1. VARIAÇÃO DO NÍVEL DO MAR
Docente: Prof. Dr. Valdir Manso
Discente: Gaby Alves
2. Sumário
Introdução – p. 3
MSL - Nível Médio do Mar – p. 7
Efeitos da Variação do Nível do Mar – p. 10
Considerações Finais – p. 16
Referências – p. 18
3. Introdução
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● A origem dos oceanos está ligada à formação da atmosfera, ao resfriamento
do planeta e à formação da litosfera. A atmosfera proporcionou, pelo menos,
50% da água que preenche as bacias oceânicas (os outros 50% têm origem em
meteoritos).
● A maioria dos íons que formam os sais da água do mar são oriundos dos
intemperismo das rochas que formam a litosfera.
(FONTES, 2011)
4. Introdução
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● Os oceanos são:
Produtores e repositores de importantes recursos naturais.
Contam a história do planeta – alterações tectonicas, climáticas, físicas,
químicas e biológicas que implicam no comportamento dinâmico e estrutural
da crosta oceânica, na mutação dos ciclos sedimentares e das massas de água,
comprovados e documentados ao longo do registro geológico.
● Os processos oceânicos são os maiores agentes transportadores de calor do
planeta, controlando o clima e contribuindo para a distribuição espacial dos
processos intempéricos e erosivos.
(FONTES, 2011)
5. Introdução
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● Os oceanos abrigam uma grande variedade de condições físicas e sistemas
ecológicos.
● A origem das variações nos ambientes marinhos parte das diferenças de
temperatura, salinidade, profundidade, correntes, substratos e ondas.
● Os oceanos são divididos em zonas ecológicas, conforme sua profundidade:
Zona litoral ou entremaré
Zona nerítica
Zona oceânicaColunas de opinião:
Zona eufótica; Zona disfótica; e Zona afótica
(FONTES, 2011)
6. Introdução
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● Os oceanos ocupam uma área de quase 362 milhões km², com uma
profundidade média de 3690 metros, perfazendo um volume de mais de 1,3
bilhão de km³ (USP, 2024).
● O fundo oceânico varia conforme a presença de acidentes geográficos
submarinos, resultando em características distintas dos oceanos, que
apresentam morfologia, salinidade, profundidade e dinâmica.
● A forma e dimensão de cada um dos oceanos não permaneceram constantes
ao longo da história geológica da Terra. São modificadas pelo movimento
lento, mas perene, ligado às placas tectonicas.
(USP, 2024)
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● É a altitude média da superfície do mar medida em relação a uma superfície
terrestre de referência, que corresponde, aproximadamente, ao geóide.
● O nível do mar tem altitude considerada 0 (zero).
● É utilizado como ponto de referência a partir do qual são medidas as altitudes
dos acidentes topográficos, marcadas as curvas de nível e as altitudes nos
mapas e plantas.
● Na aviação, é a referência para os níveis de voo.
● As mudanças eustáticas do nível do mar são flutuações sincronicas em escala
mundial. Provocadas por alterações na morfologia e volume das bacias
oceânicas ou pela alteração na quantidade de água por elas ocupadas.
(BRASIL, s.d; VIEIRA, 1981)
MSL - Nível Médio do Mar
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MSL - Nível Médio do Mar
● A história geológica da Terra apresenta alternância de ciclos quentes e frios, que
resultam em deformações da superfície do geóide, constatadas por medições
geofísicas.
● Somado a isso, a atuação dos astros (lua e sol), formando marés, influencia diretamente
na variação eustática do nível dos mares no tempo geológico.
● As placas tectonicas são outros fatores atuantes na expansão do fundo oceânico. a
elevação e afundamentos de cadeias meso-oceânicas influem nas variações eustáticas
do nível do mar.
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● O ciclismo entre transgressões e regressões do
Cretáceo sugere que após o levantamento das
cadeias submarinas (transgressão), ocorre um período
de pequenos afundamentos das mesmas (regressão).
● A frequência de transgressões eustáticas no período
Cretáceo médio sugere que aquele foi o principal
período de expansão do assoalho oceânico,
provocando um ritmismo de transgressões e
regressões.
(VIEIRA,1981)
MSL - Nível Médio do Mar
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● Pode impactar diretamente:
A erosão e sedimentação, causando alterações: a transgressão marinha reduz a
degradação erosiva continental, pois o nível de base está mais alto; A regressão
marinha aumenta.
O clima: regressões em larga escala acentuam os climas continentais; a temperatura
aumenta até um máximo e o clima torna-se bastante quente. Já nas transgressões, o
clima é marítimo, com temperaturas reduzidas, amenas e mais equilibradas.
No período de maiores regressões, a extensão dos mares reduz, diminuindo a
evaporação, logo, há decréscimo de precipitações. Em períodos transgressivos, há o
favorecimento do aumento de evaporação, resultando em maiores precipitações.
(VIEIRA, 1981)
Efeitos da Variação do Nível do Mar
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Efeitos da Variação do Nível do Mar
● Pode impactar diretamente:
Os organismos: elevação do nível de nutrientes, provocando aumento em cadeia,
diversificação, evolução de espécies (transgressão) ou extinção de biomas marinhos e
aumento da competição (regressão)
Na transgressão, há proliferação de fitoplânctons nos mares epicontinentais (mar raso
que cobre extensa região de plataforma continental com litosfera siálica), resultando
em aumento de fotossíntese, causando aumento de O2 e diminuição de CO2 na
atmosfera.
Na regressão, a pressão de vapor de CO2 na atmosfera, em equilíbrio com a água, forma
o ácido carbonico, resultando em acidez nas águas dos mares. Além da possibilidade
de aumento de poluição, pela associação do CO2 com emanações vulcânicas e
oxidação de rochas frescas. (VIEIRA, 1981)
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● As flutuações do nível do mar resultam das variações do nível dos oceanos e
das mudanças nos níveis das terras emersas adjacentes, principalmente por:
Flutuações nos volumes das bacias oceânicas em função da tectonica de
placas (tectonoeustasia);
Flutuações nos volumes de água nas bacias oceânicas por fenomenos de
glaciação e desglaciação (glacioeustasia); e
Deformações nas superfícies oceânicas por causas gravitacionais
(geoidoeustasia).
Efeitos da Variação do Nível do Mar
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● As deformações nos oceanos resultam de:
Movimentos tectonicos;
Movimentos isostáticos relacionados às variações de carga de geleiras sobre
os continentes (hidroisostasia); e
Deformações nas superfícies continentais por causas gravitacionais
O nível do mar subiu globalmente em torno de 0,15 cm durante todo o século
XX e, atualmente, está subindo a uma velocidade duas vezes e meia maior – a
0,36 cm por ano.
(VIEIRA, 1981)
Efeitos da Variação do Nível do Mar
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● (A) – a temperatura média superficial
global do mar e (B) o nível médio global
do mar, possivelmente continuarão
aumentando.
● Mudanças antrópicas (linha azul);
● Sem mudanças antrópicas (linha
vermelha), o oceano poderá ficar muito
mais quente e o nível do mar subirá
consideravelmente.
(FUKAI; OAQUIM; CIRANO, 2021).
Efeitos da Variação do Nível do Mar
16. Considerações Finais
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Destacaram três razões principais para a variação do nível do mar:
1. Mudanças no volume da bacia oceânica devido à movimentação das placas
tectônicas – Se o volume da bacia diminui, o nível do mar pode aumentar.
2. Variações no volume de água no oceano pelo derretimento das geleiras,
conduzindo a água para o oceano, aumentando seu volume e o nível do mar.
***Na última era Glacial, em que ocorreu um grande aumento das geleiras, o
nível do mar era dezenas de metros abaixo do atual.
3. Aumento da temperatura da água, resultando em expansão das moléculas de
água, aumentando o volume que a água ocupa no oceano.
17. Considerações Finais
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O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) indicou que o
aumento da temperatura da Terra pode vir a variar entre 0,3 °C e 1,7 °C de 2010
até 2100, e o nível do mar pode vir a subir entre 26 e 55 centímetros ao longo
deste período (TOLEDO, 2011).
A variação do nível do mar pode ocasionar erosões, piorar a qualidade da água
potável e de rega, causar danos ao patrimonio histórico e artístico, afetar o
transporte e a atividade economica das cidades. Além de possibilitar
inundações, destruições de paisagens naturais e antrópicas (moradias e
patrimonios).
18. Referências
▸ BRASIL. MSL - Nível Médiodo Mar. Glossário SIRIUS. Força Aérea Brasileira – Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
Disponível em: https://www.decea.mil.br/index.cfm?i=utilidades&p=glossario&single=2286. Acesso em: 23 mar. 2024.
▸ FONTES, A. L. Geomorfologia Costeira. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2011.
▸ FUKAI, D., OAQUIM, A. E CIRANO, M. How Might the Ocean Change in the Future? Front. Young Minds, v. 9, Essue 700622. DOI:
https://doi.org/10.3389/frym.2021.700622.
▸ IBERDROLA. Aumento do nível do mar. Espanha, 2024. Disponível em: https://www.iberdrola.com/sustentabilidade/aumento-do-nivel-do-mar. Acesso em:
23 mar. 2024.
▸ TOLEDO, K. Quinto relatório do IPCC mostra intensificação das mudanças climáticas. PBMC, 2011. Disponível em:
https://pbmc.coppe.ufrj.br/index.php/en/news/373-quinto-relatorio-do-ipcc-mostra-intensificacao-das-mudancas-climáticas. Acesso em: 24 mar. 2024.
▸ USP. A origemdos oceanos. São Paulo: Instituto Oceanográfico, 2024. Disponível em: https://www.io.usp.br/index.php/ocean-coast-res/45-
portugues/publicacoes/series-divulgacao/os-oceanos/808-origem-dos-oceanos.html. Acesso em: 23 mar. 2024.
▸ VIEIRA, P. C. Variações do nível, marinho: alterações eustáticas no Quaternário. Revista do Instituto Geológico, São Paulo, v. 2, n. 1. p. 39-58, 1981. DOI:
https://doi.org/10.5935/0100-929X.19810004
▸
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