Solução inesperada
14. O Cristo consolador
15. Enfermidade salvadora
16. Compromissos redentores
SUMÁRIO
9. 9
“Pululam em torno da Terra os maus
Espíritos, em consequência da
inferioridade moral de seus habitantes.
A ação malfazeja desses Espíritos é parte
integrante dos flagelos com que a
Humanidade se vê a braços neste
mundo.
A obsessão, que é um dos eleitos de
semelhante ação, como as enfermidades
e todas as atribulações da vida, deve,
pois, ser considerada como provação ou
expiação e aceita com esse caráter.”
A GÊNESE, de Allan
Kardec, 14ª edição
da FEB, capítulo 14.
OBSESSÕES E
POSSESSÕES
Nota do Autor
espiritual.
A obsessão, mesmo nos dias de hoje,
constitui tormentoso flagício social.
Está presente em toda parte, convidando
o homem a sérios estudos.
As grandes conquistas contemporâneas
não conseguiram ainda erradicá-la.
Ignorada propositadamente pela
chamada Ciência Oficial, prossegue
colhendo nas suas malhas, diariamente,
verdadeiras legiões de incautos que se
deixam arrastar a resvaladouros
sombrios e truanescos, nos quais
padecem irremissivelmente, até à
desencarnação lamentável, continuando,
não raro, mesmo após o traspasse...
Isto, porque a morte continua
triunfando, ignorada, qual ponto de
interrogação cruel para muitas mentes e
incontáveis corações.
GLOSSÁRIO
EXÓRDIO: texto preliminar de
apresentação, inicio, introdução.
PULULAM: brotam, multiplicam-se
rapidamente com abundância.
FLAGÍCIO: sofrimento, aflição, tortura.
INCAUTOS: descuidados, não têm
cautela.
RESVALADOUROS: abismos,
despenhadeiros.
TRUANESCOS: Estranhos, absurdos.
EXÓRDIO
10. 10
As Disciplinas e Doutrinas decorrentes da
Psicologia Experimental, nos seus
diversos setores, preferem continuar
teimosamente arregimentando teorias
que não respondem aos resultados da
observação demorada e das constatações
de laboratório, como se a Imortalidade
somente merecesse acirrado combate e
não investigação imparcial, capaz de
ensejar ao homem esperanças e
consolações, quando tudo lhe parece
conspirar contra a paz e a felicidade.
Desde as honestíssimas pesquisas do
BARÃO VON DE GULDENSTUBBÉ, em
1855, e as do professor ROBERTO HARE,
insuspeito lente de Química, na
universidade de Pensilvânia, em 1856,
que concluíram, pela realidade do
espírito preexistente ao berço e
sobrevivente após o túmulo, que os
cientistas conscientes das suas
responsabilidades se têm entregue ao
afã da verificação da Imortalidade.
E todos aqueles que se dedicaram à
observação e ao estudo, à
experimentação e ao fenômeno, são
concordes na comprovação da
continuidade da vida depois da morte...
ROBERTO HARE
(1781 - 1858)
Cientista norte-americano no século XIX,
físico e químico de grande renome,
Robert Hare foi o primeiro homem de
ciência nos Estados Unidos a se dedicar à
investigação experimental dos
fenômenos mediúnicos e à defesa e
propagação das ideias espíritas.
Em fins de 1855, publicou seus estudos e
suas conclusões em uma obra volumosa,
com mais de 400 páginas e com
ilustrações de todos os seus trabalhos,
intitulada Investigação Experimental das
Manifestações dos Espíritos –
Demonstração da Existência dos Espíritos
e sua Comunicação com os Mortais. (3)
BARÃO VON DE GULDENSTUBBÉ
(1820-1873)
Foi um grande trabalhador das primeiras
horas do Espiritismo, um grande
pesquisador da alma e que teve também
as suas obras queimadas na Espanha
pela Santa Inquisição no dia 9 de outubro
de 1861 no conhecido AUTO-DE-FÉ EM
BARCELONA.
Foi conhecido principalmente por suas
investigações e experiências em
pneumatografia. (1)
PNEUMATOGRAFIA: é a escrita produzida
diretamente pelo Espírito, sem nenhum
intermediário. Difere da psicografia
porque esta é a transmissão do
pensamento do Espírito pela mão do
médium. (2)
R. HARE R. HARE
11. 11
Através de suas experiências concluiu
que a maioria das doenças mentais são
devidas, na realidade, a uma possessão.
Para fazer com que o Espírito
retardatário deixasse o corpo do doente
mental, contava com a ajuda de Espíritos
evoluídos que incorporavam na médium
ANNA.
O diálogo direto tornava-se então
possível entre o Dr. WICKLAND e o
Espírito. Várias sessões eram, às vezes,
necessárias.
WICKLAND
e sua esposa
ANNA
Entre 1918 e 1924 passou a estenografar
as comunicações que eram sempre
psicofônicas, isto é, faladas,... reunindo
farto e extenso conjunto de materiais
que constitui um verdadeiro
monumento que evidencia o
prosseguimento da vida após a morte.
Todo esse material foi reunido e
examinado com minúcia, dentro do
método científico.
Este trabalho resultou em uma obra
impressionante, intitulada TRINTA ANOS
ENTRE OS MORTOS.
Incansáveis, o Dr. WICKLAND e sua
esposa ANNA prestaram um concurso
inestimável, socorrendo e consolando
centenas de Espíritos desequilibrados
que vinham procurá-los ou eram
conduzidos até eles, estendendo um
auxílio que se desdobrava entre as duas
dimensões da vida, a espiritual e a
material, na exata medida em que os
“mortos”, uma vez esclarecidos,
deixavam de perseguir e prejudicar os
“vivos”.
Nos Estados Unidos, se tornaram
famosas as experiências psiquiátricas
realizadas pelo Dr. CARLOS WICKLAND,
que, utilizando-se da argumentação
espírita, conseguiu desobsidiar inúmeros
pacientes que lhe chegavam,
atormentados, ao consultório.
Simultaneamente, em seus trabalhos
especializados, utilizava-se de uma
médium clarividente, sua própria esposa,
que o ajudava na técnica da
desobsessão.
CARLOS WICKLAND
(1861-1945)
Carl August Wickland, psiquiatra e
pesquisador dos fenômenos psíquicos,
de nacionalidade sueca-americana.
A primeira vez em que teve contato com
uma entidade espiritual foi através de
sua esposa, que desenvolveu a
mediunidade espontaneamente.
12. 12
DR. WICKLAND, e sua esposa médium,
ANNA, ao lado da máquina WIMHURST
DE CARL.
O médico observou logo que os Espíritos
que obsidiam sentem, bem mais que nós,
as dores de nosso corpo.
Ele montou, então, um aparelho simples
que enviava ao doente mental pequenas
descargas elétricas, totalmente
inofensivas e indolores para o
encarnado, porém intoleráveis para o
Espírito perturbador que o possuía.
O Dr. WICKLAND e ANNA jamais ouviram
falar de Espiritismo.
No entanto, mediante os eventos e as
vivências que protagonizaram, chegaram,
por conta própria, às mesmas
conclusões, no primeiro quartel do
século XX, a que ALLAN KARDEC chegara
no início da segunda metade do século
XIX. (4)
13. 13
JEAN MARTIN CHARCOT
(1825-1893)
Foi uma das maiores figuras da medicina
francesa.
Neurologista e professor, exerceu grande
influência sobre SIGMUND FREUD, seu
aluno na SALPÊTRIÈRE.
Introduziu profundas modificações no
estudo da patologia nervosa e deve-se-
lhe a primeira descrição dos sintomas da
histeria, na qual experimentou o
tratamento pela hipnose, a qual
estimulou aquele aluno para o ponto de
vista psicológico. (5)
CLÁUDIO GALENO, DE PÉRGAMO
(130-200)
Médico e filósofo grego, cirurgião de
gladiadores, médico da corte e de
Cômodo (180-192).
Inferior apenas a Hipócrates, é
considerado o fundador da Fisiologia
Experimental e escreveu cerca de 400
livros, dos quais apenas 98 nos
chegaram.
Para ele as vidas psíquica e animal têm
funções diversas e operam em níveis
diversos, mas todo corpo é apenas um
instrumento da alma e cada organismo
se constitui segundo um plano lógico
estabelecido por um ser supremo, guia e
arquiteto do universo.
SALPÊTRIÈRE
Hospital-asilo construído em 1656, a
mando de Luís XIV, para ser uma fábrica
de pólvora, do qual o salitre é um dos
ingredientes, advindo daí o seu nome.
Foi transformado, 15 anos após, num
nosocômio.
Diante de ALCINA
incorporada pelo
espírito de
GALENO, em
plena sessão da
SALPETRIÊRE,
respondeu
CHARCOT, aos
interessados no
fenômeno e que
o inquiriram, que
lhes não convinha
se adiantassem à
própria época em
que viviam...
Sugeria que se não buscassem raciocínios
que aclarassem os resultados das
investigações, devendo contentar-se
somente com aquela «observação
experimental», a que todos haviam
presenciado.
Tal atitude anticientífica tem sido
mantida por respeitáveis investigadores,
por temerem a realidade da vida
imperecível.
JEAN MARTIN CHARCOT
14. 14
ALCINA, com letra clara e bonita, escreve
com a maior desenvoltura os caracteres
gregos perfeitamente formados, segundo
o dizer de ambos os sábios interrogantes.
Depois dessa prova, CHARCOT, como que
inspirado e profundamente emocionado,
disse:
– Vamos evocar Espíritos; porém não
Espíritos vulgares; busquemos na história
da Humanidade, os mais luminosos e os
interroguemos sobre as obras que
projetaram, deixando-as interrompidas
por haverem falecido.
LABARDE, professor de Fisiologia, pede a
palavra e, após cinco minutos de
meditação, diz:
– Evoquemos o Espírito de GALENO e lhe
perguntemos que observação importante
fez depois de sua primeira dissecação.
Concluída essa experiência, disse
CHARCOT:
– Haveis observado a sua obediência;
passemos, agora, a uma ordem de
experiências superiores.
Mandou que trouxessem um quadro de
giz e disse:
– Alcina, vá ao quadro-negro: escreva.
Dirigindo-se então aos professores
assistentes, disse-lhes:
– Senhores, ordenai a esta jovem que vá
ao quadro de giz escrever em qualquer
idioma, seja europeu ou exótico, antigo
ou vivo, sobre assuntos científicos,
literários, ou quaisquer outros.
Os professores PANNÁS, grego, e
MATHIAS DUVAL, francês, ambos
membros da Academia e professores
universitários, adiantam-se e ditam
orações completas em grego antigo e
moderno, respectivamente.
ALCINA
O papel da sensitiva ALCINA na célebre
experiência em SALPETRIÊRE, levada a
efeito por CHARCOT, conforme Carlos
Bernardo Loureiro, no livro AS
MULHERES MÉDIUNS.
ALCINA era considerada histérica,
naquele hospital-asilo, nos idos de 1862.
Em uma célebre experiência com a
sensitiva, CHARCOT apresentou-a à
seleta e douta assembleia de psiquiatras.
– Eis aqui uma histérica que, debaixo da
influência do hipnotismo, obedecerá
cegamente a quanto se lhe ordenar. Ides
presenciar um fenômeno muito
surpreendente.
E ordena-lhe:
– Alcina, caminhe para a direita.
Alcina obedece e caminha para a direita.
– Alcina, cante uma canção.
Alcina canta.
– Alcina, dance.
Alcina dança.
15. 15
Essa trindade teve uma única e mesma
alma: foi Alexandre, foi César, foi
Napoleão!
Profunda e estarrecedora impressão
provocava ALCINA nos espíritos cultos e
descrentes daquela plêiade de eruditos.
O professor de Freud [CHARCOT],
encerrando as experiências, assim se
expressou:
– Senhores, não pretendais avançar além
da nossa época; não busqueis raciocínio
algum para a explicação clara e
verdadeira destas experiências;
contestai-vos com a observação
experimental que acabais de fazer ...
E aquele histórico e notável episódio
médico se encerra, para nós, espíritas,
aqui, cabendo-nos apenas acrescentar:
– Sem comentários. (5)
Depois de LABARDE, falou MATHIAS
DUVAL, austero sábio, de grande
inteligência, que disse:
– Evoquemos o Espírito Platão, que nos
dirá algo sobre a semelhança que existe
entre Alexandre, César, e Napoleão.
PLATÃO, em GREGO, escreveu, através
da analfabeta ALCINA:
– Observei que, fisicamente, esses três
homens se parecem: estatura mediana,
temperamento nervoso e exagerado,
paixões inferiores, vivacidade, soberba,
talento extraordinário, tez morena,
cabelos negros, mãos finas, expressão
fácil, sem verbosidade, eloquência
claríssima, resoluções firmes, atividade
inesgotável, etc.
Todas estas condições lhes foram
comuns; suas obras de guerreiros e
conquistadores, idênticas; a ambição,
única e igualmente arrebatadora: a
dominação do mundo.
E GALENO respondeu pela mão da
médium:
– O corpo humano não chegou à sua
perfeita conformação. Os sistemas da
circulação e da enervação estão bastante
unidos e relacionados na obra da
economia; porém, o sistema linfático
sofrerá uma evolução de grande
proveito, sobretudo para a longevidade
da espécie humana.
Em alguns animais inferiores, de vidas
mais longas, já se poderiam fazer
experiências comprobatórias desta
asserção.
Toda essa luminosa comunicação de
GALENO foi escrita por ALCINA, no
quadro de giz, em caracteres gregos e no
idioma antigo, do tempo do pai da
Medicina.
17. 17
De KARDEC aos nossos dias, todavia,
quantas edificantes realizações e
preciosos estudos em torno dos
médiuns, da mediunidade, das obsessões
e das desobsessões têm sido
apresentados!
Este capítulo dos problemas psíquicos —
a OBSESSÃO — tem merecido dos
cristãos novos o mais acendrado (puro)
interesse.
Apesar disso, avassaladoramente vem-se
mantendo em caráter epidêmico, qual
morbo virulento (enfermidade
contagiosa) que se alastra por toda a
Terra, hoje mais do que em qualquer
época...
Sinal dos tempos a que se relerem os
escritos evangélicos prenuncia essa dor
generalizada, a Era do Espírito Imortal.
Milhões de criaturas, no entanto,
dormem o sono da indiferença,
entregues aos anestésicos do prazer e ao
ópio da ilusão.
A bússola para o sadio exercício da
mediunidade foi apresentada com
rigoroso equilíbrio, através da Obra
magistral.
Entretanto, diante dos lancinantes
(torturantes) problemas da obsessão na
atualidade, tem-se a impressão de que
nada até o momento haja sido feito a
fim de ser modificado esse estado de
coisas.
Com ALLAN KARDEC, no entanto, tiveram
início os eloquentes testemunhos da
imortalidade, da comunicabilidade dos
Espíritos, da reencarnação e das
obsessões, cabendo ao insigne mestre
lionês a honrosa tarefa de apresentar
conveniente terapêutica para ser
aplicada nos obsidiados como também
nos obsessores.
A partir da publicação de O LIVRO DOS
MÉDIUNS, em janeiro de 1861, em Paris,
todo um conjunto de regras, com um
notável esquema das faculdades
mediúnicas, foi apresentado, a par de
seguro estudo do Espírito, nas suas
diversas facetas, culminando com o
exame das manifestações Espiríticas,
organização de Sociedades e palestras
dos Espíritos Elevados, que traçaram
rotas de segurança para os que
ingressarem na investigação racional dos
fenômenos medianímicos.
18. 18
Algumas das personagens aqui aparecem
discretamente resguardadas por
pseudônimo, considerando que algumas
delas e seus familiares se encontram
ainda reencarnadas...
Como nos impressionassem as técnicas
da obsessão utilizadas pelos Espíritos
perseguidores e as técnicas da
desobsessão aplicadas pelos Instrutores
Desencarnados, reunimos dados, fizemos
verificação, e hoje apresentamos o
resultado das averiguações ao leitor
interessado em informações do Mundo
Espiritual sobre o palpitante problema
das perseguições espirituais.
Estes fatos transcorreram entre os dois
mundos: o dos encarnados e o dos
desencarnados.
Estes dois mundos se interpenetram, já
que não há barreiras que os separem
nem fronteiras reais, definidas, entre
ambos.
A Doutrina Espírita, porém, possui os
antídotos, as terapias especiais para tão
calamitoso mal.
Repetindo Jesus, distende lições e
roteiros para os que se abeberam
(empreguinaram) das suas fontes vitais.
***
ESTE LIVRO DEVERIA
TER SIDO ESCRITO FAZ
MUITO TEMPO...
Todos os fatos nele narrados
aconteceram entre os anos de 1937 e
1938, em Salvador, na Bahia, quando da
nossa jornada carnal, na Terra.
Por todos os lugares se manifestam os
Espíritos advertindo, esclarecendo,
despertando...
No entanto, o carro desatrelado da
juventude corre na direção de abismos
insondáveis.
Os homens alcançam a maturidade
vencidos pelos desgastes da quadra
juvenil, e a velhice em desassossego
padece ao abandono.
Os altos índices da criminalidade de
todos os matizes e as calamidades sociais
espalhadas na Terra são, todavia, alguns
dos fatores predisponentes (tendências)
e preponderantes (determinantes) para
as obsessões...
Os crimes ocultos, os desastres da
emoção, os abusos de toda ordem de
uma vida ressurgem depois, noutra vida,
em caráter coercitivo, obsessivo.
É o que hoje ocorre como consequência
do passado.
19. 19
PETITINGA presidiu a União até a data da
sua desencarnação, no dia 25 de março
de 1939, depois de mal súbito que o
acometeu em pleno trabalho na sede da
União Espírita.
O sepultamento foi acompanhado por
grande cortejo, formado por vários
ônibus, fretados pela Companhia Fabril
da Bahia, onde trabalhava, e mereceu
registro nos principais periódicos da
época, os quais homenageavam o
jornalista, poeta, escritor, linguista e
emérito espírita, que provocou
suspensão do expediente na empresa em
que servia.
Por meio de uma médium amiga,
Petitinga deu uma comunicação em
pleno velório, em sua residência, na Rua
do Limoeiro. (8)
Seu primeiro contato com o Espiritismo
se deu em 1887, aos 21 anos de idade,
quando leu O Livro dos Espíritos.
Algum tempo e muitos estudos depois,
ele fundou na cidade de Juazeiro o
"Grupo Espírita Caridade“.
No dia 25 de dezembro de 1915 fundou
a União Espírita Baiana, com o objetivo
de orientar o movimento espírita na
Bahia.
UM EPISÓDIO MARCANTE NA VIDA DE
PETITINGA
No livro NOS BASTIDORES DA
OBSESSÃO, Capítulo 11 - AS AGRESSÕES
– nosso livro de estudo - MANOEL
PHILOMENO DE MIRANDA, pelas mãos
de DIVALDO FRANCO, narra um episódio
que nos mostra perfeitamente como era
e como se comportava JOSÉ PETITINGA.
(7)
São de sua autoria os livros de
poesias "HARPEJOS VESPERTINOS",
"MADRESSILVAS" e "TONADILHAS“. (6)
Grande parte das instruções, orientações
e socorros procederam do Mundo
Espiritual, durante as sessões realizadas
com a participação de diversos membros
da União Espírita Baiana, quando
presidida por JOSÉ PETITINGA, o amigo
incondicional do Cristo.
Diversos companheiros encarnados e nós
participávamos, em desdobramento
parcial pelo sono, das atividades da
desobsessão e das incursões no Mundo
Espiritual sob o comando de Abnegados
Mentores que nos sustentavam e
conduziam, adestrando-nos nas
realidades da vida extracorpórea.
JOSÉ PETITINGA
(1866-1939)
José Florentino de Sena, mais conhecido
como José Petitinga foi um jornalista,
poeta, contador brasileiro, conhecido
como um dos precursores do Espiritismo
na Bahia. Fundador da União Espírita
Baiana. (6)
20. 20
Seu patriotismo sofreu completa
transformação.
Essa virtude foi substituída por uma
outra:
O Cosmopolitismo (universalista)...
Fez-se um fleumático (equilibrado)
incomparável, dedicado, altruísta;
benevolente para com todos, sem
preferência de raças nem de crenças,
porque via irmãos em todos os homens.
Tornou-se o marco referencial do
movimento espírita unificador. (9)
PETITINGA O APÓSTULO DA UNIFICAÇÃO
Desde jovem, tomou parte ativa dos
movimentos cívicos e políticos do
Abolicionismo e da República, batendo-
se por essas duas causas nos jornais da
época, o que logo lhe granjeou
justificada notoriedade.
José Petitinga era um entusiasta, um
democrata intransigente, um patriota
extremoso, capaz de sacrifício.
A IMORTALIDADE
PETITINGA continua trabalhando em prol
de seu crescimento e da iluminação de
consciências, tendo páginas psicografadas
através de médiuns, entre eles,
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER e DIVALDO
PEREIRA FRANCO.
IDEAIS DA MATURIDADE
IDEAIS DE SUA MOCIDADE
21. 21
DESDOBRAMENTO:
Fenômeno anímico
da emancipação da
alma, que permite
ao espírito libertar-
se do corpo
parcialmente e
estar em outro
lugares.
Em confabulações com PETITINGA,
quando ainda no plano físico,
conseguíamos, de certo modo,
acompanhar as disposições socorristas
dedicadas aos membros envolvidos nas
tramas da obsessão de que nos
ocupamos nestas páginas.
Foi, todavia, aqui chegando, após a
libertação dos liames fisiológicos pela
desencarnação, que pudemos reunir
todos os apontamentos de que tínhamos
necessidade, contando, também, com a
valiosa cooperação do venerando amigo
PETITINGA e das ENTIDADES
SUPERIORES, que nos ajudaram naquele
tentame (estudo, experiência), então
coroado de êxito, mercê da Divina
Misericórdia.
Desde vários anos, percebêramos a
facilidade com que nos libertávamos
[PHILOMENO] parcialmente dos liames
carnais, em estado de lucidez,
amealhando (acumulando), desde então,
incomparáveis recursos para utilização
oportuna.
Quando nos aconteceram as primeiras,
experiências dessa ordem, no labor
mediúnico em grupo, retornamos ao
corpo conservando intactas as
lembranças, o mesmo acontecendo a
diversos membros daquelas atividades.
Como se tornassem cada vez mais
complexas as tarefas em curso, a
bondade dos Amigos Espirituais
procedeu a conveniente censura das
lembranças, de modo a que a nossa vida
material não fosse afetada pelas
recordações de tais realizações.
Veja os slides do estudo
do livro Perispírito,
de Zalmino Zimmermann,
Capítulo XI - Perispírito e
Mediunidade
22. 22
Reconhecidos e sensibilizados pelo
auxílio recebido do Alto, que nunca nos
tem faltado com o seu socorro, exoramos
(pedimos) as bênçãos do Senhor para
todos nós, servo incompetente que
reconhecemos ser, na Sua Vinha de Luz e
Amor.
MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA
Salvador, 12 de junho de 1970.
Nada traz de novo, que já não tenha sido
dito.
Repete, fiel à técnica educacional de que
o exercício é um dos mais eficientes
métodos da aprendizagem, muitas lições
conhecidas.
Longe de ser um tratado sobre obsessão
e desobsessão, é um ligeiro estudo
prático, através de uma família
anatematizada (castigada) pelas
perturbações de além-túmulo.
Imenso e fértil campo a joeirar
(pesquisar), a obsessão continua
aguardando os estudiosos mais bem
adestrados e mais capazes para mais
amplos esclarecimentos e mais eficazes
elucidações.
O nosso pálido esforço tem o escopo de
chamar a atenção para o problema.
Que outros, como já tem sido feito por
muitos, realizem a parte mais nobre e
complexa da questão.
Alguns dos subitens que constituem os
PROLEGÔMENOS (prefácio) desta Obra
apareceram oportunamente em alguns
periódicos espíritas.
Aqui se encontram por nós próprios
refundidos (revistos) para melhor
entrosamento no conjunto.
Reconhecemos a singeleza deste
trabalho.
Com ele, todavia, objetivamos cooperar
de alguma forma com os nobres
lidadores da mediunidade, os infatigáveis
servidores das tarefas da desobsessão,
que se dedicam confiantes e joviais aos
trabalhos de socorro aos irmãos
atribulados deste lado de cá e do lado de
lá, cooperando com o Cristo na
implantação do Mundo Melhor a que
todos aspiramos.
24. 24
Os Espíritos exercem incessante ação
sobre o mundo moral e mesmo sobre o
mundo físico.
Atuam sobre a matéria e sobre o
pensamento e constituem uma das
potências da Natureza, causa eficiente de
uma multidão de fenômenos até então
inexplicados ou mal explicados e que não
encontram explicação racional senão no
Espiritismo.
As relações dos Espíritos com os homens
são constantes.
Os bons Espíritos nos atraem para o bem,
nos sustentam nas provas da vida e nos
ajudam a suportá-las com coragem e
resignação.
Os maus nos impelem para o mal: é-lhes
um gozo ver-nos sucumbir e assemelhar-
nos a eles.
O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec,
Introdução.
Os modernos pesquisadores da mente
encarnada, fascinados pelas experiências
de Laboratório, surpreendem,
paulatinamente, as realidades do Mundo
extrafísico.
Ligados, porém, aos velhos preconceitos
científicos, denominam a faculdade
através da qual veiculam tais fatos pelo
nome genérico de “PSI”.
O “PSI” é uma designação que dá
elasticidade quase infinita aos recursos
plásticos da mente, tais como
conhecimento do passado (telepatia), ou
acontecimentos que tiveram lugar
anteriormente e se encontram gravados
nas mentes de outras pessoas;
conhecimento de ocorrências no mundo
exterior (clarividência), sem o contacto
com impressões sensoriais;
e percepção do futuro (presciência).
Em princípio, os recursos valiosos da
mente, nas experiências de transposição
dos sentidos, fenômenos de profetismo e
lucidez, demonstrações de
insensibilidade táctil, nas alucinações,
polarizações e despolarizações psíquicas,
realizadas em epilépticos e histéricos
hipnotizados, ensejavam conclusões
apressadas que pareciam confirmar as
características do “psi”.
Comprovou-se mui facilmente, através
da sugestão hipnológica, que se pode
impressionar um percipiente (sensitivo)
a fim de que o mesmo assuma
personificações parasitárias
momentaneamente, representando
vultos da História ou simples pessoas da
plebe...
PROLEGÔMENOS
GLOSSÁRIO
Prolegômenos: Amplo texto introdutório.
25. 25
GLOSSOLALIA:
Quando médiuns sonambúlicos falam ou
escrevem em pseudolínguas inexistentes,
elaboradas nos recessos de suas
subconsciências.
Em geral o fenômeno está ligado a
situações de fervor religioso, em que o
indivíduo crê expressar-se em uma língua
desconhecida, por ele tida como de
origem divina. (2)
PNEUMOGRAFIA: escrita produzida
diretamente pelo Espírito, sem qualquer
intermediário. (3)
METAFONISMO: sinônimos de hiloclastia.
A penetração paranormal da matéria
através da matéria é chamada
de Hiloclastia por René Sudré. (4)
METERGIA: ação ou exteriorização
paranormal variada e complexa que
produz corporificações, movimentos de
objetos à distância, como ainda, ações no
médium ou em outros seres vivos. (5)
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
XENOGLOSSIA:
Fenômeno de se expressar
espontaneamente em um idioma
estranho, ou seja, uma língua que não
foi previamente estudada e aprendida
(na presente reencarnação) por aquele
que nesta se expressa, e, por isso, uma
manifestação em tais condições é
considerada um fenômeno paranormal,
sobrenatural, metapsíquico.
A xenoglossia é catalogada como uma
das mais fortes evidências da
sobrevivência da alma pós-morte e da
reencarnação.
Conforme o Espiritismo, tal manifestação
pode ser resultado de um processo
anímico ou mediúnico.
Allan Kardec classificou de médium
poliglota aquele que tem essa
capacidade. (1)
Considerando-se, todavia, em outras
experiências, os fenômenos intelectuais,
como nos casos de XENOGLOSSIA e
GLOSSOLALIA, especialmente entre
crianças de tenra idade, ou naqueles de
ordem física, tais como a
PNEUMOGRAFIA, o METAFONISMO, a
TELECINESIA, a TELEPLASMIA e os
diversos fenômenos dentro da
METERGIA, constata-se não haver
elasticidade que se ofereça à mente
encarnada que os possa elucidar, senão
através da aceitação tácita
(subentendido, oculta) de uma força
externa inteligente, com vontade
própria, que atua no sensitivo, a este
conferindo tais possibilidades.
26. Estudiosos do assunto, no passado, tais
como WILLIAM JAMES, acreditaram que
todos vivemos mergulhados numa
«corrente de consciência cósmica»,
enquanto HENRIQUE BERGSON supunha
que «a mente possui um conhecimento
de tudo, em qualquer lugar, sem
limitação de tempo ou de espaço»,
dando ao cérebro a função de velador de
tal conhecimento.
Enquanto tais fenômenos se demoram
sem explicação definitiva, a
sobrevivência do Espírito após a morte
do corpo não encontra aceitação pelas
Academias; distúrbios mentais de vária
ordem aprisionam multidões em
cárceres estreitos e sombrios, povoados
pelos fantasmas da loucura, reduzindo o
homem à condição primitiva do
passado...
Muito embora os desvarios (distúrbios)
da razão estejam presentes nos fastos
(venturosos) de todos os tempos, jamais,
como na atualidade, o homem se sentiu
tão perturbado.
26
WILLIAM JAMES
(1842-1910)
Filósofo e psicólogo
americano e o primeiro
intelectual a oferecer
um curso de psicologia
nos Estados Unidos.
HENRIQUE BERGSON
(1859 -1941)
Foi um filósofo e
diplomata francês,
laureado com o Nobel
de Literatura de 1927.
Conhecido principalmente por Ensaios
sobre os dados imediatos da consciência,
Matéria e Memória, A evolução criadora
e As duas fontes da moral e da religião,
sua obra é de grande atualidade e tem
sido estudada em diferentes disciplinas -
cinema, literatura, neuropsicologia,
bioética, entre outras.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
TELECINESIA:
Fenômeno provocado pelo comando
mental à distância capaz de fazer com
que objetos se movam.
É um caso particular da Psicocinesia.
Há autores que julgam que a telecinesia
também possa ser provocada por um
médium sob influência de uma Entidade
espiritual e que, neste caso, seria uma
ocorrência peculiar ao mediunismo. (5)
TELEPLASMIA:
Efeito físico de origem mediúnica,
decorrente do uso da energia
ectoplásmica, que envolve o fenômeno
ectoplásmico de formas.
Teleplasma é o nome dado ao
ectoplasma por alguns
experimentadores, sugerido pela equipe
de W. Crookes, referindo-se ao que se
desprendeu do médium para efetuar o
fenômeno.
27. 27
Considerados inicialmente como anjos
maus ou demônios, ao tempo de Jesus,
foram por Ele classificados de Espíritos
imundos, com os quais se defrontou,
reiteradas vezes, durante a jornada
vivida na Terra.
Todos os grandes pensadores, artistas,
escritores, filósofos do passado, pais de
religiões, doutores da Igreja, são
unânimes em atestar as realidades da
vida além da carne, pelos testemunhos
inconfundíveis da imortalidade.
Aos Espíritos dos ditos mortos se referem
ANAXÁGORAS, PLUTARCO, SÓCRATES,
HERÓDOTO, ARISTÓTELES, CÍCERO,
HORÁCIO, PLÍNIO, OVÍDIO, LUCANO,
FLÁVIO JOSÉ, VIRGÍLIO, DIONISIO DE
HALICARNASSO, VALÉRIO MÁXIMO...
que, em seus relatos, apresentam farta
documentação comprobatória do
intercâmbio espiritual, citando outras
não menos célebres personagens do seu
tempo.
Fazendo-se ligeiro levantamento através
da História — e os acontecimentos têm
sido registrados em todas as épocas do
pensamento, mesmo nas mais recuadas
—, surpreendemos, ao lado dos
alienados de qualquer procedência,
magos e sacerdotes manipulando
exorcismos e orações com que
pretendiam afastar os Espíritos
atormentadores, que se comprazem em
vampirizar ou exaltar suas vítimas em
infeliz comércio entre os dois planos da
vida: o corporal e o espiritual.
Os livros sagrados de todos os povos,
desde a mais remota antiguidade
oriental, em se referindo às Leis Morais,
reportam-se à vida extraterrena às
consolações e às penalidades impostas
aos Espíritos — tal como se a informação
tivesse sido haurida na mesma fonte,
tendo como única procedência a
inspiração dos desencarnados —
estudando, igualmente, as aflições e
perturbações de origem espiritual, que
remontam às vidas pregressas...
Tratadistas estudiosos dos problemas
psicossociológicos do presente atribuem
grande parte dos distúrbios mentais à
“tensão” das horas em que se vive,
elevando, cada dia, o número dos
desarranjados psiquicamente e aturdidos
da emoção.
Naturalmente que, além desses, afirmam
os de procedência fisiológica, da
hereditariedade, de vírus e germens, as
sequelas da epilepsia, da tuberculose,
das febres reumáticas, da sífilis, os
traumatismos e choques que se
encarregam de contribuir larga e
amplamente para a loucura.
Fatores outros predisponentes a que
também se referem não podem ser
relegados a plano secundário.
Todavia, além desses, que dão origem a
psicoses e neuroses lamentáveis, outros
há que somente podem ser explicados
pela Doutrina Espírita, no Capítulo das
Obsessões estudadas carinhosamente
por Allan Kardec.
28. 28
RACIONALISMO
O Racionalismo é uma corrente filosófica
que traz como argumento a noção de
que a razão é a única forma que o ser
humano tem de alcançar o verdadeiro
conhecimento por completo. O filósofo,
físico e matemático René Descartes foi
um dos principais difusores dos
pensamentos ligados a essa teoria.
Das primeiras lutas entre o Empirismo e
o Racionalismo intelectual à era atômica,
filósofos e cientistas não ficaram
indiferentes aos Espíritos...
Ricos são os comentários sobre as
aparições, as casas assombradas, os
avisos e as consultas nos santuários de
todas as grandes civilizações.
Mais tarde LACTÂNCIO, ORÍGENES,
AMBRÓSIO, BASÍLIO E ARNÓBIO dão
farto e eloquente testemunho das
comunicações com os desencarnados.
A Escola Neoplatônica de Alexandria,
através dos seus mais expressivos vultos,
pregando a multiplicidade das
existências (reencarnação), afirma, por
intermédio de PLOTINO, PORFÍRIO,
JÂMBLICO, PRÓCLUS, a continuidade da
vida concedida ao princípio espiritual.
A Idade Média foi farta em provas sobre
os desencarnados. “Anjos” e “espíritos
imundos” subitamente invadiram a
Europa, e os “inspirados” e
“endemoninhados”, os “adivinhos» e
“feiticeiros” foram levados à pira
crematória, sem que conseguissem
extingui-los.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
EMPIRISMO
O empirismo é uma teoria filosófica que
argumenta que todo o conhecimento
humano deve ser adquirido de
experiências sensoriais. Ou seja, a partir
de suas vivências, e não instintos ou
conhecimento nato, os indivíduos vão
adquirindo saberes, consciência e
aprendizado.
29. 29
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
PSIQUISTA é o profissional que trabalha e
estuda as forças da mente. Como a
energia mental afeta o comportamento
humano. Estuda os fenômenos
energéticos e paranormais humanos.
Classificou como obsessão a grande
maioria dos distúrbios psíquicos e
elaborou processos de recuperação do
obsidiado, estudando as causas
anteriores das aflições à luz das
reencarnações, através de linguagem
condizente com a razão, e demonstrável
experimentalmente.
A codificação Kardequiana, como um
monumento granítico para os séculos
porvindouros, certamente não resolveu
o “problema do homem”, pois que este
ao próprio homem é pertinente,
oferecendo, todavia, as bases e direções
seguras para que tenha uma vida feliz,
ética e socialmente harmoniosa na
família e na comunidade onde foi
chamado a viver.
No século XIX, porém, fadado pelas suas
conquistas a servir de base ao futuro, no
que diz respeito ao conhecimento, a
sobrevivência mereceu por parte de
psicólogos e psiquistas o mais acirrado
debate, inaugurando-se a época das
investigações controladas
cientificamente.
Foi nesse período que ALLAN KARDEC,
convidado à liça (contenda, debate) da
cultura e da informação, empunhando o
bisturi da investigação, clareou, com uma
Filosofia Científica, o Espiritismo, calcada
em fatos devidamente comprovados, os
escaninhos (recantos) do obscurantismo
(ignorância, desconhecimento),
oferecendo uma terapêutica segura para
as alienações torturantes, repetindo as
experiências de JESUS CRISTO junto aos
endemoninhados e enfermos de toda
ordem.
Psiquistas de nomeada, advertidos pelos
resultados observados na Europa e na
América, em torno do fascinante assunto
— comunicabilidade dos Espíritos —,
empenharam-se, então, em laboriosas
experiências, criando, alguns, por mais
compatível com as suas investiduras
acadêmicas, sucedâneos (substitutos)
para a alma, que introduziram na
genética da Biologia, negando àquela o
direito à legitimidade.
30. 30
HANS ADOLF E. DRIESCH
(1867- 1941)
Biólogo e filósofo alemão, Neovitalista
conhecido por seus primeiros trabalhos
experimentais em Embriologia.
Propôs a existência do princípio da vida
nos seres animados, um fator espiritual,
irredutível (que não pode ser reduzido ou
simplificado) aos agentes físico-químicos.
Na base dos fenômenos vitais existe uma
peculiar força vital imaterial que chamou
de ENTELÉQUIA.
O Professor GUSTAVO GELEY, por
exemplo, criou a designação de “dínamo-
psiquismo”, PAULEY, a de “consciência
profunda”, HANS DRIESCH a de
enteléquias e teorias metapsíquicas
vieram a lume, em ferrenho antagonismo
à imortalidade, esgrimindo as armas do
sofisma e da negação, sem conseguirem,
no entanto, resultado positivo.
GUSTAVE GELEY
(1865 – 1924)
Psiquiatra e
pesquisador
espírita francês.
Considerado um dos mais notáveis
pesquisadores no campo das
materializações, tornou-se referência
obrigatória no estudo do ectoplasma e
seus fenômenos.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
ENTELÉQUIAS: Na filosofia de
Aristóteles, qualquer realidade que
atingiu seu ponto de perfeição, a
essência da alma.
TEORIAS METAPSÍQUICAS: Ciência
estabelecida e estruturada por Charles
Richet, destinada a estudar os
fenômenos que transcendiam
à Psicologia e que fugiam ao domínio
físico da ciência dita materialista, como a
clarividência, a telepatia, a visão dupla,
etc.
31. 31
COM O ADVENTO DA MODERNA
PARAPSICOLOGIA, novos sucedâneos
têm sido criados para o espírito imortal
e, enquanto os pesquisadores se
demoram no problema da designação
nominativa que inspira debates e
celeumas, a Doutrina Espírita, lecionando
amor e fraternidade, estudo e
conhecimento da vida sob a inspiração
dos Imortais, distende braços e liberta
das malhas vigorosas (fortes) da
obsessão aqueles que, por imprevidência
ou provação, se deixaram arrastar aos
escuros precipícios da anarquia mental,
perturbados ou subjugados por forças
ultrizes (vingativas) da Erraticidade,
prescrevendo as mesmas diretrizes
morais insertas (incluídas) no Evangelho
de Jesus-Cristo, vivido em espírito e
verdade.
E Fenômenos Objetivos, cuja
manifestação envolve ação física sobre
os objetos materiais (na linguagem
espírita, Fenômenos Físicos). Esta
classificação é utilizada até os dias de
hoje. A sua maior contribuição foi o
estudo do ectoplasma, substância
responsável pelos fenômenos objetivos.
WILLIAM CROOKES (1832 – 1919) -
Químico e físico britânico.
Mencionado como sendo um dos mais
persistentes e corajosos pesquisadores
dos fenômenos supranormais, estudou o
que acontece com os médiuns, a
materialização de espíritos e a levitação.
Desenvolveu importante trabalho na
área da fenomenologia espírita.
O célebre Professor CHARLES RICHET,
estimulado pelas experiências
eminentemente científicas de Sir
WILLIAM CROOKES, elaborou a
Metapsíquica e, ao despedir-se da sua
Cátedra de Fisiologia, na Universidade de
Paris, deixou ao futuro a satisfação de
confirmar, de negar ou desdobrar as suas
conclusões.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
CHARLES ROBERT RICHET (1850 - 1935)
Médico fisiologista francês.
Descobridor da soroterapia e da
anafilaxia (reação alérgica aguda), foi
laureado com o Nobel de Fisiologia ou
Medicina de 1913.
Classificou os fenômenos metapsíquicos
em dois grupos gerais: Fenômenos
Subjetivos, que ocorrem exclusivamente
na área psíquica, sem nenhuma ação
dinâmica sobre os objetos materiais
(anos antes, a estes fenômenos Allan
Kardec denominou Inteligentes).
RICHET CROOKES
33. Instituto Espírita
Dias da Cruz
Grupo de Estudo
Fraternidade
Facilitadoras:
Dioni Aguiar
Vera Saucedo
Arte:
Denise Aguiar
ESTUDO
DO
LIVRO
PERISPÍRITO
Três verbos existem que, bem conjugados, serão
lâmpadas luminosas em nosso caminho:
Aprender,
Servir e
Cooperar.
Chico Xavier
PERISPÍRITO
Zalmino Zimmermann
Capítulo
XI. PERISPÍRITO E MEDIUNIDADE
Porto Alegre
2021
34. INSTITUTO ESPÍRITA DIAS DA CRUZ - GRUPO DE ESTUDO FRATERNIDADE - FACILITADORAS: DIONI AGUIAR E VERA SAUCEDO - ARTE: DENISE AGUIAR 6A
XI.
PERISPÍRITO
E
MEDIUNIDADE
–
INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES
JACOBSON TROVÃO, facilitador do curso
estudando o livro dos médiuns, pela
FEBTV, responde a seguinte questão:
É POSSÍVEL O MÉDIUM ENCARNADO
DAR MANIFESTAÇÃO NO PLANO
ESPIRITUAL?
Os médiuns encarnados são convocados
pelos Espíritos Superiores para
colaborarem no processo desobsessivos
durante o sono.
A sensação descrita por diversos
médiuns é a de que se sentem em plena
reunião mediúnica, embora muitos
relatem ambientes diversos.
As obras de MANOEL PHILOMENO DE
MIRANDA sempre narram esses
acontecimentos.
No último livro desse autor espiritual,
psicografia de DIVALDO FRANCO, “No
Rumo do Mundo de Regeneração”,
Capítulo 14, narra reuniões no plano
espiritual, onde a médium Malvina
colabora com a equipe espiritual durante
a madrugada.
Há um momento em que PHILOMENO
descreve:
“A médium Malvina amanhecerá
enfraquecida pelo desgaste da
comunicação com o anãozinho e, durante
a PRECE DO ALVORECER, mantendo-se
vinculada a seu guia espiritual, foi
melhorando no trabalho que lhe dizia
respeito e seguiu a faina de suas
atividades”.
Naturalmente, o médium recebe o
amparo devido, e tais sensações
desagradáveis, se ocorrerem, tendem a
desaparecer pelo envolvimento na prece e
nas lidas diárias.
PEDRO CAMILO, NO LIVRO DEVASSANDO
A MEDIUNIDADE, CITA:
“As obras do Espírito ANDRÉ LUIZ e outras
tantas nos falam que os médiuns
costumam desenvolver atividades
mediúnicas fora do corpo, durante o
sono, junto aos seus Guias.
Isso é possível porque a mediunidade
não é patrimônio do corpo físico.
Embora necessite de predisposições
orgânicas para eclodir nesta ou naquela
pessoa, sua natureza é espiritual, atributo
do espírito imortal, que a leva para outras
existências e, também, para o Plano
Espiritual, após o desencarne”.
35. INSTITUTO ESPÍRITA DIAS DA CRUZ - GRUPO DE ESTUDO FRATERNIDADE - FACILITADORAS: DIONI AGUIAR E VERA SAUCEDO - ARTE: DENISE AGUIAR 6B
XI.
PERISPÍRITO
E
MEDIUNIDADE
–
INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES
YVONNNE PEREIRA, cujas faculdades lhe
permitiam o fácil desprendimento e a
retenção das lembranças, também se
refere a utilização, no plano espiritual, de
médiuns encarnados, desprendidos de
seus corpos:
“(...) ser médium não implica tão
somente obter manifestações ostensivas
de entidades elevadas ou inferiores do
Invisível, no recinto de uma agremiação
de experimentações espíritas, transmitir
receituário e passes ou escrever belas
páginas, para a edificação geral, sob
impulso do Alto.
Sua aptidão lhe confere também o dever
de se consagrar a tarefa quiçá mais
amplas e melindrosas, durante as horas
de emancipação do seu espírito,
através do sono natural, ou do letárgico,
que seus Guardiães gostarão de provocar,
para que mais eficientes se tornem a
liberdade e a desenvoltura indispensáveis
à movimentação a realizar-se”.
EM DEVASSANDO O INVISÍVEL, Capítulo
quatro, YVONNNE conta que DR.
BEZERRA DE MENEZES era quem mais
frequentemente a levava para o
atendimento de sofredores do Além, nas
regiões inferiores.
Coração bondoso, DR. BEZERRA DE
MENEZES lhe proporcionava preciosos
aprendizados, à medida que ela mesma
se fazia instrumento de socorro.
Depreende-se, portanto, que os médiuns
são, sim, arrebatados pelos seus guias, a
fim de atenderem aos sofredores,
mediunicamente, na Espiritualidade, e
que essa é uma tarefa das mais nobres e
significativas que lhe podem ser
confiadas.
Basta, para tanto, que se credenciem pelo
trabalho sincero e pela sincera vontade de
superar as próprias limitações.
Quanto à lembrança das experiências
vividas fora do corpo, nem todas as
pessoas são capazes de retê-la.
YVONNE DO AMARAL PEREIRA, por uma
particularidade da sua mediunidade, trazia
boa parte das lembranças para a memória
de vigília, o que não acontece com a
maioria.
Por que, então, se somos todos médiuns?
O espírito BEZERRA DE MENEZES
esclarece a questão:
É bom que o médium ignore muitos
acontecimentos em que toma parte, como
agente transmissor da Espiritualidade, a
fim de que a vanglória e a pretensão,
sempre fáceis de se infiltrarem no caráter
humano, não lhe anulem as possibilidades
prematuramente, antes de ele próprio se
servir de ensejos que recebe, e que lhe
são de justiça, para as tentativas de
progresso. (Devassando o Invisível)
36. INSTITUTO ESPÍRITA DIAS DA CRUZ - GRUPO DE ESTUDO FRATERNIDADE - FACILITADORAS: DIONI AGUIAR E VERA SAUCEDO - ARTE: DENISE AGUIAR 6C
XI.
PERISPÍRITO
E
MEDIUNIDADE
–
INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES
O ESQUECIMENTO DAS ATIVIDADES
MEDIÚNICAS NOTURNAS, a semelhança
do passado proporcionado pelas Leis
Divinas, é medida que os Mentores
Espirituais adotam para não perturbar,
excessivamente, a vida do médium.
A realidade espiritual é por demais
intensa e assustadora, e certas nuances,
além de não serem compreendidas em
sua inteireza, mergulhariam o adepto
sincero e o médium, de modo geral, em
dúvidas e confusões dispensáveis ao seu
aprendizado.
Os médiuns que se recordam de suas
atividades o fazem porque tal facilidade
compõe o leque de suas faculdades.
NADA OBSTANTE, NÃO SE RECORDAM
DE TUDO, MAS SOMENTE DAQUILO QUE
APROVEITA AOS SEUS CONHECIMENTOS
E AO AMADURECIMENTO DE SUAS
MEDIUNIDADES.
O que deve permanecer esquecido fica
esquecido, seja por um mecanismo
natural, seja por determinação dos
espíritos.
Assim, devemos aceitar o esquecimento
das atividades mediúnicas realizadas por
nós durante o sono como medida
preventiva, depositando em Deus e nos
nossos amigos do Invisível a confiança
que merecem, pelas demonstrações de
carinho e de atenção que nos dão,
constantemente.
E, por nossa vez, nos façamos dóceis aos
seus apelos, envidando todos os esforços
para sermos fiéis instrumentos de suas
diretrizes.
Livro: DEVASSANDO A MEDIUNIDADE,
de PEDRO CAMILO.
PEDRO CAMILO
YVONNE DO AMARAL PEREIRA (1900-
1984) é uma das médiuns de maior
destaque do Brasil. Trabalhadora ativa do
espiritismo, procurou sempre vivenciar a
mensagem que divulgava, através dos
seus livros psicografados, até sua
desencarnação.
PEDRO CAMILO, autor do livro
Devassando a Mediunidade, desde 1999,
vem realizando um ciclo de estudo em
torno da vida e obra de Yvonne do
Amaral Pereira.
37. 37
• TRANSTORNOS MENTAIS,
palestra proferida por Alberto
Almeida durante o Congresso
Espírita de Dourados -
Mediunidade com Jesus
• Duração: 55 minutos
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
Em:
https://www.youtube.com/watch?v=fHhBlfo2iHs
16/05/2023 – 15h54