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HIGIENE
E
PROFILAXIA
O QUE É SAÚDE DO TRABALHADOR ?
 A Saúde do Trabalhador é o conjunto de atividades do campo
da saúde coletiva que se destina, por meio das ações de vigilância
epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção
da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação
da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos
 § 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto
de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e
vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim
como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores
submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho,
abrangendo:
 I- assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença
profissional e do trabalho;
 II- participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em
estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde
existentes no processo de trabalho;
 III- participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da
normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração,
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de
máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;
 IV- avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;
 V- informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre
os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os
resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão,
periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional;
 VI-participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde
do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;
 VII- revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de
trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e
 VIII- a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a
interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho,
quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores.
Uma das dificuldades que você irá encontrar é que
muitas vezes, os dados oficiais não correspondem à
realidade, pois várias doenças profissionais não são
notificadas. Esse problema é gravíssimo porque, além
de demonstrar a insensibilidade e/ou desconhecimento
daqueles que deixam de fornecer informações, revela
que muitos ignoram ou desconsideram que a
elaboração de um planejamento adequado depende do
fornecimento de dados correspondentes à realidade.
 No Brasil, as Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NRs,
regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios
relacionados à segurança e medicina do trabalho. Essas normas são citadas no
Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Foram
aprovadas pela Portaria N.°3.214, 8 de junho de 1978, são de observância
obrigatória por todas as empresas brasileiras regidas pela CLT e são
periodicamente revisadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
 A NR 32 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE,
esta Norma Regulamentadora - NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes
básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos
trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades
de promoção e assistência à saúde em geral.
Reconhecimento dos riscos existentes no
ambiente do trabalho
 – É a inspeção dos locais de trabalho, com o objetivo de relacionar os riscos
existentes. Esses riscos podem ser evidentes (reconhecíveis de imediato) ou
potenciais (aqueles que podem se transformar em riscos no decorrer de algum
tempo).
Avaliação dos riscos ocupacionais
 – é a fase de verificação da extensão dos riscos, em quantidade e qualidade,
ou seja, quando ao número desses riscos e quanto ao maior ou menos
potencial de risco qual cada um pode representar.
Controle dos riscos ocupacionais
 fase final, após o reconhecimento e avaliação dos riscos ocupacionais,
representados pelo conjunto de medidas que visam eliminar ou reduzir os
riscos à saúde.
 Os riscos ambientais que podem ser prejudiciais à saúde estão classificados
em: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos, de acordo com
a portaria nº 5 de 17/8/1992, do Ministério do Trabalho.
FISICO
 Ruído deve aqui ser entendido como qualquer vibração sonora indesejável. O ruído excessivo tem vários
efeitos sobre o organismo humano: desgaste físico e mental (causador da fadiga), danos ao aparelho
auditivo, etc.
 Temperaturas muito elevadas ou muito baixas exercem efeitos danosos ao organismo. O corpo humano
tem pouca resistência a variações bruscas. Entre o corpo humano e o ambiente deve haver equilíbrio
térmico para que haja sensação de conforto. Qualquer alteração nesse equilíbrio pode não apenas trazer
sensação de desconforto, como também causar prejuízos à saúde, alterando a pressão, provocando
varizes, etc.
 Ventilação é o movimento de renovação do ar, por processos naturais ou artificiais. O ar deve ser puro e
livre de contaminação, sem o quê, a saúde pode ficarbastante comprometida. Má ventilação causa
sonolência, mal estar, etc.
 Iluminação é o fator importante num ambiente de trabalho. Não deve ser excessiva e nem insuficiente.
Em qualquer desses casos, a iluminação inadequada poderá causar prejuízos ao aparelho visual e até
mesmo favorecer a ocorrência de acidentes do trabalho.
QUÍMICOS
 Os agentes químicos podem exercer vários tipos de ação sobre o organismo,
causando desde pequenas alergias até problemas graves nas vias respiratórias
e na visão. O controle desses agentes deve merecer a maior atenção por
partes das empresas.
BIOLÓGICOS
 Bactérias, fungos, Parasitas, vírus
 Algumas funções expõem o homem a agentes biológicos, que podem causar
prejuízos à saúde. É preciso lembrar, porém, que mesmo não estando exposto
a esses agentes pelo exercício de função, o empregado pode contrair doenças
– provadas por eles – em ambientes como banheiro, refeitório, ou pela
ingestão de alimentos ou uso de roupas impróprias.
 Algumas funções expõem mais os trabalhadores a agentes biológicos
perniciosos:
 trabalho com animais;
 trabalho com couros crus, lãs, crina ou peles;
 trabalho complantas, frutas e alimentos diversos;
 trabalho em hospitais;
 trabalho comrisco de ferimentos profundos.
ERGONÔMICOS
monotonia
 posição (física) do trabalhador
 ritmo do trabalho
 fadiga
 preocupação
 trabalhos repetitivos
MECÂNICOS
 – má arrumação do ambiente
 falta de espaço
 eletricidade
 edificações
 perigo de desabamentos
 –tetos e/ ou paredes
 pisos escorregadios
 escadas com degraus
 defeituosos
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes
 Além das medidas de prevenção de acidentes citadas acima, o Ministério do Trabalho,
através da Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho (SSMT – MTb), obriga as
empresas privadas e públicas e os órgãos governamentais à constituição de uma Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
 Essa comissão deve ser constituída por elementos indicados pela empresa e igual número
de representantes eleitos pelos empregados.
 Os membros da CIPA reúnem-se periodicamente para discutir problemas relativos à
segurança e condições de salubridade da empresa. Através da CIPA, os trabalhadores
podem levantar os pontos críticos das condições de trabalho, formular sugestões para os
problemas e promover a divulgação, zelando pela prática das normas de segurança e
medicina do trabalho.
 Normalmente, as empresas burlam a legislação, mantendo CIPAS que não exercem sua
função e só existem no papel para constar.
 A segurança no trabalho é um direito de todo trabalhador e um dever do
 empregador. Se todos os trabalhadores
fossem conscientes dos seus direitos e as organizações de seus deveres, vários acidentes
seriam evitados em construções, fábricas, usinas, hospitais e outros.
ESCALA DE MASLOW
 Ela foi desenvolvida pelo psicólogo americano Abraham Maslow, na década de
1950. Maslow, preocupado em aprender sobre o que faz as pessoas felizes e o
que elas fazem para atingir esse objetivo, iniciou um estudo dentro da
psicologia humanista sobre as diferentes necessidades que nós, seres
humanos, possuímos.
 Segundo Maslow, nosso objetivo de vida é adquirir a plena auto realização e
agimos o tempo todo em prol dessa conquista. Esse desejo inato em nos sentir
realizados é o que nos gera a motivação para agir. Porém, antes desse nível
de satisfação ser atingido é preciso atender necessidades básicas do ser
humano, como alimentação e sono.
CUIDADOS PREVENTIVOS
 Uso de equipamentos de proteção
CUIDADOS PREVENTIVOS
 Evitar materiais tóxicos
CUIDADOS PREVENTIVOS
 Seguir as regras de segurança do hospital / UNIDADE
CUIDADOS PREVENTIVOS
 Uso de EPIs
CUIDADOS PREVENTIVOS
 Higiene pessoal
CUIDADOS PREVENTIVOS
 Separar uniforme pessoal de vestimentas pessoais
CUIDADOS PREVENTIVOS
 Não usar o avental fora do hospital
CUIDADOS PREVENTIVOS
 Higiene das mãos antes de todos os procedimentos
CUIDADOS PREVENTIVOS
 Cabelos compridos devem ser presos em coque
CUIDADOS PREVENTIVOS
•Descarte correto de resíduos hospitalares
CUIDADOS PREVENTIVOS
 Estar com a vacinação em dia
INFECÇÃO HOSPITALAR
 Infecção Hospitalar é a infecção adquirida após a admissão do paciente na
unidade hospitalar e pode se manifestar durante a internação ou após a alta.
Pela sua gravidade e aumento do tempo de internação do paciente, é causa
importante de morbidade e mortalidade, caracterizando-se como problema
de saúde pública.
Cuidados a serem adotados durante
visitas ao hospital:
 Preferencialmente, não se deve levar crianças para realizar visitas no hospital. Como as
crianças ainda se encontram em período de imunização contra doenças transmissíveis,
elas podem mais facilmente tanto transmitir quanto adquirir infecções dentro do
ambiente hospitalar, até mesmo por não terem maturidade suficiente para atender
adequadamente às medidas de precaução e isolamento recomendadas.
 Não sentar na cama do paciente, nem em camas vagas ao lado do paciente. Essa é uma
atitude que demonstra educação e respeito ao próximo paciente que irá ocupar o leito.
 Se houver alguma placa ou orientação na porta do quarto, procure algum profissional de
saúde responsável pelo paciente antes de entrar. Dessa forma, você receberá informações
úteis que irão auxiliá-lo durante a permanência no hospital, podendo cooperar para o
controle das infecções.
Cuidados a serem adotados durante
visitas ao hospital:
 O visitante deve sempre higienizar as suas mãos na chegada ao hospital, antes e após
tocar o paciente ou superfícies próximas ao seu redor e ao sair do hospital. Essa
higienização pode ser feita tanto com água e sabão quanto pela fricção das mãos com
álcool a 70%, o qual deve estar disponível em todo o hospital.
 Para que a higienização das mãos possa ser mais efetiva, é importante que os adornos
sejam retirados (por exemplo, anéis, pulseiras e relógios), para facilitar o contato da água
ou do álcool com a superfície da pele que está sendo higienizada. A manutenção das unhas
curtas e limpas também pode auxiliar. Não é recomendado que o visitante leve alimentos
para o paciente sem a autorização e o conhecimento prévio do médico e/ou da
nutricionista, sob o risco de prejudicar seu tratamento.
Cuidados a serem adotados durante
visitas ao hospital:
 Evite, também, levar flores e/ou plantas para o quarto do paciente. Apesar desse gesto
ser entendido como representativo de cuidado e carinho, ele pode contribuir para a
disseminação de insetos, como formigas e aranhas, no ambiente hospitalar. As plantas
podem, ainda, trazer a presença de esporos fúngicos que, se inalados pelos pacientes
imunossuprimidos, podem causar uma doença pulmonar grave, com risco inclusive de
óbito.
Lavagem das mãos:
 As mãos devem ser umedecidas antes de colocar o sabão, de preferência
líquido, para evitar que se toque no reservatório. Em seguida, esfregam-se
bem o dorso, a palma, os dedos e o vão entre os dedos. É preciso tomar
cuidado também com a área embaixo das unhas. Se a pessoa tem unhas mais
longas, deve colocar sabão e esfregar embaixo delas. Nos hospitais, existem
espátulas que ajudam a limpar essa região. Na hora de enxaguar, os dedos
devem ser virados para cima, na direção da água que cai. Não devem ser
usadas toalhas de pano para secar as mãos e, sim, toalhas de papel que
servirão também para fechar a torneira. De que adiantará lavar bem as mãos
se, depois, tocarmos na torneira contaminada?
“Super bactérias”:
 O termo “superbactéria” é popularmente conferido às bactérias
multirresistentes. Além de não ser tecnicamente correto, dá uma noção
superestimada do risco dessas bactérias. As chamadas “super bactérias” na
verdade são bactérias já conhecidas, presentes normalmente no corpo
humano (por exemplo, intestino e pele), porém que se tornaram resistentes
aos antibióticos hoje disponíveis, principalmente devido ao uso abusivo desses
medicamentos dentro e fora do hospital. No ambiente hospitalar, são
chamadas de bactérias multirresistentes. Quando um paciente adquire uma
infecção por uma bactéria multirresistente, as opções terapêuticas para o seu
tratamento são menores e a chance de uma adequada recuperação fica
prejudicada. Em muitos casos, se faz necessária a utilização de antibióticos
ou combinações menos usuais para o seu tratamento.
O QUE É A ESTERILIZAÇÃO?
O processo de limpeza e esterilização envolve não apenas a remoção de sujeira,
mas também a total eliminação de todos os micro-organismos presentes em
instrumentos, roupas, equipamentos, produtos e utensílios médicos –
laboratoriais para uso no atendimento aos pacientes. Essa prática é adotada
desde o século IX a.C., quando Homero apontava o uso do enxofre como
desinfetante. Desde então, esse processo vem sendo utilizado para garantir a
saúde e a segurança dos profissionais da saúde e dos pacientes.

Além disso, a esterilização garante:
 Segurança para pacientes e profissionais
 Obediência às normas legais estabelecidas pela Anvisa
 Maior vida útil aos materiais médicos
 Economia e otimização de recursos
 A esterilização é um processo que visa destruir todas as formas de vida
microbianas que possam contaminar produtos, materiais e objetos voltados
para a saúde. Portanto, são eliminados durante a esterilização organismos
como vírus, bactérias e fungos.
 Dizemos que o processo de esterilização foi eficaz quando a probabilidade de
sobrevivência dos microrganismos for menor do que 1:1.000.000.
Esterilização: quais os tipos e sua
importância na saúde
 O processo de desinfecção, apesar de ser eficaz para a eliminação de micro-
organismos, não destrói os esporos e alguns tipos de vírus. Dessa maneira, só
desinfetar não é suficiente.
Compreendendo os processos de tratamento
de materiais
 Além do tipo de material é necessário classificá-lo de acordo com sua utilização direta
ou indireta no paciente, o que resultará em três categorias: críticos, semicríticos e não
críticos. Isso determinará a forma de processamento a que será submetido: limpeza,
desinfecção ou esterilização. A saber, materiais críticos são aqueles que entram em
contato com tecidos cruentos, materiais semicríticos são os que entram em contato com
mucosas e materiais não críticos só entram em contato com pele íntegra. De uma forma
geral, durante os processos de tratamento, os materiais críticos devem ser esterilizados
ou ser de uso único (descartáveis), os materiais semicríticos devem sofrer esterilização,
ou no mínimo, desinfecção e os materiais não críticos devem ser desinfetados, ou no
mínimo, limpos.
PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO
 Existem várias formas de realizar a esterilização. No entanto, a decisão de
qual processo utilizar deve ser baseada no tipo de material e no risco de
contaminação.
 Os métodos de esterilização podem ser divididos em químicos (compostos
fenólicos, clorexidina, halogênios, álcoois, peróxidos, óxido de etileno,
formaldeído, glutaraldeído e ácido peracético) e físicos (calor, filtração e
radiação). Para a escolha do melhor método, deve-se levar em consideração,
além da compatibilidade do material, a efetividade, toxicidade, facilidade de
uso, custos, entre outros.
Métodos químicos de esterilização
 É indicada para artigos críticos e termossensíveis, ou seja, aqueles que não resistem às
altas temperaturas dos processos físicos.
 Dentre os métodos químicos, alguns deles podem ser utilizados tanto para desinfectar
como para esterilizar, depende apenas do tempo de exposição e concentração do agente.
Os mais utilizados para produtos laboratoriais e hospitalares são:
•Óxido de Etileno (ETO): é um gás vastamente utilizado
na esterilização de materiais laboratoriais e hospitalares
de uso único por causa do seu bom custo/benefício. Sua
ação se dá pela reação com uma proteína no núcleo da
célula, impedindo a reprodução. Todos os produtos
devem ser colocados em embalagens permeáveis a
gases para permitir que o ETO penetre. Seu uso não
danifica os materiais e pode ser utilizado em vários tipos
de materiais, inclusive os termossensíveis. Contudo, ele é
altamente tóxico e agressivo ao ambiente externo.
Métodos químicos de esterilização
 É indicada para artigos críticos e termossensíveis, ou seja, aqueles que
não resistem às altas temperaturas dos processos físicos.
 Dentre os métodos químicos, alguns deles podem ser utilizados tanto
para desinfectar como para esterilizar, depende apenas do tempo de
exposição e concentração do agente. Os mais utilizados para produtos
laboratoriais e hospitalares são:
•Ácido Peracético: tem ação rápida, baixa toxicidade e é
biodegradável. Porém, danifica metais. Uma grande
vantagem é ser efetivo mesmo na presença de matéria
orgânica (ou seja, os materiais não precisam ser
previamente limpos). Em compensação, os materiais
devem ser utilizados imediatamente após a esterilização
por esse método, por isso não é muito utilizado.
•Peróxido de hidrogênio (água oxigenada): em
concentração de 3% e 6% tem ação rápida, é
biodegradável e atóxico, mas tem alta ação corrosiva.
Sua ação é mais eficaz em capilares hemodializadores e
lentes de contato, mas esse processo não é muito
utilizado.
•Formaldeído: pode ser utilizado na forma gasosa e
líquida e, para ter ação esporicida, necessita de um longo
tempo de exposição. É indicado para cateteres, drenos e
tubos, laparoscópios, artroscópios e ventriloscópios,
enxertos de acrílico. Por ser carcinogênico e irritante das
mucosas, seu uso está mais restrito.
•Glutaraldeído: líquido com potente ação biocida e pode
ser utilizado em materiais termossensíveis, mas necessita
de um longo tempo de exposição para ser esporicida. É
muito utilizado por ter baixo custo e baixo poder corrosivo,
porém é irritante das vias aéreas; pode causar
queimaduras na pele, membrana e mucosas; e materiais
porosos podem reter o produto. Enxertos de acrílico,
cateteres, drenos e tubos de poliestireno são os materiais
rotineiramente esterilizados por esse processo.
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO
A esterilização por processos físicos pode ser através de
calor úmido, calor seco ou radiação. A esterilização por
radiação tem sido utilizada em nível industrial, para
artigos médicos-hospitalares. Ela permite uma
esterilização a baixa temperatura, mas é um método de
alto custo. Para materiais que resistam a altas
temperaturas a esterilização por calor é o método de
escolha, pois não forma produtos tóxicos, é seguro e de
baixo custo.
Radiação ionizante: destrói o DNA formando radicais
super-reativos (superóxidos), matando ou inativando os
micro-organismos (quando são incapazes de se
reproduzir). Muitos materiais são compatíveis com esse
tipo de esterilização, pois não há aumento da temperatura
nesse processo. Caso dos materiais termossensíveis e
tecidos biológicos para transplantes. Apesar de parecer, a
radiação não é transmitida para os produtos processados.
É um processo livre de resíduos e ecológico, pois não
gera emissões tóxicas ou resíduos, além de não causar
impactos na qualidade do ar ou da água.
Destacaremos dois tipos delas:
•Radiação Gama: a energia é gerada por fontes de
Cobalto 60. Esse processo tem alto poder de penetração,
permitindo que os produtos sejam esterilizados já na
embalagem final, sem necessidade de manipulação.
•E-beam (feixe de elétrons): utilizado preferencialmente
para o processamento de produtos de alto volume/baixa
densidade, como seringas médicas, ou produtos de baixo
volume/alto valor, como dispositivos cardiotorácicos. Além
disso, pode ser utilizado para produtos biológicos e
tecidos. Podem ser esterilizados na embalagem final, pois
a radiação E-beam também possui alto poder de
penetração. A grande vantagem desse tipo de
radioesterilização é que necessita menor tempo de
exposição, evitando rompimentos e efeitos de
envelhecimento a longo prazo que podem acontecer com
polipropileno quando submetido à radiação prolongada
Calor úmido (ex.: autoclavagem, fervura e pasteurização): provoca a
desnaturação e coagulação das proteínas e fluidificação dos lipídeos. Não pode
ser utilizado em materiais termossensíveis, nem para materiais que oxidam com
água. A autoclavagem é muito utilizada nos vários setores de serviços da saúde
por ser de custo acessível e de fácil utilização. Além disso, consegue esterilizar
uma infinidade de materiais, inclusive tecidos e soluções.
 Calor seco (ex.: estufa, flambagem e incineração): provoca a oxidação dos
constituintes celulares orgânicos. Penetra nas substâncias de uma forma mais
lenta que o calor úmido e por isso exige temperaturas mais elevadas e tempos
mais longos. Não pode ser utilizado para materiais termossensíveis.
 Filtração: utilizada para soluções e gases termolábeis, quando atravessam
superfícies filtrantes com poros bem pequenos, como velas porosas, discos de
amianto, filtros de vidro poroso, de celulose, e filtros “millipore” (membranas
de acetato de celulose ou de policarbonato).
 Radiação não-ionizante (ex.: luz UV): altera a replicação do DNA no
momento da reprodução. Muito utilizado em lâmpadas germicidas
encontradas em centros cirúrgicos, enfermarias, berçários, capelas de fluxo
laminar. Tem como desvantagens: baixo poder de penetração e efeitos
deletérios sobre a pele e olhos, causando queimaduras graves.
RESOLUÇÃO DO CASO

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HIGIENE E Proxiadkkfjfirijfafbuhuofhhfafncri

  • 2. O QUE É SAÚDE DO TRABALHADOR ?
  • 3.  A Saúde do Trabalhador é o conjunto de atividades do campo da saúde coletiva que se destina, por meio das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos
  • 4.  § 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:
  • 5.  I- assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho;  II- participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho;  III- participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;  IV- avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;  V- informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional;
  • 6.  VI-participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;  VII- revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e  VIII- a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores.
  • 7.
  • 8. Uma das dificuldades que você irá encontrar é que muitas vezes, os dados oficiais não correspondem à realidade, pois várias doenças profissionais não são notificadas. Esse problema é gravíssimo porque, além de demonstrar a insensibilidade e/ou desconhecimento daqueles que deixam de fornecer informações, revela que muitos ignoram ou desconsideram que a elaboração de um planejamento adequado depende do fornecimento de dados correspondentes à realidade.
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  • 10.
  • 11.  No Brasil, as Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NRs, regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho. Essas normas são citadas no Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Foram aprovadas pela Portaria N.°3.214, 8 de junho de 1978, são de observância obrigatória por todas as empresas brasileiras regidas pela CLT e são periodicamente revisadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
  • 12.  A NR 32 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE, esta Norma Regulamentadora - NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.
  • 13. Reconhecimento dos riscos existentes no ambiente do trabalho  – É a inspeção dos locais de trabalho, com o objetivo de relacionar os riscos existentes. Esses riscos podem ser evidentes (reconhecíveis de imediato) ou potenciais (aqueles que podem se transformar em riscos no decorrer de algum tempo).
  • 14. Avaliação dos riscos ocupacionais  – é a fase de verificação da extensão dos riscos, em quantidade e qualidade, ou seja, quando ao número desses riscos e quanto ao maior ou menos potencial de risco qual cada um pode representar.
  • 15. Controle dos riscos ocupacionais  fase final, após o reconhecimento e avaliação dos riscos ocupacionais, representados pelo conjunto de medidas que visam eliminar ou reduzir os riscos à saúde.
  • 16.  Os riscos ambientais que podem ser prejudiciais à saúde estão classificados em: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos, de acordo com a portaria nº 5 de 17/8/1992, do Ministério do Trabalho.
  • 17. FISICO  Ruído deve aqui ser entendido como qualquer vibração sonora indesejável. O ruído excessivo tem vários efeitos sobre o organismo humano: desgaste físico e mental (causador da fadiga), danos ao aparelho auditivo, etc.  Temperaturas muito elevadas ou muito baixas exercem efeitos danosos ao organismo. O corpo humano tem pouca resistência a variações bruscas. Entre o corpo humano e o ambiente deve haver equilíbrio térmico para que haja sensação de conforto. Qualquer alteração nesse equilíbrio pode não apenas trazer sensação de desconforto, como também causar prejuízos à saúde, alterando a pressão, provocando varizes, etc.  Ventilação é o movimento de renovação do ar, por processos naturais ou artificiais. O ar deve ser puro e livre de contaminação, sem o quê, a saúde pode ficarbastante comprometida. Má ventilação causa sonolência, mal estar, etc.  Iluminação é o fator importante num ambiente de trabalho. Não deve ser excessiva e nem insuficiente. Em qualquer desses casos, a iluminação inadequada poderá causar prejuízos ao aparelho visual e até mesmo favorecer a ocorrência de acidentes do trabalho.
  • 18. QUÍMICOS  Os agentes químicos podem exercer vários tipos de ação sobre o organismo, causando desde pequenas alergias até problemas graves nas vias respiratórias e na visão. O controle desses agentes deve merecer a maior atenção por partes das empresas.
  • 19. BIOLÓGICOS  Bactérias, fungos, Parasitas, vírus  Algumas funções expõem o homem a agentes biológicos, que podem causar prejuízos à saúde. É preciso lembrar, porém, que mesmo não estando exposto a esses agentes pelo exercício de função, o empregado pode contrair doenças – provadas por eles – em ambientes como banheiro, refeitório, ou pela ingestão de alimentos ou uso de roupas impróprias.  Algumas funções expõem mais os trabalhadores a agentes biológicos perniciosos:  trabalho com animais;  trabalho com couros crus, lãs, crina ou peles;  trabalho complantas, frutas e alimentos diversos;  trabalho em hospitais;  trabalho comrisco de ferimentos profundos.
  • 20. ERGONÔMICOS monotonia  posição (física) do trabalhador  ritmo do trabalho  fadiga  preocupação  trabalhos repetitivos
  • 21. MECÂNICOS  – má arrumação do ambiente  falta de espaço  eletricidade  edificações  perigo de desabamentos  –tetos e/ ou paredes  pisos escorregadios  escadas com degraus  defeituosos
  • 22. CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes  Além das medidas de prevenção de acidentes citadas acima, o Ministério do Trabalho, através da Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho (SSMT – MTb), obriga as empresas privadas e públicas e os órgãos governamentais à constituição de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).  Essa comissão deve ser constituída por elementos indicados pela empresa e igual número de representantes eleitos pelos empregados.  Os membros da CIPA reúnem-se periodicamente para discutir problemas relativos à segurança e condições de salubridade da empresa. Através da CIPA, os trabalhadores podem levantar os pontos críticos das condições de trabalho, formular sugestões para os problemas e promover a divulgação, zelando pela prática das normas de segurança e medicina do trabalho.  Normalmente, as empresas burlam a legislação, mantendo CIPAS que não exercem sua função e só existem no papel para constar.  A segurança no trabalho é um direito de todo trabalhador e um dever do  empregador. Se todos os trabalhadores fossem conscientes dos seus direitos e as organizações de seus deveres, vários acidentes seriam evitados em construções, fábricas, usinas, hospitais e outros.
  • 23. ESCALA DE MASLOW  Ela foi desenvolvida pelo psicólogo americano Abraham Maslow, na década de 1950. Maslow, preocupado em aprender sobre o que faz as pessoas felizes e o que elas fazem para atingir esse objetivo, iniciou um estudo dentro da psicologia humanista sobre as diferentes necessidades que nós, seres humanos, possuímos.  Segundo Maslow, nosso objetivo de vida é adquirir a plena auto realização e agimos o tempo todo em prol dessa conquista. Esse desejo inato em nos sentir realizados é o que nos gera a motivação para agir. Porém, antes desse nível de satisfação ser atingido é preciso atender necessidades básicas do ser humano, como alimentação e sono.
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  • 25. CUIDADOS PREVENTIVOS  Uso de equipamentos de proteção
  • 26. CUIDADOS PREVENTIVOS  Evitar materiais tóxicos
  • 27. CUIDADOS PREVENTIVOS  Seguir as regras de segurança do hospital / UNIDADE
  • 30. CUIDADOS PREVENTIVOS  Separar uniforme pessoal de vestimentas pessoais
  • 31. CUIDADOS PREVENTIVOS  Não usar o avental fora do hospital
  • 32. CUIDADOS PREVENTIVOS  Higiene das mãos antes de todos os procedimentos
  • 33. CUIDADOS PREVENTIVOS  Cabelos compridos devem ser presos em coque
  • 34. CUIDADOS PREVENTIVOS •Descarte correto de resíduos hospitalares
  • 35. CUIDADOS PREVENTIVOS  Estar com a vacinação em dia
  • 36. INFECÇÃO HOSPITALAR  Infecção Hospitalar é a infecção adquirida após a admissão do paciente na unidade hospitalar e pode se manifestar durante a internação ou após a alta. Pela sua gravidade e aumento do tempo de internação do paciente, é causa importante de morbidade e mortalidade, caracterizando-se como problema de saúde pública.
  • 37. Cuidados a serem adotados durante visitas ao hospital:  Preferencialmente, não se deve levar crianças para realizar visitas no hospital. Como as crianças ainda se encontram em período de imunização contra doenças transmissíveis, elas podem mais facilmente tanto transmitir quanto adquirir infecções dentro do ambiente hospitalar, até mesmo por não terem maturidade suficiente para atender adequadamente às medidas de precaução e isolamento recomendadas.  Não sentar na cama do paciente, nem em camas vagas ao lado do paciente. Essa é uma atitude que demonstra educação e respeito ao próximo paciente que irá ocupar o leito.  Se houver alguma placa ou orientação na porta do quarto, procure algum profissional de saúde responsável pelo paciente antes de entrar. Dessa forma, você receberá informações úteis que irão auxiliá-lo durante a permanência no hospital, podendo cooperar para o controle das infecções.
  • 38. Cuidados a serem adotados durante visitas ao hospital:  O visitante deve sempre higienizar as suas mãos na chegada ao hospital, antes e após tocar o paciente ou superfícies próximas ao seu redor e ao sair do hospital. Essa higienização pode ser feita tanto com água e sabão quanto pela fricção das mãos com álcool a 70%, o qual deve estar disponível em todo o hospital.  Para que a higienização das mãos possa ser mais efetiva, é importante que os adornos sejam retirados (por exemplo, anéis, pulseiras e relógios), para facilitar o contato da água ou do álcool com a superfície da pele que está sendo higienizada. A manutenção das unhas curtas e limpas também pode auxiliar. Não é recomendado que o visitante leve alimentos para o paciente sem a autorização e o conhecimento prévio do médico e/ou da nutricionista, sob o risco de prejudicar seu tratamento.
  • 39. Cuidados a serem adotados durante visitas ao hospital:  Evite, também, levar flores e/ou plantas para o quarto do paciente. Apesar desse gesto ser entendido como representativo de cuidado e carinho, ele pode contribuir para a disseminação de insetos, como formigas e aranhas, no ambiente hospitalar. As plantas podem, ainda, trazer a presença de esporos fúngicos que, se inalados pelos pacientes imunossuprimidos, podem causar uma doença pulmonar grave, com risco inclusive de óbito.
  • 40. Lavagem das mãos:  As mãos devem ser umedecidas antes de colocar o sabão, de preferência líquido, para evitar que se toque no reservatório. Em seguida, esfregam-se bem o dorso, a palma, os dedos e o vão entre os dedos. É preciso tomar cuidado também com a área embaixo das unhas. Se a pessoa tem unhas mais longas, deve colocar sabão e esfregar embaixo delas. Nos hospitais, existem espátulas que ajudam a limpar essa região. Na hora de enxaguar, os dedos devem ser virados para cima, na direção da água que cai. Não devem ser usadas toalhas de pano para secar as mãos e, sim, toalhas de papel que servirão também para fechar a torneira. De que adiantará lavar bem as mãos se, depois, tocarmos na torneira contaminada?
  • 41. “Super bactérias”:  O termo “superbactéria” é popularmente conferido às bactérias multirresistentes. Além de não ser tecnicamente correto, dá uma noção superestimada do risco dessas bactérias. As chamadas “super bactérias” na verdade são bactérias já conhecidas, presentes normalmente no corpo humano (por exemplo, intestino e pele), porém que se tornaram resistentes aos antibióticos hoje disponíveis, principalmente devido ao uso abusivo desses medicamentos dentro e fora do hospital. No ambiente hospitalar, são chamadas de bactérias multirresistentes. Quando um paciente adquire uma infecção por uma bactéria multirresistente, as opções terapêuticas para o seu tratamento são menores e a chance de uma adequada recuperação fica prejudicada. Em muitos casos, se faz necessária a utilização de antibióticos ou combinações menos usuais para o seu tratamento.
  • 42. O QUE É A ESTERILIZAÇÃO?
  • 43. O processo de limpeza e esterilização envolve não apenas a remoção de sujeira, mas também a total eliminação de todos os micro-organismos presentes em instrumentos, roupas, equipamentos, produtos e utensílios médicos – laboratoriais para uso no atendimento aos pacientes. Essa prática é adotada desde o século IX a.C., quando Homero apontava o uso do enxofre como desinfetante. Desde então, esse processo vem sendo utilizado para garantir a saúde e a segurança dos profissionais da saúde e dos pacientes. 
  • 44. Além disso, a esterilização garante:  Segurança para pacientes e profissionais  Obediência às normas legais estabelecidas pela Anvisa  Maior vida útil aos materiais médicos  Economia e otimização de recursos
  • 45.  A esterilização é um processo que visa destruir todas as formas de vida microbianas que possam contaminar produtos, materiais e objetos voltados para a saúde. Portanto, são eliminados durante a esterilização organismos como vírus, bactérias e fungos.  Dizemos que o processo de esterilização foi eficaz quando a probabilidade de sobrevivência dos microrganismos for menor do que 1:1.000.000.
  • 46. Esterilização: quais os tipos e sua importância na saúde
  • 47.  O processo de desinfecção, apesar de ser eficaz para a eliminação de micro- organismos, não destrói os esporos e alguns tipos de vírus. Dessa maneira, só desinfetar não é suficiente.
  • 48. Compreendendo os processos de tratamento de materiais  Além do tipo de material é necessário classificá-lo de acordo com sua utilização direta ou indireta no paciente, o que resultará em três categorias: críticos, semicríticos e não críticos. Isso determinará a forma de processamento a que será submetido: limpeza, desinfecção ou esterilização. A saber, materiais críticos são aqueles que entram em contato com tecidos cruentos, materiais semicríticos são os que entram em contato com mucosas e materiais não críticos só entram em contato com pele íntegra. De uma forma geral, durante os processos de tratamento, os materiais críticos devem ser esterilizados ou ser de uso único (descartáveis), os materiais semicríticos devem sofrer esterilização, ou no mínimo, desinfecção e os materiais não críticos devem ser desinfetados, ou no mínimo, limpos.
  • 49. PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO  Existem várias formas de realizar a esterilização. No entanto, a decisão de qual processo utilizar deve ser baseada no tipo de material e no risco de contaminação.  Os métodos de esterilização podem ser divididos em químicos (compostos fenólicos, clorexidina, halogênios, álcoois, peróxidos, óxido de etileno, formaldeído, glutaraldeído e ácido peracético) e físicos (calor, filtração e radiação). Para a escolha do melhor método, deve-se levar em consideração, além da compatibilidade do material, a efetividade, toxicidade, facilidade de uso, custos, entre outros.
  • 50. Métodos químicos de esterilização  É indicada para artigos críticos e termossensíveis, ou seja, aqueles que não resistem às altas temperaturas dos processos físicos.  Dentre os métodos químicos, alguns deles podem ser utilizados tanto para desinfectar como para esterilizar, depende apenas do tempo de exposição e concentração do agente. Os mais utilizados para produtos laboratoriais e hospitalares são: •Óxido de Etileno (ETO): é um gás vastamente utilizado na esterilização de materiais laboratoriais e hospitalares de uso único por causa do seu bom custo/benefício. Sua ação se dá pela reação com uma proteína no núcleo da célula, impedindo a reprodução. Todos os produtos devem ser colocados em embalagens permeáveis a gases para permitir que o ETO penetre. Seu uso não danifica os materiais e pode ser utilizado em vários tipos de materiais, inclusive os termossensíveis. Contudo, ele é altamente tóxico e agressivo ao ambiente externo.
  • 51. Métodos químicos de esterilização  É indicada para artigos críticos e termossensíveis, ou seja, aqueles que não resistem às altas temperaturas dos processos físicos.  Dentre os métodos químicos, alguns deles podem ser utilizados tanto para desinfectar como para esterilizar, depende apenas do tempo de exposição e concentração do agente. Os mais utilizados para produtos laboratoriais e hospitalares são:
  • 52. •Ácido Peracético: tem ação rápida, baixa toxicidade e é biodegradável. Porém, danifica metais. Uma grande vantagem é ser efetivo mesmo na presença de matéria orgânica (ou seja, os materiais não precisam ser previamente limpos). Em compensação, os materiais devem ser utilizados imediatamente após a esterilização por esse método, por isso não é muito utilizado.
  • 53. •Peróxido de hidrogênio (água oxigenada): em concentração de 3% e 6% tem ação rápida, é biodegradável e atóxico, mas tem alta ação corrosiva. Sua ação é mais eficaz em capilares hemodializadores e lentes de contato, mas esse processo não é muito utilizado.
  • 54. •Formaldeído: pode ser utilizado na forma gasosa e líquida e, para ter ação esporicida, necessita de um longo tempo de exposição. É indicado para cateteres, drenos e tubos, laparoscópios, artroscópios e ventriloscópios, enxertos de acrílico. Por ser carcinogênico e irritante das mucosas, seu uso está mais restrito.
  • 55. •Glutaraldeído: líquido com potente ação biocida e pode ser utilizado em materiais termossensíveis, mas necessita de um longo tempo de exposição para ser esporicida. É muito utilizado por ter baixo custo e baixo poder corrosivo, porém é irritante das vias aéreas; pode causar queimaduras na pele, membrana e mucosas; e materiais porosos podem reter o produto. Enxertos de acrílico, cateteres, drenos e tubos de poliestireno são os materiais rotineiramente esterilizados por esse processo.
  • 56. MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO A esterilização por processos físicos pode ser através de calor úmido, calor seco ou radiação. A esterilização por radiação tem sido utilizada em nível industrial, para artigos médicos-hospitalares. Ela permite uma esterilização a baixa temperatura, mas é um método de alto custo. Para materiais que resistam a altas temperaturas a esterilização por calor é o método de escolha, pois não forma produtos tóxicos, é seguro e de baixo custo.
  • 57. Radiação ionizante: destrói o DNA formando radicais super-reativos (superóxidos), matando ou inativando os micro-organismos (quando são incapazes de se reproduzir). Muitos materiais são compatíveis com esse tipo de esterilização, pois não há aumento da temperatura nesse processo. Caso dos materiais termossensíveis e tecidos biológicos para transplantes. Apesar de parecer, a radiação não é transmitida para os produtos processados. É um processo livre de resíduos e ecológico, pois não gera emissões tóxicas ou resíduos, além de não causar impactos na qualidade do ar ou da água. Destacaremos dois tipos delas:
  • 58. •Radiação Gama: a energia é gerada por fontes de Cobalto 60. Esse processo tem alto poder de penetração, permitindo que os produtos sejam esterilizados já na embalagem final, sem necessidade de manipulação.
  • 59. •E-beam (feixe de elétrons): utilizado preferencialmente para o processamento de produtos de alto volume/baixa densidade, como seringas médicas, ou produtos de baixo volume/alto valor, como dispositivos cardiotorácicos. Além disso, pode ser utilizado para produtos biológicos e tecidos. Podem ser esterilizados na embalagem final, pois a radiação E-beam também possui alto poder de penetração. A grande vantagem desse tipo de radioesterilização é que necessita menor tempo de exposição, evitando rompimentos e efeitos de envelhecimento a longo prazo que podem acontecer com polipropileno quando submetido à radiação prolongada
  • 60. Calor úmido (ex.: autoclavagem, fervura e pasteurização): provoca a desnaturação e coagulação das proteínas e fluidificação dos lipídeos. Não pode ser utilizado em materiais termossensíveis, nem para materiais que oxidam com água. A autoclavagem é muito utilizada nos vários setores de serviços da saúde por ser de custo acessível e de fácil utilização. Além disso, consegue esterilizar uma infinidade de materiais, inclusive tecidos e soluções.
  • 61.  Calor seco (ex.: estufa, flambagem e incineração): provoca a oxidação dos constituintes celulares orgânicos. Penetra nas substâncias de uma forma mais lenta que o calor úmido e por isso exige temperaturas mais elevadas e tempos mais longos. Não pode ser utilizado para materiais termossensíveis.
  • 62.  Filtração: utilizada para soluções e gases termolábeis, quando atravessam superfícies filtrantes com poros bem pequenos, como velas porosas, discos de amianto, filtros de vidro poroso, de celulose, e filtros “millipore” (membranas de acetato de celulose ou de policarbonato).
  • 63.  Radiação não-ionizante (ex.: luz UV): altera a replicação do DNA no momento da reprodução. Muito utilizado em lâmpadas germicidas encontradas em centros cirúrgicos, enfermarias, berçários, capelas de fluxo laminar. Tem como desvantagens: baixo poder de penetração e efeitos deletérios sobre a pele e olhos, causando queimaduras graves.