3. A saúde do trabalhador começou a ser alvo de
preocupações já na Antiguidade vindo a se intensificar com
o advento da industrialização, motivada pelo interesse no
crescente aumento da produtividade.
No Brasil, essa preocupação mais eminente surgiu apenas
em fins do século XIX. Contudo, a enfermagem do trabalho
só teve sua importância junto às empresas reconhecida na
década de 70, tendo em vista os elevados números de
acidentes de trabalho que ocorriam. (AZEVEDO, 2010).
Dentre essas normas a NR7, diz respeito ao Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) que
estabelece “[...] a obrigatoriedade da elaboração e
implementação de programa para a promoção e
preservação da saúde dos trabalhadores”. (AZEVEDO,
2010, p. 2).
4. Até a década de 1960, apenas acidentes de trabalho eram
considerados enfermidades derivadas da profissão.
Somente na década de 1970 as doenças
ocupacionais passaram a ser vistas com a seriedade que
merecem.
Uma das razões para essa mudança foi o crescimento
da classe médica e da indústria no País, o que aumentou
consideravelmente distúrbios relacionados a agentes
físicos, químicos e térmicos.
Começou-se a ver um padrão em trabalhadores que
lidavam com poeira, radiação, solventes ou ruídos, para
citar alguns exemplos.
5.
6. Lesão por Esforços Repetitivos
(LER) ou Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho (DORT):
São causadas pela repetição excessiva de movimentos ou
postura inadequada, causando uma dor crônica que tende
a piorar ao longo dos anos.
O grande problema da LER é ser confundida com um mal
estar passageiro, como uma torção ou mau jeito.
A diferença básica entre LER e DORT, é que a primeira
pode não necessariamente ocorrer em ambiente de
trabalho e a segunda refere-se unicamente ao dia a dia
profissional.
7.
8. Pode ser temporária ou definitiva, em trabalhadores expostos
a ruídos constantes.
É uma doença silenciosa, que caracteriza-se pela perda
auditiva progressiva, levando o trabalhador lentamente
à perda parcial ou total da audição, por desgastar o ouvido de
forma irreversível.
Comum em operadores de telemarketing, metalúrgicos e
trabalhadores de Construção Civil, especialmente se não há
uma fiscalização rígida e um compromisso do trabalhador
com a utilização de protetores auriculares.
9.
10. Responsável por metade dos casos de perda total de
visão no mundo, a Catarata é muito comum no Brasil.
Mas, assim como o câncer de pele, só é considerada
ocupacional se decorre da atividade profissional do
indivíduo.
A Catarata é ocasionada pela perda do Cristalino,
normalmente em decorrência de exposição a altas
temperaturas.
Afeta muitos trabalhadores da metalurgia e da siderurgia.
11. Afeta trabalhadores noturnos,
como vigias, médicos, enfermeiros ou operadores de
serviços 24 horas.
O trabalho noturno desregula a produção de hormônios, que
aconteceria durante o sono, afetando outras funções
corporais, como a visão, por exemplo.
Se essa situação ocorre de forma prolongada, o desgaste
pode levar à perda parcial ou total da visão.
12.
13. Depressão, Estresse, Ataques de
ansiedade ou Síndrome do Pânico
Podem ser causadas por isolamento, pressão
psicológica, ritmo agressivo de trabalho, dificuldades ou
desentendimentos no ambiente de trabalho ou carga horária
excessiva.
São doenças perigosas por não serem encaradas com a
devida seriedade, podendo ser imperceptíveis quando no início
ou à primeira vista.
Ao contrário do que pensam, podem se tornar irreversíveis,
afastando definitivamente o trabalhador. Ocorre com
frequência entre policiais, seguranças, bancários, operadores
de telemarketing e profissionais de comunicação.
14. O primeiro passo para evitar doenças ocupacionais é estar
atento aos menores sintomas de desconforto físico e/ou
mental durante o trabalho e procurar auxílio médico mesmo
se o desconforto for leve.
Dependendo do desenrolar da situação, é necessário
pensar em uma mudança de função e, às vezes, até
de profissão.
A conscientização de empregadores e trabalhadores quanto
à importância do uso do EPI, da possibilidade de redução da
jornada de trabalho e da pressão exercida sobre a equipe
também é fundamental para evitar doenças ocupacionais.
15.
16. O papel do enfermeiro do trabalho tem sido considerado
indispensável, uma vez que sua atuação abrange desde a prevenção
de doenças laborais até o acompanhamento dos que precisam no
processo de restabelecimento da saúde.
O mundo globalizado investe pesadamente no avanço e crescimento
das organizações, compreendendo que estas são fundamentais para
o desenvolvimento da economia.
Cabe ao enfermeiro do trabalho fazer um levantamento de dados
estatísticos diversos relacionando com as atividades funcionais, a
execução e avaliação de programas de prevenção de acidente, de
doenças profissionais e não profissionais, prestar os primeiros
socorros no ambiente de trabalho.
Proporcionando ainda o atendimento ambulatorial como aplicação de
medicamentos, aferição de pressão arterial, realização de curativos,
vacinações, inalações ,testes e coleta de amostras para exames.
17. Realizar consulta de enfermagem com auxílio do processo
de enfermagem para com os trabalhadores, atentando na
anamnese, minimizando o absenteísmo;
Diagnosticar as necessidades de enfermagem do trabalho
com auxílio de um plano estratégico de assistência a ser
prestada pela equipe de enfermagem do trabalho para a
proteção, recuperação, preservação e reabilitação da saúde
do trabalhador (ex:fazer levantamento de doenças
ocupacionais, buscando a diminuição das mesmas);
Promover campanhas de promoção a saúde: hipertensão,
diabete, vacinação, tabagismo,alcoolismo, primeiros
socorros, obesidade;
Promover treinamento, capacitação com membros da CIPA:
DSTs, primeiros socorros, NRs, entre outros.