O documento descreve a anatomia normal e anomalias do pâncreas, incluindo agenesia pancreática, pâncreas anular e divisum. Também discute condições como pancreatite aguda e crônica, neoplasias císticas e adenocarcinoma pancreático.
2. ANATOMIA
-Espaço pararrenal anterior do retroperitônio
-Dividido em cabeça, processo uncinado, colo,
corpo e cauda
-A cabeça do pâncreas é a porção pancreática
situada à direita dos vasos mesentéricos
superiores
-O processo uncinado situa-se posteriormente à
veia mesentérica superior
3. ANATOMIA
-O colo situa-se anteriormente à veia mesentérica
superior
-O corpo e a cauda estendem-se até ao hilo
esplênico
-Cauda situa-se superiormente à cabeça
5. ANOMALIAS CONGÊNITAS
Agenesia Pancreática
-A agenesia completa do pâncreas é considerada incompatível
com a vida, mas raramente pode-se ver agenesia do pâncreas
proveniente do broto dorsal (corpo e cauda do pâncreas).
-Síndrome da poliesplenia
Pâncreas Anular
-Anel de pâncreas que circunda a segunda
porção duodenal
-O pâncreas anular pode ser completo ou incompleto
6. ANOMALIAS CONGÊNITAS
Pâncreas Divisum
-Não fusão dos ductos pancreáticos
-O ducto do broto dorsal (corpo e cauda do pâncreas) drena para
uma papila acessória, ducto de Santorini, enquanto o ducto da
porção ventral drena na papila principal, junto com o ducto biliar.
Junção Anômala Bileopancreática
-Denomina-se junção anômala bileopancreática quando o ducto
biliar drena no ducto pancreático ou quando existe um canal
comum bileopancreático maior do que 1,5 cm.
7. Fibrose Cística
-Diminuição da secreção de suco pancreático,
tornando-o mais espesso
-Dificuldade na sua drenagem
-Fibrose cística - amplo espectro de
apresentações clinicas podendo manifestar-se
com pancreatite crônica
8. Fibrose Cística
-2 formas principais:
A 1ª forma consiste na cistose pancreática
de vários cistos ao longo de todo o pâncreas
9. Fibrose Cística
-A 2ª forma consiste de atrofia parenquimatosa,
notando-se apenas o esboço do ducto pancreático
envolto por gordura, que se deposita no
parênquima pancreático.
-Diagnóstico diferencial com as síndromes de
Shwachman-Diamond e de Johans
on-Blizzard.
10. Doença de von Hippel-Lindau
-Transmissão autossômica dominante
-Angiomas da retina, hemangioblastomas do
sistema nervoso central, cistos e carcinomas
renais e feocromocitomas das adrenais
-Múltiplos cistos em até 50% a 70%
14. Diagnóstico
Tomografia Computadorizada:
-Método de escolha para o diagnóstico
-“Fase de contrastação pancreática”
-Inicia entre 40 e 60 segundos após o contraste,
apresentando realce, permitindo identificar com maior
clareza possivel áreas de necrose
-Sua instalação ocorre a partir das 48 horas do início
da agressão
15. Diagnóstico
Ressonância Magnética:
-Importante para definição da sua causa etiológica
-A CPRM pode auxiliar no diagnóstico de
coledocolitíase com eficácia superior à US e
semelhante à CPRE e ecoendoscopia
-A CPRM é útil na definição diagnóstica de causas
menos comuns de PA, como pâncreas divisum, junção
pancreatobiliar longa e divertículo duodenal justa-
ampular
16. Pancreatite Aguda
Balthazar e Ranson, 1985:
-correlação entre o aumento do volume do
pâncreas,
-alterações inflamatórias peripancreáticas
-a evolução clínica do paciente
Essa graduação tomográfica foi chamada de
índice morfológico (IM).
17.
18. Pancreatite Aguda
-Os mesmos autores introduziram a avaliação da
extensão da necrose pancreática e
correlacionaram a evolução dos pacientes com a
necrose.
21. Pancreatite crônica
Métodos de Imagem:
Radiografia do Abdome:
-Múltiplas calcificações no epigástrio, ao longo da
topografia do pâncreas.
22.
23. Pancreatite crônica
Ultrassonografia:
Os principais sinais ultrassonográficos
são:
1. Alterações nas dimensões e
contornos da glândula: este sinal
apresenta baixa sensibilidade.
2. Dilatação do ducto pancreático
comum: observado em até 90% dos
casos
24. Pancreatite Crônica
Tomografia Computadorizada:
O diagnóstico tomográfico de PC é feito através da
identificação de três sinais:
a) Redução volumétrica do pâncreas
b) Dilatação e irregularidade do ducto pancreático
comum
c) Cálculos e calcificações pancreáticas.
A sensibilidade e a especificidade chegam a 90% e 85%
25.
26.
27. Pancreatite Crônica
Os principais sinais são:
1. Atrofia pancreática.
2. Dilatação e irregularidade do ducto pancreático
3. Calcificações pancreáticas
4. Pseudocisto: com conteúdo heterogêneo(debris),
sem realce após a injeção do contraste e
correspondendo à material necrótico
28.
29. Outras Pancreatites
Pancreatite Crônica Alcoólica
-Complicações vasculares podem ocorrer na
pancreatite aguda,
mas são mais frequentes na pancreatite crônica.
-Tais complicações incluem as tromboses venosas(
particularmente da veia esplênica) e os
pseudoaneurismas.
-
30. Outras Pancreatites
Pancreatite Crônica Alcoólica
-As tromboses da veia esplênica geram a chamada
"hipertensão portal esquerda“
- varizes periesplênicas e junto ao fundo gástrico, que
através da veia gástrica esquerda atingem a veia porta,
usualmente sem o aparecimento de varizes esofágicas.
31. Outras Pancreatites
Pancreatite Autoimune
-Relacionado a IgG4,doença sistêmica que pode
acometer glândulas salivares,vias biliares, rins,
retroperitônio
-É comum a associação com outras doenças, tais
como cirrose biliar primária, retocolite ulcerativa,
colangite esclerosante primária,lúpus e síndrome de
Sjõgren.
Pancreatite Paraduodenal
Estende-se ao sulco paraduodenal.
33. Cistoadenoma Seroso
-Cisto com aspecto em "favo de mel", com inúmeros finos
septos no seu interior que realçam tardiamente após a
injeção do contraste
-Presença de múltiplos (n > 6) pequenos cistos (2-5 mm),
com conteúdo homogêneo
34. Neoplasia Epitelial Sólida e
Cística
-Muito frequente em mulheres na segunda ou na
terceira década de vida
-Morfologicamente pode ter diversas formas de
apresentação
sólida e cística da lesão,apresentando conteúdo
espesso, com componente hemático.
36. Adenocarcinoma
-A sobrevida em três anos é de apenas 2%, e
em cinco anos, naqueles pacientes operados,
não ultrapassa os 20%.
-Lesão sólida mal delimitada e cujas
características de infiltração e de desmoplasia
se manifestam por obstruções ductais e por
rápida extensão extrapancreática
Notas do Editor
Pâncreas divisum. Colangiopancreatografia por RM . Não se
observa comun icação entre o dueto dorsal (setas) e o ventral, que desembocam
respectivamente na papila menor e maior.
Doença de von Hippel-lindau. TC. Imagem obtida após o
uso de meio de contraste endovenoso. Várias lesões císticas no corpo e na
cauda do pâncreas em paciente (setas) com carcinoma de cé lulas renais.
-Necrose pancreática acometendo 50% ou mais do parênquima está associada a 75-100% de morbidade e 11-25% de mortalidade.
-Grupos de pacientes sem necrose pancreática apresentaram 6% de morbidade e nenhuma mortalidade
-Apesar de essas calcificações serem frequentes, ocorrendo em até 60% dos pacientes com PC alcoólica, podem ser pequenas, puntiformes e de difícil identificação.