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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 24 - Número 2 - 2º Semestre 2024
AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DO AR EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
SUPERIOR PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE QUIXADÁ, CEARÁ, BRASIL
Mário Jeová dos Santos1
; João Pedro dos Santos2
; Antonia Gerciana Pereira Pinheiro3
;
Morgana Maria de Oliveira Barboza*4
RESUMO
Os ambientes universitários reúnem pessoas com diferentes características e muitos desses indivíduos podem
ser mais sensíveis à exposição de patógenos. A elevada ubiquidade relacionada aos microrganismos permite
que estes se adaptem a diversos ambientes, incluindo o ar. Assim, objetivou-se avaliar a qualidade
microbiológica do ar de um campus universitário situado no município de Quixadá/CE. Trata-se de uma
pesquisa com abordagem quali-quantitativa. O estudo foi desenvolvido na Universidade Estadual do Ceará
(UECE), campus Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (FECLESC). O ar de quatro
ambientes (banheiro masculino e feminino, biblioteca e Laboratório de Ensino de Biologia) foram avaliados
pela técnica de exposição (sedimentação espontânea), utilizando-se dois tipos de meio de cultura: Ágar
Dextrose Batata (BDA) para cultivo de fungos e o meio de cultura Ágar nutriente (AN) para bactérias. Foi
realizada uma única coleta no mês de junho (2023). As placas foram incubadas em estufas a 35°C por 48
horas. Os resultados demonstram que houve o crescimento dos microrganismos em todos os ambientes,
porém em nenhuma das contagens de colônias os limites da Resolução ANVISA 09/2003 (750 UFC m³)
foram excedidos e, portanto, todos os ambientes do estudo apresentaram boas condições. Conclui-se que a
avaliação dos ambientes universitários é de extrema importância para o monitoramento e compreensão da
qualidade do ar e ampliação de práticas educativas que podem impactar na saúde, desempenho e bem-estar
dos ocupantes.
Palavras-chave: Qualidade do ar, Ambiente universitário, Saúde.
MICROBIOLOGICAL ASSESSMENT OF AIR IN A PUBLIC HIGHER EDUCATION
INSTITUTION IN THE MUNICIPALITY OF QUIXADÁ, CEARÁ, BRAZIL
ABSTRACT
University environments bring together people with different characteristics and many of these individuals
may be more sensitive to pathogen exposure. The high ubiquity related to microorganisms allows them to
adapt to different environments, including air. Thus, the objective was to evaluate the microbiological quality
of the air in a university campus located in the municipality of Quixadá/CE. This is research with a
qualitative and quantitative approach. The study was developed at the State University of Ceará (UECE),
Faculty of Education, Sciences and Letters of Sertão Central (FECLESC) campus. The air in four
environments (men's and women's bathrooms, library, and Biology Teaching Laboratory) were evaluated by
the exposure technique (spontaneous sedimentation), using two types of culture medium: Potato Dextrose
Agar (PDA) for growing fungi and the nutrient agar (NA) culture medium for bacteria. A single collection
was performed in June (2023). The plates were incubated in ovens at 35°C for 48 hours. The results show
that there was growth of microorganisms in all environments, but in none of the colony counts the limits of
Resolution ANVISA 09/2003 (750 CFU m³) were exceeded, and therefore, all environments in the study
presented good conditions. It is concluded that the evaluation of university environments is extremely
important for monitoring and understanding air quality and expanding educational practices that can impact
the health, performance, and well-being of occupants.
Keywords: Air quality, University environment, Health.
22
INTRODUÇÃO
Os agentes contaminantes biológicos
podem ser encontrados em diversos ambientes,
incluindo o ar atmosférico. Diferentes agentes
microscópicos, tais como fungos e bactérias,
podem ocasionar danos ao homem quando estes
são expostos continuamente a estes
microrganismos, levando ao desenvolvimento
de alergias, irritações, doenças respiratórias e
até mesmo efeitos tóxicos (CAIXETA et al.,
2016).
No ar, os microrganismos podem estar
presentes em partículas, também denominadas
de aerossóis ou bioaerossóis, que podem
transportar células isoladas ou aglomerados de
células em partículas sólidas ou líquidas que
ficam em suspensão e posteriormente se
depositam nas superfícies (SULLIVAN, 1979;
NORTHCUTT et al., 2004; BRABES, 2005;
QUADROS et al., 2009).
Sendo um dos elementos de grande
importância para a vida, o ar precisa ser limpo
para dar mais segurança aos sujeitos, sobretudo
em ambientes internos e climatizados onde há
pouca circulação do ar. Nestes locais, quando
não há higienização frequente, os equipamentos
de refrigeração são fontes contínuas de
contaminação. Sendo assim, um ambiente
seguro envolve desde a instalação adequada do
aparelho de ar-condicionado a limpezas
programadas, oferecendo mais segurança para
as pessoas que passam uma boa parte do tempo
nestes ambientes (SUN et al., 2019; JURADO
et al., 2020; PEKDOGAN et al., 2021).
Os fungos são os indicadores biológicos
utilizados para avaliar a qualidade do ar
(QUADROS et al., 2009) segundo os padrões
referenciais para ambientes internos
estabelecidos pela Resolução n.º 09 da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA,
2003). Neste contexto, a contaminação do ar em
ambientes internos é avaliada em edifícios de
escritórios, indústrias de alta produtividade,
hospitais (ALMEIDA, ARAÚJO, 2018), centros
comerciais de alimentação e nutrição
(RODRIGUES et al., 2020) e em instituições de
ensino (ABREU, 2016; WAISCZIK et al.,
2020).
Desta maneira, a análise da microbiologia
do ar é imprescindível em instituições de ensino
superior por ser um espaço múltiplo, com
ambientes climatizados e não climatizados,
onde são realizadas diferentes atividades que
vão desde serviços administrativos a trabalhos
experimentais, além da alta rotatividade de
indivíduos. Ademais, a avaliação da qualidade
do ar é de extrema importância, uma vez que é
um bom instrumento para assegurar a saúde e o
bem-estar dos indivíduos que trabalham,
estudam e pesquisam nestas instituições.
Considerando a importância do
monitoramento microbiológico do ar para a
saúde humana, sobretudo em espaços em que
afluem públicos de diferentes municípios,
objetivou-se avaliar a qualidade microbiológica
do ar de um campus universitário público
localizado no município de Quixadá, Ceará.
MATERIAIS E MÉTODOS
Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa experimental
com abordagem qualitativa e quantitativa, com
vistas a coletar informações e produzir
conhecimento acerca da saúde microbiológica
em um ambiente universitário a fim de
promover medidas de precaução que assegurem
a saúde dos usuários deste espaço multicultural.
Área de estudo
O estudo foi desenvolvido na
Universidade Estadual do Ceará (UECE),
campus Faculdade de Educação, Ciências e
Letras do Sertão Central (FECLESC),
localizado no município de Quixadá/Ceará,
como resultado da expansão e interiorização do
ensino superior no Estado. O experimento foi
conduzido no Laboratório de Polissacarídeos
Bioativos – LAPOBIO.
Para análise do ar, foram selecionados
quatro diferentes ambientes do campus da
FECLESC/UECE, a saber: biblioteca (B),
Laboratório de Ensino de Biologia (LEB) e os
banheiros masculino (BM) e feminino (BF).
Período de coleta e caracterização da
amostragem
As coletas foram realizadas durante o mês
de junho de 2023 no turno da manhã, por volta
das 9h00, durante as operações costumeiras do
semestre em que todos os setores do campus
estão com atividades regulares e a rotatividade
de pessoas é alta. Além disso, vale destacar que
para a coleta das amostras foram observadas
características importantes para o estudo como a
movimentação de pessoas, posicionamento das
placas de Petri, frequência de higienização dos
ambientes, assim como a circulação de ar nos
locais de acordo com a abertura de portas e
janelas e a existência de aparelho de ar-
condicionado (Quadro 1).
Quadro 1- Identificação dos locais de coleta e a distribuição das placas de Petri
Local BDA AN
Local das
placas
Frequência de
higienização dos
ambientes
Situação das
portas e janelas
Ar-
condicionado
Movimentação
de pessoas
Banheiro
masculino
(BM)
2 2
Sobre a
divisória
2 vezes/dia Aberta Não existe Constantemente
Banheiro
Feminino
(BF)
2 1
Sobre a
divisória
2 vezes/dia Aberta Não existe Constantemente
Biblioteca (B) 2 2
Sobre uma
mesa central
1 vez/dia Fechada Ligado Constantemente
Laboratório
de Ensino de
Biologia
(LEB)
2 2
Sobre a
bancada
central
Raramente Fechada Ligado Raramente
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
Meios de cultura e procedimento de coleta
Os meios de cultura usados para coleta
das amostras foram Ágar Dextrose Batata
(BDA) para crescimento específico de fungos e
o meio de cultura Ágar Nutriente (AN) para o
isolamento de bactérias.
Os meios de cultura previamente
hidratados e esterilizados foram vertidos em
placas de Petri estéreis de 90 mm de diâmetro.
A análise da microbiologia do ar dos setores foi
avaliada por meio da técnica de sedimentação
espontânea que consiste em manter placas de
Petri abertas com o meio de cultura específico
exposto por um tempo de 30 minutos e distantes
a um metro de qualquer obstáculo que
interferisse no crescimento dos microrganismos,
tais como mesas, cadeiras, armários, dentre
outros (PASQUARELLA; PITZURRA;
SAVINO, 2000; PASQUARELLA et al., 2007;
MORAIS et al., 2010).
Foram distribuídas 15 placas de Petri,
sendo 7 placas do BDA dispostas duas por setor,
exceto para o BF onde apenas uma placa foi
utilizada, e para o meio AN foram utilizadas
oito placas, distribuídas em duplicata. Os meios
de cultura foram posicionados nos locais mais
apropriados para a sedimentação, assim, nos
banheiros as placas foram dispostas sobre as
divisórias, na biblioteca posicionamos sobre
uma mesa localizada ao centro do espaço e no
laboratório de ensino de Biologia as placas
foram posicionadas sobre a bancada central.
Processamento das amostras, contagem e
expressão dos resultados
Finalizado o tempo de exposição das
placas, elas foram fechadas e levadas para o
Laboratório de Polissacarídeos Bioativos -
LAPOBIO, para incubação em estufa a 35°C
por 48 horas.
Após o período de crescimento foi
contado o número de colônias usando o método
de contagem em placas. A contagem das placas
é o método mais utilizado para análise
quantitativa nos laboratórios de Microbiologia.
Segundo Guerra (2016), este método baseia-se
na capacidade dos microrganismos se
reproduzirem quando estão em meio de cultura
apropriada e na temperatura ótima de
crescimento. Os resultados foram expressos em
unidades formadoras de colônias por metro
cúbico de ar (UFC/m³) e comparados com a
legislação vigente. Segundo a Resolução n.º 09
de janeiro de 2003, a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece
como valor máximo permitido para contagens
fúngicas 750 UFC/m³ (BRASIL, 2003).
Para obter os resultados das contagens dos
microrganismos em UFC/m³ foi utilizada a
equação proposta por Friberg, Friberg e Burman
(1999). A “área da caixa” representa a área da
placa de Petri obtida pelo cálculo da área do
círculo e o valor de π (Pi) multiplicado pelo
quadrado do raio da placa (Equação 1). Para
uma placa de 90 mm de diâmetro, ou seja, igual
a 9 cm, temos uma área de aproximadamente 64
cm2
ou 0,0064 m2
. Foi atribuída a proporção
23:1 para média de ar na superfície por ser um
processo de sedimentação espontânea
(MORAIS et al., 2010).
Equação 1 - Cálculo do número de UFC/m3
de ar pela
técnica de sedimentação em placa.
Análise estatística
Os resultados foram processados mediante
estatísticas descritivas utilizando o programa
Microsoft Office Excel 2016, contendo as
seguintes variáveis: média, desvio padrão e
coeficiente de variação, além disso, os dados
foram expressos em tabelas para a melhor
interpretação.
RESULTADOS
Das amostras analisadas, observou-se um
maior crescimento no ágar nutriente e, embora
em alguns setores tenham apresentado maior
número de microrganismos, os resultados não
são indicativos de risco biológico significativo
nos ambientes analisados (Tabela 1, figura 1).
Tabela 1 - Concentração média de microrganismos,
desvio padrão (DP), coeficiente de variação (CV) e
microrganismos encontrados baseados no meio de cultura
utilizado.
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
Figura 1 - Placas com crescimento microbiano nos meios
AN e BDA na Biblioteca (A), Banheiro feminino (B),
Banheiro masculino (C) e no Laboratório de Ensino de
Biologia (D).
Fonte: Autores (2023).
A contagem média do crescimento
fúngico e bacteriano durante o período de
atividade da faculdade não ultrapassou o valor
máximo recomendado pela resolução 09 da
ANVISA (Tabela 2), logo, todos os ambientes
apresentaram boas condições, apresentando
A B
C D
contagem microbiana inferior a 750 UFC/m3
.
Contudo, os banheiros apresentaram valores
mais altos, aproximando-se do limite
estabelecido pela ANVISA. Destaca-se que o
(BF), obteve valores percentuais inferiores, pois
foi o único que não teve duplicatas do meio de
cultivo, tendo apenas duplicadas do meio
(BDA) e uma placa de Petri com o meio (AN).
DISCUSSÃO
A análise da qualidade do ar é comum em
instituições hospitalares (NUNES, 2005;
ALMEIDA, ARAÚJO, 2018; FERREIRA et al.,
2019; COSTA, 2022) tendo em vista a atividade
exercida nestas organizações; contudo, o
conhecimento microbiológico acerca dos
espaços em instituições de ensino superior (IES)
é limitada e varia substancialmente quanto ao
setor analisado (ABREU, 2016; WAISCZIK et
al., 2020). Diante da diversidade de atribuições
possíveis em IES e devido à alta rotatividade de
pessoas, é pertinente a realização de um
diagnóstico de saúde ambiental a fim de
resguardar a saúde dos ocupantes desses locais.
Tabela 2 - Concentração (Unidade Formadora de Colônia
- UFC/m3
) dos microrganismos nos locais de coletas
realizadas na instituição.
Fonte: Elaborado pelos autores (2023).
Nossos resultados corroboram com Abreu
(2016) ao analisar a qualidade do ar de uma IES
implementando os meios de cultura Ágar de
Contagem em Placa (PCA) com 0,8% de ácido
propiônico (fungicida) e Ágar Dextrose Batata
(ADB) acrescido de 10μg/ml de ampicilina, os
quais foram incubadas em estufa a 35°C por 48
horas e, de outro modo, a 28°C por 7 a 8 dias,
respectivamente. Apesar das melhorias na
técnica utilizada, como o tempo de incubação,
temperatura e adição de agentes seletivos, a
quantificação de microrganismos também
estavam dentro dos padrões estabelecidos pela
ANVISA. Além disso, o autor também verificou
que as contagens fúngicas eram
majoritariamente menores em relação a
contagens bacterianas, similar ao nosso estudo.
Diferentemente, na pesquisa de Waisczik
et al. (2020) realizada no campus Alto Vale da
Universidade do Estado de Santa Catarina,
usando o mesmo meio de cultura (BDA) deste
estudo, relataram que a biblioteca foi o único
ambiente que superou o preconizado pela
ANVISA com um valor de 780 UFC/m3
. Os
autores discutem o papel da grande quantidade
de livros armazenados que aumentariam o
acúmulo de microrganismos em certas
superfícies do ambiente da biblioteca, além
disso, o posicionamento das placas durante a
coleta das amostras provavelmente foi um fator
que contribuiu para este achado.
No trabalho internacional de Hayleeyesus
e Manaye (2014), no qual avaliaram a qualidade
microbiana do ar interno de oito bibliotecas da
Jimma University, Etiópia, os autores
observaram que as concentrações de aerossóis
contendo bactérias e fungos nas bibliotecas
universitárias variaram entre 367 - 2595
UFC/m3
, o que representa uma alta taxa de
contaminação conforme a classificação da
Comissão Europeia e, quando comparados com
a resolução n.º 9 da ANVISA, pode-se
evidenciar que o nível de contaminação é
bastante superior ao encontrado neste trabalho
(HAYLEEYESUS; MANAYE, 2014).
Por outro lado, em um estudo realizado
em três bibliotecas climatizadas em uma IES no
nordeste do Brasil, Silva et al. (2021) relataram
valores entre 123 a 212 UFC em 55 amostras
analisadas, o que corrobora com nossos achados
(156,2 UFC/m3
). Ademais, é bastante discutido
na literatura o risco potencial de acúmulo de
microrganismos no ar em ambientes fechados
climatizados, em especial, os fungos. De fato,
quanto a quantificação de microrganismo em
ambiente interno, esta é superior ao ambiente
externo, como evidenciado por Ribeiro e
Lubisco (2013) ao comparar a concentração de
UFC em ambiente interno e externo de uma
biblioteca de IES, obtendo o dobro da contagem
no ambiente interno.
Curiosamente, neste trabalho a biblioteca
apresentou a menor contagem microbiana dentre
os ambientes analisados. Diversos fatores
podem contribuir com este resultado, tais como
frequência de higienização do espaço e do
aparelho de ar-condicionado, tempo e local de
exposição da placa de Petri, tempo de incubação
da amostra e temperatura de crescimento. É
importante destacar que neste estudo não foram
quantificados os microrganismos no ambiente
externo à biblioteca, o que poderia esclarecer o
papel do ar-condicionado no acúmulo de
microrganismos neste espaço.
Em uma pesquisa que analisou oito
aparelhos de ar-condicionado de laboratórios de
pesquisa do Instituto de Ciências Farmacêuticas
da Universidade Federal de UFAL, entre junho
e setembro 2019, Morais (2021) constatou que
todos os climatizadores possuíam crescimento
fúngico, evidenciando os gêneros Aspergillus,
Fusarium, Rhizopus, Cladosporium e
Emmonsia. Nesta análise, embora a quantidade
de microrganismos estivesse nos limites legais,
alguns membros são avaliados como alto risco
de contaminação (HAYLEEYESUS;
MANAYE, 2014), portanto, potenciais
candidatos envolvidos no estabelecimento de
síndromes de edifícios doentes, comuns em
prédios de construção antiga, e frequentemente
associados a manifestações clínicas como
alergia, rinite, asma e conjuntivite
(HAYLEEYESUS; MANAYE, 2014). Por isso,
é recomendado intensificar a frequência da
limpeza dos ambientes institucionais, bem como
programar a sazonalidade da limpeza dos
aparelhos de ar-condicionado.
Destaca-se que os microrganismos no ar
interior são originários de atividades humanas e
de animais que o habitam e que passam a
constituir a microbiota transitória ou persistente
daquele local, contaminando os objetos quando
os aerossóis se depositam nas superfícies. Logo,
a troca de ar interno promovido pela taxa de
ventilação é geralmente aceito como um
procedimento para proteger a saúde dos
ocupantes e reduzir a carga microbiana
(JURADO, BANKOFF; SANCHEZ, 2014).
Outro fato importante é que alguns
aparelhos de ar-condicionado dos ambientes
analisados, como por exemplo, o laboratório de
Ensino de Biologia da instituição, apresentava
defeito quanto à regulagem de temperatura e
gotejamento dentro do local. Observou-se
também que o aparelho de ar condicionado
apenas é ligado quando acontecem aulas
práticas laboratoriais e na maior parte do tempo
o laboratório não é utilizado, incluindo os dois
anos de lockdown devido a pandemia de Covid-
19, mantendo suas janelas e portas fechadas,
não permitindo a troca do ar.
Surpreendentemente, o número de
microrganismos foi baixo, sendo provável que o
fato de ser pouco utilizado e manter-se por dois
anos sem movimentação tenha sido um dos
principais motivos para o resultado encontrado.
Ainda, questões relacionadas a limitação da
técnica utilizada também podem ter impactado
nesse resultado e uma análise de ambiente
interno e externo é recomendada.
Contrastando com os nossos resultados,
Herrera et al. (2012) observaram que a
contagem de bactérias e fungos em quatro
laboratórios na Facultad de Ciencias Químicas y
Farmacia Universidad de San Carlos,
Guatemala, estava acima do valor máximo
recomendado para carga fúngica (2000
UFC/m3
) e carga bacteriana (1000 UFC/m3
) no
país, superando o padrão definido pela
legislação espanhola. Pelo menos dois fatores
estão intimamente relacionados à diferença nos
resultados entre os laboratórios, a primeira
inclui o tipo de atividade que é exercida em
cada um, e a segunda refere-se a frequência de
utilização do laboratório. A constante
manipulação de amostras biológicas ou
ambientais são fortes contribuintes para a
composição da microbiota do ambiente
laboratorial. Nestes locais, alguns
microrganismos podem se beneficiar das
condições climáticas e de umidade local para
sua manutenção em nichos específicos,
elevando a carga microbiana.
Em relação aos banheiros universitários,
estes setores mostraram as maiores cargas
microbianas, embora dentro dos limites
preconizados pela ANVISA. Vale ressaltar que
este é o espaço mais democrático, em que
alunos provenientes de vários municípios,
cursos e turnos compartilham o mesmo espaço
mantendo alta rotatividade. Ambos os
banheiros, feminino e masculino, possuem
estruturas vazadas e cobogós, que permitem a
circulação do ar, no entanto, devido a natureza
funcional deste espaço a densidade microbiana
foi maior.
No estudo de Cartagena et al. (2020), a
quantificação microbiana em banheiros no
campus da Universidade Santo Tomás também
se manteve nos padrões legais, variando de 22 a
49 UFC/m³, com contagem bem inferior às do
nosso estudo. Contrariamente, Kalwasinsk et al.
(2012) encontrou uma variação entre 133 a 3313
UFC/m³, com média de 1191 UFC/m³ para
bactérias, e uma faixa de 13 a 893 e média de
232 UFC/m³ para fungos, ao avaliarem a
qualidade do ar nos banheiros da Universidade
Nicholas Copernicus, colhidas mensalmente em
um período de seis meses, sendo considerado
altamente contaminado de acordo com as
normas para ambientes não industriais
estabelecidas pela comissão europeia em 1993.
Os autores destacam que, de acordo com esta
resolução, considerou-se que a qualidade do ar
do banheiro e de outros locais da instituição
analisados apresentaram-se forte ou
moderadamente contaminados por bactérias,
enquanto quantificações baixas ou moderadas
eram encontradas para os fungos. Nesse sentido,
o banheiro é um local onde se encontram
abundantes vasos sanitários e outros objetos
relacionados à excreção humana, estes geram e
trazem consigo microrganismos que podem se
espalhar com facilidade nos locais. Práticas
educativas sobre higiene e comportamento
podem melhorar estes índices microbiológicos.
As instituições de ensino superior podem
ser locais importantes de exposição a patógenos
e alérgenos, embora nem sempre as análises
realizadas nestes ambientes apontem para altas
cargas microbianas. Coletivamente, nossos
dados sugerem que a qualidade microbiológica
do ar analisada apresenta boas condições em
todos os ambientes investigados.
O bem-estar da comunidade universitária
é promovido quando ações e estratégias de
saúde são empreendidas. Assim, a análise e a
comunicação científica são meios eficientes
para se traçar um diagnóstico e educar a
comunidade universitária, reduzindo assim os
fatores que podem contribuir para a proliferação
de patógenos nos espaços acadêmicos.
CONCLUSÃO
Em nosso estudo, concluímos que todos
os espaços analisados na IES possuem níveis de
contaminação considerados seguros de acordo
com a resolução n.º 9 da ANVISA. Entretanto,
para manutenção destes valores, deve ser
mantida a vigilância da qualidade do ar,
sobretudo nos banheiros, que mostraram índices
mais elevados de microrganismos.
Dessa forma, recomenda-se a introdução
de ações educativas sobre o uso do sanitário e
descarga para reduzir os bioaerossóis
potencialmente infectantes dispersos no
ambiente, a aplicação de pesquisa
microbiológica ambiental, incluindo a
investigação do ar interno e externo, a fim de
verificar a influência da climatização no
acúmulo de microrganismos, bem como a
identificação de gêneros e espécies isoladas para
uma maior compreensão da microbiota local e
adoção de medidas de controle mais assertivas e
eficazes.
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microbiológica da qualidade do ar na
Universidade do Estado de Santa Catarina -
Campus Alto Vale. In: Anais do I Congresso
Virtual de Estudantes e Profissionais de
Engenharia Ambiental e Sanitária. Goiânia
Ambiente Virtual, p.1-10, 2020.
______________________________________
1. Mário Jeová dos Santos, Universidade
Estadual do Ceará, mariojeova241@gmail.com
2. João Pedro dos Santos, Universidade
Estadual do Ceará, jpedro.santos@aluno.uece.br
3. Antonia Gerciana Pereira Pinheiro,
Universidade Estadual do Ceará,
gerciana.pinheiro@aluno.uece.br
4. Morgana Maria de Oliveira Barboza*,
Universidade Estadual do Ceará,
morganabiologia@gmail.com
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  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 24 - Número 2 - 2º Semestre 2024 AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DO AR EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE QUIXADÁ, CEARÁ, BRASIL Mário Jeová dos Santos1 ; João Pedro dos Santos2 ; Antonia Gerciana Pereira Pinheiro3 ; Morgana Maria de Oliveira Barboza*4 RESUMO Os ambientes universitários reúnem pessoas com diferentes características e muitos desses indivíduos podem ser mais sensíveis à exposição de patógenos. A elevada ubiquidade relacionada aos microrganismos permite que estes se adaptem a diversos ambientes, incluindo o ar. Assim, objetivou-se avaliar a qualidade microbiológica do ar de um campus universitário situado no município de Quixadá/CE. Trata-se de uma pesquisa com abordagem quali-quantitativa. O estudo foi desenvolvido na Universidade Estadual do Ceará (UECE), campus Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (FECLESC). O ar de quatro ambientes (banheiro masculino e feminino, biblioteca e Laboratório de Ensino de Biologia) foram avaliados pela técnica de exposição (sedimentação espontânea), utilizando-se dois tipos de meio de cultura: Ágar Dextrose Batata (BDA) para cultivo de fungos e o meio de cultura Ágar nutriente (AN) para bactérias. Foi realizada uma única coleta no mês de junho (2023). As placas foram incubadas em estufas a 35°C por 48 horas. Os resultados demonstram que houve o crescimento dos microrganismos em todos os ambientes, porém em nenhuma das contagens de colônias os limites da Resolução ANVISA 09/2003 (750 UFC m³) foram excedidos e, portanto, todos os ambientes do estudo apresentaram boas condições. Conclui-se que a avaliação dos ambientes universitários é de extrema importância para o monitoramento e compreensão da qualidade do ar e ampliação de práticas educativas que podem impactar na saúde, desempenho e bem-estar dos ocupantes. Palavras-chave: Qualidade do ar, Ambiente universitário, Saúde. MICROBIOLOGICAL ASSESSMENT OF AIR IN A PUBLIC HIGHER EDUCATION INSTITUTION IN THE MUNICIPALITY OF QUIXADÁ, CEARÁ, BRAZIL ABSTRACT University environments bring together people with different characteristics and many of these individuals may be more sensitive to pathogen exposure. The high ubiquity related to microorganisms allows them to adapt to different environments, including air. Thus, the objective was to evaluate the microbiological quality of the air in a university campus located in the municipality of Quixadá/CE. This is research with a qualitative and quantitative approach. The study was developed at the State University of Ceará (UECE), Faculty of Education, Sciences and Letters of Sertão Central (FECLESC) campus. The air in four environments (men's and women's bathrooms, library, and Biology Teaching Laboratory) were evaluated by the exposure technique (spontaneous sedimentation), using two types of culture medium: Potato Dextrose Agar (PDA) for growing fungi and the nutrient agar (NA) culture medium for bacteria. A single collection was performed in June (2023). The plates were incubated in ovens at 35°C for 48 hours. The results show that there was growth of microorganisms in all environments, but in none of the colony counts the limits of Resolution ANVISA 09/2003 (750 CFU m³) were exceeded, and therefore, all environments in the study presented good conditions. It is concluded that the evaluation of university environments is extremely important for monitoring and understanding air quality and expanding educational practices that can impact the health, performance, and well-being of occupants. Keywords: Air quality, University environment, Health. 22
  • 2. INTRODUÇÃO Os agentes contaminantes biológicos podem ser encontrados em diversos ambientes, incluindo o ar atmosférico. Diferentes agentes microscópicos, tais como fungos e bactérias, podem ocasionar danos ao homem quando estes são expostos continuamente a estes microrganismos, levando ao desenvolvimento de alergias, irritações, doenças respiratórias e até mesmo efeitos tóxicos (CAIXETA et al., 2016). No ar, os microrganismos podem estar presentes em partículas, também denominadas de aerossóis ou bioaerossóis, que podem transportar células isoladas ou aglomerados de células em partículas sólidas ou líquidas que ficam em suspensão e posteriormente se depositam nas superfícies (SULLIVAN, 1979; NORTHCUTT et al., 2004; BRABES, 2005; QUADROS et al., 2009). Sendo um dos elementos de grande importância para a vida, o ar precisa ser limpo para dar mais segurança aos sujeitos, sobretudo em ambientes internos e climatizados onde há pouca circulação do ar. Nestes locais, quando não há higienização frequente, os equipamentos de refrigeração são fontes contínuas de contaminação. Sendo assim, um ambiente seguro envolve desde a instalação adequada do aparelho de ar-condicionado a limpezas programadas, oferecendo mais segurança para as pessoas que passam uma boa parte do tempo nestes ambientes (SUN et al., 2019; JURADO et al., 2020; PEKDOGAN et al., 2021). Os fungos são os indicadores biológicos utilizados para avaliar a qualidade do ar (QUADROS et al., 2009) segundo os padrões referenciais para ambientes internos estabelecidos pela Resolução n.º 09 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2003). Neste contexto, a contaminação do ar em ambientes internos é avaliada em edifícios de escritórios, indústrias de alta produtividade, hospitais (ALMEIDA, ARAÚJO, 2018), centros comerciais de alimentação e nutrição (RODRIGUES et al., 2020) e em instituições de ensino (ABREU, 2016; WAISCZIK et al., 2020). Desta maneira, a análise da microbiologia do ar é imprescindível em instituições de ensino superior por ser um espaço múltiplo, com ambientes climatizados e não climatizados, onde são realizadas diferentes atividades que vão desde serviços administrativos a trabalhos experimentais, além da alta rotatividade de indivíduos. Ademais, a avaliação da qualidade do ar é de extrema importância, uma vez que é um bom instrumento para assegurar a saúde e o bem-estar dos indivíduos que trabalham, estudam e pesquisam nestas instituições. Considerando a importância do monitoramento microbiológico do ar para a saúde humana, sobretudo em espaços em que afluem públicos de diferentes municípios, objetivou-se avaliar a qualidade microbiológica do ar de um campus universitário público localizado no município de Quixadá, Ceará. MATERIAIS E MÉTODOS Tipo de pesquisa Trata-se de uma pesquisa experimental com abordagem qualitativa e quantitativa, com vistas a coletar informações e produzir conhecimento acerca da saúde microbiológica em um ambiente universitário a fim de promover medidas de precaução que assegurem a saúde dos usuários deste espaço multicultural. Área de estudo O estudo foi desenvolvido na Universidade Estadual do Ceará (UECE), campus Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (FECLESC), localizado no município de Quixadá/Ceará, como resultado da expansão e interiorização do ensino superior no Estado. O experimento foi conduzido no Laboratório de Polissacarídeos Bioativos – LAPOBIO. Para análise do ar, foram selecionados quatro diferentes ambientes do campus da FECLESC/UECE, a saber: biblioteca (B), Laboratório de Ensino de Biologia (LEB) e os banheiros masculino (BM) e feminino (BF). Período de coleta e caracterização da amostragem As coletas foram realizadas durante o mês de junho de 2023 no turno da manhã, por volta das 9h00, durante as operações costumeiras do semestre em que todos os setores do campus
  • 3. estão com atividades regulares e a rotatividade de pessoas é alta. Além disso, vale destacar que para a coleta das amostras foram observadas características importantes para o estudo como a movimentação de pessoas, posicionamento das placas de Petri, frequência de higienização dos ambientes, assim como a circulação de ar nos locais de acordo com a abertura de portas e janelas e a existência de aparelho de ar- condicionado (Quadro 1). Quadro 1- Identificação dos locais de coleta e a distribuição das placas de Petri Local BDA AN Local das placas Frequência de higienização dos ambientes Situação das portas e janelas Ar- condicionado Movimentação de pessoas Banheiro masculino (BM) 2 2 Sobre a divisória 2 vezes/dia Aberta Não existe Constantemente Banheiro Feminino (BF) 2 1 Sobre a divisória 2 vezes/dia Aberta Não existe Constantemente Biblioteca (B) 2 2 Sobre uma mesa central 1 vez/dia Fechada Ligado Constantemente Laboratório de Ensino de Biologia (LEB) 2 2 Sobre a bancada central Raramente Fechada Ligado Raramente Fonte: Elaborado pelos autores (2023). Meios de cultura e procedimento de coleta Os meios de cultura usados para coleta das amostras foram Ágar Dextrose Batata (BDA) para crescimento específico de fungos e o meio de cultura Ágar Nutriente (AN) para o isolamento de bactérias. Os meios de cultura previamente hidratados e esterilizados foram vertidos em placas de Petri estéreis de 90 mm de diâmetro. A análise da microbiologia do ar dos setores foi avaliada por meio da técnica de sedimentação espontânea que consiste em manter placas de Petri abertas com o meio de cultura específico exposto por um tempo de 30 minutos e distantes a um metro de qualquer obstáculo que interferisse no crescimento dos microrganismos, tais como mesas, cadeiras, armários, dentre outros (PASQUARELLA; PITZURRA; SAVINO, 2000; PASQUARELLA et al., 2007; MORAIS et al., 2010). Foram distribuídas 15 placas de Petri, sendo 7 placas do BDA dispostas duas por setor, exceto para o BF onde apenas uma placa foi utilizada, e para o meio AN foram utilizadas oito placas, distribuídas em duplicata. Os meios de cultura foram posicionados nos locais mais apropriados para a sedimentação, assim, nos banheiros as placas foram dispostas sobre as divisórias, na biblioteca posicionamos sobre uma mesa localizada ao centro do espaço e no laboratório de ensino de Biologia as placas foram posicionadas sobre a bancada central. Processamento das amostras, contagem e expressão dos resultados Finalizado o tempo de exposição das placas, elas foram fechadas e levadas para o Laboratório de Polissacarídeos Bioativos - LAPOBIO, para incubação em estufa a 35°C por 48 horas. Após o período de crescimento foi contado o número de colônias usando o método de contagem em placas. A contagem das placas é o método mais utilizado para análise quantitativa nos laboratórios de Microbiologia. Segundo Guerra (2016), este método baseia-se na capacidade dos microrganismos se reproduzirem quando estão em meio de cultura apropriada e na temperatura ótima de crescimento. Os resultados foram expressos em unidades formadoras de colônias por metro cúbico de ar (UFC/m³) e comparados com a legislação vigente. Segundo a Resolução n.º 09 de janeiro de 2003, a Agência Nacional de
  • 4. Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece como valor máximo permitido para contagens fúngicas 750 UFC/m³ (BRASIL, 2003). Para obter os resultados das contagens dos microrganismos em UFC/m³ foi utilizada a equação proposta por Friberg, Friberg e Burman (1999). A “área da caixa” representa a área da placa de Petri obtida pelo cálculo da área do círculo e o valor de π (Pi) multiplicado pelo quadrado do raio da placa (Equação 1). Para uma placa de 90 mm de diâmetro, ou seja, igual a 9 cm, temos uma área de aproximadamente 64 cm2 ou 0,0064 m2 . Foi atribuída a proporção 23:1 para média de ar na superfície por ser um processo de sedimentação espontânea (MORAIS et al., 2010). Equação 1 - Cálculo do número de UFC/m3 de ar pela técnica de sedimentação em placa. Análise estatística Os resultados foram processados mediante estatísticas descritivas utilizando o programa Microsoft Office Excel 2016, contendo as seguintes variáveis: média, desvio padrão e coeficiente de variação, além disso, os dados foram expressos em tabelas para a melhor interpretação. RESULTADOS Das amostras analisadas, observou-se um maior crescimento no ágar nutriente e, embora em alguns setores tenham apresentado maior número de microrganismos, os resultados não são indicativos de risco biológico significativo nos ambientes analisados (Tabela 1, figura 1). Tabela 1 - Concentração média de microrganismos, desvio padrão (DP), coeficiente de variação (CV) e microrganismos encontrados baseados no meio de cultura utilizado. Fonte: Elaborado pelos autores (2023). Figura 1 - Placas com crescimento microbiano nos meios AN e BDA na Biblioteca (A), Banheiro feminino (B), Banheiro masculino (C) e no Laboratório de Ensino de Biologia (D). Fonte: Autores (2023). A contagem média do crescimento fúngico e bacteriano durante o período de atividade da faculdade não ultrapassou o valor máximo recomendado pela resolução 09 da ANVISA (Tabela 2), logo, todos os ambientes apresentaram boas condições, apresentando A B C D
  • 5. contagem microbiana inferior a 750 UFC/m3 . Contudo, os banheiros apresentaram valores mais altos, aproximando-se do limite estabelecido pela ANVISA. Destaca-se que o (BF), obteve valores percentuais inferiores, pois foi o único que não teve duplicatas do meio de cultivo, tendo apenas duplicadas do meio (BDA) e uma placa de Petri com o meio (AN). DISCUSSÃO A análise da qualidade do ar é comum em instituições hospitalares (NUNES, 2005; ALMEIDA, ARAÚJO, 2018; FERREIRA et al., 2019; COSTA, 2022) tendo em vista a atividade exercida nestas organizações; contudo, o conhecimento microbiológico acerca dos espaços em instituições de ensino superior (IES) é limitada e varia substancialmente quanto ao setor analisado (ABREU, 2016; WAISCZIK et al., 2020). Diante da diversidade de atribuições possíveis em IES e devido à alta rotatividade de pessoas, é pertinente a realização de um diagnóstico de saúde ambiental a fim de resguardar a saúde dos ocupantes desses locais. Tabela 2 - Concentração (Unidade Formadora de Colônia - UFC/m3 ) dos microrganismos nos locais de coletas realizadas na instituição. Fonte: Elaborado pelos autores (2023). Nossos resultados corroboram com Abreu (2016) ao analisar a qualidade do ar de uma IES implementando os meios de cultura Ágar de Contagem em Placa (PCA) com 0,8% de ácido propiônico (fungicida) e Ágar Dextrose Batata (ADB) acrescido de 10μg/ml de ampicilina, os quais foram incubadas em estufa a 35°C por 48 horas e, de outro modo, a 28°C por 7 a 8 dias, respectivamente. Apesar das melhorias na técnica utilizada, como o tempo de incubação, temperatura e adição de agentes seletivos, a quantificação de microrganismos também estavam dentro dos padrões estabelecidos pela ANVISA. Além disso, o autor também verificou que as contagens fúngicas eram majoritariamente menores em relação a contagens bacterianas, similar ao nosso estudo. Diferentemente, na pesquisa de Waisczik et al. (2020) realizada no campus Alto Vale da Universidade do Estado de Santa Catarina, usando o mesmo meio de cultura (BDA) deste estudo, relataram que a biblioteca foi o único ambiente que superou o preconizado pela ANVISA com um valor de 780 UFC/m3 . Os autores discutem o papel da grande quantidade de livros armazenados que aumentariam o acúmulo de microrganismos em certas superfícies do ambiente da biblioteca, além disso, o posicionamento das placas durante a coleta das amostras provavelmente foi um fator que contribuiu para este achado. No trabalho internacional de Hayleeyesus e Manaye (2014), no qual avaliaram a qualidade microbiana do ar interno de oito bibliotecas da Jimma University, Etiópia, os autores observaram que as concentrações de aerossóis contendo bactérias e fungos nas bibliotecas universitárias variaram entre 367 - 2595 UFC/m3 , o que representa uma alta taxa de contaminação conforme a classificação da Comissão Europeia e, quando comparados com a resolução n.º 9 da ANVISA, pode-se evidenciar que o nível de contaminação é bastante superior ao encontrado neste trabalho (HAYLEEYESUS; MANAYE, 2014). Por outro lado, em um estudo realizado em três bibliotecas climatizadas em uma IES no nordeste do Brasil, Silva et al. (2021) relataram valores entre 123 a 212 UFC em 55 amostras analisadas, o que corrobora com nossos achados (156,2 UFC/m3 ). Ademais, é bastante discutido na literatura o risco potencial de acúmulo de microrganismos no ar em ambientes fechados climatizados, em especial, os fungos. De fato, quanto a quantificação de microrganismo em ambiente interno, esta é superior ao ambiente externo, como evidenciado por Ribeiro e Lubisco (2013) ao comparar a concentração de UFC em ambiente interno e externo de uma biblioteca de IES, obtendo o dobro da contagem no ambiente interno.
  • 6. Curiosamente, neste trabalho a biblioteca apresentou a menor contagem microbiana dentre os ambientes analisados. Diversos fatores podem contribuir com este resultado, tais como frequência de higienização do espaço e do aparelho de ar-condicionado, tempo e local de exposição da placa de Petri, tempo de incubação da amostra e temperatura de crescimento. É importante destacar que neste estudo não foram quantificados os microrganismos no ambiente externo à biblioteca, o que poderia esclarecer o papel do ar-condicionado no acúmulo de microrganismos neste espaço. Em uma pesquisa que analisou oito aparelhos de ar-condicionado de laboratórios de pesquisa do Instituto de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de UFAL, entre junho e setembro 2019, Morais (2021) constatou que todos os climatizadores possuíam crescimento fúngico, evidenciando os gêneros Aspergillus, Fusarium, Rhizopus, Cladosporium e Emmonsia. Nesta análise, embora a quantidade de microrganismos estivesse nos limites legais, alguns membros são avaliados como alto risco de contaminação (HAYLEEYESUS; MANAYE, 2014), portanto, potenciais candidatos envolvidos no estabelecimento de síndromes de edifícios doentes, comuns em prédios de construção antiga, e frequentemente associados a manifestações clínicas como alergia, rinite, asma e conjuntivite (HAYLEEYESUS; MANAYE, 2014). Por isso, é recomendado intensificar a frequência da limpeza dos ambientes institucionais, bem como programar a sazonalidade da limpeza dos aparelhos de ar-condicionado. Destaca-se que os microrganismos no ar interior são originários de atividades humanas e de animais que o habitam e que passam a constituir a microbiota transitória ou persistente daquele local, contaminando os objetos quando os aerossóis se depositam nas superfícies. Logo, a troca de ar interno promovido pela taxa de ventilação é geralmente aceito como um procedimento para proteger a saúde dos ocupantes e reduzir a carga microbiana (JURADO, BANKOFF; SANCHEZ, 2014). Outro fato importante é que alguns aparelhos de ar-condicionado dos ambientes analisados, como por exemplo, o laboratório de Ensino de Biologia da instituição, apresentava defeito quanto à regulagem de temperatura e gotejamento dentro do local. Observou-se também que o aparelho de ar condicionado apenas é ligado quando acontecem aulas práticas laboratoriais e na maior parte do tempo o laboratório não é utilizado, incluindo os dois anos de lockdown devido a pandemia de Covid- 19, mantendo suas janelas e portas fechadas, não permitindo a troca do ar. Surpreendentemente, o número de microrganismos foi baixo, sendo provável que o fato de ser pouco utilizado e manter-se por dois anos sem movimentação tenha sido um dos principais motivos para o resultado encontrado. Ainda, questões relacionadas a limitação da técnica utilizada também podem ter impactado nesse resultado e uma análise de ambiente interno e externo é recomendada. Contrastando com os nossos resultados, Herrera et al. (2012) observaram que a contagem de bactérias e fungos em quatro laboratórios na Facultad de Ciencias Químicas y Farmacia Universidad de San Carlos, Guatemala, estava acima do valor máximo recomendado para carga fúngica (2000 UFC/m3 ) e carga bacteriana (1000 UFC/m3 ) no país, superando o padrão definido pela legislação espanhola. Pelo menos dois fatores estão intimamente relacionados à diferença nos resultados entre os laboratórios, a primeira inclui o tipo de atividade que é exercida em cada um, e a segunda refere-se a frequência de utilização do laboratório. A constante manipulação de amostras biológicas ou ambientais são fortes contribuintes para a composição da microbiota do ambiente laboratorial. Nestes locais, alguns microrganismos podem se beneficiar das condições climáticas e de umidade local para sua manutenção em nichos específicos, elevando a carga microbiana. Em relação aos banheiros universitários, estes setores mostraram as maiores cargas microbianas, embora dentro dos limites preconizados pela ANVISA. Vale ressaltar que este é o espaço mais democrático, em que alunos provenientes de vários municípios, cursos e turnos compartilham o mesmo espaço mantendo alta rotatividade. Ambos os banheiros, feminino e masculino, possuem estruturas vazadas e cobogós, que permitem a circulação do ar, no entanto, devido a natureza
  • 7. funcional deste espaço a densidade microbiana foi maior. No estudo de Cartagena et al. (2020), a quantificação microbiana em banheiros no campus da Universidade Santo Tomás também se manteve nos padrões legais, variando de 22 a 49 UFC/m³, com contagem bem inferior às do nosso estudo. Contrariamente, Kalwasinsk et al. (2012) encontrou uma variação entre 133 a 3313 UFC/m³, com média de 1191 UFC/m³ para bactérias, e uma faixa de 13 a 893 e média de 232 UFC/m³ para fungos, ao avaliarem a qualidade do ar nos banheiros da Universidade Nicholas Copernicus, colhidas mensalmente em um período de seis meses, sendo considerado altamente contaminado de acordo com as normas para ambientes não industriais estabelecidas pela comissão europeia em 1993. Os autores destacam que, de acordo com esta resolução, considerou-se que a qualidade do ar do banheiro e de outros locais da instituição analisados apresentaram-se forte ou moderadamente contaminados por bactérias, enquanto quantificações baixas ou moderadas eram encontradas para os fungos. Nesse sentido, o banheiro é um local onde se encontram abundantes vasos sanitários e outros objetos relacionados à excreção humana, estes geram e trazem consigo microrganismos que podem se espalhar com facilidade nos locais. Práticas educativas sobre higiene e comportamento podem melhorar estes índices microbiológicos. As instituições de ensino superior podem ser locais importantes de exposição a patógenos e alérgenos, embora nem sempre as análises realizadas nestes ambientes apontem para altas cargas microbianas. Coletivamente, nossos dados sugerem que a qualidade microbiológica do ar analisada apresenta boas condições em todos os ambientes investigados. O bem-estar da comunidade universitária é promovido quando ações e estratégias de saúde são empreendidas. Assim, a análise e a comunicação científica são meios eficientes para se traçar um diagnóstico e educar a comunidade universitária, reduzindo assim os fatores que podem contribuir para a proliferação de patógenos nos espaços acadêmicos. CONCLUSÃO Em nosso estudo, concluímos que todos os espaços analisados na IES possuem níveis de contaminação considerados seguros de acordo com a resolução n.º 9 da ANVISA. Entretanto, para manutenção destes valores, deve ser mantida a vigilância da qualidade do ar, sobretudo nos banheiros, que mostraram índices mais elevados de microrganismos. Dessa forma, recomenda-se a introdução de ações educativas sobre o uso do sanitário e descarga para reduzir os bioaerossóis potencialmente infectantes dispersos no ambiente, a aplicação de pesquisa microbiológica ambiental, incluindo a investigação do ar interno e externo, a fim de verificar a influência da climatização no acúmulo de microrganismos, bem como a identificação de gêneros e espécies isoladas para uma maior compreensão da microbiota local e adoção de medidas de controle mais assertivas e eficazes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, Jade Oliveira. Avaliação da qualidade microbiológica do ar interno em diferentes ambientes em um instituto de ensino e pesquisa. 2016. 64 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Ambientais) - Curso de Ciências Ambientais, Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. AKOVA, İ. et al. Prevalence of sick building syndrome in hospital staff and its relationship with indoor environmental quality. International Journal of Environmental Health Research, v.32, n.6, p.1204-1219,2022. doi: 10.1080/09603123.2020.1862067 ALMEIDA, A. C. G.; ARAÚJO, J. M. Análise microbiológica da qualidade do ar em ambiente hospitalar na região oeste do Paraná. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnologia em Gestão Ambiental) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2018.
  • 8. BRABES, K. C. S. Identificação e capacidade de adesão de Staphylococcus spp. isolados de manipuladores, superfícies e ar de ambientes de uma indústria de laticínios. 2005. 83f. Tese (Doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2005. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução - RE N° 09, de 16 de janeiro de 2003. Orientação Técnica revisada contendo Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo, Diário Oficial da União, Brasília, p. 35-37, 20 jan. 2003. Seção 1. CAIXETA, D. S. et al. Monitoramento da Qualidade do Ar Interior de uma Escola da Rede Pública localizada no município de Cuiabá-MT. Engineering and Science; v.5, n.1, p.20–28, 2016. doi: 10.18607/ES201653207 CARMO, A. T.; PRADO, R. T. A. Qualidade do Ar Interno. Série Texto Técnico, TT/PCC/23. São Paulo: EPUSP, 35 p., 1999. CARTAGENA, M. L. M.; SILVA, A. S. X.; SUAREZ, G. X. M. Caracterización microbiológica del laboratorio de concretos y el baño del primer piso de la Universidad Santo Tomás seccional Tunja, sede campus. Revista @limentech, Ciencia y Tecnología Alimentaria, v.16, n.2, p.96-104, 2020. COSTA, K. C. Qualidade microbiológica do ar em ambientes climatizados. 2022. 65 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Desenvolvimento e Meio Ambiente, Universidade Federal da Paraíba - UFPB, João Pessoa, 2022. FERREIRA, R. L. et al. Análise microbiológica do ar em ambientes hospitalares. In: Anais do 6º Congresso Internacional em Saúde, v. 2, n. 6, 2019, p. 1-2. FRIBERG, B.; FRIBERG, S.; BURMAN, L. G. Inconsistent Correlation between aerobic bacterial surface and air counts in operating rooms with ultra clean laminar air flows: proposal of a new bacteriological standard for surface contamination. The Journal of Hospital Infection, v.42, p.287-293, 1999. doi: 10.1053/jhin.1998.0598 HAYLEEYESUS, S. F.; MANAYE, A. M. Microbiological quality of indoor air in university libraries. Asian Pacific Journal of Tropical Biomedicine, v. 4, Suppl 1, p. S312- S317, 2014. doi: 10.12980/APJTB.4.2014C807 HERRERA, K. et al. Impacto de la calidad microbiológica del aire externo en el ambiente interno de cuatro laboratorios de instituciones públicas en la ciudad de Guatemala y Bárcenas, Villa Nueva. Revista Científica, [S.l], v.22, n.1, p.30–38, 2012. doi: https://doi.org/10.54495/Rev.Cientifica.v22i1.1 20 JURADO, S. R.; BANKOFF, A. D. P.; SANCHEZ, A. Indoor air quality in Brazilian universities. International Journal of Environmental Research and Public Health, v.11, n.7, p.7081–7093, 2014. doi: 10.3390/ijerph110707081 JURADO, S.R. et al. Qualidade do ar interior em hospitais, aeronaves, navios de cruzeiros e o risco de transmissão aérea pelo Coronavírus. Saúde Coletiva (Barueri), v.10, n.53, p.2376- 2393, 2020. KALWASINSKA, A.; BURKOWSKA, A.; WILK, I. Microbial air contamination in indoor environment of a university library. Annals of Agricultural and Environmental Medicine, v.19, n.1, p.25-29, 2012. MORAIS, G. R. et al. Qualidade do ar interno em uma instituição de ensino superior brasileira. Bioscience Journal, v.26, n.2, p.305-310, 2010. NORTHCUTT, J. K. et al. Airborne microorganisms in commercial shell egg processing facilities. International Journal of Poultry Science, v.3, n.3 p. 195-200, 2004. doi: 10.3923/ijps.2004.195.200 NUNES, Z. G. Estudo da qualidade microbiológica do ar de ambientes internos climatizados. 2005. 153 f. Tese (Doutorado em Vigilância Sanitária) - Fundação Oswaldo Cruz,
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