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Dislexia é uma dificuldade específica de linguagem, que se apresenta na língua
escrita. A dislexia vai emergir nos momentos iniciais da aprendizagem da leitura e
da escrita, mas já se encontrava subjacente a este processo.
É uma dificuldade específica nos processamentos da linguagem para reconhecer,
reproduzir, identificar, associar e ordenar os sons e as formas das letras,
organizando-os corretamente. É certamente um modo peculiar de funcionamento
dos centros neurológicos de linguagem. É frequente encontrar se outras pessoas
com dificuldades semelhantes nas histórias familiares.
Dislexia , não é culpa de ninguém, nasce-se assim. O importante é aceitar a
dislexia como uma dificuldade de linguagem que deve ser tratada por profissionais
especializados. As escolas podem acolher os alunos com dislexia, sem modificar os
seus projetos pedagógicos curriculares. Procedimentos didáticos adequados
possibilitam ao aluno vir a desenvolver todas as suas aptidões, que são múltiplas.
Vale relembrar que os disléxicos estão em boa companhia junto a Leonardo da
Vinci e Tom Cruise, Einstein e Nelson Rockefeller, Hans Christian Andersen e
Agatha Christie, entre muitos outros.
O bom desempenho na leitura provém do equilíbrio entre o desenvolvimento das
operações da leitura, decodificação e compreensão, interagindo com os estágios
de desenvolvimento do pensamento e da linguagem. É necessário não esquecer a
importância dos vínculos afetivos estabelecidos com a aprendizagem. Bons ou
maus vínculos são preditivos de sucesso ou fracasso, nesta jornada.
O sucesso da operação inicial de leitura, a decodificação, vai depender da
habilidade linguística para transformar um sinal escrito, a letra, num sinal sonoro,
o som, e vice-versa. Associar letras e sons correspondentes, organizar, sequenciar
e encadear esta corrente sonora, é o caminho percorrido para se apreender a
palavra escrita. Aqui mora a dificuldade do disléxico. Quanto mais a leitura e
escrita, são necessárias na vida escolar, mais a dislexia se revela, sendo
confundida, muitas vezes, com problemas gerais de aprendizagem.
As pessoas com dislexia tem dificuldades de aprendizagem, porque tem
dificuldades específicas de linguagem, não por dificuldades emocionais, lógicooperatórias ou sócio-culturais. As dificuldades de aprendizagem, presentes na
dislexia, são alterações decorrentes das dificuldades específicas no processamento
linguístico, que tem a leitura e a escrita como suas ferramentas principais.
O valor da intervenção precoce, no caso de suspeitarmos da presença de fatores
disléxicos, fala por si mesma, mas só podemos considerar que alguém é disléxico,
após dois anos de vivências leitoras. Antes deste período podemos detectar
"dificuldades ou transtornos de leitura", que já necessitam de cuidados especiais,
numa postura preventiva.
Há muitos sinais, visíveis nos comportamentos e nos cadernos das crianças, que
podem auxiliar aos pais e educadores a identificar precocemente alguns dos sinais
preditivos de dislexia. A dislexia pode estar associada à quadros de déficit de
atenção (DDA), mas nem todo o déficit de atenção é acompanhado de dislexia.
Citamos algumas dificuldades, tais como:
- demora nas aquisições e desenvolvimento da linguagem oral;
dificuldades de expressão e compreensão; alterações persistentes na
fala;
- copia e escreve números e letras inadequadamente;
-dificuldade para organizar-se no tempo, reconhecer as horas, dias
da semana e meses do ano;
- dificuldades para organizar sequências espaciais e temporais,
ordenar as letras do alfabeto, sílabas em palavras longas, sequências
de fatos;
-pouco tempo de atenção nas atividades, ainda que sejam muito
interessantes;
-dificuldade em memorizar fatos recentes - números de telefones e
recados, por exemplo;
- severas dificuldades para organizar a agenda escolar ou rotina
diária;
-dificuldade em participar de brincadeiras coletivas;
-pouco interesse em livros impressos e escutar histórias;
É preciso ter uma especial atenção com as crianças que gostam de
conversar, são curiosas, entendem e falam bem, mas aparentam
desinteresse em ler e escrever. Vale a pena, no caso de crianças
leitoras, oferecer um mesmo problema matemático, escrito e oral, e
comparar as respostas. Frequentemente encontramos respostas
diferentes, corretas na questão oral e incorreta na mesma questão
escrita.
A mesma criança que parece não saber resolver um problema
matemático por escrito, poderá ter um desempenho surpreendente
quando o mesmo problema lhe é apresentado oralmente. Esta situação
exemplifica como podemos confundir os sinais - a dificuldade não é na
aprendizagem da matemática, mas na leitura.
Mas a dislexia não é privilégio das crianças recém alfabetizadas, ou
que estão na 1ª/2ª séries. Há crianças que apesar de todas estas
dificuldades, conseguem aprender a ler, mas vão carregando a sua
dislexia camuflada. Estas crianças, incompreendidas em suas
dificuldades, muitas vezes são vistas como desinteressadas, e
cobradas com quantias que não têm como pagar. É quando podem
surgir as reações de apatia ou revolta.
Sempre nos dão sinais, é só seguir as pistas para melhor compreendê-los:
-dificuldades nas aquisições linguísticas: dificuldades em reconhecer rimas
e aliterações; vocabulário reduzido; construções gramaticais inadequadas,
severa dificuldade para entender as palavras pelo seu significado ;
-dificuldade em fazer cópias, trabalhos e agendas incompletas;
-dificuldade na leitura, lê, mas não entende o que leu;
-importantes dificuldades de organização sequencial tempo-espacial,
sequências e rotinas diárias;
-dificuldades em matemática, cálculos e desenhos geométricos;
-grande dificuldade para organizar-se em suas tarefas de vida diária;
-especial dificuldade para aprender uma segunda língua;
-confusões de orientação, trabalhar com dicionários e mapas é mais um
complicador;
- alterações de comportamento - agressividade, desinteresse, baixa
autoestima e até mesmo condutas opositivo-desafiadoras.
Enfim, o disléxico não identificado, pode reagir a tantos obstáculos com
comportamentos inadequados, que complicam ainda mais a sua vida.
Mesmo dando tantas pistas, o disléxico pode não ser reconhecido como tal
e chegar à vida adulta carregando frustrações que o impedem de tomar
conhecimento de suas habilidades, que certamente são muitas.
COMPREENDENDO MELHOR AS DIFICULDADES DAS CRIANÇAS COM DISLEXIA

Por Simone_Drumond
Dificuldade para ler orações e palavras simples.
A pronúncia ou a soletração de palavras monossilábicas é uma dificuldade evidente nos
disléxicos.
As crianças ou adultos disléxicos invertem as palavras de maneira total ou parcial, por exemplo,
“casa” é lida “saca”. Uma coisa é uma brincadeira ou um jogo de palavras, observando a
produtividade morfológica ou sintagmática dos léxicos de uma língua, uma outra coisa é, sem
intencionalidade, a criança ou adulto trocar a sequência de grafemas.
Invertem as letras ou números, por exemplo: /p/ por /b/, /d/ por/ b /3/ por /5/ ou /8/, /6/ por
/9/ especialmente quando na escrita minúscula ou em textos manuscritos escolares. Assim, é
patente a confusão de letras de simetria oposta.
A ortografia é alterada, podendo estar ligada a chamada CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
(alterações no processamento auditivo).
Copiam de forma errada as palavras, mesmo observando na lousa ou no livro como são escritas,
o processamento da informação léxica, que é de ordem cerebral, está invertida ou simplesmente
deficiente.
As crianças disléxicas conhecem o texto ou a escrita, mas usam outras palavras, de maneira
involuntária. Trocam as palavras quando leem ou escrevem, por exemplo: “gato” por “casa”.
Têm as crianças disléxicas dificuldades em distinguir a esquerda e a direita.
Alteração na sequência das letras que formam as sílabas e as palavras.
Confusão de palavras parecidas ou opostas em seu significado. Os homônimos, isto é,
palavras semelhantes (seção, cessão e seção) são uma dificuldade nas crianças disléxicas.
Os erros na separação das palavras.
Os disléxicos sofrem com a falta de rapidez ao ler. A leitura é sem modulação e sem ritmo. Os
disléxicos, às vezes, com muito sacrifício, decodificam as palavras, mas não conseguem ter
compreensão.
Os disléxicos têm falha na construção gramatical, especialmente na elaboração de orações
complexas (coordenadas e subordinadas) na hora da redação espontânea.
SINAIS ENCONTRADOS EM DISLÉXICOS
Desde a pré-escola alguns sinais e sintomas podem oferecer pistas que a criança é disléxica.
Eles não são suficientes para se fechar um diagnóstico, mas vale prestar atenção:
Fraco desenvolvimento da atenção.
Falta de capacidade para brincar com outras crianças.
Atraso no desenvolvimento da fala e escrita.
Atraso no desenvolvimento visual.
Falta de coordenação motora.
Dificuldade em aprender rimas/canções.
Falta de interesse em livros impressos.
Dificuldade em acompanhar histórias.
Dificuldade com a memória imediata organização geral.
Se tiver alguma dúvida poderá realizar um dos testes de dislexia, no entanto é
sempre importante referir que um diagnóstico correto deverá ser realizado
por vários profissionais.
Teste para diagnóstica desleixo criança até 8 anos ( não substitui diagnóstico
realizado por profissional)
1: Tem atraso na leitura de dois ou mais anos em relação às crianças da mesma idade?
Quase sempre

Raramente

Nunca

2: A velocidade na leitura é inferior a 50/60 palavras por minuto?
Quase sempre

Raramente

Nunca

3: Comete erros frequentes na leitura (omissões, substituições, inversões de fonemas – vogais e consoantes
sonoras)?
Quase sempre

Raramente

Nunca

Raramente

Nunca

4: Compreensão do texto é muito pobre?
Quase sempre

5: Seu quociente de inteligência (Q.I) é normal ou superior?
Quase sempre

Raramente

Nunca
6: Apresenta um baixo rendimento na área da ortografia?
Quase sempre

Raramente

Nunca

7: Tem um rendimento baixo no cálculo matemático, especialmente na multiplicação?
Quase sempre

Raramente

Nunca

8: Apresenta movimentos involuntários associados, especialmente quando lê e escreve)?
Quase sempre

Raramente

Nunca

9: Não gosta de ir à escola (Fracassa nas avaliações, não gosta do meio escolar, falta de motivação para
aprendizagem)?
Quase sempre

Raramente

Nunca

10: Apresenta ansiedade e medo na hora de ler em voz alta?
Quase sempre

Raramente

Nunca

11: Apresenta erros frequentes na escrita (omissões, substituições, adições e inversões de letras)?
Quase sempre

Raramente

Nunca
TRANSFORMANDO UM ALUNO DISLÉXICO EM UM LEITOR COMPETENTE

Segundo a Dra. Sally Shaywitz, “ensinar uma criança disléxica a ler é algo que
tem como base os mesmos princípios usados para ensinar qualquer criança a
ler”. (4, p.192). O ensino dever ser incansável e ampliado de todas as formas
possíveis de modo que seja penetrante e duradouro.
O primeiro passo para um programa de ensino de habilidades de leitura eficaz é
determinar o estágio ou nível de desenvolvimento em que o aluno disléxico se
encontra. Em seguida, o professor deve elaborar atividades que visem melhorar
tanto quanto possível as deficiências fonológicas de seu aluno disléxico e
recorrer às habilidades no processo de pensamento de seu aluno. É preciso
enfatizar não apenas a dificuldade de leitura da criança, mas também seus
pontos fortes. É importante que essas habilidades no processo de pensamento
sejam identificadas, incentivadas e que definam a criança. No primeiro estágio
da leitura o objetivo principal é desenvolver a consciência fonêmica, ou seja,
fazer a criança compreender que a palavra é dividida em pequenos sons
chamados fonemas. Para que isso ocorra, o primeiro passo é desenvolver na
criança a consciência da rima, para que a criança comece a perceber que as
palavras têm partes. Isso ajuda a estabelecer a base para o ensino da
consciência fonêmica e pode ser feito através da leitura em voz alta de histórias
e poemas. Leia a história, exagere nos sons das rimas, chame a atenção para as
rimas e repita a história pedindo para completarem as rimas e inventarem
outras rimas.
O segundo passo é trabalhar com as palavras. Trabalhar com as palavras é a tarefa
inicial da leitura e constitui-se na parte central dos programas de ensino de
habilidades de leitura para crianças pequenas.
Depois de conhecer as rimas e de desenvolver a percepção de que as palavras têm
partes, as crianças estão prontas para o próximo grande passo para a leitura:
dividir as palavras e montá-las novamente. Dividir a palavra nos sons que a
compõem é o que denominamos de segmentação. E, juntar os sons para formar
uma palavra é o que chamamos de combinação. Esses são os dois processos
fundamentais envolvidos na aprendizagem de soletrar e de ler. Ao soletrar, a
criança segmenta a palavra falada em seus sons, transformando cada um deles em
letra. Ao ler, as letras são convertidas em sons que são combinados para formar
uma palavra.
Uma atividade que ajuda a criança a separar os sons de uma palavra é contar, na
verdade, bater palmas, de acordo com o número de sílabas da palavra. Em
seguida, a criança deve praticar a comparação ou combinação dos sons de
diferentes palavras. Sempre comece pedindo a ela que compare os sons iniciais das
palavras e, depois, os finais. É bom que as palavras sejam acompanhadas de
gravuras. Assim que a criança aprender a natureza segmentada das palavras
faladas e estiver familiarizada com os sons individuais, ela estará pronta para as
letras. Ela deverá aprender o nome das letras, suas formas e seus sons.
A leitura em voz alta é muito importante porque faz com que o feedback (sempre
positivo e construtivo) seja possível. E o feedback por sua vez, “é importante porque
permite que a criança modifique sua pronúncia de uma determinada palavra e
simultaneamente corrija o modelo neural dessa mesma palavra para que ela passe cada
vez mais a refletir sua pronúncia e ortografia exatas”. (4, p. 176).
A leitura oral repetida orientada é uma técnica muito utilizada no ensino da fluência. O
professor escolhe um pequeno texto, o lê em voz alta para o aluno e depois pede para
que o aluno leia. Após, o feedback dado pelo professor e as correções feitas pelo aluno, o
professor poderá trabalhar com duplas: um aluno lendo para outro aluno e vice-versa.
Realizar atividades como a “festa da poesia” (onde ocorre a leitura oral de poesias), o
“teatro do leitor” (onde são feitas leituras dramáticas de um trecho de alguma peça) e a
leitura de letras de músicas. Há também a “leitura coral”, onde o professor inicialmente
lê o texto em voz alta e em depois, todos os alunos, ao mesmo tempo, leem o texto
quatro ou mais vezes seguidas.

A criança com dislexia precisa de uma pessoa persistente, encorajadora,
alguém que lhe dê apoio e a defenda inflexivelmente. Uma criança disléxica
precisa de muito amor e da conscientização, pelos pais e professores de três
regras básicas: Nunca julgue; Nunca critique e Nunca condene!

É importante saber que ajudar disléxicos a melhorar sua leitura é muito
trabalhoso e exige muita atenção e repetição. Mas um bom tratamento e
intervenção adequados, certamente rendem bons resultados. Alguns estudos
sugerem que quando administrados ainda cedo na vida escolar de uma criança,
podem amenizar e até mesmo corrigir as falhas nas conexões cerebrais.
A Dra. Sally Shaywitz, em suas pesquisas com o mapeamento computadorizado
do cérebro através da ressonância magnética funcional (fMRI), comprovou que
a dislexia é um problema neurológico, situado na área do cérebro responsável
pelo processamento da linguagem e que, portanto, não irá desaparecer com o
passar do tempo.
De acordo com a Dra. Sally Shaywitz, um programa de ensino de habilidades de
leitura eficiente deve contemplar as seguintes atividades: aprender a ler as
palavras pela pronúncia de palavras pequenas e simples (para alunos da 1ª.
Série) e separação de palavras maiores (para alunos da 2ª. Série em diante);
aprender a soletrar as palavras; memorizar as palavras que se leem à primeira
vista; praticar leitura oral e silenciosa; praticar a fluência (ler a palavra com
precisão, rapidez, suavidade e boa expressão); escrever incluindo cartas e
histórias; constituir conhecimento das palavras e do mundo e aprender
estratégias de compreensão. Vale a pena ressaltar que “esforços contínuos para
criar uma sensação de autoestima fortalecem o programa e é a chave do
sucesso”. (4, p. 155)
Vejamos alguns recursos apresentados por autores que vêm beneficiando a
avaliação e intervenção destes alunos:
Cartilha da ABD . "Facilitando a Alfabetização – Multissensorial, Fônica e
Articulatória", foi aprovada e reconhecida pelo Ministério da Educação. A
cartilha atende aos profissionais da área de educação para reabilitação da
alfabetização e suprir as principais dificuldades dos disléxicos, e vem
acompanhada de um caderno multissensorial, que tem a função de estimular o
visual, o auditivo, e o tátil sinestésico. Esse material se se encontra no site da
Associação Brasileira de Dislexia.
Os livros da Renata Jardini também são excelentes para reabilitação da
alfabetização e disléxicos. “Fundamentação Teórica e Distúrbios da Leitura e
Escrita”. A proposta do livro é respaldar o educador ou clínico com as noções
básicas dos principais distúrbios da leitura e escrita, como as dislexias, os
Transtornos do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e outros. O
“Caderno de Exercícios” vem com atividades para reabilitar os distúrbios da
leitura e escrita.
Os Níveis de Escrita. Os Níveis de Escrita estudados por Emília Ferreiro, também são
recursos excelentes. Eles podem ser utilizados para identificar o nível de escrita em que
a criança se encontra no processo de alfabetização, podendo ser: icônico (a criança
representa seu mundo através de desenhos); não icônico (a criança consegue usar letras
para escrever e desenhar representando sua forma de escrita, porém o uso das letras
não está sistematizado, muitas vezes coloca as letras e faz o desenho, usando ambos
para escrever uma mesma palavra); realismo nominal (faz o uso das letras conforme o
tamanho do objeto e não de acordo com a palavra, para ela o objeto grande deve ter
muitas letras e o objeto pequeno poucas letras); nível pré-silábico (a criança já sabe
que precisa de letras para escrever, embora não faça distinção entre letra e número,
também já sabe que precisamos usar muitas letras diferentes para escrever). (Deste
modo, a criança usa as letras do próprio nome variando a posição e a ordem em que elas
aparecem no seu nome, para escrever novas palavras); nível pré-silábico em conflito
(nesta fase a criança pode enfrentar um conflito já que conta as letras para escrever,
mas no momento de escrever acha que é necessário muitas letras para escrever,
acreditando que com poucas letras não é possível a escrita, ainda, ao pedir a ela que
faça a relação de letras com sílabas, ela risca as letras que parecem sobrar. Isso pode
acontecer com palavras monossílabas; ao vencer este conflito a criança entrará no nível
pré-silábico); nível pré-silábico (a criança passa a atribuir valor sonoro a cada uma das
letras que compõe a escrita e descobre que a escrita representa a fala). Deste modo,
formula a sílaba - sem valor sonoro -, cada letra representa um valor som; nível présilábico "elaborado" (a criança percebe o valor silábico, portanto, usa uma letra para
significar uma sílaba, assim usa uma letra para escrever a palavra monossílaba, mas
como acredita que uma letras só não dá para ler, coloca outras só para que possa ler);
nível silábico "alfabético" (começa a usar algumas sílabas, embora algumas outras usa só
uma letra e se contenta com isso vai descobrindo a sílaba e começa a usá-la); nível
alfabético (a criança já usa praticamente todas as sílabas simples, embora com alguns
erros, sendo necessário trabalhar a ortografia).
Coisas Simples que qualquer Pai ou responsável pode fazer para
ajudar seus filhos a aprenderem:
1. Escute-os e preste mais atenção aos seus problemas ou probleminhas e
converse com sua criança a respeito dele.
2. Leia com sua criança história infantil, embalagens e seus deveres escolares.
3. Conte-lhes histórias da família.
4. Limite seu tempo de ver televisão, vídeo game ou no computador.
5. Tenha sempre livros e outros materiais de leitura espalhados pela casa.
6. Ajude sua criança nas atividades, NUNCA faça os deveres por ela, assim estás
atrasando seu desenvolvimento escolar.
7. Motive sua criança a ser independente.
8. Compartilhe suas histórias, poemas e canções favoritas com sua criança, mas
atenção a qualidade das musicas.
9. Leve-os à Biblioteca da cidade.
10. Leve-os aos Museus e lugares históricos, sempre que possível;
11. Discuta as novidades do dia ou o que achar que é mais interessante com sua
criança.
12. Explore as coisas junto com eles e aprenda sobre plantas, animais, história e
geografia infantil, etc.;
13. Ache um lugar sossegado para eles estudarem e ajude-as com suas atividades
escolares;
14. Faça sempre uma revisão de leitura e escrita nas suas tarefas de casa pelo
menos uma vez na semana;
15. Mantenha sempre contato com a professora de sua criança.
Alguns jogos e atividades lúdicas de grande ajuda nesta intervenção:
Quebra-Cabeça: lateralidade, estruturação espacial, percepção, memória, coordenação
motora, vasomotora, desenvolvimento do pensamento lógico, atenção, concentração.
Dominós – Damas e Xadrez - (os mais variados) para contagem ( matemática), animais,
interpretação de figuras, percepção, discriminação , associação, raciocínio lógico;
consciência sucessiva de elementos distintos.
Jogo da Memória: desenvolvem estratégias de memorização; relações entre imagens e
posição no tabuleiro, orientação espacial, cálculo mental, desafio, raciocínio lógico,
estratégias.

Placas de madeira com as letras do alfabeto(passar o dedinho ou palitinho com imã)
Brincadeiras com Massinha e contornar as cartelas plastificadas com as figuras geométricas e
depois pode fazer cartelas de letras, números ou desenhos
Linha do tempo confeccionada em cartolina ou E.V.A. (dias das semanas) , cada dia – uma cor. Um
banco de imagens sugestivas de atividades diárias, caça palavras, cruzadinhas, forca, de palavras e ...
Estudo realizado em janeiro de
2014
Por: Dalva Alves Pereira Martins
Fontes:http://www.focoeducacaoprofissional.com.br
TRANSFORMANDO UM ALUNO DISLÉXICO EM UM
LEITOR COMPETENTE LEAL, Liene Martha, Universidade Federal do
Piau

blog simone_drumond@hotmail.com
Blog silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br

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Compreendendo as dificuldades da dislexia

  • 1.
  • 2.
  • 3. Dislexia é uma dificuldade específica de linguagem, que se apresenta na língua escrita. A dislexia vai emergir nos momentos iniciais da aprendizagem da leitura e da escrita, mas já se encontrava subjacente a este processo. É uma dificuldade específica nos processamentos da linguagem para reconhecer, reproduzir, identificar, associar e ordenar os sons e as formas das letras, organizando-os corretamente. É certamente um modo peculiar de funcionamento dos centros neurológicos de linguagem. É frequente encontrar se outras pessoas com dificuldades semelhantes nas histórias familiares. Dislexia , não é culpa de ninguém, nasce-se assim. O importante é aceitar a dislexia como uma dificuldade de linguagem que deve ser tratada por profissionais especializados. As escolas podem acolher os alunos com dislexia, sem modificar os seus projetos pedagógicos curriculares. Procedimentos didáticos adequados possibilitam ao aluno vir a desenvolver todas as suas aptidões, que são múltiplas. Vale relembrar que os disléxicos estão em boa companhia junto a Leonardo da Vinci e Tom Cruise, Einstein e Nelson Rockefeller, Hans Christian Andersen e Agatha Christie, entre muitos outros. O bom desempenho na leitura provém do equilíbrio entre o desenvolvimento das operações da leitura, decodificação e compreensão, interagindo com os estágios de desenvolvimento do pensamento e da linguagem. É necessário não esquecer a importância dos vínculos afetivos estabelecidos com a aprendizagem. Bons ou maus vínculos são preditivos de sucesso ou fracasso, nesta jornada.
  • 4.
  • 5. O sucesso da operação inicial de leitura, a decodificação, vai depender da habilidade linguística para transformar um sinal escrito, a letra, num sinal sonoro, o som, e vice-versa. Associar letras e sons correspondentes, organizar, sequenciar e encadear esta corrente sonora, é o caminho percorrido para se apreender a palavra escrita. Aqui mora a dificuldade do disléxico. Quanto mais a leitura e escrita, são necessárias na vida escolar, mais a dislexia se revela, sendo confundida, muitas vezes, com problemas gerais de aprendizagem. As pessoas com dislexia tem dificuldades de aprendizagem, porque tem dificuldades específicas de linguagem, não por dificuldades emocionais, lógicooperatórias ou sócio-culturais. As dificuldades de aprendizagem, presentes na dislexia, são alterações decorrentes das dificuldades específicas no processamento linguístico, que tem a leitura e a escrita como suas ferramentas principais. O valor da intervenção precoce, no caso de suspeitarmos da presença de fatores disléxicos, fala por si mesma, mas só podemos considerar que alguém é disléxico, após dois anos de vivências leitoras. Antes deste período podemos detectar "dificuldades ou transtornos de leitura", que já necessitam de cuidados especiais, numa postura preventiva. Há muitos sinais, visíveis nos comportamentos e nos cadernos das crianças, que podem auxiliar aos pais e educadores a identificar precocemente alguns dos sinais preditivos de dislexia. A dislexia pode estar associada à quadros de déficit de atenção (DDA), mas nem todo o déficit de atenção é acompanhado de dislexia. Citamos algumas dificuldades, tais como:
  • 6. - demora nas aquisições e desenvolvimento da linguagem oral; dificuldades de expressão e compreensão; alterações persistentes na fala; - copia e escreve números e letras inadequadamente; -dificuldade para organizar-se no tempo, reconhecer as horas, dias da semana e meses do ano; - dificuldades para organizar sequências espaciais e temporais, ordenar as letras do alfabeto, sílabas em palavras longas, sequências de fatos; -pouco tempo de atenção nas atividades, ainda que sejam muito interessantes; -dificuldade em memorizar fatos recentes - números de telefones e recados, por exemplo; - severas dificuldades para organizar a agenda escolar ou rotina diária; -dificuldade em participar de brincadeiras coletivas; -pouco interesse em livros impressos e escutar histórias;
  • 7. É preciso ter uma especial atenção com as crianças que gostam de conversar, são curiosas, entendem e falam bem, mas aparentam desinteresse em ler e escrever. Vale a pena, no caso de crianças leitoras, oferecer um mesmo problema matemático, escrito e oral, e comparar as respostas. Frequentemente encontramos respostas diferentes, corretas na questão oral e incorreta na mesma questão escrita. A mesma criança que parece não saber resolver um problema matemático por escrito, poderá ter um desempenho surpreendente quando o mesmo problema lhe é apresentado oralmente. Esta situação exemplifica como podemos confundir os sinais - a dificuldade não é na aprendizagem da matemática, mas na leitura. Mas a dislexia não é privilégio das crianças recém alfabetizadas, ou que estão na 1ª/2ª séries. Há crianças que apesar de todas estas dificuldades, conseguem aprender a ler, mas vão carregando a sua dislexia camuflada. Estas crianças, incompreendidas em suas dificuldades, muitas vezes são vistas como desinteressadas, e cobradas com quantias que não têm como pagar. É quando podem surgir as reações de apatia ou revolta.
  • 8. Sempre nos dão sinais, é só seguir as pistas para melhor compreendê-los: -dificuldades nas aquisições linguísticas: dificuldades em reconhecer rimas e aliterações; vocabulário reduzido; construções gramaticais inadequadas, severa dificuldade para entender as palavras pelo seu significado ; -dificuldade em fazer cópias, trabalhos e agendas incompletas; -dificuldade na leitura, lê, mas não entende o que leu; -importantes dificuldades de organização sequencial tempo-espacial, sequências e rotinas diárias; -dificuldades em matemática, cálculos e desenhos geométricos; -grande dificuldade para organizar-se em suas tarefas de vida diária; -especial dificuldade para aprender uma segunda língua; -confusões de orientação, trabalhar com dicionários e mapas é mais um complicador; - alterações de comportamento - agressividade, desinteresse, baixa autoestima e até mesmo condutas opositivo-desafiadoras. Enfim, o disléxico não identificado, pode reagir a tantos obstáculos com comportamentos inadequados, que complicam ainda mais a sua vida. Mesmo dando tantas pistas, o disléxico pode não ser reconhecido como tal e chegar à vida adulta carregando frustrações que o impedem de tomar conhecimento de suas habilidades, que certamente são muitas.
  • 9. COMPREENDENDO MELHOR AS DIFICULDADES DAS CRIANÇAS COM DISLEXIA Por Simone_Drumond Dificuldade para ler orações e palavras simples. A pronúncia ou a soletração de palavras monossilábicas é uma dificuldade evidente nos disléxicos. As crianças ou adultos disléxicos invertem as palavras de maneira total ou parcial, por exemplo, “casa” é lida “saca”. Uma coisa é uma brincadeira ou um jogo de palavras, observando a produtividade morfológica ou sintagmática dos léxicos de uma língua, uma outra coisa é, sem intencionalidade, a criança ou adulto trocar a sequência de grafemas. Invertem as letras ou números, por exemplo: /p/ por /b/, /d/ por/ b /3/ por /5/ ou /8/, /6/ por /9/ especialmente quando na escrita minúscula ou em textos manuscritos escolares. Assim, é patente a confusão de letras de simetria oposta. A ortografia é alterada, podendo estar ligada a chamada CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA (alterações no processamento auditivo). Copiam de forma errada as palavras, mesmo observando na lousa ou no livro como são escritas, o processamento da informação léxica, que é de ordem cerebral, está invertida ou simplesmente deficiente. As crianças disléxicas conhecem o texto ou a escrita, mas usam outras palavras, de maneira involuntária. Trocam as palavras quando leem ou escrevem, por exemplo: “gato” por “casa”.
  • 10. Têm as crianças disléxicas dificuldades em distinguir a esquerda e a direita. Alteração na sequência das letras que formam as sílabas e as palavras. Confusão de palavras parecidas ou opostas em seu significado. Os homônimos, isto é, palavras semelhantes (seção, cessão e seção) são uma dificuldade nas crianças disléxicas. Os erros na separação das palavras. Os disléxicos sofrem com a falta de rapidez ao ler. A leitura é sem modulação e sem ritmo. Os disléxicos, às vezes, com muito sacrifício, decodificam as palavras, mas não conseguem ter compreensão. Os disléxicos têm falha na construção gramatical, especialmente na elaboração de orações complexas (coordenadas e subordinadas) na hora da redação espontânea. SINAIS ENCONTRADOS EM DISLÉXICOS Desde a pré-escola alguns sinais e sintomas podem oferecer pistas que a criança é disléxica. Eles não são suficientes para se fechar um diagnóstico, mas vale prestar atenção: Fraco desenvolvimento da atenção. Falta de capacidade para brincar com outras crianças. Atraso no desenvolvimento da fala e escrita. Atraso no desenvolvimento visual. Falta de coordenação motora. Dificuldade em aprender rimas/canções. Falta de interesse em livros impressos. Dificuldade em acompanhar histórias. Dificuldade com a memória imediata organização geral.
  • 11. Se tiver alguma dúvida poderá realizar um dos testes de dislexia, no entanto é sempre importante referir que um diagnóstico correto deverá ser realizado por vários profissionais. Teste para diagnóstica desleixo criança até 8 anos ( não substitui diagnóstico realizado por profissional) 1: Tem atraso na leitura de dois ou mais anos em relação às crianças da mesma idade? Quase sempre Raramente Nunca 2: A velocidade na leitura é inferior a 50/60 palavras por minuto? Quase sempre Raramente Nunca 3: Comete erros frequentes na leitura (omissões, substituições, inversões de fonemas – vogais e consoantes sonoras)? Quase sempre Raramente Nunca Raramente Nunca 4: Compreensão do texto é muito pobre? Quase sempre 5: Seu quociente de inteligência (Q.I) é normal ou superior? Quase sempre Raramente Nunca
  • 12. 6: Apresenta um baixo rendimento na área da ortografia? Quase sempre Raramente Nunca 7: Tem um rendimento baixo no cálculo matemático, especialmente na multiplicação? Quase sempre Raramente Nunca 8: Apresenta movimentos involuntários associados, especialmente quando lê e escreve)? Quase sempre Raramente Nunca 9: Não gosta de ir à escola (Fracassa nas avaliações, não gosta do meio escolar, falta de motivação para aprendizagem)? Quase sempre Raramente Nunca 10: Apresenta ansiedade e medo na hora de ler em voz alta? Quase sempre Raramente Nunca 11: Apresenta erros frequentes na escrita (omissões, substituições, adições e inversões de letras)? Quase sempre Raramente Nunca
  • 13. TRANSFORMANDO UM ALUNO DISLÉXICO EM UM LEITOR COMPETENTE Segundo a Dra. Sally Shaywitz, “ensinar uma criança disléxica a ler é algo que tem como base os mesmos princípios usados para ensinar qualquer criança a ler”. (4, p.192). O ensino dever ser incansável e ampliado de todas as formas possíveis de modo que seja penetrante e duradouro. O primeiro passo para um programa de ensino de habilidades de leitura eficaz é determinar o estágio ou nível de desenvolvimento em que o aluno disléxico se encontra. Em seguida, o professor deve elaborar atividades que visem melhorar tanto quanto possível as deficiências fonológicas de seu aluno disléxico e recorrer às habilidades no processo de pensamento de seu aluno. É preciso enfatizar não apenas a dificuldade de leitura da criança, mas também seus pontos fortes. É importante que essas habilidades no processo de pensamento sejam identificadas, incentivadas e que definam a criança. No primeiro estágio da leitura o objetivo principal é desenvolver a consciência fonêmica, ou seja, fazer a criança compreender que a palavra é dividida em pequenos sons chamados fonemas. Para que isso ocorra, o primeiro passo é desenvolver na criança a consciência da rima, para que a criança comece a perceber que as palavras têm partes. Isso ajuda a estabelecer a base para o ensino da consciência fonêmica e pode ser feito através da leitura em voz alta de histórias e poemas. Leia a história, exagere nos sons das rimas, chame a atenção para as rimas e repita a história pedindo para completarem as rimas e inventarem outras rimas.
  • 14. O segundo passo é trabalhar com as palavras. Trabalhar com as palavras é a tarefa inicial da leitura e constitui-se na parte central dos programas de ensino de habilidades de leitura para crianças pequenas. Depois de conhecer as rimas e de desenvolver a percepção de que as palavras têm partes, as crianças estão prontas para o próximo grande passo para a leitura: dividir as palavras e montá-las novamente. Dividir a palavra nos sons que a compõem é o que denominamos de segmentação. E, juntar os sons para formar uma palavra é o que chamamos de combinação. Esses são os dois processos fundamentais envolvidos na aprendizagem de soletrar e de ler. Ao soletrar, a criança segmenta a palavra falada em seus sons, transformando cada um deles em letra. Ao ler, as letras são convertidas em sons que são combinados para formar uma palavra. Uma atividade que ajuda a criança a separar os sons de uma palavra é contar, na verdade, bater palmas, de acordo com o número de sílabas da palavra. Em seguida, a criança deve praticar a comparação ou combinação dos sons de diferentes palavras. Sempre comece pedindo a ela que compare os sons iniciais das palavras e, depois, os finais. É bom que as palavras sejam acompanhadas de gravuras. Assim que a criança aprender a natureza segmentada das palavras faladas e estiver familiarizada com os sons individuais, ela estará pronta para as letras. Ela deverá aprender o nome das letras, suas formas e seus sons.
  • 15. A leitura em voz alta é muito importante porque faz com que o feedback (sempre positivo e construtivo) seja possível. E o feedback por sua vez, “é importante porque permite que a criança modifique sua pronúncia de uma determinada palavra e simultaneamente corrija o modelo neural dessa mesma palavra para que ela passe cada vez mais a refletir sua pronúncia e ortografia exatas”. (4, p. 176). A leitura oral repetida orientada é uma técnica muito utilizada no ensino da fluência. O professor escolhe um pequeno texto, o lê em voz alta para o aluno e depois pede para que o aluno leia. Após, o feedback dado pelo professor e as correções feitas pelo aluno, o professor poderá trabalhar com duplas: um aluno lendo para outro aluno e vice-versa. Realizar atividades como a “festa da poesia” (onde ocorre a leitura oral de poesias), o “teatro do leitor” (onde são feitas leituras dramáticas de um trecho de alguma peça) e a leitura de letras de músicas. Há também a “leitura coral”, onde o professor inicialmente lê o texto em voz alta e em depois, todos os alunos, ao mesmo tempo, leem o texto quatro ou mais vezes seguidas. A criança com dislexia precisa de uma pessoa persistente, encorajadora, alguém que lhe dê apoio e a defenda inflexivelmente. Uma criança disléxica precisa de muito amor e da conscientização, pelos pais e professores de três regras básicas: Nunca julgue; Nunca critique e Nunca condene! É importante saber que ajudar disléxicos a melhorar sua leitura é muito trabalhoso e exige muita atenção e repetição. Mas um bom tratamento e intervenção adequados, certamente rendem bons resultados. Alguns estudos sugerem que quando administrados ainda cedo na vida escolar de uma criança, podem amenizar e até mesmo corrigir as falhas nas conexões cerebrais.
  • 16. A Dra. Sally Shaywitz, em suas pesquisas com o mapeamento computadorizado do cérebro através da ressonância magnética funcional (fMRI), comprovou que a dislexia é um problema neurológico, situado na área do cérebro responsável pelo processamento da linguagem e que, portanto, não irá desaparecer com o passar do tempo. De acordo com a Dra. Sally Shaywitz, um programa de ensino de habilidades de leitura eficiente deve contemplar as seguintes atividades: aprender a ler as palavras pela pronúncia de palavras pequenas e simples (para alunos da 1ª. Série) e separação de palavras maiores (para alunos da 2ª. Série em diante); aprender a soletrar as palavras; memorizar as palavras que se leem à primeira vista; praticar leitura oral e silenciosa; praticar a fluência (ler a palavra com precisão, rapidez, suavidade e boa expressão); escrever incluindo cartas e histórias; constituir conhecimento das palavras e do mundo e aprender estratégias de compreensão. Vale a pena ressaltar que “esforços contínuos para criar uma sensação de autoestima fortalecem o programa e é a chave do sucesso”. (4, p. 155)
  • 17. Vejamos alguns recursos apresentados por autores que vêm beneficiando a avaliação e intervenção destes alunos: Cartilha da ABD . "Facilitando a Alfabetização – Multissensorial, Fônica e Articulatória", foi aprovada e reconhecida pelo Ministério da Educação. A cartilha atende aos profissionais da área de educação para reabilitação da alfabetização e suprir as principais dificuldades dos disléxicos, e vem acompanhada de um caderno multissensorial, que tem a função de estimular o visual, o auditivo, e o tátil sinestésico. Esse material se se encontra no site da Associação Brasileira de Dislexia. Os livros da Renata Jardini também são excelentes para reabilitação da alfabetização e disléxicos. “Fundamentação Teórica e Distúrbios da Leitura e Escrita”. A proposta do livro é respaldar o educador ou clínico com as noções básicas dos principais distúrbios da leitura e escrita, como as dislexias, os Transtornos do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e outros. O “Caderno de Exercícios” vem com atividades para reabilitar os distúrbios da leitura e escrita.
  • 18. Os Níveis de Escrita. Os Níveis de Escrita estudados por Emília Ferreiro, também são recursos excelentes. Eles podem ser utilizados para identificar o nível de escrita em que a criança se encontra no processo de alfabetização, podendo ser: icônico (a criança representa seu mundo através de desenhos); não icônico (a criança consegue usar letras para escrever e desenhar representando sua forma de escrita, porém o uso das letras não está sistematizado, muitas vezes coloca as letras e faz o desenho, usando ambos para escrever uma mesma palavra); realismo nominal (faz o uso das letras conforme o tamanho do objeto e não de acordo com a palavra, para ela o objeto grande deve ter muitas letras e o objeto pequeno poucas letras); nível pré-silábico (a criança já sabe que precisa de letras para escrever, embora não faça distinção entre letra e número, também já sabe que precisamos usar muitas letras diferentes para escrever). (Deste modo, a criança usa as letras do próprio nome variando a posição e a ordem em que elas aparecem no seu nome, para escrever novas palavras); nível pré-silábico em conflito (nesta fase a criança pode enfrentar um conflito já que conta as letras para escrever, mas no momento de escrever acha que é necessário muitas letras para escrever, acreditando que com poucas letras não é possível a escrita, ainda, ao pedir a ela que faça a relação de letras com sílabas, ela risca as letras que parecem sobrar. Isso pode acontecer com palavras monossílabas; ao vencer este conflito a criança entrará no nível pré-silábico); nível pré-silábico (a criança passa a atribuir valor sonoro a cada uma das letras que compõe a escrita e descobre que a escrita representa a fala). Deste modo, formula a sílaba - sem valor sonoro -, cada letra representa um valor som; nível présilábico "elaborado" (a criança percebe o valor silábico, portanto, usa uma letra para significar uma sílaba, assim usa uma letra para escrever a palavra monossílaba, mas como acredita que uma letras só não dá para ler, coloca outras só para que possa ler); nível silábico "alfabético" (começa a usar algumas sílabas, embora algumas outras usa só uma letra e se contenta com isso vai descobrindo a sílaba e começa a usá-la); nível alfabético (a criança já usa praticamente todas as sílabas simples, embora com alguns erros, sendo necessário trabalhar a ortografia).
  • 19. Coisas Simples que qualquer Pai ou responsável pode fazer para ajudar seus filhos a aprenderem: 1. Escute-os e preste mais atenção aos seus problemas ou probleminhas e converse com sua criança a respeito dele. 2. Leia com sua criança história infantil, embalagens e seus deveres escolares. 3. Conte-lhes histórias da família. 4. Limite seu tempo de ver televisão, vídeo game ou no computador. 5. Tenha sempre livros e outros materiais de leitura espalhados pela casa. 6. Ajude sua criança nas atividades, NUNCA faça os deveres por ela, assim estás atrasando seu desenvolvimento escolar. 7. Motive sua criança a ser independente. 8. Compartilhe suas histórias, poemas e canções favoritas com sua criança, mas atenção a qualidade das musicas. 9. Leve-os à Biblioteca da cidade. 10. Leve-os aos Museus e lugares históricos, sempre que possível; 11. Discuta as novidades do dia ou o que achar que é mais interessante com sua criança. 12. Explore as coisas junto com eles e aprenda sobre plantas, animais, história e geografia infantil, etc.; 13. Ache um lugar sossegado para eles estudarem e ajude-as com suas atividades escolares; 14. Faça sempre uma revisão de leitura e escrita nas suas tarefas de casa pelo menos uma vez na semana; 15. Mantenha sempre contato com a professora de sua criança.
  • 20. Alguns jogos e atividades lúdicas de grande ajuda nesta intervenção: Quebra-Cabeça: lateralidade, estruturação espacial, percepção, memória, coordenação motora, vasomotora, desenvolvimento do pensamento lógico, atenção, concentração. Dominós – Damas e Xadrez - (os mais variados) para contagem ( matemática), animais, interpretação de figuras, percepção, discriminação , associação, raciocínio lógico; consciência sucessiva de elementos distintos. Jogo da Memória: desenvolvem estratégias de memorização; relações entre imagens e posição no tabuleiro, orientação espacial, cálculo mental, desafio, raciocínio lógico, estratégias. Placas de madeira com as letras do alfabeto(passar o dedinho ou palitinho com imã) Brincadeiras com Massinha e contornar as cartelas plastificadas com as figuras geométricas e depois pode fazer cartelas de letras, números ou desenhos Linha do tempo confeccionada em cartolina ou E.V.A. (dias das semanas) , cada dia – uma cor. Um banco de imagens sugestivas de atividades diárias, caça palavras, cruzadinhas, forca, de palavras e ...
  • 21. Estudo realizado em janeiro de 2014 Por: Dalva Alves Pereira Martins Fontes:http://www.focoeducacaoprofissional.com.br TRANSFORMANDO UM ALUNO DISLÉXICO EM UM LEITOR COMPETENTE LEAL, Liene Martha, Universidade Federal do Piau blog simone_drumond@hotmail.com Blog silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br