1. O documento resume uma apresentação sobre a sociedade, conhecimento e educação no contexto da conferência Challengers 2003. 2. O orador discute como a construção do conhecimento é um processo social e coletivo que envolve domínios do conhecimento, atores, formas de ação e modelos organizacionais. 3. Ele argumenta que a sociedade atual requer novos equilíbrios nestes fatores para lidar com a economia de inovação intensiva e a renovação constante do conhecimento.

1. Figueiredo, A. D. (2003). Que Sociedade? Que Conhecimento, Que Educação?
Apresentação na Conferência Challenges 2003 / 5º SIIE
Universidade do Minho, Braga, 19 de Setembro de 2003
CHALLENGES 2003 5º SIIE
QUE SOCIEDADE?
QUE CONHECIMENTO?
QUE EDUCAÇÃO?
António Dias de Figueiredo
(orador convidado)
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
C. de Compet. Nónio Século XXI da Univ. do Minho Braga – 19 de Setembro de 2003

2. Agenda
1. Uma trilogia com 4 dimensões
2. Que conhecimento?
3. Que sociedade?
4. Que educação?
5. Que conclusões?
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António Dias de Figueiredo Que Sociedade? Que Conhecimento? Que Educação? - 2

3. 1. Uma trilogia com 4 dimensões
2. Que conhecimento?
3. Que sociedade?
4. Que educação?
5. Que conclusões?
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4. UMA TRILOGIA COM 4 DIMENSÕES
TECNOLOGIA
EDUCAÇÃO
SOCIEDADE
CONHECIMENTO
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5. 1. Uma trilogia com 4 dimensões
2. Que conhecimento?
3. Que sociedade?
4. Que educação?
5. Que conclusões?
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6. QUE CONHECIMENTO?
SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
Será que, hoje, a Sociedade se funda mais sobre o Conhecimento?
Será que, hoje, os cidadãos procuram mais o Conhecimento?
CONHECIMENTO
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7. QUE CONHECIMENTO?
SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Será que hoje se gere melhor o Conhecimento?
Será que se gere mais Conhecimento?
CONHECIMENTO
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8. QUE CONHECIMENTO?
SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Será que hoje se gere melhor o Conhecimento?
Será que se gere mais Conhecimento?
A construção dos saberes científicos, ao longo dos séculos, resultou
de sofisticadíssimas formas de Gestão do Conhecimento.
A afirmação das profissões, ao longo dos séculos, foi um complexo
processo colectivo de Gestão do Conhecimento.
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9. QUE CONHECIMENTO?
O que é que mudou, então, tanto, nos nossos dias,
que justifique essa preocupação central com o
?
CONHECIMENTO
A construção dos saberes científicos, ao longo dos séculos, resultou
de sofisticadíssimas formas de Gestão do Conhecimento.
A afirmação das profissões, ao longo dos séculos, foi um complexo
processo colectivo de Gestão do Conhecimento.
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10. QUE CONHECIMENTO?
A construção do Conhecimento, ao longo dos tempos,
decorreu sempre no jogo dialéctico entre 4 factores:
• Domínios do conhecimento
• Actores (funções, papéis, profissões)
• Formas de acção/intervenção
• Modelos organizacionais
Sempre que o equilíbrio entre estes factores
foi perturbado geraram-se situações de crise que
levaram à procura de novos equilíbrios.
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11. QUE CONHECIMENTO?
DESCOBERTA DOS LABORATºs DE
CIÊNCIA DA
SABERES DA INVESTIGAÇÃO
GESTÃO
FABRICAÇÃO EMPRESARIAIS
técnicas de produção e conhecim. científicos e
Domínios do novas formas de
organização do trabalho tecnológicos pré-
conhecimento gestão (Drucker)
(Taylor) competitivos
Actores todos
técnicos de topo, cientistas, gestores da
(funções, papéis, (a importância das
operários obedientes investigação
profissões) pessoas)
métodos de investig. desdobramento das
Formas de acção/
científica, segredo e lideranças, aprendiz.
hierarquias mecanicistas
intervenção propriedade industrial colectiva
organização laboratorial, modelos orgânicos, p/
Modelos paradigma do comando
projectos de acomodar complex. e
e controlo
organizacionais investigação contingência
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12. QUE CONHECIMENTO?
O que é que mudou, então, tanto, nos nossos dias,
que justifique essa preocupação central com o
?
CONHECIMENTO
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13. QUE CONHECIMENTO?
O que é que mudou, então, tanto, nos nossos dias,
que justifique essa preocupação central com o
?
CONHECIMENTO
Atravessa-se um período de grande instabilidade,
perante uma economia que assenta cada vez mais na
competição pela renovação permanente e intensiva
de produtos e serviços
Uma Economia de Inovação Intensiva
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14. QUE CONHECIMENTO?
Não se trata, assim, de desafiar as formas de construção do
conhecimento que a História consagrou, e que nada perderam
da sua pertinência quando aplicadas às problemática para que
foram concebidas.
Trata-se, acima de tudo, de manter os
fluxos de renovação do conhecimento.
O maior desafio não está no volume de conhecimentos que se
constroem, mas sim nas capacidades que se desenvolvam para o
renovar e consolidar em permanência.
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15. QUE CONHECIMENTO?
Trata-se, portanto, de criar novos equilíbrios para os quatro
factores ligados à construção do conhecimento.
• Domínios do conhecimento
• Actores (funções, papéis, profissões)
• Formas de acção/intervenção
• Modelos organizacionais
Os equilíbrios encontram-se, hoje,
cada vez mais, na criação de conhecimento colectivo
socialmente construído.
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16. QUE CONHECIMENTO?
O século XX já nos tinha legado um capital importante sobre a
criação de conhecimento pela acção colectiva:
• Dewey – acção inteligente.
• Lewin – conhecimento pela acção.
• Vygotsky – aprendizagem como acto social
• Polanyi – conhecimento como acção (knowing vs
knowledge).
• Kuhn – conhecimento como artefacto social
mantido por comunidades de pares.
• Schön – reflexão-em-acção.
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17. QUE CONHECIMENTO?
Esses enquadramentos tendem a ser enriquecidos,
hoje em dia, com formulações mais recentes.
COMUNIDADES DE PRÁTICA
O conceito de Comunidade de Prática tem vindo,
no entanto, a ser associado pelos seus grandes
defensores a uma lógica de laisser-faire…
… que não se adequa, nem às organizações dos nossos dias, nem
à Sociedade do presente,
nem à Educação do futuro.
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18. 1. Uma trilogia com 4 dimensões
2. Que conhecimento?
3. Que sociedade?
4. Que educação?
5. Que conclusões?
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19. QUE SOCIEDADE?
As organizações do nosso dias, núcleos centrais do tecido social,
têm um carácter eminentemente teleológico,
que lhes é conferido pelas suas missões e valores.
Não são locais de mera descoberta aleatória de sentidos, nem de
auto-organização livre dos seus actores, por muito geradoras de
inovação que essa descoberta pudesse ser.
São locais de prescrição e de concepção de soluções
que lhes permitem atingir os seus fins.
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20. QUE SOCIEDADE?
Coloca-se, assim, a questão de conciliar dinâmicas sociais com os
justos equilíbrios entre os 4 factores apontados.
• Os novos saberes a construir.
• Os papéis dos novos actores (individuais e
colectivos).
• As formas de autoridade e prescrição que
enquadrarão a acção.
• Os modelos organizacionais (em torno, por
exemplo, de projectos).
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21. QUE SOCIEDADE?
Note-se que o problema da exclusão
está a ser encarado de forma superficial e redutora ...
… que se esgota na lógica da INFO-EXCLUSÃO.
Ora a superação da info-exclusão está longe
de garantir que o cidadão não se auto-exclui
do acesso à construção do seu conhecimento.
A TV é um exemplo eloquente desse facto.
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22. QUE SOCIEDADE?
COGNO-EXCLUSÃO
INFORMAÇÃO S
ACESSO À
N INFO-EXCLUSÃO
N S
ACESSO À CONSTRUÇÃO
DE CONHECIMENTO
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23. QUE SOCIEDADE?
PORTUGAL tem OS PORTUGUESES NÃO
dificuldades acrescidas VALORIZAM O CONHECIMENTO
Diffusion of traditional media
Fonte: Databank Consulting, Internet Diffusion Dynamics, Report no 29 (July, 2002)
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24. 1. Uma trilogia com 4 dimensões
2. Que conhecimento?
3. Que sociedade?
4. Que educação?
5. Que conclusões?
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25. QUE EDUCAÇÃO?
Que educação temos?
Que educação precisamos de ter?
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26. QUE EDUCAÇÃO?
DESCOBERTA DOS LABORATºs DE
CIÊNCIA DA
SABERES DA INVESTIGAÇÃO
GESTÃO
FABRICAÇÃO EMPRESARIAIS
técnicas de produção e conhecim. científicos e novas formas de
Domínios do
organização do trabalho tecnológicos pré-
conhecimento gestão (Drucker)
(Taylor) competitivos
Actores todos
técnicos de topo, operários cientistas, gestores da
(funções, papéis,
obedientes investigação (a importância das pessoas)
profissões)
métodos de investig. desdobramento das
Formas de acção/ hierarquias
científica, segredo e lideranças, aprendiz.
intervenção mecanicistas
propriedade industrial colectiva
modelos orgânicos, p/
Modelos paradigma do comando e organização laboratorial,
acomodar complex. e
organizacionais controlo projectos de investigação
contingência
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27. QUE EDUCAÇÃO?
DESCOBERTA DOS LABORATºs DE
CIÊNCIA DA
SABERES DA INVESTIGAÇÃO
GESTÃO
FABRICAÇÃO EMPRESARIAIS
técnicas de produção e conhecim. científicos e novas formas de
Domínios do
organização do trabalho tecnológicos pré-
conhecimento gestão (Drucker)
(Taylor) competitivos
todos
Actores
técnicos de topo, cientistas, gestores da
(funções, papéis, (a importância das
operários obedientes investigação
profissões) pessoas)
métodos de investig. desdobramento das
Formas de acção/ hierarquias
científica, segredo e lideranças, aprendiz.
intervenção mecanicistas
propriedade industrial colectiva
modelos orgânicos, p/
Modelos paradigma do comando organização laboratorial,
acomodar complex. e
organizacionais e controlo projectos de investigação
contingência
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28. QUE EDUCAÇÃO?
QUE EDUCAÇÃO QUEREMOS?
Uma Educação que contribua para que os jovens aprendam:
• a desejar aprender e
• a construir, reflexivamente, individual e
colectivamente, o seu conhecimento
Uma Educação que crie a paixão pelo conhecimento.
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29. 1. Uma trilogia com 4 dimensões
2. Que conhecimento?
3. Que sociedade?
4. Que educação?
5. Que conclusões?
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30. QUE CONCLUSÕES?
QUE CONHECIMENTO?
Todo o CONHECIMENTO, com destaque para
o que sabe renovar-se e consolidar-se em permanência.
QUE SOCIEDADE?
Uma SOCIEDADE que supere as dependências
da cogno-exclusão.
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31. QUE CONCLUSÕES?
QUE EDUCAÇÃO?
Uma EDUCAÇÃO que
recupere o desejo de aprender.
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32. Figueiredo, A. D. (2003). Que Sociedade? Que Conhecimento, Que Educação?
FIM
Apresentação na Conferência Challenges 2003 / 5º SIIE
Universidade do Minho, Braga, 19 de Setembro de 2003
CHALLENGES 2003 5º SIIE
QUE SOCIEDADE?
QUE CONHECIMENTO?
QUE EDUCAÇÃO?
António Dias de Figueiredo
(orador convidado)
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
C. de Compet. Nónio Século XXI da Univ. do Minho Braga – 19 de Setembro de 2003