2. Introdução
O pâncreas é uma glândula de aproximadamente 15 cm de extensão
que se localiza atrás do estômago e entre o duodeno e o baço.
Possui duas funções: uma é produzir enzimas para digestão dos
alimentos e a outra é controlar o nível de açúcar no sangue.
3. Características
Geralmente decorrente da ação de enzimas inadequadamente
ativadas, que resulta em edema, hemorragia e até necrose pancreática
e peripancreática.
As enzimas digestivas não ficam ativas até alcançarem o
intestino, onde começam a digerir o alimento. Porém, se essas
enzimas ficarem ativas dentro do pâncreas elas passam a “digeri-
lo”.
4. Tipos
Pancreatite Aguda
Caracteriza-se por um processo inflamatório intenso que provoca
aumento da glândula por causa do edema, ou seja, do acúmulo de
líquido.
O principal sintoma é dor abdominal intensa, quase sempre de início
abrupto. Parece que é a 2ª dor mais forte que alguém pode sentir.
É uma dor de forte intensidade, contínua e persistente, que
dura horas ou dias, localizada na parte alta do abdômen e que se
irradia para a região dorsal, na altura do epigástrio.
5. Tipos
Pancreatite Crônica
A inflamação é de longa duração, alterando a estrutura normal do
pâncreas e suas funções.
A causa mais comum da pancreatite crônica é o alcoolismo.
O álcool ingerido em grandes quantidades, por tempo prolongado
determina uma alteração no parênquima pancreático que é substituído
por tecido fibroso, endurecido, e reduz o tamanho do órgão, que
atrofia.
O ducto pancreático principal fica muito dilatado por causa do
depósito de cálculos formados principalmente por cálcio.
6. Sintomas
Pancreatite Aguda: dor abdominal intensa na região superior do
abdômen, que se irradia em faixa para as costas, náuseas, vômitos e
icterícia.
Pancreatite Crônica: dor, diarréia e diabetes. A dor aparece nas
fases agudas e tem as mesmas características da Pancreatite Aguda.
8. Tratamento
Pancreatite Aguda
O tratamento é clínico, mas requer internação hospitalar, porque o
paciente deve ficar em jejum e receber hidratação por soro na veia.
Como não existe medicamento capaz de desinflamar o pâncreas, é
preciso deixar em repouso até que a inflamação regrida, o que acontece
em 80% dos casos.
Os outros 20% evoluem para uma forma grave da doença, com
lesão de órgãos, como pulmões e fígado, além do pâncreas. Neste caso,
são transferidos para o CTI. No caso de necrose, é indicado cirurgia.
9. Tratamento
Pancreatite Crônica
Inicialmente o tratamento também é clínico.
Além de controlar a dor, é preciso deixar o pâncreas em repouso,
evitar alimentos gordurosos e adotar uma dieta à base de hidratos de
carbono.
Pacientes com diarréia devem receber VO as enzimas pancreáticas
que não produzem – amilase, lípase.
10. Assistência de Enfermagem
Aferir sinais vitais;
Administrar analgésicos prescritos;
Encorajar jejum;
Observar a dieta (pobre em gorduras e rica em carboidratos).