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DOENÇAS 
OCUPACIONAIS 
Professor: Carlos Moreira
OO AAddooeecciimmeennttoo ddooss TTrraabbaallhhaaddoorreess ee ssuuaa 
RReellaaççããoo ccoomm oo TTrraabbaallhhoo 
Os trabalhadores compartilham os perfis de 
adoecimento e morte da população em geral, em função: 
idade, gênero, grupo social ou inserção em um grupo 
específico de risco. 
Além disso, os trabalhadores podem adoecer ou 
morrer por: 
• Por causas relacionadas ao trabalho; 
• Como conseqüência da profissão que exercem ou exerceram; 
• Pelas condições adversas em que seu trabalho é ou foi 
realizado.
OO AAddooeecciimmeennttoo ddooss TTrraabbaallhhaaddoorreess ee ssuuaa 
RReellaaççããoo ccoomm oo TTrraabbaallhhoo 
Assim, o perfil de adoecimento e morte dos 
trabalhadores resultará da separação desses fatores que 
podem ser sintetizados em quatro grupos de causas: 
1. Doenças comuns, aparentemente sem qualquer relação com 
o trabalho; 
2. Doenças comuns (crônico-degenerativas, infecciosas, 
neoplásicas, traumáticas etc.) eventualmente modificada no 
aumento da frequência de sua ocorrência ou na precocidade 
de seu surgimento em trabalhadores, sob determinadas 
condições de trabalho. A hipertensão arterial em motoristas de 
ônibus urbanos, nas grandes cidades exemplifica esta 
possibilidade.
OO AAddooeecciimmeennttoo ddooss TTrraabbaallhhaaddoorreess ee ssuuaa 
RReellaaççããoo ccoomm oo TTrraabbaallhhoo 
3. Doenças comuns que tem o espectro de sua etiologia 
ampliado ou tomado mais complexo pelo trabalho. A asma 
brônquica, a dermatite de contato alérgica, a perda auditiva 
induzida pelo ruído (ocupacional), doenças músculo-esquelético 
e alguns transtornos mentais exemplificam esta 
possibilidade, na qual, em decorrência do trabalho, somam-se 
(efeito aditivo) ou multiplicam-se (efeito sinérgico) às condições 
provocadoras ou desencadeadoras destes quadros 
nosológicos.
OO AAddooeecciimmeennttoo ddooss TTrraabbaallhhaaddoorreess ee ssuuaa 
RReellaaççããoo ccoomm oo TTrraabbaallhhoo 
4. Agravos à saúde específicos, tipificados pelos acidentes do 
trabalho e pelas doenças profissionais. A silicose e a 
asbestose exemplificam este grupo de agravos específicos. 
OOss ggrruuppooss 22,, 33 ee 44,, ccoonnssttiittuueemm aa ffaammíílliiaa ddaass 
DDooeennççaass RReellaacciioonnaaddaass aaoo TTrraabbaallhhoo ((DDRRTT))
O QUE É DOENÇA?
DOENÇA 
“Condição física ou mental adversa, originária de e/ou 
piorada por uma atividade de trabalho e/ou situação 
relacionada ao trabalho.” 
(OHSAS 18001:2007)
SAÚDE/DOENÇA 
“As condições de saúde ou doença são as expressões 
dos sucessos ou falhas experimentadas pelo 
organismo nos seus esforços para responder 
adaptativamente aos desafios ambientais”. 
Dubos, 1965
O QUE A LEGISLAÇÃO 
BRASILEIRA DIZ A 
RESPEITO?
LEGISLAÇÃO 
Doença Ocupacional 
X 
Doença Profissional 
X 
Doença do Trabalho
LEGISLAÇÃO 
Doença Ocupacional: 
 Lei acidentária de1919 – “moléstia contraída 
exclusivamente pelo exercício do trabalho”. 
 1967 – “doenças do trabalho” 
 Lei 8231/91 >>
LEGISLAÇÃO 
Lei 8231/91: 
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos 
termos do artigo anterior, as seguintes entidades 
mórbidas: 
I - doença profissional (...); 
II - doença do trabalho (...).
LEGISLAÇÃO 
I – Doença Profissional, assim entendida a 
produzida ou desencadeada pelo exercício do 
trabalho peculiar a determinada atividade e 
constante da respectiva relação elaborada pelo 
Ministério do Trabalho e da Previdência Social; 
Sinonímia: ergopatias, tecnopatias, doenças 
profissionais típicas. 
FATORES INERENTES À ATIVIDADE LABORAL
LEGISLAÇÃO 
II - Doença do Trabalho, assim entendida a adquirida ou 
desencadeada em função de condições especiais em que o 
trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, 
constante da relação mencionada no inciso I. 
Sinonímia: mesopatias, doenças profissionais atípicas. 
CAUSADAS PELAS CIRCUNSTÂNCIAS DO TRABALHO
LEGISLAÇÃO 
ANEXO II - Agentes Patogênicos Causadores de 
Doenças Profissionais ou do Trabalho. 
LISTA A - Agentes ou Fatores de Riscos de 
Natureza Ocupacional Relacionados com a 
Etiologia de Doenças profissionais e de outras 
Doenças Relacionadas com o Trabalho. 
LISTA B - Doenças Relacionadas com o Trabalho. 
LISTA C - Intervalos de CID-10 em que se 
reconhece Nexo Técnico Epidemiológico, na forma 
do § 3º do art. 337, entre a entidade mórbida e as 
classes de CNAE indicadas.
LEGISLAÇÃO 
(ainda no Art. 20. da Lei 8231/91) 
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho: 
a) a doença degenerativa; 
b) a inerente a grupo etário; 
c) a que não produza incapacidade laborativa; 
d) a doença endêmica >>
LEGISLAÇÃO 
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante 
de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação 
de que é resultante de exposição ou contato direto 
determinado pela natureza do trabalho.
RISCO DE FEBRE AMARELA
DOENÇAS OCUPACIONAIS MAIS 
COMUNS 
 Doenças das vias aéreas: 
Alguns exemplos são as pneumoconioses causadas 
pela poeira da sílica (silicose) e do asbesto (asbestose), 
além da asma ocupacional. Substâncias agressivas 
inaladas no ambiente de trabalho se depositam nos 
pulmões, provocando falta de ar, tosse, chiadeira no 
peito, espirros e lacrimejamento.
Ex: sílica, asbesto, carvão mineral. 
Conseqüências: silicose (quartzo), 
asbestose (amianto), pneumoconiose 
dos minérios de carvão (mineral). 
Depois de inaladas. as fibras de amianto 
fixam-se profundamente nos pulmões, 
causando cicatrizes. A inalação de amianto 
pode também produzir o espessamento 
dos dois folhetos da membrana que 
reveste os pulmões (a pleura).
 Perda auditiva relacionada ao trabalho (PAIR) 
Diminuição gradual da audição decorrente da exposição 
contínua a níveis elevados de ruídos. Além da perda 
auditiva, outra alterações importantes podem prejudicar a 
qualidade de vida do trabalhador. 
 A perda auditiva típica observada com as pessoas que 
possuem uma longa história de exposição a ruído no 
trabalho é caracterizada por perda de audição na faixa 
entre 3000 e 6000 Hz . Na fase precoce à exposição uma 
perda de audição temporária é observada ao fim de um 
período de trabalho, mas desaparece após várias horas. A 
exposição contínua ao ruído resultará em perda auditiva 
permanente que será de natureza progressiva e se tornará 
notável subjetivamente ao trabalhador no decorrer do 
tempo.
INTOXICAÇÕES EXÓGENAS 
- Agrotóxicos: os pesticidas (defensivos agrícolas) provocam 
grandes danos à saúde e ao meio ambiente; 
- - Chumbo (saturnismo): a exposição contínua ao chumbo, 
presente em fundições e refinarias, provoca, a longo prazo, um 
tipo de intoxicação que varia de intensidade de acordo com as 
condições do ambiente (umidade e ventilação), tempo de exposição 
e fatores individuais (idade e condições físicas).
- Mercúrio (hidrargirismo): o contato com a substância se dá 
por meio da inalação, absorção cutânea ou via oral da 
substância; ocorre com trabalhadores que lidam com 
extração do mineral ou fabricação de tintas 
- Solventes orgânicos (benzenismo): por serem tóxicos e 
agressivos, podem contaminar trabalhadores de refinarias 
de petróleo e indústrias de transformação
LER E DORT 
 Conjunto de doenças que atingem principalmente 
os músculos, tendões e nervos. O problema é 
decorrente do trabalho com movimentos 
repetitivos, esforço excessivo, má postura e 
estresse, entre outros.
DERMATOSES OCUPACIONAIS 
 São alterações da pele e das mucosas causadas, 
mantidas ou agravadas, direta ou indiretamente, 
por determinadas atividades profissionais. São 
provocadas por agentes químicos e podem 
ocasionar irritação ou até mesmo alergia. 
 Ex: Indústria de corantes, cimenteiras, 
indústrias que processam aços inoxidáveis e 
outras ligas metálicas. 
Alergia provocada pelo uso de luvas de 
látex
O QUE É RISCO?
RISCO 
“Risco pode ser definido como a variação relativa dos 
resultados reais em relação aos resultados esperados.” 
(Bernstein, 1996 e Philips, 1998)
FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E 
SEGURANÇA DOS TRABALHADORES 
 Físicos 
Ruído contínuo 
Ruído de impacto 
Calor 
Radiações Ionizantes 
Trabalho sob condições hiperbáricas 
Radiações não-ionizantes (microondas, laser e ultra 
violetas) 
Vibrações 
Frio 
Umidade
FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E 
SEGURANÇA DOS TRABALHADORES 
 Químicos 
Poeiras 
Neblinas (é a condensação que ocorre junto à superfície) 
Névoas (quando há a condensação de vapor d`água, porém 
em associação com a poeira, fumaça e outros poluentes) 
Fumos metálicos 
Vapor 
Produtos químicos em geral
FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E 
SEGURANÇA DOS TRABALHADORES 
 Biológicos 
Vírus, bactérias, parasitas, geralmente associados ao 
trabalho em hospitais, laboratórios e na agricultura e 
pecuária.
FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E 
SEGURANÇA DOS TRABALHADORES 
 Ergonômicos e Psicossociais 
Decorrem da organização e gestão do trabalho, como, 
por exemplo: da utilização de equipamentos, maquinas 
e mobiliários inadequados, levando a posturas e 
posições incorretas; locais adaptados com más 
condições de iluminações, ventilação e de conforto para 
os trabalhadores; trabalho em turnos e noturnos; 
monotonia ou ritmo de trabalho excessivo, exigências 
de produtividade, relações de trabalho autoritárias, 
falhas no treinamento e supervisão dos trabalhadores.
FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E 
SEGURANÇA DOS TRABALHADORES 
 Mecânicos e de Acidentes 
Ligados à proteção das máquinas, arranjo físico, 
ordem e limpeza do ambiente de trabalho, sinalização, 
rotulagem de produtos e outros que podem levar a 
acidente de trabalho
 Uma doença ocupacional normalmente é adquirida 
quando um trabalhador é exposto acima do limite de 
tolerância permitido por lei aos riscos ambientais em 
proteção compatível com o agente envolvido. Essa 
proteção pode ser na forma de 
equipamento de proteção coletiva (EPC) ou 
equipamento de proteção individual (EPI). Existem 
também medidas administrativas/organizacionais 
capazes de reduzir os riscos. As principais vias de 
absorção de agentes nocivos são a pele e os pulmões.
INSTRUMENTOS DE INVESTIGAÇÃO DAS RELAÇÕES 
SAÚDE-TRABALHO-DOENÇA 
Natureza Nível de Aplicação Abordagem / Instrumentos 
Dano ou Doença 
Individual 
Clínica História clínica / Anamnese 
Ocupacional 
Complementar: 
Laboratoriais 
Toxicológicos 
provas funcionais 
Exames laboratoriais, provas 
funcionais 
Coletivo Estudos epidemiológicos 
• Estudos descritivos de 
morbidade e mortalidade; 
• Estudos analíticos, tipo caso-controle, 
de “coorte” 
prospectivos e retrospectivos 
Fatores ou 
Condição de 
Risco 
Individual 
•Estudo do posto ou estação de trabalho, por meio da 
análise ergonômica do atividade; 
• Avaliação ambiental qualitativa ou quantitativa, de 
acordo com as ferramentas da Higiene do Trabalho 
Coletivo 
• Estudo do posto ou estação de trabalho, por meio da 
análise ergonômica da atividade; 
• Avaliação ambiental quantitativa e qualitativa; 
• Elaboração do mapa risco da atividade; 
• Inquéritos coletivos
CONTROLE DAS 
CAUSAS 
CONTROLE DOS 
RI SCOS 
DETERMINANTES SOCIO-AMBIENTAIS 
NECESSIDADES 
Grupos de 
Risco 
Riscos Exposição Indícios 
Exposição 
CONTROLE DE DANOS 
Cura 
Indícios 
Danos Casos Seqüela 
Intervenção Social 
Organizada 
PROMOÇÃO DE 
SAÚDE 
Pessoas 
Expostas Suspeitos 
PROTEÇÃO DA 
SAÚDE, "Screening" 
/Mapeamento de 
Saúde 
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TRATAMENTO 
PRECOCES 
LIMITAÇÃO DO 
DANO 
Obito 
REABILITAÇÃO 
SEQÜELAS 
PRE PATOGÊNESE FASE CLÍ NI CA 
I NESPECÍ FI CA ESPECÍ FI CA PRECOCE AVANÇADA 
Condições gerais do 
indivíduo ou do 
ambiente que 
predispôe a uma ou 
várias doenças. 
A presença de uma 
constelação de fatores 
causais num instante 
dado, favorece o 
aparecimento de uma 
dada doença. 
Da situação anterior 
resultou uma 
doença cujos 
primeiros sinais e 
sintomas se 
tornaram aparentes. 
A doença segue sua 
evolução própria, 
terminando com a 
morte, com a cura 
completa ou deixando 
sequelas. 
As sequelas ou 
consequencias da doença 
podem ser reparadas, com 
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  • 3. OO AAddooeecciimmeennttoo ddooss TTrraabbaallhhaaddoorreess ee ssuuaa RReellaaççããoo ccoomm oo TTrraabbaallhhoo Assim, o perfil de adoecimento e morte dos trabalhadores resultará da separação desses fatores que podem ser sintetizados em quatro grupos de causas: 1. Doenças comuns, aparentemente sem qualquer relação com o trabalho; 2. Doenças comuns (crônico-degenerativas, infecciosas, neoplásicas, traumáticas etc.) eventualmente modificada no aumento da frequência de sua ocorrência ou na precocidade de seu surgimento em trabalhadores, sob determinadas condições de trabalho. A hipertensão arterial em motoristas de ônibus urbanos, nas grandes cidades exemplifica esta possibilidade.
  • 4. OO AAddooeecciimmeennttoo ddooss TTrraabbaallhhaaddoorreess ee ssuuaa RReellaaççããoo ccoomm oo TTrraabbaallhhoo 3. Doenças comuns que tem o espectro de sua etiologia ampliado ou tomado mais complexo pelo trabalho. A asma brônquica, a dermatite de contato alérgica, a perda auditiva induzida pelo ruído (ocupacional), doenças músculo-esquelético e alguns transtornos mentais exemplificam esta possibilidade, na qual, em decorrência do trabalho, somam-se (efeito aditivo) ou multiplicam-se (efeito sinérgico) às condições provocadoras ou desencadeadoras destes quadros nosológicos.
  • 5. OO AAddooeecciimmeennttoo ddooss TTrraabbaallhhaaddoorreess ee ssuuaa RReellaaççããoo ccoomm oo TTrraabbaallhhoo 4. Agravos à saúde específicos, tipificados pelos acidentes do trabalho e pelas doenças profissionais. A silicose e a asbestose exemplificam este grupo de agravos específicos. OOss ggrruuppooss 22,, 33 ee 44,, ccoonnssttiittuueemm aa ffaammíílliiaa ddaass DDooeennççaass RReellaacciioonnaaddaass aaoo TTrraabbaallhhoo ((DDRRTT))
  • 6. O QUE É DOENÇA?
  • 7. DOENÇA “Condição física ou mental adversa, originária de e/ou piorada por uma atividade de trabalho e/ou situação relacionada ao trabalho.” (OHSAS 18001:2007)
  • 8. SAÚDE/DOENÇA “As condições de saúde ou doença são as expressões dos sucessos ou falhas experimentadas pelo organismo nos seus esforços para responder adaptativamente aos desafios ambientais”. Dubos, 1965
  • 9. O QUE A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DIZ A RESPEITO?
  • 10. LEGISLAÇÃO Doença Ocupacional X Doença Profissional X Doença do Trabalho
  • 11. LEGISLAÇÃO Doença Ocupacional:  Lei acidentária de1919 – “moléstia contraída exclusivamente pelo exercício do trabalho”.  1967 – “doenças do trabalho”  Lei 8231/91 >>
  • 12. LEGISLAÇÃO Lei 8231/91: Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I - doença profissional (...); II - doença do trabalho (...).
  • 13. LEGISLAÇÃO I – Doença Profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; Sinonímia: ergopatias, tecnopatias, doenças profissionais típicas. FATORES INERENTES À ATIVIDADE LABORAL
  • 14. LEGISLAÇÃO II - Doença do Trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. Sinonímia: mesopatias, doenças profissionais atípicas. CAUSADAS PELAS CIRCUNSTÂNCIAS DO TRABALHO
  • 15. LEGISLAÇÃO ANEXO II - Agentes Patogênicos Causadores de Doenças Profissionais ou do Trabalho. LISTA A - Agentes ou Fatores de Riscos de Natureza Ocupacional Relacionados com a Etiologia de Doenças profissionais e de outras Doenças Relacionadas com o Trabalho. LISTA B - Doenças Relacionadas com o Trabalho. LISTA C - Intervalos de CID-10 em que se reconhece Nexo Técnico Epidemiológico, na forma do § 3º do art. 337, entre a entidade mórbida e as classes de CNAE indicadas.
  • 16. LEGISLAÇÃO (ainda no Art. 20. da Lei 8231/91) § 1º Não são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário; c) a que não produza incapacidade laborativa; d) a doença endêmica >>
  • 17. LEGISLAÇÃO d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
  • 18. RISCO DE FEBRE AMARELA
  • 19. DOENÇAS OCUPACIONAIS MAIS COMUNS  Doenças das vias aéreas: Alguns exemplos são as pneumoconioses causadas pela poeira da sílica (silicose) e do asbesto (asbestose), além da asma ocupacional. Substâncias agressivas inaladas no ambiente de trabalho se depositam nos pulmões, provocando falta de ar, tosse, chiadeira no peito, espirros e lacrimejamento.
  • 20. Ex: sílica, asbesto, carvão mineral. Conseqüências: silicose (quartzo), asbestose (amianto), pneumoconiose dos minérios de carvão (mineral). Depois de inaladas. as fibras de amianto fixam-se profundamente nos pulmões, causando cicatrizes. A inalação de amianto pode também produzir o espessamento dos dois folhetos da membrana que reveste os pulmões (a pleura).
  • 21.  Perda auditiva relacionada ao trabalho (PAIR) Diminuição gradual da audição decorrente da exposição contínua a níveis elevados de ruídos. Além da perda auditiva, outra alterações importantes podem prejudicar a qualidade de vida do trabalhador.  A perda auditiva típica observada com as pessoas que possuem uma longa história de exposição a ruído no trabalho é caracterizada por perda de audição na faixa entre 3000 e 6000 Hz . Na fase precoce à exposição uma perda de audição temporária é observada ao fim de um período de trabalho, mas desaparece após várias horas. A exposição contínua ao ruído resultará em perda auditiva permanente que será de natureza progressiva e se tornará notável subjetivamente ao trabalhador no decorrer do tempo.
  • 22.
  • 23. INTOXICAÇÕES EXÓGENAS - Agrotóxicos: os pesticidas (defensivos agrícolas) provocam grandes danos à saúde e ao meio ambiente; - - Chumbo (saturnismo): a exposição contínua ao chumbo, presente em fundições e refinarias, provoca, a longo prazo, um tipo de intoxicação que varia de intensidade de acordo com as condições do ambiente (umidade e ventilação), tempo de exposição e fatores individuais (idade e condições físicas).
  • 24. - Mercúrio (hidrargirismo): o contato com a substância se dá por meio da inalação, absorção cutânea ou via oral da substância; ocorre com trabalhadores que lidam com extração do mineral ou fabricação de tintas - Solventes orgânicos (benzenismo): por serem tóxicos e agressivos, podem contaminar trabalhadores de refinarias de petróleo e indústrias de transformação
  • 25. LER E DORT  Conjunto de doenças que atingem principalmente os músculos, tendões e nervos. O problema é decorrente do trabalho com movimentos repetitivos, esforço excessivo, má postura e estresse, entre outros.
  • 26. DERMATOSES OCUPACIONAIS  São alterações da pele e das mucosas causadas, mantidas ou agravadas, direta ou indiretamente, por determinadas atividades profissionais. São provocadas por agentes químicos e podem ocasionar irritação ou até mesmo alergia.  Ex: Indústria de corantes, cimenteiras, indústrias que processam aços inoxidáveis e outras ligas metálicas. Alergia provocada pelo uso de luvas de látex
  • 27.
  • 28. O QUE É RISCO?
  • 29. RISCO “Risco pode ser definido como a variação relativa dos resultados reais em relação aos resultados esperados.” (Bernstein, 1996 e Philips, 1998)
  • 30. FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES  Físicos Ruído contínuo Ruído de impacto Calor Radiações Ionizantes Trabalho sob condições hiperbáricas Radiações não-ionizantes (microondas, laser e ultra violetas) Vibrações Frio Umidade
  • 31. FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES  Químicos Poeiras Neblinas (é a condensação que ocorre junto à superfície) Névoas (quando há a condensação de vapor d`água, porém em associação com a poeira, fumaça e outros poluentes) Fumos metálicos Vapor Produtos químicos em geral
  • 32. FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES  Biológicos Vírus, bactérias, parasitas, geralmente associados ao trabalho em hospitais, laboratórios e na agricultura e pecuária.
  • 33. FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES  Ergonômicos e Psicossociais Decorrem da organização e gestão do trabalho, como, por exemplo: da utilização de equipamentos, maquinas e mobiliários inadequados, levando a posturas e posições incorretas; locais adaptados com más condições de iluminações, ventilação e de conforto para os trabalhadores; trabalho em turnos e noturnos; monotonia ou ritmo de trabalho excessivo, exigências de produtividade, relações de trabalho autoritárias, falhas no treinamento e supervisão dos trabalhadores.
  • 34. FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES  Mecânicos e de Acidentes Ligados à proteção das máquinas, arranjo físico, ordem e limpeza do ambiente de trabalho, sinalização, rotulagem de produtos e outros que podem levar a acidente de trabalho
  • 35.  Uma doença ocupacional normalmente é adquirida quando um trabalhador é exposto acima do limite de tolerância permitido por lei aos riscos ambientais em proteção compatível com o agente envolvido. Essa proteção pode ser na forma de equipamento de proteção coletiva (EPC) ou equipamento de proteção individual (EPI). Existem também medidas administrativas/organizacionais capazes de reduzir os riscos. As principais vias de absorção de agentes nocivos são a pele e os pulmões.
  • 36. INSTRUMENTOS DE INVESTIGAÇÃO DAS RELAÇÕES SAÚDE-TRABALHO-DOENÇA Natureza Nível de Aplicação Abordagem / Instrumentos Dano ou Doença Individual Clínica História clínica / Anamnese Ocupacional Complementar: Laboratoriais Toxicológicos provas funcionais Exames laboratoriais, provas funcionais Coletivo Estudos epidemiológicos • Estudos descritivos de morbidade e mortalidade; • Estudos analíticos, tipo caso-controle, de “coorte” prospectivos e retrospectivos Fatores ou Condição de Risco Individual •Estudo do posto ou estação de trabalho, por meio da análise ergonômica do atividade; • Avaliação ambiental qualitativa ou quantitativa, de acordo com as ferramentas da Higiene do Trabalho Coletivo • Estudo do posto ou estação de trabalho, por meio da análise ergonômica da atividade; • Avaliação ambiental quantitativa e qualitativa; • Elaboração do mapa risco da atividade; • Inquéritos coletivos
  • 37. CONTROLE DAS CAUSAS CONTROLE DOS RI SCOS DETERMINANTES SOCIO-AMBIENTAIS NECESSIDADES Grupos de Risco Riscos Exposição Indícios Exposição CONTROLE DE DANOS Cura Indícios Danos Casos Seqüela Intervenção Social Organizada PROMOÇÃO DE SAÚDE Pessoas Expostas Suspeitos PROTEÇÃO DA SAÚDE, "Screening" /Mapeamento de Saúde Assintomáticos Ações de Saúde Organizada DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCES LIMITAÇÃO DO DANO Obito REABILITAÇÃO SEQÜELAS PRE PATOGÊNESE FASE CLÍ NI CA I NESPECÍ FI CA ESPECÍ FI CA PRECOCE AVANÇADA Condições gerais do indivíduo ou do ambiente que predispôe a uma ou várias doenças. A presença de uma constelação de fatores causais num instante dado, favorece o aparecimento de uma dada doença. Da situação anterior resultou uma doença cujos primeiros sinais e sintomas se tornaram aparentes. A doença segue sua evolução própria, terminando com a morte, com a cura completa ou deixando sequelas. As sequelas ou consequencias da doença podem ser reparadas, com maior ou menor eficiência, permitindo a reabilitação do indivíduo. PREVENÇÃO PREVENÇÃO PRIMÁRI A PREVENÇÃO SECUNDÁRI A TERCI ÁRI A