O documento discute vários aspectos relacionados a dislexia, incluindo suas causas, sintomas, diagnóstico e estratégias de tratamento. É enfatizado que dislexia não é uma doença, mas sim um funcionamento cerebral diferente para o processamento da linguagem.
1. “Escolas que são gaiolas existem para que os
pássaros desaprendam a arte do
vôo, pássaros engaiolados são pássaros sob
controle; escolas que são asas amam os
pássaros em vôo, elas existem para dar aos
pássaros coragem para voar; o vôo não pode
ser ensinado, só pode ser encorajado!”
Rubem Alves
4. “Uma desordem que se manifesta
pela dificuldade em aprender a
ler, sem que tal esteja relacionado
com instrução
convencional, adequação
intelectual e oportunidades
socioculturais.”
Federação Mundial de Neurologia
5. FONOLÓGICA DE DESENVOLVIMENTO
OU DE EVOLUÇÃO
É a mais comum;
Atinge crianças e adultos;
Podem apresentar outras
manifestações associadas como
dispersão, desatenção, hiperatividade
e alterações da coordenação motora.
6. ADQUIRIDA
*Na maioria dos casos, atinge
adultos e idosos.
*Provocada por traumas
(lesão), AVC e doenças
degenerativas, como
Alzheimer, além de tumores
7. O transtorno pode ocorrer em três graus:
Leve: pequena dificuldade para ler e escrever
Moderado: troca frequente de palavras lidas e
escritas, além de falhas de memória para
fatos imediatos(esquece o que acabou de ler)
Severo: pode ser praticamente incapaz de
aprender a ler e escrever
8. Distúrbio ou transtorno caracterizado por uma
dificuldade na aprendizagem e automação das
competências de leitura, escrita e soletração , em
crianças inteligentes, sendo sua origem
neurobiológica.
As crianças disléxicas apresentam uma eficiência
intelectual normal ou superior, podendo
evidenciar capacidades acima da média em
determinadas áreas que não dependem da leitura
e escrita (desenho, desporto, música, etc. )
9. A Dislexia é o distúrbio de maior
incidência nas salas de aula.
Pesquisas apontam a existência entre
5% e 17% de dislexos na população
mundial na proporção de três homens
para cada mulher.
A dislexia pode ser congênita,genética
ou hereditária.
10.
11. No caso dos disléxicos, o hemisfério
lateral direito é mais desenvolvido do
que o dos leitores normais, o que
significa um desenvolvimento de
outros potenciais. Fazem parte da
inteligência a sensibilidade às
artes, ao atletismo, à
mecânica, criatividade na solução de
problemas, entre outros
12. Segundo Tânia Campos:“Esta
incapacidade do sistema
nervoso central, quando não
tratada, causa prejuízos
emocionais à criança, ao
adolescente e ao adulto, como
impulsividade, agressividade,
medo, ansiedade e até mesmo
a morte, em casos extremos.”
13. Disléxico tem um ritmo
diferente, portanto não se deve
submetê-lo a pressão de tempo ou
competição com os colegas.
Por desinformação, a dislexia é uma
das causas da evasão escolar e do
analfabetismo funcional.
14. • Falar tardiamente;
• Dificuldade para pronunciar alguns fonemas;
• Demorar a incorporar palavras novas ao seu
vocabulário;
• Dificuldade para rimas;
• Dificuldade para aprender cores, formas, números
e escrita do nome;
• Dificuldade para seguir ordens e seguir rotinas;
• Dificuldade na habilidade motora fina;
• Dificuldade de contar ou recontar uma história na
sequência certa;
• Dificuldade para lembrar nomes e símbolo.
[
15. • Dificuldade em aprender o alfabeto;
• Dificuldade no planejamento motor de letras e números;
• Dificuldade para separar e sequenciar sons (ex: p – a – t – o );
• Dificuldade com rimas (habilidades auditivas);
• Dificuldade em discriminar fonemas homorgânicos (p-b, t-
d, f-v, k-g, x-j, s-z);
• Dificuldade em seqüência e memória de palavras;
• Dificuldade para aprender a ler, escrever e soletrar;
• Dificuldade em orientação temporal (ontem – hoje –
amanhã, dias da semana, meses do ano);
• Dificuldade em orientação espacial (direita –
esquerda, embaixo, em cima...);
• Dificuldade na execução da letra cursiva;
• Dificuldade na preensão do lápis;
• Dificuldade de copiar do quadro.
16. • Nível de leitura abaixo do esperado para
sua série;
• Dificuldade na sequenciação de letras em
palavras;
• Dificuldade em soletração de palavras;
• Não gostar de ler em voz alta diante da
turma;
• Dificuldade com enunciados de problemas
matemáticos;
• Dificuldade na expressão através da escrita;
• Dificuldade na elaboração de textos
escritos;
• Dificuldade na organização da escrita;
17. • Podem ter dificuldade na compreensão de textos;
• Podem ter dificuldade em aprender outros idiomas;
• Dificuldade na compreensão de piadas, provérbios
e gírias;
• Presença de omissões, trocas e aglutinações de
grafemas;
• Dificuldade de planejar e organizar (tempo) tarefas;
• Dificuldade em conseguir terminar as tarefas
dentro do tempo;
• Dificuldade na compreensão da linguagem não
verbal;
• Dificuldade em memorizar a tabuada;
• Dificuldade com figuras geométricas;
• Dificuldade com mapas.
18. • Leitura vagarosa e com muitos erros;
• Permanência da dificuldade em soletrar palavras mais
complexas;
• Dificuldade em planejar e fazer redações;
• Dificuldade para reproduzir histórias;
• Dificuldade nas habilidades de memória;
• Dificuldade de entender conceitos abstratos;
• Dificuldade de prestar atenção em detalhes ou, ao
contrário, atenção demasiada a pequenos detalhes;
• Vocabulário empobrecido;
• Criação de subterfúgios para esconder sua dificuldade.
19. • Permanência da dificuldade em escrever em
letra cursiva
• Dificuldade em planejamento e organização
• Dificuldade com horários (adiantam-
se, chegam tarde ou esquecem)
• Falta do hábito de leitura
• Normalmente tem talentos espaciais
(engenheiros, arquitetos, artistas)
Características Gerais Associadas
A emissão oral é comparativamente muito melhor que do a escrita
Atenção limitada e dificuldade em manter-se na tarefa.
20. O corpo necessita de rotina para seu funcionamento
adequado. Da mesma forma, a mente precisa de tempo e
calma para organizar o pensamento lógico, que reúne
elementos, avalia cenários e toma decisões.
O processo acadêmico, portanto, se desenvolve a partir de
rotina para os estudos, de forma que basta a sua carência
para comprometer significativamente o processo de
aprendizagem do jovem, além de afetar sua integridade
emocional.
A espontaneidade nunca deixará de ser um valioso
ativo, mas nada se constrói sem disciplina e organização.
21. Exame clínico
Avaliação global
(neuropediátrica, psicológica, fonoaudiológic
a, neurológica, oftalmológica e
psicopedagógica)
Neuropsicológica(testes que avaliam o
funcionamento cognitivo, como de
raciocínio, memória, linguagem, atenção e
capacidade de cálculo)
22. Os distúrbios de leitura e escrita são os fatores de
maior incidência em sala de aula, mas nem todos
têm uma causa comum. Embora a dislexia seja o
maior índice, outros fatores também podem causar
os mesmos sintomas; distúrbios
psicológicos, neurológicos, oftalmológicos, etc.
Uma equipe multidisciplinar analisa o indivíduo
como um todo, verificando todas as possibilidades.
Não se parte da dislexia, mas se chega à
dislexia, excluindo qualquer outra possibilidade.
23. Qualquer idade, sendo adulto ou jovem terá
atendimento adequado a sua faixa etária. Muitas
vezes, antes do primeiro ano de
alfabetização, poderá ocorrer um „‟quadro de
risco‟‟, ou seja, poderá não ser confirmada a
dislexia, mas também não se descartam outros
fatores. Podemos sugerir um acompanhamento
adequado e fazer uma observação mais
cuidadosa, até podermos diagnosticar com
precisão após a alfabetização se há, de fato, a
presença de um quadro de dislexia.
25. “A ABD cumprindo os objetivos do Estatuto
Social na condição de organização não
governamental atende gratuitamente pessoas
com sinais de dislexia, que comprovem
ausência de recursos para custear a avaliação
multidisciplinar. Desta forma elaborou norma
para aperfeiçoar o atendimento das pessoas
desta classe sócio-econômica.”
26. Serão atendidos conforme as normas do
CTAS – Centro de Triagem e Assistência
Social somente:
* alunos da Rede Pública de Ensino da capital e
grande São Paulo;
* com idade entre 6 e 18 anos;
* que estejam cursando o Ensino Fundamental
e Ensino Médio;
* que comprovem situação de ausência de
recursos.
27. 1 – Encaminhamento da escola em papel
oficial, assinado e carimbado
2 – comprovante de gastos mensais: contas de
água, luz, aluguel, telefones fixo e celular
3 – comprovante de renda: Holerite ou declaração de recebimento
mensal
4 – xerox do último registro na carteira de
trabalho
5 – xerox dos documentos dos pais
6 – xerox dos documentos da criança
7 – xerox do exame do pezinho
8 – telefones de contato
28. “Dislexia não é uma doença, é um
funcionamento peculiar do cérebro para o
processamento da linguagem. As atuais
pesquisas, obtidas através de exames por
imagens do cérebro, sugerem que os
disléxicos processam as informações de um
modo diferente. Pessoas disléxicas são
únicas, cada uma com suas
características, habilidades e inabilidades”.
Alfredo Leboreiro Fernandez(Neuropediatra)
29. Não exclua o disléxico do ambiente da sala de
aula;
Estimule o aluno a fazer todos os exercícios;
Parabenize-o pelo esforço e pelos sucessos;
Pergunte se não ficou alguma dúvida na
exposição da matéria;
Lembre-o de anotar datas de provas, tarefas e
pesquisas em uma agenda;
30. Dê mais tempo durante as provas, lendo
sempre o enunciado em voz alta e
certificando-se de que ele entendeu o que foi
pedido;
Fazer provas/avaliações orais;
Peça que ele tome nota de determinadas
explicações ou dicas que não constem no
texto;
31. Estimular a organização e disciplina para o
trabalho;
Ensinar técnicas de estudo, como leitura
seletiva, sínteses e mapas mentais ou conceituais;
Desenvolver técnicas mnemônicas que favorecerão
armazenagem de fórmulas e conceitos;
Ensinar as regras ortográficas sempre aplicadas à
prática, pois quando interiorizadas auxiliarão para
codificar os vocábulos;
32. Não descontar pontos por erros e/ou trocas
ortográficas, mas trabalhar estas
dificuldades com atividades paralelas;
Não pedir ao disléxico que leia em voz alta;
Incentivar o uso de computador para redigir
e corretor de textos, estes recursos o
auxiliarão no treino da soletração, na
ortografia e na orientação espacial;
33. Possibilitar que o aluno apresente trabalhos
de forma criativa se utilizando de outras
linguagens não verbais:
diagramas, gráficos, gravuras, desenhos, co
lagens, vídeos, etc.;
Escrita mais adequada na lousa, fazer
sínteses, observar a orientação
espacial, letra legível, utilizar-se de cores e
verificar se a luz que incide sobre a lousa
permite boa visibilidade.
34.
Não há nenhuma linha de tratamento que seja considerada
„‟a melhor‟‟ ou „‟a única‟‟. O importante é a aceitação e
adaptação do próprio disléxico à linha adotada pelo
profissional. O que podemos dizer é que como a principal
característica dos disléxicos é a dificuldade da relação
entre a letra e o som (Fonema -Grafema), na terapia
deverá ser enfatizado o método Fônico. Deve-se também
treinar a memória imediata a percepção visual e auditiva. É
sugerido que se adote o método
multissensorial, cumulativo e sistemático. Ou seja, deve-
se utilizar ao máximo todos os sentidos. Um exemplo
básico é poder ler e ouvir enquanto se escreve. O disléxico
assimila muito bem tudo que é vivenciado concretamente.
35. Jogo de réguas para leitura
A Associação Brasileira de Dislexia - ABD lançou o Jogo de Réguas para
Leitura, especialmente desenvolvido pela equipe científica da ABD a partir das
experiências clínicas.
No entanto, para que a leitura seja eficiente o processo visual tem um papel muito
importante, pois as palavras são estímulos visuais. Durante a leitura os
movimentos dos olhos têm um determinado padrão (processo
foveal, perifoveal, controles automotores, sacadas e fixações), que irão diferenciar
os leitores com dificuldades daqueles que não as tem.
Cada uma das 5 réguas tem uma função diferente para cada tipo de dificuldade, o
que facilitará no treinamento do desenvolvimento da leitura. Sua finalidade é
auxiliar crianças e adultos na fixação ocular tanto no espaço quanto na sequencia
visual, a régua ajuda na manutenção do movimento ocular durante a leitura e
auxilia no desenvolvimento das estratégias de leitura.
Régua 1
Usada para medir e para a tabuada.
Régua 2
Auxilia na leitura de cada palavra em particular.
Régua 3
Auxilia na leitura de cada linha.
Régua 4
Auxilia no direcionamento quando o leitor volta para a esquerda.
Régua 5
Permite a leitura na vertical, na horizontal e colunas.
36.
37. 1- Professora mostra a letra e pronuncia o som da mesma:
--“Vamos conhecer o som da letra. Repitam comigo:A. Agora você.......Agora você...
2- Dar exemplos de coisas, conhecidas das crianças, que iniciam com o som “a”. Pedir que
repitam as palavras pronunciadas, desenhar no quadro ou mostrar figuras das mesmas.
3- Escrever ao lado de cada desenho o nome e destacar a letra “a”.
4- Escrever as diferentes formas que esta letra pode ser representada.
Maiúscula, minúscula, de máquina e manuscrita.
5- Escrever o nome dos alunos e analisar se existe o som trabalhado nele. Destacar.
6- Vamos ler um texto sobre esta letra. A professora lê o texto podendo escrevê-lo no quadro
ou dar uma folha com o texto digitado. (obs: explicar o que significa cada palavra nova
apresentada)
A
Ela está no astronauta
a nas asa do avião.
Na andorinha, na arara,
na amizade e no azulão.
Pintar as figuras da folha apresentada destacando a letra A.
38. 1- Recordar o som A trabalhado na aula anterior;(auditivo, visual e
falado)
Mostrar a forma manuscrita e gráfica.
2- Oferecer uma folha com a letra A e várias figuras (sem os nomes)
onde os alunos irão apontar, circular e pintar as que iniciam com o som
trabalhado.
Sugestão de figuras:
Amendoim, alfinete, agulha, alho, abajur, arara, avião, gravata, sapato, f
ósforo.
3- Após esta atividade feita a professora escreve o nome destas figuras
e o aluno aponta e destaca a letra no início da palavra com uma cor e no
meio e no final com outra cor.
4- Apresentar uma folha com figuras e seus respectivos nomes onde
falta a letra “a”.
Pedir aos alunos que completem as palavras com a letra A (caixa alta).
39. 1- Representar a letra no quadro em manuscrito;
2- Representar a letra em tamanho aumentado para que cada aluno possa experimentar
o movimento correto da letra;
3- Solicitar que os alunos, individualmente, vão até a lousa e escrevam a letra com giz;
(trabalho 100% acompanhado pela professora e observado pelos colegas)
4- Distribuir uma folha com a letra “a” em manuscrito .Fazer o movimento da letra na
folha dada; (com cola, tinta, colagem, etc)
5- Em folha branca treinar o movimento da letra livremente;
6- Cantar a música da D. Aranha. Distribuir uma folha com letra em manuscrito e pedir
que circulem as letras “a” encontradas. Colorir as figuras.
7- Estar sempre com os seus nomes à vista para que estejam em contato com as letras
de seus nomes;
40. 1- Distribuir folha com vários nomes escritos e pedir que pintem somente os
que iniciam com o som “a”;
2- Sugestão de música e brincadeiras para desenvolver a percepção auditiva:
- O sapo não lava o pé; ( cantar trocando as vogais)
- Repetir palavras trocando as vogais,
- Completar frases com palavras que terminem com som parecido;
3- Apresentar a vogal escrita em tarja;
4- Desenhar a tarja no quadro e solicitar que cada um venha escrever a letra
com o movimento correto;
5- Após a criança escrever no quadro dar a ela o seu caderno de tarja com a
lição já preparada para que ela escreva; (elaborar atividades de escrita e de
percepção visual e auditiva)
41. · Executar o mesmo processo para as demais vogais;
· É importante criar uma rotina e um ritmo para o
desenvolvimento das atividades;
· Não esquecer de associação grafema/fonema;
· Solicitar aos alunos o apontamento do está sendo
trabalhado em momentos fora das aulas de
alfabetização para que o aluno fora do contexto de
sala aprimore sua aprendizagem.
FONTE: ALFABETIZAÇÃO FÔNICA
FERNANDO CAPOVILLA
42. Alunos com Dislexia não são
alunos para sala de recursos.
Essas instruções servem para
aluno Dislexo, com laudo.
43. É uma palavra grega que significa
dificuldade (dys) de fazer ou agir
(praxia).
Fazer não é simplesmente um ato que
ocorre reflexivamente – o fazer requer
um pensamento consciente para
organizar e dirigir a ação significativa.
44. A dispraxia é definida nos seguintes
termos:
é um comprometimento ou
imaturidade da organização do
movimento;
a organização dos pensamentos e
percepções é afetada;
às vezes, a organização da linguagem
é afetada;
45. as dificuldades não se devem a dificuldades
globais de aprendizagem , a maioria das
pessoas com dispraxia apresenta uma
inteligência média;
não há nenhum sinal neurológico
clinicamente evidente, isto distingue a
dispraxia da paralisia cerebral e outras
condições que alteram a coordenação
motora;
46. As causas ainda não são totalmente
conhecidas.
Imagina-se que as células nervosas do
córtex cerebral possuem menos
interconexões reforçadas
(Portwood, 1999, p. 10) . Assim não
formam conexões adequadas ficando o
processamento da informação mais lento.
47. Vários profissionais devem participar
da avaliação ( fisioterapeuta, terapeuta
ocupacional, fonaudiólogo, quando
houver implicações de linguagem e
psicólogo) que serão responsáveis
pela aplicação dos testes.
48. A criança tem uma dificuldade maior para subir e
descer escadas, aprende a usar o banheiro mais
tarde, tem dificuldade em manusear brinquedos
e jogos como quebra-cabeças;
A criança pode ser propensa a acidentes, colidir
com objetos e trombar em coisas;
Pegar uma bola para qualquer criança não
depende do tamanho da bola, se for uma criança
com dispraxia ela parece reaprender a habilidade
quando as exigências forem outras;
49. Quando mais velhas podem ser
desorganizadas, ter dificuldade para se
movimentar em uma grande escola, chegar a
tempo nas aulas, especialmente se houver
escadas para subir e precisar de ajuda para
encontrar caminhos em prédios grandes;
As características da dispraxia podem ficar
evidentes em várias matérias, como por
exemplo, artes, ciências, design e tecnologia;
Dificuldade para atividades físicas;
Dificuldades relacionadas à escrita: segurar o
lapis ou posicionar as letras, desenhar objetos
tridimensionais, proporções inadequadas do
desenho e auto-retrato muito básico, preensão
do lápis muito leve ou muito forte
50. O aluno com dificuldades de escrever à mão e
espaçar as letras talvez tenha mais
oportunidades se utilizar um processador de
texto.
A criança pode adotar uma má postura ao
escrever devido às dificuldades, por isso a
cadeira e a mesa devem ter uma altura que
possibilite um ângulo de 90 graus entre a linha
da parte superior do corpo e a linha da coxa
entre a coxa e a parte inferior da perna no joelho.
51. Devido as dificuldades espaciais ele terá
dificuldades para alinhar o papel na mesa, um
grande molde em papelão ou outra marcação
ajudará a manter o alinhamento correto.
Para ajudar a melhorar a pressão do lápis no
papel pode se usar uma caneta que acende
uma luz quando pressionada. |O aluno que
tiver uma pressão leve demais dever ser
encorajado a fazer a caneta
acender, enquanto a criança que tende a
pressionar demais será encorajada a não
acender a luz da caneta.
52. Exercícios multissensoriais para aumentar
seu entendimento sobre a forma das letras e
como elas são ligadas.
Os alunos com dispraxia espaçam mal as
letras e palavras, uma das maneiras de lidar
com isso é introduzir, precocemente, a
escrita cursiva e incentivar o aluno a deixar o
espaço de um dedo entre as palavras e que
utilize o lápis para poder corrigir as lições
com mais facilidade.
53. Para as avaliações pode-se solicitar um
tempo extra para a realização das
atividades, permitir o uso de um processador
de texto ou de um escrevente.
As atividades de educação física significarão
um grande desafio para o aluno com
dispraxia. O aluno pode ser atendido por um
fisioterapeuta fora do horário escolar e
trabalhar em conjunto com o professor de
educação física para que através de
exercícios que podem ser aplicados a todos
ele também possa trabalhar.
54. É uma condição que afeta a capacidade de
adquirir habilidades matemáticas. Os
aprendizes com discalculia podem ter
dificuldade para compreender conceitos
numéricos simples, não possuem
compreensão intuitiva de números e têm
problemas para aprender fatos e
procedimentos numéricos. Mesmo que
produzam resposta correta ou usem o
método correto, eles fazem isso
mecanicamente e sem confiança.
55. A Discalculia não está associada a dificuldades gerais
de aprendizagem.
Dentre as dificuldades características da discalculia
encontram-se:
Realizar cálculos simples como adição;
Dificuldades em saber como responder problemas
matemáticos;
Substituir números;
Inverter números (6 por 9);
Reverter números (2 por 5)
Alinhar mal os símbolos (ponto decimal);
Nomear, ler e escrever incorretamente símbolos
matemáticos;
Confusão em procedimentos aritméticos;
56. Confusão diante da linguagem matemática e
sua relação com símbolos (
subtrair, retirar, deduzir, menos e “-”);
Dificuldade para escrever os símbolos e
dígitos necessários para os cálculos;
Dificuldade em aplicar na prática
conhecimentos e procedimentos
matemáticos.
57. A identificação e a avaliação da discalculia
também são informadas por outras
dificuldades que o aluno também
apresente, por exemplo, dislexia ou
dispraxia.
É necessário desenvolver atividades práticas
com noções fundamentais de
contagem, numeração e reconhecimento dos
números, combinação de objetos (adição);
subtração como retirar; descrição de
posição, formato e tamanho de formas
sólidas e planas
58. Essas
abordagens podem
ser racionalizadas em um
conjunto de intervenções
abrangente e coerente.