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ICTERÍCIA
Departamento de Semiologia da
UNILUS -2016
Profa. Dra. Valéria Favacho Galvão
ICTERÍCIA
1. Definição
- O termo icterícia deriva do grego ikteros, um
pássaro de plumagem amarela.
- Icterícia é o amarelamento dos fluídos e
tecidos do organismo devido ao aumento das
bilirrubinas.
2. Onde se pode observar icterícia?
- Esclera dos olhos (onde existe abundante
concentração de tecido elástico)
- Pele, mucosas e freio da língua
2.1 Sintomas
- O tingimento amarelado das escleras é vísivel
em concentrações de 2,0 a 2,5 mg/dl e na pele
acima de 3,0 a 4,0 mg/dl
-Cicatrizes e áreas de edema geralmente são
poupadas
- Fluídos e secreções do organismo também
são atingidos, especialmente, aqueles ricos em
proteínas (lágrimas, suor, o sêmen, o leite, a
expectoração e a ascite)
2.1 Sintomas
- A betacarotenemia ou o amarelamento da pele
induzido por drogas como mepacrine
(quinacrina) ou bussulfan pode ser
diferenciado da icterícia pela ausência de
tingimento das escleras
4. Metabolismo da Bilirrubina
* Bilirrubina – pigmento tetrapirrólico – produto
de degradação do anel de porfirina do heme, por
destruição dos eritrócitos senescentes pelo
sistema reticuloendotelial
(fagocítico mononuclear – baço e medula)
*250-300 mg/dia
*70 a 80 %: eritrócitos senis
* 20 a 30 %: hemólise intramedular e “turnover”
intramedular e de hemoproteína
Tipos de Bilirrubinas:
. Bilirrubina sérica total: 0,2 a 1,2 mg/100 ml
.Fração conjugada: inferior a 15 % - 0 a 0,2 mg/ml
. Fração não conjugada: até 1 mg/100 ml
3. Formas de Icterícia
- Icterícia Hemolítica (pré-hepática)
- Icterícia hepatocelular (intra-hepática)
- Icterícia colestática (pós-hepática)
5. Icterícia Hemolítica
. Produção aumentada de bilirrubina indireta
pela destruição excessiva de hemácias –
saturação da capacitação hepática da
bilirrubina não-conjugada; geralmente não
ultrapassando 4 mg/dl
. Anemia falciforme – alteração de sua
morfologia
. Válvulas protéticas – destruição mecânica
. Hemólise imune e induzida por drogas
. A causa mais frequente de
hiperbilirrubinemia indireta ou não-
conjugada em adultos – síndrome de Gilbert
– alteração na enzima glicuronil-transferase
6. Icterícia Hepatocelular
-Lesão do hepatócito; envolve a maioria das
causas da icterícia.
- Vírus hepatotrópicos A, B e C; Epstein-Barr;
citomegalovírus; parvovírus B19; lepstopirose;
hepatite auto-imune; tóxicas (toxina do
cogumelo Amanita phalloides); induzida por
drogas como isoniazida ou álcool; cirrose
hepática (hemocromatose; doença de Wilson);
causas vasculares (síndrome de Budo-Chiari e
doença veno-oclusiva)
- Icterícia Hepatocelular: elevação das
aminotransferases aspartato (AST) e alanina
(ALT)
- Bilirrubina direta está mais elevada do que a
indireta
Icterícia Colestática
- Obstrutiva: obstrução das vias biliares
extra-hepáticas ; obstrução mecânica ao
fluxo biliar
- Causas: coledocolitíase; obstrução tumoral
(carcinoma de ductos biliares, da cabeça do
pâncreas, estenoses pós-operatórias,
pancreatites, parasitórias - ascaridíase)
- Elevação da fosfatase alcalina (FA) da gama-
glutamil-transferase (GGT)
-Predomínio da bilirrubina direta sobre a
indireta
- Tratamento é realizado através de métodos
invasivos (endoscopia, radiologia ou cirurgia)
Sinais e Sintomas
-Astenia, febre, cefaléia e artralgias (hepatites
virais)
-Acolia fecal: sugere obstrução completa das
vias biliares
-Colúria: excreção renal aumentada de
bilirrubina direta
- Dor: possibilidade de coledocolitíase;
metástase hepática, infiltrando a cápsula
Febre:
Pré-hepática: malária; Mycoplasma pneumoniae e
Clostridium perfringens
Hepática: hepatites virais, mononucleose infecciosa;
citomegalovírus, leptospirose, septicemia por
pneumococos, klebsiella, salmonella, e. coli
Pós-hepática: colangite (complicação do
coledocolitíase – febre, calafrios, dor no hipocôndrio
direito e icterícia
Prurido:
Sintoma típico de colestase intra ou extra
hepática – cirrose biliar primária; acomete as
extremidades – palma das mãos e planta dos
pés
Exame físico no paciente ictérico
Icterícia amarelo- limão (hemolítica)
Icterícia amarelo-laranja (hepatocelular)
Icterícia amarelo-esverdeado (obstruções crônicas)
Alterações Cutâneas
Exantema urticariforme – hepatite aguda
Púrpuras – devido a vasculite nas hepatites B
e C
Aspecto acinzentado da hiperpigmentação
hemocromatose
Xantelasmas – cirrose biliar primária com
hipercolesterolemia
Telangectasias Estreladas (aranhas vasculares) –
áreas expostas ao sol, doenças hepáticas
crônicas
Eritema Palmar – hiperestrogenismo relativo
que ocorre nas doenças hepáticas crônicas
Alterações dos Anexos Cutâneos – hipotricose
(perda de pêlos) – tórax, abdomen, axilas e
regiões púbicas
Unhas opacificadas; com estrias esbranquiçadas;
coiloníquia (hemocromatose); unhas em vidro
de relógio (doenças hepáticas crônicas)
Vesícula biliar aumentada de volume à palpação
do hipocôndrio direito – obstrução tumoral –
sinal de Curvoisier
Esplenomegalia – anemias hemolíticas e icterícia
hepatocelular; ausente nas colestáticas
Ascite – exceto na hemolítica; volume menor
que 1 litro – difícil detecção no exame físico
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PÚRPURA
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  • 1. ICTERÍCIA Departamento de Semiologia da UNILUS -2016 Profa. Dra. Valéria Favacho Galvão
  • 3. 1. Definição - O termo icterícia deriva do grego ikteros, um pássaro de plumagem amarela. - Icterícia é o amarelamento dos fluídos e tecidos do organismo devido ao aumento das bilirrubinas.
  • 4. 2. Onde se pode observar icterícia? - Esclera dos olhos (onde existe abundante concentração de tecido elástico) - Pele, mucosas e freio da língua
  • 5. 2.1 Sintomas - O tingimento amarelado das escleras é vísivel em concentrações de 2,0 a 2,5 mg/dl e na pele acima de 3,0 a 4,0 mg/dl -Cicatrizes e áreas de edema geralmente são poupadas - Fluídos e secreções do organismo também são atingidos, especialmente, aqueles ricos em proteínas (lágrimas, suor, o sêmen, o leite, a expectoração e a ascite)
  • 6. 2.1 Sintomas - A betacarotenemia ou o amarelamento da pele induzido por drogas como mepacrine (quinacrina) ou bussulfan pode ser diferenciado da icterícia pela ausência de tingimento das escleras
  • 7. 4. Metabolismo da Bilirrubina * Bilirrubina – pigmento tetrapirrólico – produto de degradação do anel de porfirina do heme, por destruição dos eritrócitos senescentes pelo sistema reticuloendotelial (fagocítico mononuclear – baço e medula) *250-300 mg/dia *70 a 80 %: eritrócitos senis * 20 a 30 %: hemólise intramedular e “turnover” intramedular e de hemoproteína
  • 8. Tipos de Bilirrubinas: . Bilirrubina sérica total: 0,2 a 1,2 mg/100 ml .Fração conjugada: inferior a 15 % - 0 a 0,2 mg/ml . Fração não conjugada: até 1 mg/100 ml
  • 9. 3. Formas de Icterícia - Icterícia Hemolítica (pré-hepática) - Icterícia hepatocelular (intra-hepática) - Icterícia colestática (pós-hepática)
  • 10. 5. Icterícia Hemolítica . Produção aumentada de bilirrubina indireta pela destruição excessiva de hemácias – saturação da capacitação hepática da bilirrubina não-conjugada; geralmente não ultrapassando 4 mg/dl . Anemia falciforme – alteração de sua morfologia . Válvulas protéticas – destruição mecânica . Hemólise imune e induzida por drogas
  • 11. . A causa mais frequente de hiperbilirrubinemia indireta ou não- conjugada em adultos – síndrome de Gilbert – alteração na enzima glicuronil-transferase
  • 12. 6. Icterícia Hepatocelular -Lesão do hepatócito; envolve a maioria das causas da icterícia. - Vírus hepatotrópicos A, B e C; Epstein-Barr; citomegalovírus; parvovírus B19; lepstopirose; hepatite auto-imune; tóxicas (toxina do cogumelo Amanita phalloides); induzida por drogas como isoniazida ou álcool; cirrose hepática (hemocromatose; doença de Wilson); causas vasculares (síndrome de Budo-Chiari e doença veno-oclusiva)
  • 13. - Icterícia Hepatocelular: elevação das aminotransferases aspartato (AST) e alanina (ALT) - Bilirrubina direta está mais elevada do que a indireta
  • 14. Icterícia Colestática - Obstrutiva: obstrução das vias biliares extra-hepáticas ; obstrução mecânica ao fluxo biliar - Causas: coledocolitíase; obstrução tumoral (carcinoma de ductos biliares, da cabeça do pâncreas, estenoses pós-operatórias, pancreatites, parasitórias - ascaridíase)
  • 15. - Elevação da fosfatase alcalina (FA) da gama- glutamil-transferase (GGT) -Predomínio da bilirrubina direta sobre a indireta - Tratamento é realizado através de métodos invasivos (endoscopia, radiologia ou cirurgia)
  • 16. Sinais e Sintomas -Astenia, febre, cefaléia e artralgias (hepatites virais) -Acolia fecal: sugere obstrução completa das vias biliares -Colúria: excreção renal aumentada de bilirrubina direta - Dor: possibilidade de coledocolitíase; metástase hepática, infiltrando a cápsula
  • 17. Febre: Pré-hepática: malária; Mycoplasma pneumoniae e Clostridium perfringens Hepática: hepatites virais, mononucleose infecciosa; citomegalovírus, leptospirose, septicemia por pneumococos, klebsiella, salmonella, e. coli Pós-hepática: colangite (complicação do coledocolitíase – febre, calafrios, dor no hipocôndrio direito e icterícia
  • 18. Prurido: Sintoma típico de colestase intra ou extra hepática – cirrose biliar primária; acomete as extremidades – palma das mãos e planta dos pés
  • 19. Exame físico no paciente ictérico Icterícia amarelo- limão (hemolítica) Icterícia amarelo-laranja (hepatocelular) Icterícia amarelo-esverdeado (obstruções crônicas)
  • 20. Alterações Cutâneas Exantema urticariforme – hepatite aguda Púrpuras – devido a vasculite nas hepatites B e C Aspecto acinzentado da hiperpigmentação hemocromatose Xantelasmas – cirrose biliar primária com hipercolesterolemia
  • 21. Telangectasias Estreladas (aranhas vasculares) – áreas expostas ao sol, doenças hepáticas crônicas Eritema Palmar – hiperestrogenismo relativo que ocorre nas doenças hepáticas crônicas Alterações dos Anexos Cutâneos – hipotricose (perda de pêlos) – tórax, abdomen, axilas e regiões púbicas Unhas opacificadas; com estrias esbranquiçadas; coiloníquia (hemocromatose); unhas em vidro de relógio (doenças hepáticas crônicas)
  • 22. Vesícula biliar aumentada de volume à palpação do hipocôndrio direito – obstrução tumoral – sinal de Curvoisier Esplenomegalia – anemias hemolíticas e icterícia hepatocelular; ausente nas colestáticas Ascite – exceto na hemolítica; volume menor que 1 litro – difícil detecção no exame físico