Projeto DEPICT: um novo sistema para caracterização dos componentes das intervenções farmacêuticas em saúde
1. Um novo sistema para descrição e
identificação dos componentes da
intervenção farmacêutica em saúde
PROJETO
“DEPICT”
Cassyano J Correr, PharmB, MSc, PhD
Departamento de Farmácia
Universidade Federal do Paraná
15 nov 2013
2. Há provas científicas de
que os serviços clínicos
farmacêuticos produzem
benefícios para os
pacientes?
6. Problemas:
Os autores não explicam bem
a intervenção nos estudos
Padronização Serviços
As intervenções muitas vezes
são complexas (complex health
interventions)
Reprodutibilidade
7.
8.
9. Soluções...
CHARLIE, B. S. I.; FELETTO, E.; MA, G. A holistic and integrated approach to implementing cognitive
pharmaceutical services. Ars Pharmaceutica, v. 51, n. 2, p. 69–87, 2010.
21. CONTATO COM O BENEFICIÁRIO:
1. CONTATO
2. LOCAL
3. FOCO
4. FONTES DE
DADOS
21
5. VARIÁVEIS
AVALIADAS
6. AÇÕES
7. MOMENTO
8. MATERIAIS
UM-A-UM
EM GRUPO
9. REPETIÇÃO
10. COMUNICAÇÃO
(c) 2012
22. LUGAR:
Onde o beneficiário recebe o serviço
1. CONTATO
2. LUGAR
3. FOCO
22
FARMÁCIA
COMUNITÁRIA
4. FONTES DE
DADOS
PRONTO
ATENDIMENTO
5. VARIÁVEIS
AVALIADAS
PACIENTE
E/OU
HOSPITAL
PROFISSIONAL DA SAÚDE
6. AÇÕES
7. MOMENTO
8. MATERIAIS
9. REPETIÇÃO
DOMICÍLIO
ATENÇÃO PRIMÁRIA
OU AMBULATÓRIO
(c) 2012
INSTITUIÇÃO DE
LONGA
PERMANÊNCIA
10. COMUNICAÇÃO
23. FOCO DA INTERVENÇÃO:
Características dos pacientes que se beneficiam direta ou
indiretamente da intervenção
1. CONTATO
2. LOCAL
CONDIÇÃO
DE SAÚDE
ESPECÍFICA
MEDICAMENTOS, CL
ASSE, FORMA
ESPECÍFICA
3. FOCO
4. FONTES DE
DADOS
5. VARIÁVEIS
AVALIADAS
6. AÇÕES
7. MOMENTO
SÓCIODEMOGRAFIA
ESPECÍFICA
SEM
8. MATERIAIS
RESTRIÇÕES
9. REPETIÇÃO
10. COMUNICAÇÃO
(c) 2012
24. FONTES DE DADOS CLÍNICOS:
Onde o farmacêutico obtém a informação para avaliação
1. CONTATO
Prescrições de medicamentos
2. LOCAL
Registros da farmácia / Sistema informátizado da farmácia
Testes rápidos feitos por profissional
Lista de medicamentos ou sacola com medicamentos
Dados de auto-monitoramento do paciente
Instrumento ou técnica de medida da adesão terapêutica
Procedimentos ou testes de avaliação física ou funcional
Teste de avaliação mental ou cognitiva
Exames laboratoriais / Monitoramento plasmático de medicamentos
3. FOCO
4. FONTES DE
DADOS
5. VARIÁVEIS
AVALIADAS
6. AÇÕES
7. MOMENTO
Entrevista com paciente (não inclui procedimentos ou testes feitos)
Prontuário médico
Carta de alta ou de transferência
Contato direto com profissional da saúde
Bases de dados clínicos agregados / Sistema de alertas
(c) 2012
8. MATERIAIS
9. REPETIÇÃO
10. COMUNICAÇÃO
25. Parâmetros avaliados pelo farmacêutico
para construir a intervenção:
1. CONTATO
2. LOCAL
Efetividade
do Tx
3. FOCO
4. FONTES DE
DADOS
Seleção
de Meds
Aspectos
legais ou
adm.
Segurança
dos Meds
Erros
dispensa/adm
inistr.
Resultados
rastreamento
Necessidade
educação Pax
5. VARIÁVEIS
AVALIADAS
Meds
vencidos /
armazenam.
Adesão
terapêutica
Acesso
meds
Custos
do Tx
Nutrição ou
estilo de vida
Necessidade
informação
profissional
Necessidade
exames lab
Acurácia
história med
6. AÇÕES
7. MOMENTO
8. MATERIAIS
9. REPETIÇÃO
10. COMUNICAÇÃO
(c) 2012
26. AÇÕES TOMADAS
O que é feito para resolver os problemas identificados
Programa educacional estruturado
Informação / Aconselhamento
Lembretes / Notificação sobre não adesão
1. CONTATO
2. LOCAL
3. FOCO
4. FONTES DE
DADOS
5. VARIÁVEIS
AVALIADAS
Encaminhamento outros profissionais / serviços
6. AÇÕES
Mudanças na FTx / Exames laboratoriais
Atualização lista de medicamentos
Relatório de resultados do monitoramento
7. MOMENTO
8. MATERIAIS
9. REPETIÇÃO
10. COMUNICAÇÃO
(c) 2012
27. Mudanças na farmacoterapia / Lab tests
Autonomia para mudanças nos medicamentos
Início de um novo medicamento
Suspensão de um medicamento em uso
Modificação no regime terapêutico
Posologia, forma farmacêutica
1. CONTATO
2. LOCAL
3. FOCO
4. FONTES DE
DADOS
5. VARIÁVEIS
AVALIADAS
6. AÇÕES
Autonomia para colicitação de exames lab.
7. MOMENTO
Testes de função hepática
Testes de função renal
Etc.
8. MATERIAIS
9. REPETIÇÃO
10. COMUNICAÇÃO
(c) 2012
28. MOMENTO DAS AÇÕES
Quando a ação acontece para cada beneficiário
1. CONTATO
2. LOCAL
3. FOCO
4. FONTES DE
DADOS
HOSPITAL
Admissão
Internado
DOMICÍLIO
Alta
Primeiras
semanas
após alta
5. VARIÁVEIS
AVALIADAS
6. AÇÕES
7. MOMENTO
8. MATERIAIS
INSTITUIÇÃO DE
LONGA
PERMANÊNCIA
FARMÁCIA
COMUNITÁRIA
9. REPETIÇÃO
10. COMUNICAÇÃO
(c) 2012
29. MOMENTO DAS AÇÕES
Quando a ação acontece para cada beneficiário
1. CONTATO
2. LOCAL
3. FOCO
4. FONTES DE
DADOS
Durante a
dispensação de
medicamentos
5. VARIÁVEIS
AVALIADAS
6. AÇÕES
7. MOMENTO
FARMÁCIA
HOSPITALAR
Prescrições
novas ou com
modificações
FARMÁCIA
COMUNITÁRIA
8. MATERIAIS
9. REPETIÇÃO
10. COMUNICAÇÃO
(c) 2012
30. MATERIAIS DE SUPORTE
Itens desenvolvidos ou providos como parte do serviço
1. CONTATO
2. LOCAL
Carta de alta ou carta de encaminhamento
3. FOCO
Materiais educativos / Panfletos / Plano de cuidado escrito
Dispositivos de auxílio à adesão / Dispositivos de auxílio à
administração de meds
Lista de medicamentos / Calendário de medicamentos / Relatório de
medicação
4. FONTES DE
DADOS
5. VARIÁVEIS
AVALIADAS
6. AÇÕES
Diário do paciente / Diário de saúde
7. MOMENTO
Diretrizes /Protocolos clínicos / Sumário de evidências
8. MATERIAIS
Dispositivo de auto-monitoramento
Etiquetas de orientação / Instruções pictóricas / Lembretes
impressos
(c) 2012
9. REPETIÇÃO
10. COMUNICAÇÃO
35. Evaluation of a pharmaceutical
care model on diabetes
management
Annals of Pharmacotherapy.
1996;30(3):238-43
A atenção farmacêutica provida ao grupo
intervenção consistiu em educação
sobre a diabetes e suas
complicações, aconselhamento sobre os
medicamentos, instrução sobre
regulação da dieta, exercícios e
monitoramento da glicemia no
domicílio, avaliação e ajuste da sua
farmacoterapia antidiabética.
USA
36. 0. Quem o farmacêutico contata como parte do serviço? Paciente
1. Como o contato é estabelecido? De forma individual
2. Onde o recipiente recebe o serviço? Ambulatório
3. Qual é o foco da intervenção? Pacientes diabéticos, afroamericanos urbanos, não dependentes de insulina
4. Quais são as fontes de informações clínicas? Prescrições
médicas, dados de auto-monitoramento do paciente, diário do
paciente para avaliação da sua adesão, avaliação física, testes
laboratoriais e entrevista com o paciente
37. 5. Variáveis analisadas para detectar problemas:
seleção, efetividade e segurança dos medicamentos, adesão aos
medicamentos, estilo de vida do paciente (dieta e exercícios)
6. Ações realizadas pelo farmacêutico para resolver os problemas:
Aconselhamento ao paciente, alterações na farmacoterapia
7. Em qual momento a ação é realizada? Durante consultas
marcados
8. Materiais entregues de modo a dar suporte à intervenção:
instruções escritas referentes ao aconselhamento verbal, dispositivo
para auto-monitoramento da glicemia e diário para o registro da
glicemia e ocorrência de sintomas hipoglicêmicos
38. 9. Qual foi a frequência de ocorrência das ações? Contatos
múltiplos
-Qual o número de contatos estabelecidos? 9
-Qual o tempo de seguimento? 120 dias (4 meses)
10. Qual foi o método de comunicação? Apenas pessoal,
face-to-face
11. O farmacêutico possuía autonomia? Sim. Poderia
iniciar, suspender e alterar a dose de medicamentos
-Qual o modelo de prescrição? Dependente
39. Desfechos primários:
Redução glicemia de jejum: p < 0,05
Redução hemoglobina glicada: p < 0,05
Desfechos secundários:
Redução da pressão arterial: p > 0,05
Melhora dos parâmetros de função renal: p > 0,05
Melhora dos parâmetros lipídicos (CT, Tg, LDL, HDL): p > 0,05
Mudança do peso corporal: p > 0,05
Melhoria da qualidade de vida: p > 0,05
40. Impact of pharmacist-conducted
home visits on the outcomes of
lipid-lowering drug therapy
Journal of Clinical Pharmacy and
Therapeutics. 2004;29(1):23-30
Pacientes pertencentes ao grupo intervenção
foram visitados em casa mensalmente pelo
farmacêutico, sendo educados sobre os
objetivos da terapia antilipêmica e a
importância de alterar o estilo de vida e aderir
ao tratamento para atingir os objetivos
terapêuticos. Foram avaliados PRMs e
mensurado o colesterol total. Após cada visita
foi encaminhado ao médico responsável pelo
paciente os resultados de colesterol e
recomendações clínicas pertinentes.
AUSTRÁLIA
41. 0. Quem o farmacêutico contata como parte do serviço?
Pacientes e médicos
1. Como o contato é estabelecido? De forma individual (ambos)
2. Onde o recipiente recebe o serviço? O paciente no seu
domicílio e o médico no seu consultório
3. Qual é o foco da intervenção? Pacientes com dislipidemia em
uso de terapias hipolipemiantes
4. Quais são as fontes de informações clínicas? Point-of-care
tests (testes rápidos), entrevista com o paciente e registros
médicos
42. 5. Variáveis analisadas para construir a intervenção:
seleção, efetividade e segurança dos medicamentos, adesão aos
medicamentos, estilo de vida do paciente (dieta e exercícios)
6. Ações realizadas pelo farmacêutico: Aconselhamento sobre a
farmacoterapia ao paciente. Ao médico sugestões para alterações
na farmacoterapia do paciente e envio de resultados de
monitoramento (resultados de colesterol)
7. Em qual momento a ação é realizada? As visitas com os
pacientes de deram nas primeiras semanas após a alta hospitalar.
O contato com o médico se deu a qualquer momento
8. Materiais entregues de modo a dar suporte à intervenção: sem
provisão de materiais ao paciente. Carta de encaminhamento ao
médico.
43. 9. Qual foi a frequência de ocorrência das ações? Contatos
múltiplos (ambos)
-Qual o número de contatos estabelecidos? 6 contatos
(ambos)
-Qual o tempo de seguimento? 180 dias (6 meses) para ambos
10. Qual foi o método de comunicação? Com o paciente:
apenas pessoal, face-to-face; com o médico: contato apenas
remoto, por meio de carta
11. O farmacêutico possuía autonomia para alterar a
farmacoterapia ou ordenar a realização de testes laboratoriais?
Não
46. DEPICT PROJECT: Resultados preliminares
269 ECRs extraídos das 49 revisões sistemáticas
389 ECRs recuperados a partir da revisão sistemática
168 ECRs excluídos por ser duplicata
490 ECRs elegíveis para aplicação da ferramenta
Organograma do processo de seleção dos estudos –
Overview de revisões sistemáticas + revisão sistemática de ECRs
47. Perspectivas:
Concluir o mapeamento das intervenções em
saúde testadas em 490 ECRs já publicados desde
os anos 70
Categorizar os serviços clínicos farmacêuticos
utilizando o DEPICT (Taxonomia)
Investigar a relação entre componentes da
intervenção e obtenção de desfechos positivos
para os pacientes
Construir uma abordagem para design de serviços
farmacêuticos baseada em evidências