1. Otorrinolaringologia 7ª aula
Casos Clínicos – Naso Sinusal
# Caso 1 #
Paciente sexo masculino, 16 anos, estudante.
Q.P: Obstrução nasal
HDA: Paciente com queixa de obstrução nasal esquerda, há um ano, progressiva e com leve
coriza ipsilateral nas últimas semanas. Também refere dois episódios de epistaxe severa
controladas com tamponamento anterior e posterior, e na última precisando reposição
sanguínea.
HPP: NDN
EX. FÍSICO: Rinoscopia anterior: mucosa nasal normocorada sem secreções, septo
centrado, cornetos normotróficos, massa escura e de consistência amolecida na fossa nasal
esquerda. Cavidade oral e orofaringe sem alterações. Otoscopia: orelha esquerda
apresentando retração de membrana timpânica, e nível líquido. Resto Ok.
1. Diagnóstico provável?
• Nasoangiofibroma juvenil, baseado na história clinica, faixa etária e sexo, com
quadro progressivo, sangrando (origem vascular)
o Pode advir da Rinofaringe
o Tu vascular = pedículo vascular na junção das lâminas pterigóides, na
inserção da art. esfeno palatino.
• Por que da retenção e nível hidroaéreo?
o Porque a massa está ocupando a tuba auditiva, fazendo compressão
extrínseca, com obstrução do óstio tubário. O nível ocorre por aumento da
produção mucóide Rahn
2. Exames complementares necessários?
• Endoscopia Nasosinusal SEM BIOSIA (não se biopsia lesão vascular)
• TC (estadiamento)
o Lesão pode comprimir e destruir seios da face
• AngioTC
o Pode ser útil em pré op, por poder fazer embolização
3. Diagnóstico diferencial
• Tumor maligno de nasofaringe, Hemangioma, Polipose ou Pólipo de Killian
(antrocoanal), por surgir na base posterior do assoalho do seio maxilar, ganhando a
fossa (para frente ou para trás)
o Tumor maligno é irregular
2. # Caso 2 #
Menor de três anos, sexo feminino, trazido pela mãe por apresentar rinorréia fétida em
fossa nasal direita há seis meses e sem melhora com vários tratamentos realizados
(amoxicilina, anti-histamínicos, solução nasal,...). Nega sintomas sistêmicos.
HPP: NDN
Exame ORL: Menor em bom estado geral, afebril e hidratada. Rinoscopia anterior:
secreção mucopurulenta e fétida em fossa nasal direita assim como lesões tipo escoriação e
descamação em vestíbulo nasal ipsilateral e mucosa congesta.
Resto do exame dentro do normal.
1. Qual é o diagnóstico provável?
• Corpo estranho, por fétido, unilateral
o Vestibulite regional com escoriação e descamação
2. Que exames complementares são necessários?
• Endoscopia Nasosinusal
• RX (útil somente em corpo estranho somente do adulto, pois detecta Rinolito,
considerado um corpo estranho, por depósitos de sais)
3. Diagnóstico diferencial
• Rinosinusite bacteriana
• Adenoidite não poderia ser pois é bilateral
# Caso 3 #
Mulher de 50 anos, do lar.
QP: Obstrução nasal bilateral.
HDA: Refere ser portadora de rinite alérgica e ter sido submetida a tratamento clínico de
longa data. Atualmente consulta por obstrução nasal permanente e progressiva em ambas as
fossas nasais de cinco anos de evolução. Nega sangramento ou outro sintoma além de
coriza e prurido nasal ocasionais.
Exame ORL: Alargamento do dorso nasal, respiração bucal. Rinoscopia ant: mucosa nasal
hipocorada, e fossas nasais ocupadas por massa gelatinosa, indolor ao toque e sem
sangramento. Restante do exame sem alterações.
1. Qual é o diagnóstico provável?
• Polipose Nasal
3. 2. Que exames complementares são necessários?
• Endoscopia Nasosinusal (anterior e posterior)
• TC, por ser um processo expansivo, podendo comprometer seios e estruturas ósseas
3. Diagnóstico diferencial.
• Rinite hipertrófica
• Tumor de Rinofaringe (não tem coerência com o caso)
# Caso 4 #
Jovem de 17 anos, estudante.
QP: Cefaléia e inflamação no olho direito.
HDA: Há 10 dias iniciou quadro de obstrução nasal com coriza, evoluindo para rinorréia
mucopurulenta direita nos últimos três dias, cefaléia e hoje acordou com inflamação no
olho direito. Fez uso de anti-inflamatórios e solução nasal fisiológica.
HDA: Alérgico a penicilina.
Exame ORL: Paciente em mal estado geral, com fácies de dor, e febril (38ºC). Presença de
edema, hiperemia intensa em região periorbitária direita, sem limitação para os movimentos
oculares nem distúrbios visuais. Rinoscopia anterior: mucosa nasal hiperemiada, secreção
mucopurulenta em meato médio direito. Sem outra alteração.
1. Qual é o diagnóstico provável?
• Rinusinusite bacteriana, com fleimão periorbitário (celulite)
2. Que exames complementares são necessários?
• TC de Órbita
• Rx (somente na emergência)
3. Diagnóstico diferencial.
• Abscesso Periorbitário
4. Outras complicações da patologia principal.
• Trombose do seio cavernoso
• Abscesso cerebral
• Meningite
5. Tratamento.
4. • Clinda + Genta IV
• Se não fosse alérgico Clavulin®
# Caso 5 #
Paciente de 29 anos, sexo masculino, advogado.
QP: Cefaléia e obstrução nasal.
HDA: Há dois dias inicia quadro com obstrução nasal bilateral, rinorréia hialina, cefaléia
intensa e referida para a face, sem febre nem mialgias. Esternutação.
H.SOCIAL: Trabalha em ambiente fechado, com exposição a poeira e colegas tabagistas.
HPP: Portador de rinite alérgica sem tratamento regular.
EX. ORL: Mucosa nasal pálida, com secreção hialina, cornetos edemaciados, septo
centrado. Resto sem alterações.
1. Qual é o diagnóstico provável?
• Rinite Alérgica (alergia nasosinusal)
2. Que exames complementares são necessários?
• Teste sensibilidade cutânea
• Endoscopia nasal
• Citologia de material nasal
• Rx de seio paranasal
3. Diagnóstico diferencial.
• Rinofaringite Viral
4. Tratamento indicado.
• Antihistamínicos orais
• Coritcoides orais
• Descongestionantes tópicos (somente no quadro agudo, para facilitar um pouco a
respiração nasal)
• Lavar com SF
• Tratamento das complicações, se existirem, especificamente.
EPISTAXE
• Uma das principais urgências em ORL Tratamento
• Em 80% dos casos com resolução fácil , se • Colabamento (pressão nasal
bem avaliado e tratado. digital)
• Requer , quando complicado , intervenção. • Vasoconstrictor tópico
(oximetazolina)
• Cauterização
• Tamponamento
• Ligadura
5. • (até mesmo cirúrgica)
• Ocorre em qualquer idade.
• Fatores mais variados