SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 71
LINFADENOPATIAS
                  CERVICAIS
          ETIOLOGIAS, DIAGNÓSTICO
         DIFERENCIAL & TERAPÊUTICA

                                      Internato de
                                      Pediatria - HMMC




Interno: Dario Hart Signorini
Prof: Maria Aparecida Ribeiro Leite
INTRODUÇÃO


Linfonodos cervicais palpáveis:



Na maioria dos casos:



Ocasionalmente:
INTRODUÇÃO

Linfonodos cervicais palpáveis:

• Extremamente comuns na infância.
• Presentes em até 38 a 45% das crianças
  normais

Na maioria dos casos:


Ocasionalmente:
INTRODUÇÃO

Linfonodos cervicais palpáveis:


Na maioria dos casos:

• Processo Infeccioso Local
• Processo Infeccioso Generalizado

Ocasionalmente:
INTRODUÇÃO

Linfonodos cervicais palpáveis:


Na maioria dos casos:


Ocasionalmente:

• Neoplasia
• Auto-imunidade
• Distúrbio Metabólico
DEFINIÇÃO



Linfadenopatia cervical



Linfonodos cervicais
> = de 1 cm de diâmetros
CONCEITOS

Linfadenopatia ou adenopatia:
 • Aumento e/ou inflamação do linfonodo.


Linfadenite ou adenite:
 • Aumento E Inflamação do linfonodo.


Hiperplasia reacional
 • Maior causa de Linfadenopatia na pediatria.

Mais que 80% das adenites cervicais envolvem cadeia submandibular
e/ou cervical posterior.
IMPORTÂNCIA MÉDICA



      Linfadenopatia
          cervical




Doença             Doença
Benigna            Maligna
ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA



   Localização:


   Superficiais x Profundos


   Fisiopatologia:

1. Leung AK, Robson WL. Childhood cervical lymphadenopathy. J Pediatr
Health Care. 2004;18(1):3-7.
ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA


    Localização:

      • Cabeça e Pescoço (ex: Faringoamigdalite bacteriana)
      • Doença Sistêmica(Ex: Mononucleose Infecciosa)



    Superficiais x Profundos


    Fisiopatologia:

1. Leung AK, Robson WL. Childhood cervical lymphadenopathy. J Pediatr
Health Care. 2004;18(1):3-7.
ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA


    Localização:


    Superficiais x Profundos

      • Linfonodos superficiais = Injúrias epiteliais (Mucosas oral e nasal, pele)
      • Linfonodos profundos =Injúrias mais centrais( Orelha média, Faringe
        Posterior)


    Fisiopatologia:

1. Leung AK, Robson WL. Childhood cervical lymphadenopathy. J Pediatr
Health Care. 2004;18(1):3-7.
ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA


     Localização:


     Superficiais x Profundos


     Fisiopatologia:

        • Proliferação normal de células imunes(Ex: APCs Linfócitos B e T)
        • Infiltração por células extrínsecas (Ex: Neutrófilos e Céls malignas)


1. Leung AK, Robson WL. Childhood cervical lymphadenopathy. J Pediatr
Health Care. 2004;18(1):3-7.
CADEIAS LINFONODOS
ANAMNESE & EXAME FÍSICO
ANAMNESE

Evolução , Lateralidade, Tamanho:
 •Agudo x Crônico
 •Unilateral x Bilateral
 •Cresceu?Diminuiu?
Sintomas Associados
 •Dor, Perda de peso, febre, artralgia, conjuntivite, rash


Contatos com pessoas doentes:
 •Infecção respiratória viral(Rhinovirus, adenovirus)
 •CMV, EBV, Strepto B-hem grupo A(GAS em inglês)
 •TB
Infecção Alimentar:
 •Leite não pasteurizado. (Brucelose, M. bovis)
 •Carne mal cozida (Toxoplasmose)
ANAMNESE


Problemas dentais:

 •Anaeróbios


Lesões na pele/Trauma:
 •S aureus, GAS, arranhadura do gato


Exposição animal:
 •Arranhadura do gato e Toxoplasmose (Gatos)
 •Brucelose (Caprinos)
ANAMNESE


Carteira Vacinação:
• Difteria, Sarampo e Rubéola

Medicações:
• Fenitoína, Carbamazepina

Localização geográfica e Viagens:
• Tuberculose
EXAME FÍSICO


Geral: Desnutrição ou distúrbios de crescimento


Cadeias linfonodais:


Os linfonodos palpáveis: Pesquisa obrigatória.
EXAME FÍSICO


Geral: Desnutrição ou distúrbios de crescimento
• Tuberculose
• Malignidade
• Imunodeficiência

Cadeias linfonodais:


Os linfonodos palpáveis: Pesquisa obrigatória.
EXAME FÍSICO


Geral: Desnutrição ou distúrbios de crescimento


Cadeias linfonodais:

• Única, Local
• Múltiplas, Generalizada

Os linfonodos palpáveis: Pesquisa obrigatória.
EXAME FÍSICO

Geral: Desnutrição ou distúrbios de crescimento

Cadeias linfonodais:

Os linfonodos palpáveis: Pesquisa obrigatória.
• Medir tamanho para comparações futuras.
• Flogose
• Mobilidade & Consistência
• Flutuação & Confluência
EXAME FISICO – DESCRIÇÃO LINFONODAL



Linfonodos Reativos


Linfonodos Infectados:


Linfonodo Maligno
EXAME FÍSICO – DESCRIÇÃO LINFONODAL


Linfonodos Reativos

• Pequenos, multíplos, movéis e fibroelásticos.


Linfonodos Infectados:


Linfonodo Maligno
EXAME FISICO – DESCRIÇÃO LINFONODAL


Linfonodos Reativos


Linfonodos Infectados:
• Isolados,únicos, assimétricos, sinais flogísticos
• Flutuação
• Menor mobilidade

Linfonodo Maligno
EXAME FISICO – DESCRIÇÃO LINFONODAL


Linfonodos Reativos

Linfonodos Infectados:

Linfonodo Maligno
• Duros
• Fixos e/ou aderidos
• Grandes ou Crescimento progressivo.
VÍDEO - BATES
PRINCIPAIS ETIOLOGIAS
ETIOLOGIAS PEDIÁTRICAS


Em crianças e adolescentes:
•75% - Infecciosas e/ou Inflamatórias
•>20% - Alteração desenvolvimento
 embrionário
 •Cistos, Lifangiomas e Hemangiomas
•>5% Neoplasias
ETIOLOGIAS - INFECCIOSAS

 Infeccção                      Agente/Doença
 Bacterias     Staphylococcus aureus
               Streptococcus β-hemolítico do grupo-A
               Anaeróbios
               Difteria
               Doença da arranhadura do gato
               Micobactérias atípicas
               Tuberculose

   Vírus       Infecções virais de vias aéreas superiores
               Epstein-Barr vírus, Citomegalovirus
               Rubéola
               Varicella-zoster vírus
               Herpes simplex
               Coxsackievirus
               HIV

Protozoários   Doença de Chagas
               Toxoplasmose

 Parasitas     Miíase
               Pediculose

  Fungos       Paracocidiodomicose
               Histoplasmose
Etiologias – Faixa Etária

              Faixa Etária              Micro-organismos
Neonatos                     • Staphylococcus aureus
                             • Streptococcus do grupo B
                               (Streptococcus agalactiae)

Até 1 ano                    • Staphylococcus aureus
                             • Streptococcus do grupo B
                               (Streptococcus agalactiae)
1 a 4 anos                   • Staphylococcus aureus
                             • Strepto β– hemolítico do grupo A
                             • Micobactéria atípica(M Avium)

5 a 15 anos                  •   Bactérias anaeróbicas
                             •   Toxoplasmose
                             •   Doença da arranhadura do gato
                             •   Tuberculose
FORMA AGUDA BILATERAL

A mais comuns - Autolimitadas         Outras:

Vírus VAS                             Faringite pelo Mycoplasma
•Rhinovirus, Adenovírus e etc.        pneumoniae
•Inflamação de garganta, rinorréia,
 congestão nasal, tosse
Linfonodo:                            Gengivoestomatite herpética
•Pequeno, elástico, móvel, sem
 flogose
                                      EBV e CMV
GAS (Streptococcus grupo A):
•Faringites                           •Mais associados à forma
                                       generalizada e subaguda /crônica
FORMA AGUDA UNILATERAL


S.aureus e GAS
•40-80% * < 05 anos
•História de impetigo
 e/ou infecção de pele
•Febre, taquicardia, mal-
 estar, sem toxemia
•Linfonodos 3-6cm, com
 flogose, menos móvel,
 + - flutuação(até 30%)
FORMA AGUDA UNILATERAL

Streptococcus grupo B
•Lactentes
•Manifestação tardia da
 infecção(3ª - 7ª semana)
•Febre, irritação, recusa
 alimentar
•Eritema facial/inchaço
 submandibular, margens
 mal definidas
•Bacteremia

                            Lactente com adenite por GBS;
                            Medical Discussion Forum
FORMA AGUDA UNILATERAL

Anaeróbios
• Crianças mais velhas com
  afecções dentárias
Tularemia
• Francisella tularensis
• Animais infectados
  (coelhos, hamster) ou
  mordedura de artrópodes
  (ácaros)
• Lesão papular na área do
  linfonodo inflamado
FORMA BILATERAL SUBAGUDA/CRÔNICA

EBV e CMV

•Mononucleose ou “Mono-like”
•Febre, faringite exsudativa, linfadenopatia generalizada,
 hepatoesplenomegalia
•Predomínio de linfócitos – linfócitos atípicos > 10%
•Toxoplasmose, HIV, Sífilis, Tuberculose




                    Atípia Linfocitária – Cél de Downy
FORMA UNILATERAL SUBAGUDA/CRÔNICA


Micobactéria não
tuberculosa – NTM
•Complexo Mycobacterium
 avim
•Aumento +
 insidioso(semanas)
•Submandibular
•Róseo      violáceo
•Dor e febre são incomuns
•Drenagem purulenta +
 tardia
FORMA UNILATERAL
               SUBAGUDA/CRÔNICA


Arranhadura do gato
 •Bartonella henselae(Bartonellose)
 •Nódulo satélite quente e
  eritematoso
Sd. Parinaud:local da inoculação
 •Pápula no
 •Febre e sintomas sistêmicos
Conjuntivite
  em30% por 4-6 semanas –
Adenite ipsilateral(submandibular
  adenopatia por meses (pode
ousupurar)
   periauricular)
FORMA UNILATERAL OU BILATERAL
          SUBAGUDA/CRÔNICA

 Tuberculose
• Extensão de nódulos
  peritraqueais
  (submandibulares) ou
  pleura apical
  (supraclaviculares)
• Coalescência e
  Fistulização
• Emagrecimento
                         http://www2.bago.com.bo/sbp/revista_ped/vol41_2/imagenes/Image10.jpg
FORMA UNILATERAL SUBAGUDA/CRÔNICA


Toxoplasmose
•Toxoplasma gondii
•Congênita
•Adquirida * assintomática
 ou mono-like
•* benigna e auto-limitada
•Adenite discreta não
 supurativa, persistente
 (meses)
•Cadeias Cervicais           Source: Patrick Hickey, MD, FAAP, DTMH, and
                             Michael Rajnik, MD
 Posteriores
OUTRAS CAUSAS
                   PARACOCCIDIODOIMICOSE

Paracoccidioides brasiliensis




                                           Consenso em paracoccidioidomicose http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v39n3/a17v39n3.pdf
– Forma aguda/subaguda
•Tipo Juvenil- Pico com 10-20 anos
•Área agrícola – Transmissão Aérea
•Instalação em 4-12 semanas

Quadro Clínico:
•Linfadenomegalia multípla
•Manifestações digestivas
•Hepatoesplenomegalia
•Ósteo-articular (Ex: Clavículas)
•Lesões cutâneas
OUTRAS CAUSAS
                     MEDICAMENTOSA


Pacientes em uso de
Fenitoína
• Reação Linfonodal multípla
• Aspecto Reacional
• Melhora gradativa com a
  descontinuidade da droga
• Outras drogas:
  Carbamazepina, alopurinol,
  atenolol, penicilinas,
  cefalosporinas, pirimetamina
  e sulfonamidas


                             Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 39(3):297-310, mai-jun, 200
ETIOLOGIAS - NEOPLÁSICAS



Tumores Cabeça e Pescoço



Até 6 anos de vida:



Após os 6 anos:
ETIOLOGIAS - NEOPLÁSICAS


Tumores Cabeça e Pescoço

•25% dos tumores malignos na infância


Até 6 anos de vida:



Após os 6 anos:
ETIOLOGIAS - NEOPLÁSICAS

Tumores Cabeça e Pescoço

Até 6 anos de vida:

 •Neuroblastoma
 •Leucemias Agudas
 •Rabdomiossarcoma
 •Linfoma não-Hogdkin.(Linfoma de Burkitt)
Após os 6 anos:
ETIOLOGIAS - NEOPLÁSICAS

Tumores Cabeça e Pescoço


Até 6 anos de vida:


Após os 6 anos:

 •Linfoma de Hogdkin é o mais frequente
 •Linfoma não-Hogdkin
 •Rabdomiossarcoma
SUSPEIÇÃO MALIGNIDADE


    Sinais de Alerta:
     • Palidez ou anemia ou pancitopenia
     • Febre persistente
     • Emagrecimento
     • Hepatoesplenomegalia
     • Gânglios: Aderidos a planos profundos ou à
       pele, coalescentes, endurecidos,
       supraclaviculares
     • Envolvimento mediastinal em RX/TC de Tórax
Tracy TF Jr, Muratore CS. Management of common head and neck masses. Semin Pediatr Surg. 2007;16(1):3-13.
CURIOSIDADE HISTÓRICA


Associação EBV e
Tumores:
• Linfoma de Burkitt
  Pop Africana Subsaariana
• Carcinoma de Nasofaringe
  Pop Asiática e Alasca
                             Denis Burkitt, cirurgião que trabalhava em Uganda,
                             descreveu pela primeira vez um linfoma que incidia
                             de maneira endêmica em certas regiões da África,
                             acometendo principalmente crianças
DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
                    Anamnese + Exame físico

                                                      Apresentações Clínicas


                                                                Unilateral

                                             Aguda
                 Localização                 (Dias)
                                                                Bilateral
Linfadenopatia     Local ou
    Cervical     Generalizada           Cronologia

                                          Crônica               Unilateral
                                        (Semana à
                                          meses)
                                                                Bilateral


                         Clínica Associada
APRESENTAÇÃO CLÍNICA

 Apresentação                     Comum                        Incomum
 Aguda Bilateral     Rhinovirus e Adenovirus        Roseola
                     Enterovirus                    Parvovirus B19
                     EBV & CMV
                     HSV
                     M. pneumoniae
                     Group A streptococcus

Aguda unilateral     Staphylococcus aureus          Group B streptococcus
                     Group A streptococcus          Tularemia
                     Anaerobic bacteria             Alpha streptococcus
                                                    Pasteurella multocida
                                                    Yersinia pestis

Crônica Unilateral   Nontuberculous Mycobacterium   Toxoplasmosis
                     Cat scratch disease            Tuberculosis
                                                    Actinomycosis


Crônica Bilateral    Epstein-Barr virus             HIV
                     Cytomegalovirus                Toxoplasmosis
                                                    Tuberculosis
                                                    Syphilis
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA

1) Aguda Bilateral: Auto-limitada(viral)

                                                  Exames:
Doença leve                                • HC (contagem de
                                             células)
•Suporte Sintomático                       • VHS/PCR
•Acompanhar evolução                       • TGO e TGP
                                           • Hemocultura
Severa, progressiva ou persistente         • PPD
                                           • Sorologia (EBV, CMV,
•Febre; > 6-8 semanas, sem melhora           HIV e conforme
                                             epidemiologia)
 ou com piora, solicitar:
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA

2) Aguda Unilateral:
                                              Grave
Leve
• Acompanhar
                                    •Febre, toxemia, flutuação
                                     + - celulite
Moderada                            •Hemocultura
• Febre, sem flutuação              •US (suspeita de abscesso)
• PAAF – Gram e cultura; BAAR       •Drenagem Gram e
• Hemocultura                        cultura – incluir
• Cultura de exsudato de pele e      micobactéria e fungo
  garganta (não confirma GAS)       •Biópsia Excisional
• Cultura – não exclui anaeróbios
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA


3) Subaguda/crônica:           Indicação de Biópsia:
• VHS e PCR
• PPD
                              • Ausência de resposta
  • 5-15mm – NTM ou TB
                                terapêutica
  • > 15mm – TB               • Adenite
  • Considerar aspecto e        supraclavicular ou
    evolução                    escalênica(Cervical
• Sorologias – B. henselae,     Profunda)
  tularemia, toxoplasmose     • Adenite de
• Não definição: Biópsia        crescimento rápido
  excisional
                              Diagnostic approach to and initial treatment of cervical lymphadenitis in
                              children; 2011 UpToDate.
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA


Biópsia Adequada
• Nunca biopsiar o linfonodo mais acessível, a não ser que seja o
  mais comprometido do ponto de vista clínico;
•Havendo possibilidade de escolha,
                            evitar a biópsia de linfonodos
 cervicais de cadeia profunda, minimizando a morbidade do
 procedimento;
• Retirar o linfonodo inteiro e reparti-lo em duas metades para fazer
  imprints (decalques) em lâminas;
• Enviar o material para o exame histopatológico com o pedido
  corretamente preenchido, com todas as informações clínicas e
  os resultados de exames laboratoriais.
SUSPEIÇÃO DIAGNÓSTICA
       POR LINFONODO ACOMETIDO



Cervical Posterior / Retroauriculares e Occipitais

Pré-auriculares

Cervicais Laterais e Profundos

Submentonianos e Submandibulares
SUSPEIÇÃO DIAGNÓSTICA
        POR LINFONODO ACOMETIDO


Cervical Posterior / Retroauriculares e Occipitais
• Lesões infecciosas do couro cabeludo, orelha externa,
  toxoplasmose e outras Mono-like
Pré-auriculares

Cervicais Laterais e Profundos

Submentonianos e Submandibulares
SUSPEIÇÃO DIAGNÓSTICA
       POR LINFONODO ACOMETIDO


Cervical Posterior / Retroauriculares e Occipitais

Pré-auriculares
• Orelha Externa ipsilateral
• Subluxação de articulação têmporo-mandibular
• Afecção da Parótida
Cervicais Laterais e Profundos

Submentonianos e Submandibulares
SUSPEIÇÃO DIAGNÓSTICA
       POR LINFONODO ACOMETIDO

Cervical Posterior / Retroauriculares e Occipitais

Pré-auriculares

Cervicais Laterais e Profundos
• Orofaringe
• Neoplasias laríngeas e tireoideanas,
• Hemopatias malignas,
• Granulomatoses: Sarcoidoses e Tuberculose
Submentonianos e Submandibulares
SUSPEIÇÃO DIAGNÓSTICA
        POR LINFONODO ACOMETIDO

Cervical Posterior / Retroauriculares e Occipitais

Pré-auriculares

Cervicais Laterais e Profundos

Submentonianos e Submandibulares
• Odontológicos e Orofaringe
• Lesões inflamatórias/neoplásicas de língua, lábios e
  glândulas salivares
• Paracoccidioidomicose
OUTROS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS


                        Cisto Tireoglosso(Mais comum)
Caxumba                 • Porção Medial do pescoço
                        • Cisto movel à mobilização da língua
•O edema da parótida
                        Cisto Dermóide
•Pode cruzar o ângulo   • Em geral mais sólido-cístico.
 da mandíbula.          • Calcificações à radiografia
                        • Cisto Imóvel à mobilização.
                        Cistos Branquiais(Raro)
                        • São encontrados na região pré-auricular
                          (anomalias da primeira fenda branquial)
                        • Na borda anterior do M. ECOM(anomalias da
                          segunda, terceira e quarta fendas branquiais).
RESUMINDO
TRATAMENTO
TRATAMENTO INICIAL

  Aguda bilateral:

• Acompanhar evolução – Tratamento conservador
• Doença severa, persistente ou progressiva – pesquisar e tratar conforme
  etiologia

  Aguda unilateral:

• Leve
  • Acompanhar
• Moderada
  • ATB VO
• Grave
  • ATB EV + drenagem cirúrgica
AGUDA UNILATERAL MODERADA


VO empírico: 10 a 14 dias

• Cefalexina 25-100mg.kg.dia 6x6h (máx. 4g)
• Clindamicina 30mg.kg.dia 6x6 ou 8x8h (máx.
  1.8g)
  • MRSA ou anaeróbios
• Resposta 1ªs 24-48 horas
  • Se não responder – PAAF e/ou drenagem
AGUDA UNILATERAL SEVERA


EV empírico:             Troca para VO
•Cefazolina50-           •Melhora clínica e
 100mg.kg.dia 8x8h        laboratorial - PCR/VHS
 (máx. 6g)               •Completar 10-14 dias
•Oxacilina
 150mg.kg.dia 6x6h       Falha terapêutica
 (máx. 12g)
•Clindamicina            •Considerar outras causas
 40mg.kg.di(máx. 4.8g)   •Incluir não-infecciosas:
•Associar Vancomicina     Neoplasicas, Metabólicas e
                          Auto-imunes
 se há ameaça à vida
 da criança
TRATAMENTO INICIAL


Subaguda/Crônica:

Doença da arranhadura do gato/Bartonellose
 • Caso suspeito não confirmado:
   • Mesmo tratamento da forma aguda unilateral
 • Caso confirmado:
   • Auto-limitado
   • Azitromicina, rifampIcina, gentamicina
Mycobacteria Atipica
 • Macrolídeo (Azitro ou claritromicina) + Etambutol/Rifabutina – quando excisão não
   é possível
 • Excisão cirúrgica – tratamento de escolha
 • Incisão + drenagem é contra-indicado pela grande chance de fistulização crônica
TESTES ADICIONAIS


Etiologia incerta; 6-8 semanas sem resposta
•Sorologias - EBV, CMV, HIV, Histoplasmose,
 paracoccidioidomicose, toxoplasmose, brucelose
•PAAF E Culturas
•Radiografia e TC de tórax
•Biópsia Excisional
PROGNÓSTICO

Remissão total em semanas na maioria

Reativação
•Predisposição à infecções
•Fonte não tratada (abscesso dentário)
Complicações
•Doença disseminada (micobactéria)
•Celulites e abscessos
•GNDA (GAS)
BIBLIOGRAFIA

1. Matos,LLD et al. Linfadenopatia cer vical na infância: etiologia, diagnóstico
   diferenciale terapêutica: [revisão] Arq. bras. ciênc. saúde;35(3), set-dez .
   2010.
2. Leung AK, Robson WL. Childhood cer vical lymphadenopathy. J Pediatr
   Health Care. 2004;1 8(1):3 -7.
3. Etiology and clinical manifestations of cer vical lymphadenitis in children;
   Swanson, S.D.; 2011 UpToDate .
4. Diagnostic approach to and initial treatment of cer vical lymphadenitis in
   children; ; Swanson , S.D.; 2011 UpToDate .
5. Consenso em paracoccidi oidomi cose -
   http://www.sciel o.br/pdf/r sbmt/v39n3/a17v39n3.pdf
Vídeo
Apresentação
                   QR CODES




                                   UptoDate




               Artigo de Revisão

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Semiologia do Aparelho Locomotor ll
Semiologia do Aparelho Locomotor llSemiologia do Aparelho Locomotor ll
Semiologia do Aparelho Locomotor llpauloalambert
 
Propedêutica dos ruidos cardiacos
Propedêutica dos ruidos cardiacosPropedêutica dos ruidos cardiacos
Propedêutica dos ruidos cardiacospauloalambert
 
Coqueluche
Coqueluche  Coqueluche
Coqueluche blogped1
 
Pneumonias adquiridas na comunidade
Pneumonias adquiridas na comunidadePneumonias adquiridas na comunidade
Pneumonias adquiridas na comunidadeFlávia Salame
 
IVAS na infância
IVAS na infânciaIVAS na infância
IVAS na infânciablogped1
 
Exame físico do sist. respiratório
Exame físico do sist. respiratórioExame físico do sist. respiratório
Exame físico do sist. respiratórioresenfe2013
 
Avaliação Cardiovascular
Avaliação CardiovascularAvaliação Cardiovascular
Avaliação Cardiovascularresenfe2013
 
Crise Convulsiva Febril
Crise Convulsiva Febril Crise Convulsiva Febril
Crise Convulsiva Febril Brenda Lahlou
 
Semiologia Básica: Exame Físico Neurológico
Semiologia Básica: Exame Físico NeurológicoSemiologia Básica: Exame Físico Neurológico
Semiologia Básica: Exame Físico NeurológicoDr. Rafael Higashi
 
Sindromes diarreicas 2019
Sindromes diarreicas 2019 Sindromes diarreicas 2019
Sindromes diarreicas 2019 pauloalambert
 
Aula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - Adriana
Aula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - AdrianaAula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - Adriana
Aula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - AdrianaSMS - Petrópolis
 
Porto exame clinico (roteiros) - 7 ª ed
Porto    exame clinico (roteiros) - 7 ª edPorto    exame clinico (roteiros) - 7 ª ed
Porto exame clinico (roteiros) - 7 ª edInglid Fontoura
 
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...Alexandre Naime Barbosa
 

Mais procurados (20)

Semiologia do Aparelho Locomotor ll
Semiologia do Aparelho Locomotor llSemiologia do Aparelho Locomotor ll
Semiologia do Aparelho Locomotor ll
 
Poliomielite
Poliomielite Poliomielite
Poliomielite
 
Propedêutica dos ruidos cardiacos
Propedêutica dos ruidos cardiacosPropedêutica dos ruidos cardiacos
Propedêutica dos ruidos cardiacos
 
Coqueluche
Coqueluche  Coqueluche
Coqueluche
 
Pneumonias adquiridas na comunidade
Pneumonias adquiridas na comunidadePneumonias adquiridas na comunidade
Pneumonias adquiridas na comunidade
 
Síndrome piramidal
Síndrome piramidalSíndrome piramidal
Síndrome piramidal
 
IVAS na infância
IVAS na infânciaIVAS na infância
IVAS na infância
 
Exame físico do sist. respiratório
Exame físico do sist. respiratórioExame físico do sist. respiratório
Exame físico do sist. respiratório
 
Avaliação Cardiovascular
Avaliação CardiovascularAvaliação Cardiovascular
Avaliação Cardiovascular
 
Síndromes neurológicas
Síndromes neurológicasSíndromes neurológicas
Síndromes neurológicas
 
Aula teorica do torax
Aula teorica do toraxAula teorica do torax
Aula teorica do torax
 
Crise Convulsiva Febril
Crise Convulsiva Febril Crise Convulsiva Febril
Crise Convulsiva Febril
 
Semiologia Básica: Exame Físico Neurológico
Semiologia Básica: Exame Físico NeurológicoSemiologia Básica: Exame Físico Neurológico
Semiologia Básica: Exame Físico Neurológico
 
Diagnóstico clínico
Diagnóstico clínicoDiagnóstico clínico
Diagnóstico clínico
 
Sindromes diarreicas 2019
Sindromes diarreicas 2019 Sindromes diarreicas 2019
Sindromes diarreicas 2019
 
Aula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - Adriana
Aula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - AdrianaAula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - Adriana
Aula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - Adriana
 
Porto exame clinico (roteiros) - 7 ª ed
Porto    exame clinico (roteiros) - 7 ª edPorto    exame clinico (roteiros) - 7 ª ed
Porto exame clinico (roteiros) - 7 ª ed
 
Sífilis Congênita
Sífilis CongênitaSífilis Congênita
Sífilis Congênita
 
TUBERCULOSE
TUBERCULOSETUBERCULOSE
TUBERCULOSE
 
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...
 

Semelhante a Linfadenopatias cervicais na infância

Seminário Estomatologia - Infecções virais e Lesões Aftosas
Seminário Estomatologia - Infecções virais e Lesões AftosasSeminário Estomatologia - Infecções virais e Lesões Aftosas
Seminário Estomatologia - Infecções virais e Lesões AftosasDario Hart
 
Micoses pulmonares e sistemicas
Micoses pulmonares e sistemicasMicoses pulmonares e sistemicas
Micoses pulmonares e sistemicasManzelio Cavazzana
 
Doencasbacterianas_fungicas_virais_20231128084835 (1) (1).pptx
Doencasbacterianas_fungicas_virais_20231128084835 (1) (1).pptxDoencasbacterianas_fungicas_virais_20231128084835 (1) (1).pptx
Doencasbacterianas_fungicas_virais_20231128084835 (1) (1).pptxEricleneFarias
 
Aula de digestivo parte 2
Aula de digestivo parte 2Aula de digestivo parte 2
Aula de digestivo parte 2Raimundo Tostes
 
Formas de contágios de doenças infeciosas
Formas de contágios de doenças infeciosasFormas de contágios de doenças infeciosas
Formas de contágios de doenças infeciosassalgadokk
 
Tuberculose infantil pdf
Tuberculose infantil pdfTuberculose infantil pdf
Tuberculose infantil pdfJuliana Ledur
 
Mononucleose Infecciosa
Mononucleose InfecciosaMononucleose Infecciosa
Mononucleose Infecciosablogped1
 
Tosse na infância
Tosse na infânciaTosse na infância
Tosse na infânciablogped1
 
Criação de bezerras de leite
Criação de bezerras de leiteCriação de bezerras de leite
Criação de bezerras de leiteMarília Gomes
 
Linfadenopatia semiologia HSF
Linfadenopatia semiologia HSF Linfadenopatia semiologia HSF
Linfadenopatia semiologia HSF FelipeMaia101
 
Protocolo-ijuuhhjhjhuuuuuuuuuuuuuuuuuuh.ppt
Protocolo-ijuuhhjhjhuuuuuuuuuuuuuuuuuuh.pptProtocolo-ijuuhhjhjhuuuuuuuuuuuuuuuuuuh.ppt
Protocolo-ijuuhhjhjhuuuuuuuuuuuuuuuuuuh.pptLeonardoFicoto
 

Semelhante a Linfadenopatias cervicais na infância (20)

Seminário Estomatologia - Infecções virais e Lesões Aftosas
Seminário Estomatologia - Infecções virais e Lesões AftosasSeminário Estomatologia - Infecções virais e Lesões Aftosas
Seminário Estomatologia - Infecções virais e Lesões Aftosas
 
Adenomegalia
AdenomegaliaAdenomegalia
Adenomegalia
 
Infeccoes perinatais torch
Infeccoes perinatais torchInfeccoes perinatais torch
Infeccoes perinatais torch
 
Doenças Exantemáticas.pptx
Doenças Exantemáticas.pptxDoenças Exantemáticas.pptx
Doenças Exantemáticas.pptx
 
Amigdalite ppt
Amigdalite pptAmigdalite ppt
Amigdalite ppt
 
Micoses pulmonares e sistemicas
Micoses pulmonares e sistemicasMicoses pulmonares e sistemicas
Micoses pulmonares e sistemicas
 
Doencasbacterianas_fungicas_virais_20231128084835 (1) (1).pptx
Doencasbacterianas_fungicas_virais_20231128084835 (1) (1).pptxDoencasbacterianas_fungicas_virais_20231128084835 (1) (1).pptx
Doencasbacterianas_fungicas_virais_20231128084835 (1) (1).pptx
 
Aula de digestivo parte 2
Aula de digestivo parte 2Aula de digestivo parte 2
Aula de digestivo parte 2
 
Publicacao 107
Publicacao 107Publicacao 107
Publicacao 107
 
Formas de contágios de doenças infeciosas
Formas de contágios de doenças infeciosasFormas de contágios de doenças infeciosas
Formas de contágios de doenças infeciosas
 
Tuberculose infantil pdf
Tuberculose infantil pdfTuberculose infantil pdf
Tuberculose infantil pdf
 
Mononucleose Infecciosa
Mononucleose InfecciosaMononucleose Infecciosa
Mononucleose Infecciosa
 
Pneumonias
PneumoniasPneumonias
Pneumonias
 
Diarreia viral bovina
Diarreia viral bovinaDiarreia viral bovina
Diarreia viral bovina
 
Tosse na infância
Tosse na infânciaTosse na infância
Tosse na infância
 
Criação de bezerras de leite
Criação de bezerras de leiteCriação de bezerras de leite
Criação de bezerras de leite
 
Dst
DstDst
Dst
 
Linfadenopatia semiologia HSF
Linfadenopatia semiologia HSF Linfadenopatia semiologia HSF
Linfadenopatia semiologia HSF
 
Aula 10: Dr. Mário de Paula (Oncologista Pediátrico)
 Aula 10: Dr. Mário de Paula (Oncologista Pediátrico)  Aula 10: Dr. Mário de Paula (Oncologista Pediátrico)
Aula 10: Dr. Mário de Paula (Oncologista Pediátrico)
 
Protocolo-ijuuhhjhjhuuuuuuuuuuuuuuuuuuh.ppt
Protocolo-ijuuhhjhjhuuuuuuuuuuuuuuuuuuh.pptProtocolo-ijuuhhjhjhuuuuuuuuuuuuuuuuuuh.ppt
Protocolo-ijuuhhjhjhuuuuuuuuuuuuuuuuuuh.ppt
 

Mais de Dario Hart

Sessão Clínico 6 - Lesão Cística Assoalho Oral
Sessão Clínico 6 - Lesão Cística Assoalho OralSessão Clínico 6 - Lesão Cística Assoalho Oral
Sessão Clínico 6 - Lesão Cística Assoalho OralDario Hart
 
Sessão Clínica - Otorréia Crônica
Sessão Clínica - Otorréia CrônicaSessão Clínica - Otorréia Crônica
Sessão Clínica - Otorréia CrônicaDario Hart
 
Tontura no idoso e doença de Ménière
Tontura no idoso e doença de MénièreTontura no idoso e doença de Ménière
Tontura no idoso e doença de MénièreDario Hart
 
Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...
Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...
Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...Dario Hart
 
Otite Média Aguda e Otite Média Com Efusão (Serosa)
Otite Média Aguda e Otite Média Com Efusão (Serosa)Otite Média Aguda e Otite Média Com Efusão (Serosa)
Otite Média Aguda e Otite Média Com Efusão (Serosa)Dario Hart
 
Doenças crônicas – Pressão Alta
Doenças crônicas – Pressão Alta Doenças crônicas – Pressão Alta
Doenças crônicas – Pressão Alta Dario Hart
 
Orelha interna
Orelha internaOrelha interna
Orelha internaDario Hart
 
Orelha externa
Orelha externaOrelha externa
Orelha externaDario Hart
 
Casos clinicos -Nasosinusal
Casos clinicos -NasosinusalCasos clinicos -Nasosinusal
Casos clinicos -NasosinusalDario Hart
 
Abordagem Cirúrgica - Trauma Abdominal
Abordagem Cirúrgica - Trauma AbdominalAbordagem Cirúrgica - Trauma Abdominal
Abordagem Cirúrgica - Trauma AbdominalDario Hart
 

Mais de Dario Hart (12)

Sessão Clínico 6 - Lesão Cística Assoalho Oral
Sessão Clínico 6 - Lesão Cística Assoalho OralSessão Clínico 6 - Lesão Cística Assoalho Oral
Sessão Clínico 6 - Lesão Cística Assoalho Oral
 
Sessão Clínica - Otorréia Crônica
Sessão Clínica - Otorréia CrônicaSessão Clínica - Otorréia Crônica
Sessão Clínica - Otorréia Crônica
 
Tontura no idoso e doença de Ménière
Tontura no idoso e doença de MénièreTontura no idoso e doença de Ménière
Tontura no idoso e doença de Ménière
 
Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...
Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...
Fistulas Perilinfáticas, Paralisias Faciais Periféricas e Trauma do Osso Temp...
 
Otite Média Aguda e Otite Média Com Efusão (Serosa)
Otite Média Aguda e Otite Média Com Efusão (Serosa)Otite Média Aguda e Otite Média Com Efusão (Serosa)
Otite Média Aguda e Otite Média Com Efusão (Serosa)
 
Doenças crônicas – Pressão Alta
Doenças crônicas – Pressão Alta Doenças crônicas – Pressão Alta
Doenças crônicas – Pressão Alta
 
Orelha interna
Orelha internaOrelha interna
Orelha interna
 
Orelha externa
Orelha externaOrelha externa
Orelha externa
 
Laringe
LaringeLaringe
Laringe
 
Casos clinicos -Nasosinusal
Casos clinicos -NasosinusalCasos clinicos -Nasosinusal
Casos clinicos -Nasosinusal
 
Abordagem Cirúrgica - Trauma Abdominal
Abordagem Cirúrgica - Trauma AbdominalAbordagem Cirúrgica - Trauma Abdominal
Abordagem Cirúrgica - Trauma Abdominal
 
Climatério
ClimatérioClimatério
Climatério
 

Último

8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeitotatianehilda
 
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDFRenascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDFRafaelaMartins72608
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do séculoBiblioteca UCS
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxMarcosLemes28
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLidianePaulaValezi
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdfmarlene54545
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdfjacquescardosodias
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...DirceuNascimento5
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...marcelafinkler
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docPauloHenriqueGarciaM
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Centro Jacques Delors
 

Último (20)

8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDFRenascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 

Linfadenopatias cervicais na infância

  • 1. LINFADENOPATIAS CERVICAIS ETIOLOGIAS, DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL & TERAPÊUTICA Internato de Pediatria - HMMC Interno: Dario Hart Signorini Prof: Maria Aparecida Ribeiro Leite
  • 2. INTRODUÇÃO Linfonodos cervicais palpáveis: Na maioria dos casos: Ocasionalmente:
  • 3. INTRODUÇÃO Linfonodos cervicais palpáveis: • Extremamente comuns na infância. • Presentes em até 38 a 45% das crianças normais Na maioria dos casos: Ocasionalmente:
  • 4. INTRODUÇÃO Linfonodos cervicais palpáveis: Na maioria dos casos: • Processo Infeccioso Local • Processo Infeccioso Generalizado Ocasionalmente:
  • 5. INTRODUÇÃO Linfonodos cervicais palpáveis: Na maioria dos casos: Ocasionalmente: • Neoplasia • Auto-imunidade • Distúrbio Metabólico
  • 7. CONCEITOS Linfadenopatia ou adenopatia: • Aumento e/ou inflamação do linfonodo. Linfadenite ou adenite: • Aumento E Inflamação do linfonodo. Hiperplasia reacional • Maior causa de Linfadenopatia na pediatria. Mais que 80% das adenites cervicais envolvem cadeia submandibular e/ou cervical posterior.
  • 8. IMPORTÂNCIA MÉDICA Linfadenopatia cervical Doença Doença Benigna Maligna
  • 9. ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA Localização: Superficiais x Profundos Fisiopatologia: 1. Leung AK, Robson WL. Childhood cervical lymphadenopathy. J Pediatr Health Care. 2004;18(1):3-7.
  • 10. ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA Localização: • Cabeça e Pescoço (ex: Faringoamigdalite bacteriana) • Doença Sistêmica(Ex: Mononucleose Infecciosa) Superficiais x Profundos Fisiopatologia: 1. Leung AK, Robson WL. Childhood cervical lymphadenopathy. J Pediatr Health Care. 2004;18(1):3-7.
  • 11. ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA Localização: Superficiais x Profundos • Linfonodos superficiais = Injúrias epiteliais (Mucosas oral e nasal, pele) • Linfonodos profundos =Injúrias mais centrais( Orelha média, Faringe Posterior) Fisiopatologia: 1. Leung AK, Robson WL. Childhood cervical lymphadenopathy. J Pediatr Health Care. 2004;18(1):3-7.
  • 12. ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA Localização: Superficiais x Profundos Fisiopatologia: • Proliferação normal de células imunes(Ex: APCs Linfócitos B e T) • Infiltração por células extrínsecas (Ex: Neutrófilos e Céls malignas) 1. Leung AK, Robson WL. Childhood cervical lymphadenopathy. J Pediatr Health Care. 2004;18(1):3-7.
  • 14. ANAMNESE & EXAME FÍSICO
  • 15. ANAMNESE Evolução , Lateralidade, Tamanho: •Agudo x Crônico •Unilateral x Bilateral •Cresceu?Diminuiu? Sintomas Associados •Dor, Perda de peso, febre, artralgia, conjuntivite, rash Contatos com pessoas doentes: •Infecção respiratória viral(Rhinovirus, adenovirus) •CMV, EBV, Strepto B-hem grupo A(GAS em inglês) •TB Infecção Alimentar: •Leite não pasteurizado. (Brucelose, M. bovis) •Carne mal cozida (Toxoplasmose)
  • 16. ANAMNESE Problemas dentais: •Anaeróbios Lesões na pele/Trauma: •S aureus, GAS, arranhadura do gato Exposição animal: •Arranhadura do gato e Toxoplasmose (Gatos) •Brucelose (Caprinos)
  • 17. ANAMNESE Carteira Vacinação: • Difteria, Sarampo e Rubéola Medicações: • Fenitoína, Carbamazepina Localização geográfica e Viagens: • Tuberculose
  • 18. EXAME FÍSICO Geral: Desnutrição ou distúrbios de crescimento Cadeias linfonodais: Os linfonodos palpáveis: Pesquisa obrigatória.
  • 19. EXAME FÍSICO Geral: Desnutrição ou distúrbios de crescimento • Tuberculose • Malignidade • Imunodeficiência Cadeias linfonodais: Os linfonodos palpáveis: Pesquisa obrigatória.
  • 20. EXAME FÍSICO Geral: Desnutrição ou distúrbios de crescimento Cadeias linfonodais: • Única, Local • Múltiplas, Generalizada Os linfonodos palpáveis: Pesquisa obrigatória.
  • 21. EXAME FÍSICO Geral: Desnutrição ou distúrbios de crescimento Cadeias linfonodais: Os linfonodos palpáveis: Pesquisa obrigatória. • Medir tamanho para comparações futuras. • Flogose • Mobilidade & Consistência • Flutuação & Confluência
  • 22. EXAME FISICO – DESCRIÇÃO LINFONODAL Linfonodos Reativos Linfonodos Infectados: Linfonodo Maligno
  • 23. EXAME FÍSICO – DESCRIÇÃO LINFONODAL Linfonodos Reativos • Pequenos, multíplos, movéis e fibroelásticos. Linfonodos Infectados: Linfonodo Maligno
  • 24. EXAME FISICO – DESCRIÇÃO LINFONODAL Linfonodos Reativos Linfonodos Infectados: • Isolados,únicos, assimétricos, sinais flogísticos • Flutuação • Menor mobilidade Linfonodo Maligno
  • 25. EXAME FISICO – DESCRIÇÃO LINFONODAL Linfonodos Reativos Linfonodos Infectados: Linfonodo Maligno • Duros • Fixos e/ou aderidos • Grandes ou Crescimento progressivo.
  • 28. ETIOLOGIAS PEDIÁTRICAS Em crianças e adolescentes: •75% - Infecciosas e/ou Inflamatórias •>20% - Alteração desenvolvimento embrionário •Cistos, Lifangiomas e Hemangiomas •>5% Neoplasias
  • 29. ETIOLOGIAS - INFECCIOSAS Infeccção Agente/Doença Bacterias Staphylococcus aureus Streptococcus β-hemolítico do grupo-A Anaeróbios Difteria Doença da arranhadura do gato Micobactérias atípicas Tuberculose Vírus Infecções virais de vias aéreas superiores Epstein-Barr vírus, Citomegalovirus Rubéola Varicella-zoster vírus Herpes simplex Coxsackievirus HIV Protozoários Doença de Chagas Toxoplasmose Parasitas Miíase Pediculose Fungos Paracocidiodomicose Histoplasmose
  • 30. Etiologias – Faixa Etária Faixa Etária Micro-organismos Neonatos • Staphylococcus aureus • Streptococcus do grupo B (Streptococcus agalactiae) Até 1 ano • Staphylococcus aureus • Streptococcus do grupo B (Streptococcus agalactiae) 1 a 4 anos • Staphylococcus aureus • Strepto β– hemolítico do grupo A • Micobactéria atípica(M Avium) 5 a 15 anos • Bactérias anaeróbicas • Toxoplasmose • Doença da arranhadura do gato • Tuberculose
  • 31. FORMA AGUDA BILATERAL A mais comuns - Autolimitadas Outras: Vírus VAS Faringite pelo Mycoplasma •Rhinovirus, Adenovírus e etc. pneumoniae •Inflamação de garganta, rinorréia, congestão nasal, tosse Linfonodo: Gengivoestomatite herpética •Pequeno, elástico, móvel, sem flogose EBV e CMV GAS (Streptococcus grupo A): •Faringites •Mais associados à forma generalizada e subaguda /crônica
  • 32. FORMA AGUDA UNILATERAL S.aureus e GAS •40-80% * < 05 anos •História de impetigo e/ou infecção de pele •Febre, taquicardia, mal- estar, sem toxemia •Linfonodos 3-6cm, com flogose, menos móvel, + - flutuação(até 30%)
  • 33. FORMA AGUDA UNILATERAL Streptococcus grupo B •Lactentes •Manifestação tardia da infecção(3ª - 7ª semana) •Febre, irritação, recusa alimentar •Eritema facial/inchaço submandibular, margens mal definidas •Bacteremia Lactente com adenite por GBS; Medical Discussion Forum
  • 34. FORMA AGUDA UNILATERAL Anaeróbios • Crianças mais velhas com afecções dentárias Tularemia • Francisella tularensis • Animais infectados (coelhos, hamster) ou mordedura de artrópodes (ácaros) • Lesão papular na área do linfonodo inflamado
  • 35. FORMA BILATERAL SUBAGUDA/CRÔNICA EBV e CMV •Mononucleose ou “Mono-like” •Febre, faringite exsudativa, linfadenopatia generalizada, hepatoesplenomegalia •Predomínio de linfócitos – linfócitos atípicos > 10% •Toxoplasmose, HIV, Sífilis, Tuberculose Atípia Linfocitária – Cél de Downy
  • 36. FORMA UNILATERAL SUBAGUDA/CRÔNICA Micobactéria não tuberculosa – NTM •Complexo Mycobacterium avim •Aumento + insidioso(semanas) •Submandibular •Róseo violáceo •Dor e febre são incomuns •Drenagem purulenta + tardia
  • 37. FORMA UNILATERAL SUBAGUDA/CRÔNICA Arranhadura do gato •Bartonella henselae(Bartonellose) •Nódulo satélite quente e eritematoso Sd. Parinaud:local da inoculação •Pápula no •Febre e sintomas sistêmicos Conjuntivite em30% por 4-6 semanas – Adenite ipsilateral(submandibular adenopatia por meses (pode ousupurar) periauricular)
  • 38. FORMA UNILATERAL OU BILATERAL SUBAGUDA/CRÔNICA Tuberculose • Extensão de nódulos peritraqueais (submandibulares) ou pleura apical (supraclaviculares) • Coalescência e Fistulização • Emagrecimento http://www2.bago.com.bo/sbp/revista_ped/vol41_2/imagenes/Image10.jpg
  • 39. FORMA UNILATERAL SUBAGUDA/CRÔNICA Toxoplasmose •Toxoplasma gondii •Congênita •Adquirida * assintomática ou mono-like •* benigna e auto-limitada •Adenite discreta não supurativa, persistente (meses) •Cadeias Cervicais Source: Patrick Hickey, MD, FAAP, DTMH, and Michael Rajnik, MD Posteriores
  • 40. OUTRAS CAUSAS PARACOCCIDIODOIMICOSE Paracoccidioides brasiliensis Consenso em paracoccidioidomicose http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v39n3/a17v39n3.pdf – Forma aguda/subaguda •Tipo Juvenil- Pico com 10-20 anos •Área agrícola – Transmissão Aérea •Instalação em 4-12 semanas Quadro Clínico: •Linfadenomegalia multípla •Manifestações digestivas •Hepatoesplenomegalia •Ósteo-articular (Ex: Clavículas) •Lesões cutâneas
  • 41. OUTRAS CAUSAS MEDICAMENTOSA Pacientes em uso de Fenitoína • Reação Linfonodal multípla • Aspecto Reacional • Melhora gradativa com a descontinuidade da droga • Outras drogas: Carbamazepina, alopurinol, atenolol, penicilinas, cefalosporinas, pirimetamina e sulfonamidas Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 39(3):297-310, mai-jun, 200
  • 42. ETIOLOGIAS - NEOPLÁSICAS Tumores Cabeça e Pescoço Até 6 anos de vida: Após os 6 anos:
  • 43. ETIOLOGIAS - NEOPLÁSICAS Tumores Cabeça e Pescoço •25% dos tumores malignos na infância Até 6 anos de vida: Após os 6 anos:
  • 44. ETIOLOGIAS - NEOPLÁSICAS Tumores Cabeça e Pescoço Até 6 anos de vida: •Neuroblastoma •Leucemias Agudas •Rabdomiossarcoma •Linfoma não-Hogdkin.(Linfoma de Burkitt) Após os 6 anos:
  • 45. ETIOLOGIAS - NEOPLÁSICAS Tumores Cabeça e Pescoço Até 6 anos de vida: Após os 6 anos: •Linfoma de Hogdkin é o mais frequente •Linfoma não-Hogdkin •Rabdomiossarcoma
  • 46. SUSPEIÇÃO MALIGNIDADE Sinais de Alerta: • Palidez ou anemia ou pancitopenia • Febre persistente • Emagrecimento • Hepatoesplenomegalia • Gânglios: Aderidos a planos profundos ou à pele, coalescentes, endurecidos, supraclaviculares • Envolvimento mediastinal em RX/TC de Tórax Tracy TF Jr, Muratore CS. Management of common head and neck masses. Semin Pediatr Surg. 2007;16(1):3-13.
  • 47. CURIOSIDADE HISTÓRICA Associação EBV e Tumores: • Linfoma de Burkitt Pop Africana Subsaariana • Carcinoma de Nasofaringe Pop Asiática e Alasca Denis Burkitt, cirurgião que trabalhava em Uganda, descreveu pela primeira vez um linfoma que incidia de maneira endêmica em certas regiões da África, acometendo principalmente crianças
  • 49. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Anamnese + Exame físico Apresentações Clínicas Unilateral Aguda Localização (Dias) Bilateral Linfadenopatia Local ou Cervical Generalizada Cronologia Crônica Unilateral (Semana à meses) Bilateral Clínica Associada
  • 50. APRESENTAÇÃO CLÍNICA Apresentação Comum Incomum Aguda Bilateral Rhinovirus e Adenovirus Roseola Enterovirus Parvovirus B19 EBV & CMV HSV M. pneumoniae Group A streptococcus Aguda unilateral Staphylococcus aureus Group B streptococcus Group A streptococcus Tularemia Anaerobic bacteria Alpha streptococcus Pasteurella multocida Yersinia pestis Crônica Unilateral Nontuberculous Mycobacterium Toxoplasmosis Cat scratch disease Tuberculosis Actinomycosis Crônica Bilateral Epstein-Barr virus HIV Cytomegalovirus Toxoplasmosis Tuberculosis Syphilis
  • 51. ABORDAGEM DIAGNÓSTICA 1) Aguda Bilateral: Auto-limitada(viral) Exames: Doença leve • HC (contagem de células) •Suporte Sintomático • VHS/PCR •Acompanhar evolução • TGO e TGP • Hemocultura Severa, progressiva ou persistente • PPD • Sorologia (EBV, CMV, •Febre; > 6-8 semanas, sem melhora HIV e conforme epidemiologia) ou com piora, solicitar:
  • 52. ABORDAGEM DIAGNÓSTICA 2) Aguda Unilateral: Grave Leve • Acompanhar •Febre, toxemia, flutuação + - celulite Moderada •Hemocultura • Febre, sem flutuação •US (suspeita de abscesso) • PAAF – Gram e cultura; BAAR •Drenagem Gram e • Hemocultura cultura – incluir • Cultura de exsudato de pele e micobactéria e fungo garganta (não confirma GAS) •Biópsia Excisional • Cultura – não exclui anaeróbios
  • 53. ABORDAGEM DIAGNÓSTICA 3) Subaguda/crônica: Indicação de Biópsia: • VHS e PCR • PPD • Ausência de resposta • 5-15mm – NTM ou TB terapêutica • > 15mm – TB • Adenite • Considerar aspecto e supraclavicular ou evolução escalênica(Cervical • Sorologias – B. henselae, Profunda) tularemia, toxoplasmose • Adenite de • Não definição: Biópsia crescimento rápido excisional Diagnostic approach to and initial treatment of cervical lymphadenitis in children; 2011 UpToDate.
  • 54. ABORDAGEM DIAGNÓSTICA Biópsia Adequada • Nunca biopsiar o linfonodo mais acessível, a não ser que seja o mais comprometido do ponto de vista clínico; •Havendo possibilidade de escolha, evitar a biópsia de linfonodos cervicais de cadeia profunda, minimizando a morbidade do procedimento; • Retirar o linfonodo inteiro e reparti-lo em duas metades para fazer imprints (decalques) em lâminas; • Enviar o material para o exame histopatológico com o pedido corretamente preenchido, com todas as informações clínicas e os resultados de exames laboratoriais.
  • 55. SUSPEIÇÃO DIAGNÓSTICA POR LINFONODO ACOMETIDO Cervical Posterior / Retroauriculares e Occipitais Pré-auriculares Cervicais Laterais e Profundos Submentonianos e Submandibulares
  • 56. SUSPEIÇÃO DIAGNÓSTICA POR LINFONODO ACOMETIDO Cervical Posterior / Retroauriculares e Occipitais • Lesões infecciosas do couro cabeludo, orelha externa, toxoplasmose e outras Mono-like Pré-auriculares Cervicais Laterais e Profundos Submentonianos e Submandibulares
  • 57. SUSPEIÇÃO DIAGNÓSTICA POR LINFONODO ACOMETIDO Cervical Posterior / Retroauriculares e Occipitais Pré-auriculares • Orelha Externa ipsilateral • Subluxação de articulação têmporo-mandibular • Afecção da Parótida Cervicais Laterais e Profundos Submentonianos e Submandibulares
  • 58. SUSPEIÇÃO DIAGNÓSTICA POR LINFONODO ACOMETIDO Cervical Posterior / Retroauriculares e Occipitais Pré-auriculares Cervicais Laterais e Profundos • Orofaringe • Neoplasias laríngeas e tireoideanas, • Hemopatias malignas, • Granulomatoses: Sarcoidoses e Tuberculose Submentonianos e Submandibulares
  • 59. SUSPEIÇÃO DIAGNÓSTICA POR LINFONODO ACOMETIDO Cervical Posterior / Retroauriculares e Occipitais Pré-auriculares Cervicais Laterais e Profundos Submentonianos e Submandibulares • Odontológicos e Orofaringe • Lesões inflamatórias/neoplásicas de língua, lábios e glândulas salivares • Paracoccidioidomicose
  • 60. OUTROS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Cisto Tireoglosso(Mais comum) Caxumba • Porção Medial do pescoço • Cisto movel à mobilização da língua •O edema da parótida Cisto Dermóide •Pode cruzar o ângulo • Em geral mais sólido-cístico. da mandíbula. • Calcificações à radiografia • Cisto Imóvel à mobilização. Cistos Branquiais(Raro) • São encontrados na região pré-auricular (anomalias da primeira fenda branquial) • Na borda anterior do M. ECOM(anomalias da segunda, terceira e quarta fendas branquiais).
  • 63. TRATAMENTO INICIAL Aguda bilateral: • Acompanhar evolução – Tratamento conservador • Doença severa, persistente ou progressiva – pesquisar e tratar conforme etiologia Aguda unilateral: • Leve • Acompanhar • Moderada • ATB VO • Grave • ATB EV + drenagem cirúrgica
  • 64. AGUDA UNILATERAL MODERADA VO empírico: 10 a 14 dias • Cefalexina 25-100mg.kg.dia 6x6h (máx. 4g) • Clindamicina 30mg.kg.dia 6x6 ou 8x8h (máx. 1.8g) • MRSA ou anaeróbios • Resposta 1ªs 24-48 horas • Se não responder – PAAF e/ou drenagem
  • 65. AGUDA UNILATERAL SEVERA EV empírico: Troca para VO •Cefazolina50- •Melhora clínica e 100mg.kg.dia 8x8h laboratorial - PCR/VHS (máx. 6g) •Completar 10-14 dias •Oxacilina 150mg.kg.dia 6x6h Falha terapêutica (máx. 12g) •Clindamicina •Considerar outras causas 40mg.kg.di(máx. 4.8g) •Incluir não-infecciosas: •Associar Vancomicina Neoplasicas, Metabólicas e Auto-imunes se há ameaça à vida da criança
  • 66. TRATAMENTO INICIAL Subaguda/Crônica: Doença da arranhadura do gato/Bartonellose • Caso suspeito não confirmado: • Mesmo tratamento da forma aguda unilateral • Caso confirmado: • Auto-limitado • Azitromicina, rifampIcina, gentamicina Mycobacteria Atipica • Macrolídeo (Azitro ou claritromicina) + Etambutol/Rifabutina – quando excisão não é possível • Excisão cirúrgica – tratamento de escolha • Incisão + drenagem é contra-indicado pela grande chance de fistulização crônica
  • 67. TESTES ADICIONAIS Etiologia incerta; 6-8 semanas sem resposta •Sorologias - EBV, CMV, HIV, Histoplasmose, paracoccidioidomicose, toxoplasmose, brucelose •PAAF E Culturas •Radiografia e TC de tórax •Biópsia Excisional
  • 68. PROGNÓSTICO Remissão total em semanas na maioria Reativação •Predisposição à infecções •Fonte não tratada (abscesso dentário) Complicações •Doença disseminada (micobactéria) •Celulites e abscessos •GNDA (GAS)
  • 69. BIBLIOGRAFIA 1. Matos,LLD et al. Linfadenopatia cer vical na infância: etiologia, diagnóstico diferenciale terapêutica: [revisão] Arq. bras. ciênc. saúde;35(3), set-dez . 2010. 2. Leung AK, Robson WL. Childhood cer vical lymphadenopathy. J Pediatr Health Care. 2004;1 8(1):3 -7. 3. Etiology and clinical manifestations of cer vical lymphadenitis in children; Swanson, S.D.; 2011 UpToDate . 4. Diagnostic approach to and initial treatment of cer vical lymphadenitis in children; ; Swanson , S.D.; 2011 UpToDate . 5. Consenso em paracoccidi oidomi cose - http://www.sciel o.br/pdf/r sbmt/v39n3/a17v39n3.pdf
  • 70.
  • 71. Vídeo Apresentação QR CODES UptoDate Artigo de Revisão