O documento discute as características, fenologia e fisiologia do sorgo e milheto. Apresenta informações sobre as características, usos, ciclo de desenvolvimento e colheita das duas culturas. Fornece detalhes sobre as etapas de crescimento, morfologia, necessidades nutricionais e situações práticas de produção de sorgo e milheto.
1. Unindo conhecimento em prol
Fenologia e Fisiologia do
Sorgo e Milheto
Wallys Martins de Godoi
2. Sorgo e milheto:
Características;
Uso agrícola;
Fenologia;
Fisiologia;
Ponto de colheita.
Situações práticas;
Considerações finais.
Sumário
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3. Fenologia: “Estuda as mudanças exteriores (morfologia) e as
transformações que estão relacionadas ao ciclo da cultura”
(GASCHO, 1983).
Fisiologia Vegetal: “Estuda o metabolismo, o desenvolvimento, a
reprodução e outros aspectos da vida dos vegetais” (MACIEL,
2019).
Fenologia e Fisiologia?
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6. Sorghum bicolor L. Moench;
Origem Africana;
5º cereal mais plantado no mundo;
Também chamado de “Milho d’Angola” e “ Milho da Guiné”;
Importante fonte proteica e candidato passível de substituição
ao milho na alimentação animal.
Curiosidades
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7. Planta monoica, autógama e possui taxa de alogamia ( 2–10%);
Fotoperiódica (PDC);
Temperatura ótima ( 16 - 38 ºC);
Exigência hídrica varia de 375 – 625 mm;
C4;
Bom potencial produtivo (85 sacas/ha).
Características ecofisiológicas
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8. Elevada rusticidade e custo de produção menor;
Dormência durante condições não favoráveis;
Diferentes cores do pericarpo.
Características
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Fonte das imagens: Wallys Godoi, 2017.
9. Produção de grão;
Forragem;
Fabricação de vassouras;
Sacarino.
Uso do Sorgo
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Fonte: Shutterstock, 2019.
11. Tipo fasciculada;
Pode chegar a 1,30m com 80% das raízes nos primeiros 30 cm
de profundidade;
Presença de sílica, lignificação e grande volume de pelos
absorventes.
Raízes
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Fonte: Embrapa, 2019.
12. Divide-se em nós variando de 7 – 24;
Altura variável 1,20 - 4,0 m;
Cheios, dureza mediana e apresenta substância adocicada;
Reduz diâmetro ao passo que chega ao ápice.
Colmo
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Fonte: S. Biomatrix, 2019.
13. Apresenta de 7 a 24 folhas;
Alternas, lisas e lanceoladas;
Bordos serrilhados e camada de cerosidade.
Folhas
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Foto: Nordeste rural, 2018.
14. Tipo panícula;
Vários tipos de panícula;
Fruto do tipo cariopse;
Variável concentração de tanino;
65% de amido e até 18% de proteína.
Inflorescência e fruto
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Fonte: Pionner, 2019.
17. Do plantio até o aparecimento do primórdio floral;
Duração média aproximada de 30 dias;
Grande absorção de macronutrientes; principalmente NPK;
Alta atividade metabólica.
Etapa de Crescimento 1
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18. Aparecimento do primórdio floral até 50% do florescimento;
Grande crescimento e expansão celular;
Duração média aproximada de 30 – 60 DAE;
Interceptação de luz máxima;
Maior exigência nutricional;
Etapa crítica que define a produtividade.
Etapa de Crescimento 2
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19. Processo de polinização até a maturação;
Grão atinge maturidade fisiológica com aproximadamente
30% de umidade aos 90 DAE;
Correlação positiva entre produtividade e duração da EC3.
Etapa de Crescimento 3
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21. Aproximadamente 15% de umidade;
20 – 25 dias após atingir a maturidade fisiológica ( 120 DAE);
Utilização da mesma colhedora e plataforma utilizada na
colheita da soja, com as devidas modificações nas regulagens.
Em geral, ponto de corte alto.
Ponto de colheita
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24. Pennisetum glaucum;
Origem africana;
Rusticidade;
Baixo custo de produção;
Superior ao milho em proteína.
Características
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Fonte: DF rural, 2019.
25. Fotoperiódica (PDC) e C4;
Planta anual, clima tropical, crescimento ereto e porte alto
( 1,5 – 3 m );
Capacidade de produção em condições adversas;
Ciclo aproximado de até 130 dias;
Exigência hídrica de 300 g de água para cada grama de MS;
Produtividade entre 500 – 1500 kg/ha (20 sacas/ha).
Características ecofisiológicas
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26. Comparativo de exigência hídrica
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Cultura Exigência mínima (mm)
Algodão 600 - 700
Soja 550
Milho 400
Sorgo 375
Milheto 340
27. Integração lavoura – pecuária;
Formação de palhada;
Ração;
Alimentação de aves e suínos;
Ciclagem de nutrientes.
Uso do Milheto
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Fonte: Galpão Centro Oeste, 2017.
28. Extração de NPK milheto
28
Fonte: Plantas de cobertura dos solos do cerrado / editores técnicos Pedro Marques da Silveira, Luís Fernando Stone –
Santo Antônio de Goiás : Embrapa Arroz e Feijão, 2010. 218p
K
N
P
29. Raízes típica de monocotiledôneas;
Agressiva e pode chegar até 5m de profundidade;
Motivo de sucesso em segunda safra.
Raízes
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30. Lisos, com 1 – 2 cm de diâmetro;
Pode apresentar ramificações secundárias e terciárias;
Perfilhamento.
Colmo
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Fonte: Bruno Mendes, 2019.
31. Longas e lisas;
Superfície e lígula pilosa;
Comprimento de até 100 cm;
Largura entre 5 – 8 cm.
Folhas
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Fonte: Depositphotos, 2018.
32. Panícula 2 – 3 cm de diâmetro e de 15 – 45 cm de
comprimento;
Fruto do tipo cariopse;
PMS de milheto varia entra 3 – 15g;
Fruto com 8 – 22 % PB e 40 – 60 % de NDT.
Panícula e frutos
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Fonte: Grupo Pozza, 2019.
36. Em geral, umidade de armazenagem (12 – 13%);
Utilizado a colhedora e plataforma de soja com atenção
especial ao ventilador da máquina e abertura de descarga;
Pode ser colhido em porte alto ou baixo; dependendo do
acamamento.
Ponto de colheita
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37. Produtor: média – alta tecnificação;
Época de plantio: Final de Janeiro/Início de Fevereiro.
Culturas: Milho, milheto e sorgo.
Situações práticas (safrinha)
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Milho Sorgo
Talhão 1 Talhão 2
Milheto
Talhão 3
38. Produtor: média tecnificação;
Início: Primeira quinzena de fevereiro;
Culturas: Sorgo e milheto.
Situações práticas (safrinha)
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Sorgo Sorgo
Talhão 1 Talhão 2
Milheto
Talhão 3
40. Os estudos de fenologia, fisiologia e morfologia são de suma
importância para tomada de decisões;
Ao realizar o posicionamento de culturas, olhar todos os
aspectos que influenciam no seu desenvolvimento;
Conhecimento essencial e útil ao Engenheiro Agrônomo.
Considerações finais
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41. Sorgo: do plantio à colheita/ Aluízio Borém, Leonardo Duarte Pimentel e Rafael Augusto da Costa
Parella (Editores). – Viçosa, MG : Ed. UFV, 2014. 275p.
DANTAS, C.C.O e NEGRÃO, F.M. Características agronômicas do Milheto (Penissetum glaucum).
PUBVET, Londrina, V. 4, N. 37, Ed. 142, Art. 958, 2010. 20p.
Plantas de cobertura dos solos do cerrado / editores técnicos Pedro Marques da Silveira, Luís
Fernando Stone – Santo Antônio de Goiás : Embrapa Arroz e Feijão, 2010. 218p.
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/27383/1/Ecofisiologia.pdf
Referências
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