III WSF, Campinas – Maria Conceição Peres Young - Distribuição geográfica potencial de Helicoverpa armigera no estado de São Paulo e perspectivas para programas de controle biológico
Este documento discute a distribuição geográfica potencial da lagarta-do-cartucho (Helicoverpa armigera) no estado de São Paulo e perspectivas para programas de controle biológico. Analisa o potencial de desenvolvimento da praga em diferentes culturas-hospedeiras considerando dados climáticos de 2000-2013 e identifica áreas prioritárias para monitoramento e controle. Também lista potenciais agentes de controle biológico para diferentes culturas.
Semelhante a III WSF, Campinas – Maria Conceição Peres Young - Distribuição geográfica potencial de Helicoverpa armigera no estado de São Paulo e perspectivas para programas de controle biológico
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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
III WSF, Campinas – Maria Conceição Peres Young - Distribuição geográfica potencial de Helicoverpa armigera no estado de São Paulo e perspectivas para programas de controle biológico
1. Workshop Ameaças Fitossanitárias
Construção de uma política de combate à Helicoverpa armigera e
outras pragas exóticas para o Estado de São Paulo
Distribuição geográfica potencial de Helicoverpa
armigera no estado de São Paulo e perspectivas
para programas de controle biológico
Maria Conceição Peres Young Pessoa
Laboratório de Quarentena “Costa Lima”/Embrapa Meio Ambiente
Campinas, 25 de setembro de 2013
3. Distribuição
» África
» Ásia
» Europa
» Oceania
» Agora:
» América
do Sul e
do Norte
Fonte:2007 (referenciando dados de 2006)
http://www.fera.defra.gov.uk/plants/plantHealth/pestsDiseases/documents/helicoverpa.pdf
4. Identificação de grandes produtores de
cultivos hospedeiros principais em SP
10 maiores produtores de
cada cultivo
MILHO TOMATE ALGODAO SOJA FEIJAO
Itapeva Ribeirão Branco Itaí Guaíra Itaí
Itaí Apiaí Ouroeste Cândido Mota Capão Bonito
Itaberá Itapeva Leme Maracaí Itaberá
Capão Bonito Guapiara Itapeva Itapeva Taquarituba
Itapetininga Sumaré Riolândia Palmital Itapeva
Taquarituba Ribeirão Grande Paranapanema Miguelópolis Miguelópolis
Buri Capão Bonito Colômbia Morro Agudo Guaíra
Casa Branca Mogiguaçu Barretos Ipuã Paranapanema
Angatuba Elias Fausto Piraçununga Campos Novos Paulista Itararé
São Miguel Arcanjo Moji das Cruzes Mira Estrela Ituverava Itapetininga
» Fonte dos dados base: Projeto LUPA- CATI (2007/2008)
6. Entre os dez maiores produtores dos cultivos hospedeiros principais:
a) Itapeva (sudoeste do estado):
1º produtor de milho;
3° produtor de tomate;
4° produtor de algodão;
4º produtor de soja;
5° produtor de feijão;
Próximo a vários outros produtores;
b) Guaíra (norte do estado):
1º produtor de soja;
7º produtor de feijão;
Próximo a vários outros produtores
Obs> Avaliou-se também a disponibilidade de dados climáticos
após 2000 e a região de localização do município para a priorização
8. Estimativas de desenvolvimento de
Helicoverpa armigera por constantes térmicas nas
condições climáticas das regiões sudoeste (Itapeva) e
norte (Guaíra)
Método:
Levantamentos:
a) necessidades térmicas das fases de desenvolvimento H. armigera e
duração do período pré-oviposição da fêmea adulta em função da
temperatura;
b)períodos de plantio e colheita;
c) informações climáticas dos últimos 10 anos – CIIAGRO;
Cálculos:
d) Tmax e Tmin médias mensais;
e) cálculo do tempo de desenvolvimento do inseto baseado nas
exigências térmicas das suas diferentes fases, consideradas no mês do
desenvolvimento durante o período de cultivo hospedeiro avaliado;
9. Ciclo de vida em constantes térmicas de
desenvolvimento de fases imaturas
Fase Ovo :
Limiar inferior desenvolvimento: 10,5 °C;
necessidades térmicas para troca de fase : 51 GD;
Fase Lagarta (incluindo pré-pupa):
Limiar inferior desenvolvimento: 11,3 °C;
necessidades térmicas para troca de fase: 215 GD;
Fase Pupa:
Limiar inferior desenvolvimento: 13,8 °C;
necessidades térmicas para troca de fase: 151,8 GD;
Fonte: Jallow & Matsumura (2001) - Base da observação para as
constantes térmicas: 13,3 °C a 32,5 °C
10. Exemplo: Estimativas de desenvolvimento de
Helicoverpa armigera na região sudoeste – região de
Itapeva
Períodos de cultivos :
Feijão também plantado em julho
tomate
Fonte das informações: IBGE-LSPA(2012); BRADESCO RURAL(2013); DELEO & TRUPPEL(2010); PAGLIUCA & SABIO (2008);
SILVA & MARTINI (2006); AFAM, (2013).
14. Alguns resultados – Geral
SOJA – plantio em outubro
Região Norte:
3 gerações com pupas da 4ª geração no inicio da colheita (120 dias de idade da planta)
– Ciclo médio (Ovo até emergência do adulto): 30,7 ± 0,6 dias;
4 gerações com larvas da 5ª geração em desenvolvimento no pico de colheita da região
sudoeste (130 dias idade da planta)
– Ciclo médio: 30,5± 0,6 dias;
6 gerações com larvas da 7ª geração em desenvolvimento se colheita estendida até
inicio de maio
– Ciclo médio: 30,7± 0,8 dias;
Região Sudoeste :
2 gerações completas;
Pupas da 3ª geração em desenvolvimento no solo na colheita;
Ciclo médio: 48,0 ± 14,1 dias
15. FEIJÃO
Região Norte:
Plantio em outubro:
2 gerações completas;
pupas da 3ª geração em desenvolvimento ao final da maturação;
Ciclo médio: 30,5 ± 0,71dias
Região Sudoeste :
Plantio em outubro:
1 geração completa;
Pupas da 2ª geração em desenvolvimento no solo na colheita;
Ciclo: 58,0 dias
Plantio em julho:
1 geração completa;
Pupas da 2ª geração em desenvolvimento no solo na colheita;
Condições climáticas do período favoráveis à indução de diapausa pupal;
Ciclo: 55,0 dias
16. TOMATE – plantio em NOVEMBRO
Região Norte:
5 gerações completas;
Pupas da 6ª geração em desenvolvimento no solo se colheita em abril
- Ciclo médio (até abril): 30,4 ± 0,6 dias;
Com colheita em maio, 6 gerações completas
- Ciclo médio (até maio): 30,7 ± 0,8 dias;
Com colheita em junho, 6 gerações completas com ovos da 8ª geração em
desenvolvimento
- Ciclo médio (até junho): 32,6 ± 5,1 dias
Região Sudoeste :
3 gerações completas com mariposas na colheita, quando considerado o
período usual de colheita na região (130 dias de idade da planta)
- ciclo médio: 40,7 ± 9,0 dias;
4 gerações completas com pupas da 5ª geração em desenvolvimento, quando
considerado período estendido de colheita (até 210 dias de idade da planta -
maio)
– Ciclo médio: 40,2 ± 7,4 dias) e temperaturas favoráveis à indução de
diapausa pupal
17. ALGODÃO – plantio em OUTUBRO
Região Norte:
4 gerações completas;
Larvas da 5º geração no inicio da colheita;
Ciclo médio:
30,5 ± 0,6 dias
Região Sudoeste :
3 gerações completas;
Mariposas adultas no início da colheita;
Ciclo médio:
44,0 ± 12,2 dias
18. MILHO - plantio em OUTUBRO
Região Norte:
4 gerações completas;
Ovos da 5ª geração em desenvolvimento na colheita;
- Ciclo médio: 30,5 ± 0,6 dias
Região Sudoeste :
2 gerações completas;
Pupas da 3ª geração em desenvolvimento na colheita;
- Ciclo médio: 48,0 ± 14,1 dias
19. Potencial favorecimento à migração ou
dispersão de H. armigera para outras áreas de
SP: Massas de ar
23. Obrigada!!!
Contato:
Conceicao.young@embrapa.br
Informações de trabalhos realizados por: Maria Conceição P. Y. Pessoa,
Jeanne Scardini Marinho-Prado e Luiz Alexandre Nogueira de Sá
Laboratório de Quarentena “Costa Lima”
Embrapa Meio Ambiente
Jaguariúna/SP