O documento discute como as aprendizagens em contextos informais online podem constituir um currículo. Propõe que este currículo informal é construído pelo indivíduo e centrado nele, ao contrário do currículo formal definido pela escola. Também explora como integrar estas aprendizagens informais no currículo formal.

1. Que (novas) formas de entender o
currículo emergem da participação em
contextos informais online?
5 - 8 de agosto
Joana Viana
jviana@ie.ulisboa.pt
Instituto de Educação
UNIVERSIDADE DE LISBOA

2. Escola
Currículo
Definições e conceções
Estabelecidas, estabilizadas,
aceites, indiscutíveis.
Contexto
escolar
Organização das
aprendizagens
Caráter
formal e
predefinido
Plano
Intenção
Prescrição
ESUD 2014. 5 a 8 de agosto. Joana Viana.

3. Currículo
Não se reduz ao contexto
escolar
Desformalização do conceito
Experiência de
vida holística
Educação
conduzida por
cada um
Processo ativo
Grundy, 1987; Doll, 1997; Wenger, 1998; Pacheco, 2001; Beyer, 2004; Anderson, 2004; Marsh
e Willis, 2006; Coutinho, 2007; Costa, 2007b; McAuley, Stewart, Siemens e Cormier, 2010;
Selwyn, 2011; Roldão, 2011; Monteiro, 2011; Slattery, 1995.
Planear, agir e avaliar estão
reciprocamente integrados
ESUD 2014. 5 a 8 de agosto. Joana Viana.

4. Mudanças
sociais
Políticas
Económicas
Mudanças
no Currículo
Tecnologias
Digitais
Sociedade da
informação,
sociedade em
rede
Sociedade do
conhecimnto
Uso e
participação
na Internet
Sociedade da
aprendizaem
Sociedade
digital
Paradigma
social
European Comission, 1995; Ministério da Ciência e da Tecnologia, 1997; Cardoso, Costa, Conceição & Gomes, 2005;
Castells, 2002; Hargreaves, 2003 Pozo, 2004

5. As tecnologias alargam, consideravelmente, o leque de
opções na aprendizagem, quer em termos de conteúdos, de
processos ou mesmo em termos de objetivos
(Costa, Rodríguez, Cruz & Fradão, 2012).

6. Ensino formal
presencial em classe
Práticas de ensino online

7. A possibilidade de aceder à informação, comunicar,
interagir, colaborar, partilhar e produzir conteúdos,
em contextos informais online, atribui a esses
contextos as características de um
currículo tendencialmente aberto.
ESUD 2014. 5 a 8 de agosto. Joana Viana.

8. característico da escola e de outros contextos
formais de aprendizagem, nos quais os objetivos
e os conteúdos a aprender estão predefinidos,
assim como o papel do professor e o papel do
aluno, a organização do tempo e do espaço em
que se ensina e se aprende.
Currículo
Formal
Currículo tendencialmente fechado

9. Uso de
Tecnologias
Digitais e
participação na
Internet
Currículo
Formal
Currículo
Informal
Online
Currículo
tendencialmente
fechado
Currículo
tendencialmente
aberto
característico da
escola e de outros
contextos formais
de aprendizagem
Objetivos, conteúdos,
tempo, espaço, papel do
professor e papel do
aluno
centrado no próprio
indivíduo, que constrói
o seu conhecimento e
toma decisões sobre a
sua aprendizagem

10. Esbatem-se as diferenças entre
quem ensina e quem aprende,
quem decide e
quem constrói verdadeiramente o currículo.
O currículo é desenvolvido e construído na ação,
por cada um.
Contextos
informais
online

11. Poderemos considerar que também é possível falar de
currículo em contextos informais online, um currículo que é
desenvolvido e construído na ação, por cada um (ainda que
nem sempre com um propósito previamente estruturado)?
A que distância se encontra esse currículo do currículo
formal? Ou o que o distingue do currículo formal?
E, em última instância, como poderá a escola integrar essa
forma de aprendizagem?
ESUD 2014. 5 a 8 de agosto. Joana Viana.

12. Em Portugal, o número de estudos de investigação
que relacionam o currículo com a Internet e as
aprendizagens realizadas em contextos online é
reduzido. Na sua maioria, os estudos focam-se
sobretudo em temas ou áreas afins.
Costa, 2007ª; Costa e Peralta, 2007; Monteiro, 2011; Afonso, 2009; Gonçalves,
2010; Antunes, 2012; Coutinho, 2007; Pacheco, 2001; Roldão, 2011, Cruz,
2009; Viana, 2012; Dias, 2010; Miranda, 2005; Quintas, 2006; Matos, 2010;
Ávila, 2005; Coelho, 2006; Rodrigues, 2011.
Contexto

13. Internacionalmente existe um número extenso de
estudos em áreas circundantes, destacando-se
entre eles os trabalhos desenvolvidos:
i) sobre vários aspetos da aprendizagem online
Prensky (2001), Anderson (2004), Ellis et al. (2007), Hamburg e Hall (2008),
Bartolomé (2008), Luckin (2008), Goodyear e Ellis (2010), McAuley, Stewart,
Siemens e Cormier (2010), Hernández (2010), Piscitelli, Adaime e Binder
(2010);
ii) sobre o currículo em contextos enriquecidos pelas
tecnologias digitais
Marsh e Willis (2006) ou acerca dos desafios curriculares colocados pelas
tecnologias da Web 2.0, por Selwyn (2011, 2007), Beyer (2004);
iii) sobre o desenvolvimento da aprendizagem informal,
em comunidades de prática
Wenger (1998), online e em contexto de trabalho, por Cross (2003), Harrisson
(2006), Conner (2006), Downes (2005); iv) sobre o papel das TIC na facilitação
e suporte da aprendizagem informal, por Selwyn e Gorard (2004).
Contexto

14. A partir do uso de tecnologias digitais e especialmente em
contextos online, cada um constrói o seu processo de
aprendizagem, tomando decisões, de forma espontânea ou
intencional, sobre:
• o que aprender,
• como aprender
• quando e onde aprender,
• com quem,
• porquê e
• para quê
através da escolha dos recursos e das estratégias a utilizar,
realizada na sua maioria no decorrer da ação.
Questõesessenciaisnocurrículo
Pressuposto

15. Propósito
Saber se é, teórica e empiricamente, possível e viável
a ideia de um currículo que enquadra as
aprendizagens em contextos informais online e, se o
é, como se caracteriza ou configura esse currículo e
o que o distingue do currículo formal.

16. Questões de investigação
1. É, teórica e empiricamente, possível e viável a
ideia de um currículo que enquadra as
aprendizagens em contextos informais online?
2. Que (novas) formas de entender o currículo
emergem da participação em contextos
informais online?
3. Como se caracteriza e configura o currículo em
contextos informais online?

17. A investigação segue uma
abordagem de vertente
qualitativa,
complementada e
fundamentada por dados
quantitativos.
• Caráter descritivo e interpretativo
• Desenho Misto
Natureza do estudo
Teórica
Dados
Metodológica
Triangulação

18. Eixos de análise e técnicas de recolha de dados

19. 1
Analisar a conceção que
aprendentes e
ensinantes detêm de
currículo e de currículo
informal online.
2
Identificar as intenções ou
motivos que determinam a
busca da aprendizagem em
contextos informais
online.
3
Identificar os conhecimentos que
são adquiridos e as competências
que são demonstradas pelos
aprendentes na participação em
contextos informais online.
Objetivos de investigação
4
Documentar os
processos de
aprendizagem que
ocorrem ou são
desencadeados em
contextos informais
online.
5
Caracterizar os processos
de decisão, organização e
avaliação por parte dos
aprendentes sobre as
aprendizagens que
realizam em contextos
informais online.

20. Resultados Esperados

21. Aprofundar conhecimentos sobre o conceito de
currículo informal e a sua prática, situado em
contextos informais online.
Contributos
Melhorar o desenvolvimento e a organização
curriculares em contextos formais de aprendizagem,
com base na cultura de utilização de tecnologias
digitais e de participação em ambientes online, a
partir do conhecimento obtido sobre o modo como
cada um desenvolve o seu próprio currículo.

22. Anseia-se contribuir para o debate global sobre
currículo no século XXI,
para a (re)construção ou (re)aproximação do conceito
de currículo, quer do ponto de vista teórico, quer
através da recolha de dados empíricos.
De um currículo para todos
a um currículo para cada um!

23. Muito Obrigada!
5 - 8 de agosto
Joana Viana
jviana@ie.ulisboa.pt
Instituto de Educação
UNIVERSIDADE DE LISBOA