Este documento discute a Comunidade de Inquirição como um modelo para estudar aprendizagem online. Ele descreve as três dimensões da Comunidade de Inquirição - presença social, cognitiva e de ensino - e discute áreas de pesquisa futura, como compreender melhor as interações entre essas dimensões e como projetar atividades de aprendizagem para apoiar cada uma delas.
Didática e Ensino Remoto: mediações na aula remotaLeonardo Severo
Slides usados na oficina de concepção didática do trabalho docente no Ensino Remoto Emergencial para professores/as da Universidade Federal do Acre, ministrada pelo Prof. Dr. Leonardo Severo e pela Profa. Dra. Jeane Félix, do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba.
Slides de apresentação da Tese de Doutoramento em Multimédia em Educação: A Construção da Identidade em Ambientes Digitais
Tese disponível em: http://www.academia.edu/3301595/A_construcao_da_identidade_em_ambientes_digitais_-_estudo_de_caso_sobre_a_construcao_da_identidade_online_no_SAPO_Camups_e_em_ambientes_informais
Didática e Ensino Remoto: mediações na aula remotaLeonardo Severo
Slides usados na oficina de concepção didática do trabalho docente no Ensino Remoto Emergencial para professores/as da Universidade Federal do Acre, ministrada pelo Prof. Dr. Leonardo Severo e pela Profa. Dra. Jeane Félix, do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba.
Slides de apresentação da Tese de Doutoramento em Multimédia em Educação: A Construção da Identidade em Ambientes Digitais
Tese disponível em: http://www.academia.edu/3301595/A_construcao_da_identidade_em_ambientes_digitais_-_estudo_de_caso_sobre_a_construcao_da_identidade_online_no_SAPO_Camups_e_em_ambientes_informais
Análise de dados referentes à interação de pessoas de
uma comunidade de aprendizagem b-learning sob a
ótica da metafetividade e gestão emocional. Pesquisa
realizada em 2010 com um grupo de alunos do Programa
Doutoral em Multimédia em Educação que buscava
evidenciar a percepção dos alunos sobre a sua
aprendizagem após o primeiro ano curricular. Esta investigação
adota uma abordagem qualitativa dos dados
obtidos através de um focus group, questionários
e análise das interações na comunicação assíncrona
nas unidades curriculares. Apresentamos alguns dados
obtidos dos instrumentos pré-anunciados acompanhados
das primeiras análises.
Currículo em Contextos Informais OnlineJoana Viana
Comunicação apresentada no:
XII CONGRESSO INTERNACIONAL GALELO-PORTUGUÊS DE PSICOPEDAGOGIA
11, 12 e 13 de setembro de 2013
Universidade do Minho, Braga
A TI como agente transformador das experiências de aprendizagem nas universi...UFPE
Nos últimos três séculos, habituamo-nos a conviver em salas de aula e pensar estes espaços como privilegiados à socialização de conhecimentos entre gerações consecutivas. Esta modalidade de ensino, tecnologia militar de instrução criada para formar os contingentes do exército Prussiano ainda no século XIX, serviu muito bem aos propósitos da formação militares e operários durante as 1ª e 2ª Revolução industrial. Sua replicação parece ter forjado a estrutura de modelos mentais e um senso comum de que o ensino e a aprendizagem só podem ocorrer em espaços de sala de aula. Com o advento da Internet e a ascensão da 3ª Revolução Industrial essa modalidade esgotou-se e mostrou seus limites quando as sociedades passam a necessitar formar pessoas mais competentes e criativas que a geração que as forma. Os novos modelos de produção como a ‘Economia Criativa’ carecem de pessoas que possuam habilidades para: resolver problemas complexo, raciocinar com design, lidar com competências com novas mídias, entre outros. A TI permitiu uma ampla expansão da modalidade de ensino e novas possibilidades de experiências de aprendizagem. Com a chegada da 4ª revolução, o acesso à Internet não se restringe apenas a Web, mas pode ocorrer de uma forma ainda mais ubíqua e pervasiva. O nosso grupo de pesquisa http://ccte.cin.ufpe.br tem como missão conceber ambientes de aprendizagem que persuadam a adoção de novas experiências de aprendizagem ao mesmo tempo que respeita os modelos mentais associados às formas historicamente constituídas e legitimadas de socialização do conhecimento. Nesta apresentação ilustraremos como abordagens de design são usamos promover um profundo entendimento sobre fenômenos cognitivos que ocorrerem nas práticas de educação mediada por tecnologia e com este entendimento nos permite conceber modelos de ambientes de aprendizagem podem inspirar novas experiências de aprendizagem nas Universidades.
Ensino Híbrido na educação básica e superior em 2022. Educação digital, transformação digital. Metodologias Ativas. Diretrizes Nacionais da Aprendizagem Híbrida
Biblioteca Escolar e a Competência em informação 2011Elisabeth Dudziak
Apresentação feita durante o III Encontro de Bibliotecas Escolares - Competencia em Informacao - Conselho Regional de Biblioteconomia - 19 de março de 2011.
Que (novas) formas de entender o currículo emergem da participação em context...Joana Viana
Comunicação apresentada no
ESUD 2014. 5-8 agosto 2014.
Florianópolis, Brasil.
Joana Viana
jviana@ie.ulisboa.pt
Instituto de Educação
UNIVERSIDADE DE LISBOA
Análise de dados referentes à interação de pessoas de
uma comunidade de aprendizagem b-learning sob a
ótica da metafetividade e gestão emocional. Pesquisa
realizada em 2010 com um grupo de alunos do Programa
Doutoral em Multimédia em Educação que buscava
evidenciar a percepção dos alunos sobre a sua
aprendizagem após o primeiro ano curricular. Esta investigação
adota uma abordagem qualitativa dos dados
obtidos através de um focus group, questionários
e análise das interações na comunicação assíncrona
nas unidades curriculares. Apresentamos alguns dados
obtidos dos instrumentos pré-anunciados acompanhados
das primeiras análises.
Currículo em Contextos Informais OnlineJoana Viana
Comunicação apresentada no:
XII CONGRESSO INTERNACIONAL GALELO-PORTUGUÊS DE PSICOPEDAGOGIA
11, 12 e 13 de setembro de 2013
Universidade do Minho, Braga
A TI como agente transformador das experiências de aprendizagem nas universi...UFPE
Nos últimos três séculos, habituamo-nos a conviver em salas de aula e pensar estes espaços como privilegiados à socialização de conhecimentos entre gerações consecutivas. Esta modalidade de ensino, tecnologia militar de instrução criada para formar os contingentes do exército Prussiano ainda no século XIX, serviu muito bem aos propósitos da formação militares e operários durante as 1ª e 2ª Revolução industrial. Sua replicação parece ter forjado a estrutura de modelos mentais e um senso comum de que o ensino e a aprendizagem só podem ocorrer em espaços de sala de aula. Com o advento da Internet e a ascensão da 3ª Revolução Industrial essa modalidade esgotou-se e mostrou seus limites quando as sociedades passam a necessitar formar pessoas mais competentes e criativas que a geração que as forma. Os novos modelos de produção como a ‘Economia Criativa’ carecem de pessoas que possuam habilidades para: resolver problemas complexo, raciocinar com design, lidar com competências com novas mídias, entre outros. A TI permitiu uma ampla expansão da modalidade de ensino e novas possibilidades de experiências de aprendizagem. Com a chegada da 4ª revolução, o acesso à Internet não se restringe apenas a Web, mas pode ocorrer de uma forma ainda mais ubíqua e pervasiva. O nosso grupo de pesquisa http://ccte.cin.ufpe.br tem como missão conceber ambientes de aprendizagem que persuadam a adoção de novas experiências de aprendizagem ao mesmo tempo que respeita os modelos mentais associados às formas historicamente constituídas e legitimadas de socialização do conhecimento. Nesta apresentação ilustraremos como abordagens de design são usamos promover um profundo entendimento sobre fenômenos cognitivos que ocorrerem nas práticas de educação mediada por tecnologia e com este entendimento nos permite conceber modelos de ambientes de aprendizagem podem inspirar novas experiências de aprendizagem nas Universidades.
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Que (novas) formas de entender o currículo emergem da participação em context...Joana Viana
Comunicação apresentada no
ESUD 2014. 5-8 agosto 2014.
Florianópolis, Brasil.
Joana Viana
jviana@ie.ulisboa.pt
Instituto de Educação
UNIVERSIDADE DE LISBOA
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proposta curricular da educação de jovens e adultos da disciplina geografia, para os anos finais do ensino fundamental. planejamento de unidades, plano de curso da EJA- GEografia
para o professor que trabalha com a educação de jovens e adultos- anos finais do ensino fundamental.
1. C omunidade de I nquirição C ongresso S econd L ife e –L e@rning 3 | 15 de Junho de 2010 | 21h00 C omunicação E ducacional - M estrado em P edagogia do eL earning (4ª Edição) O ngberg B luebird / António Quintas & M ysa R andt / Maria de Balsamão Mendes
17. Campos de Investigação Metodologia | Concepção e Contexto | Prática Definição de estratégias e orientações sobre a Presença Social em ambientes online; Ao nível da Presença Cognitiva pesquisar sobre o impacto produzido nos resultados da aprendizagem; Avaliar o impacto da introdução dos média em ambientes de aprendizagem online; Investigar a ausência da presença de ensino em cenários educacionais diferenciados.
18.
19.
Notas do Editor
Caros Professores, Colegas de Mestrado e Participantes, Gostaríamos antes de mais de agradecer a vossa presença neste Congresso e mais precisamente na nossa apresentação. Somos a equipa Azul que é composta por mim, Marisol, Jorge, Olympia e Merlin. Desde a sua publicação o modelo Comunidade de Inquirição (Community of Inquiry, CoI) tem gerado grande interesse entre pesquisadores na área da aprendizagem online O artigo que serviu por base a esta apresentação pretende ser uma revisão da literatura e pesquisas recentes sobre o modelo CoI, em especial sobre a Presença Social, Cognitiva e de Ensino. Pretende também identificar as possíveis direções a seguir para futuras pesquisas na área, nomeadamente na necessidade de estudos mais aprofundados sobre o relacionamento entre os diferentes elementos do modelo e o impacto destes nos cursos online.
O nosso grupo irá então começar por esboçar as principais características do Modelo de Comunidade de Inquirição segundo Garrison et al. De salientar são assim os três tipos de presença pressupostos nesse modelo: - Presença Social, - Presença Cognitiva e - Presença de Ensino O objetivo é descrever o estado de arte da atual investigação e quais os campos a serem ainda explorados nesta área.
Uma Comunidade segundo John Dewey é uma associação significativa, associação com base no interesse e esforço comum. A essência da comunidade é a comunicação, ..." O modelo que será tratado nesta apresentação é o Modelo de Comunidade de Inquirição (CoI) desenvolvido por Garrison, Anderson e Archer. Este modelo consiste em três elementos: 1. Presença Social, 2. Presença Cognitiva 3. Presença de Ensino. Passo a detalhar um pouco mais a Presença Social.
A Presença Social na aprendizagem online é a capacidade inerente aos alunos de se projetarem social e emocionalmente, de forma a serem percebidos como "pessoas reais", na comunicação mediada por computadores. A Presença Social como um dos elementos da Comunidade de Inquirição é o que tem vindo a ser mais investigada. Pesquisas recentes sugerem a existência de uma forte relação entre a presença social e os resultados da aprendizagem. Outras pesquisas sugerem ainda que as atividades que cultivam a presença social também aumentam a satisfação do aluno em relação à internet como um meio educacional. A Presença Social é defenida por três categorias: - Comunicação Aberta - Coesão do grupo - Expressão afetiva Estudos recentes sugerem que um discurso crítico na aprendizagem online desenvolve-se tendo por base uma presença social. Esta presença social muda com a evolução de um ciclo de estudos. Os alunos podem estabelecer uma comunicação afetiva e desenvolver relações sociais, a partir do momento em que o grupo se sinta seguro para se comunicar abertamente. Por outro lado a coesão do grupo requer foco intelectual, requer uma percepção por parte dos alunos sobre quais os resultados da aprendizagem esperados e alcançados. Numa comunidade de aprendizagem online é necessário tempo para desenvolver um sentimento de confiança e camaradagem. Citado no artigo de Garriosn, Vaughan sugere que a comunicação afetiva e aberta seja necessária para estabelecer uma sentimento de comunidade e permitir uma coesão do grupo. O reforço social torna-se contudo no decorrer das discussões online, menos necessário e o foco muda para objectivos académicos. À laia de resumo, tornam-se necessários ainda estudos adicionais sobre como se desenvolve a Presença Social durante a discussão. E mais, já que o aumento da sociabilidade dos participantes em cursos online leva a uma maior interação, e isto apresenta implicações diretas no desenvolvimento da presença cognitiva, é nessário aprofundar mais os estudos sobre a interação Presença Social e Presença Cognitiva, e também não se deve esquecer a Presença de Ensino, como terceiro elemento da equação.
Para finalizar, todos já conhecem com certeza este cartoon: "Na Internet, ninguém sabe que sou um cão". A Presença Social diz precisamente que se consegue "sentir" que um colega de curso não é um cão e que isso é determinante para o sucesso da aprendizagem online. O colega Jorge Forhilde iirá agora continuar com a segunda presença, a Presença Cognitiva.
A presença cognitiva é uma extensão pela qual os alunos são capazes de construir e confirmar o significado através de uma reflexão e discurso sustentado. Esta presença é operacionalizada num modelo prático de inquirição, resultando num processo de quatro fases: um evento desencadeador, a exploração, a integração e a resolução. A presença cognitiva é definida como um ciclo de inquirição prática, onde os participantes se movimentam, de forma deliberada, da compreensão do problema ou questão até à sua exploração , integração e aplicação . A integração e a resolução são mais exigentes do que a exploração e, consequentemente, exige-se um maior tempo para reflexão.
São aspectos relevantes da presença cognitiva a concepção e o desenho da actividade de aprendizagem . O desenvolvimento sustentado e a progressão através do ciclo da inquirição requerem actividades de aprendizagem bem concebidas , facilitação e direcção .
A literatura sobre a dinâmica de grupos revelou que os participantes necessitam de se conectar com o grupo para adoptarem uma tomada de decisão colaborativa, a qual segue quatro hipóteses: formar, estabelecer normas, lançar ideias e realizar. Os grupos necessitam de clarificar os objectivos e o período de tempo em que trabalham em conjunto por forma a serem produtivos. Por natureza os grupos não nascem coesos nem caminham naturalmente para as fases de integração e de resolução. São exigidas direcção e facilitação para estabelecer a coesão e assegurar o desenvolvimento da conversação.
Esta perspectiva sugere que a progressão da presença social deverá partir de uma comunicação aberta , passar pela coesão e chegar às conexões pessoais . A pesquisa emergente sugere uma relação complementar entre a presença de ensino e a presença cognitiva . A presença social cria as bases para um discurso de nível superior. A estrutura, a organização e a liderança, quando associadas à presença de ensino, proporcionam um ambiente onde a presença cognitiva pode ser desenvolvida.
Como se verifica através do slide, a área da "Presença de Ensino" é constituída por 3 categorias e para cada uma está indicado um dos indicadores-chave: - A categoria do desenho instrucional e organização centra-se na definição do currículo e nos métodos; - A facilitação do discurso é uma categoria ligada à partilha de significado pessoal; - A instrução direta tem como finalidade focar a discussão. A presença de ensino consiste na concepção, facilitação e direcionamento de processos cognitivos e sociais, com o objectivo de alcançar resultados de aprendizagem com significado pessoal e com valor educacional. A presença de ensino é um fator significativo na satisfação dos estudantes, na percepção da aprendizagem e no sentido de comunidade.
O desenho instrucional e a organização consistem no tratamento de aspectos como: o planeamento e desenho da estrutura; o processo; a interação e os aspectos da avaliação do curso online. Estes aspetos, desempenhados exclusivamente pelo formador, requerem da sua parte explicitação e transparência. Alguns exemplos de atividades poderão ser as apresentações em PowerPoint e a criação de um calendário para atividades individuais e de grupo. Pode afirmar-se que o sucesso dos cursos online depende muito de uma estrutura do curso clara e consistente que apoie formadores empenhados e discussões dinâmicas. A Facilitação do Discurso é o meio através do qual os alunos participam na interação e na construção da informação, aspecto que vem de encontro à investigação que refere a importância da participação interativa de estudantes e de formadores na eficácia de um curso online. Esta categoria tem como indicadores as seguintes funções do formador: Identificar áreas de entendimento e desentendimento; Procurar consenso/entendimento; Encorajar, reconhecer ou reforçar contribuições de estudantes; Estabelecer um ambiente de aprendizagem; Chamar os participantes e incentivar à participação; Avaliar a eficácia do processo Esta categoria assume uma importância crítica para manter o interesse, a motivação e a atuação dos estudantes numa aprendizagem activa.
A instrução direta corresponde à provisão de liderança intelectual e erudita do formador. Esta categoria pressupõe a partilha de conhecimento com um especialista de conteúdo. Tem como base determinados indicadores que avaliam o discurso e a eficácia do processo educativo. As responsabilidades do formador vão no sentido de facilitar a reflexão e o discurso através da apresentação de conteúdo, servindo-se de vários meios de avaliação e de feed-back. Assim, se entende o nível elevado de presença social/proximidade do formador aqui exigido. O elemento Presença de Ensino é o mais recente na conceptualização do modelo de Comunidade de Inquirição, por isso, ainda não tem uma estrutura estável. Exemplo disso é o facto de se discutir se este elemento tem 2 ou 3 categorias. O importante é entender o construto da Presença de Ensino, porque a compreensão da sua estrutura multidimensional tem implicações práticas para a Comunidade de Inquirição no apoio à presença social e cognitiva.
A Comunidade de Inquirição, para além de disponibilizar uma ferramenta útil, possui ainda um tipo de abordagem de natureza específica para o estudo da aprendizagem online. Até agora, a metodologia utilizada pelo modelo CoI tinha uma natureza exploratória, muita da pesquisa já desenvolvida, poderia ser entendida com interpretativa, na medida em que tentava compreender as interações através de uma análise textual, servindo apenas para desenvolver propostas. Uma vez que estávamos apenas perante questões de validade, foi levantada a questão se deveríamos ou não modificar o protocolo para uma abordagem quantitativa. Rourke e Anderson (2004) consideram que a transcrição online é descritiva, isto é qualitativa, no entanto não põem de lado a possibilidade de ser necessária uma transcrição para a inferência, isto é uma transcrição quantitativa. Na hipótese dos investigadores optarem por avançar para a inferência, devem-no fazer de forma consciente, isto é têm de ter um conhecimento de profundo de todos os passos necessários, só assim podem proceder à validação dos protocolos de codificação. No slide seguinte iremos continuar a abordar as questões de natureza metodológicas
O modelo CoI é aquele que apresenta uma perspetiva global, permitindo, desta forma, identificar os efeitos da interação entre as dinâmicas sociais, nomeadamente entre a dinâmica cognitiva e a presença de ensino. Com a análise dos efeitos entre as dinâmicas sociais, a discussão sobre a utilidade do modelo da comunidade de inquirição na aprendizagem online é praticamente afastada. No entanto, os investigadores e os profissionais devem compreender adequadamente a interdependência existente entre os três elementos do modelo CoI, na medida em que cada um deles exerce uma influência recíproca sobre os restantes. Torna-se pois fundamental que seja compreendida a natureza específica dessa interação nos diversos contextos educativos (disciplinas, objetivos, conhecimentos pré adquiridos e natureza da comunicação). Não menos importante é de referir que se todos os elementos foram claramente definidos, verificando-se cumulativamente se as categorias são válidas face a esses elementos, por forma a que esses mesmos indicadores reflitam a essência das categorias. No próximo slide apresentamos uma perspetiva que vai desde a codificação até à necessidade de validação do próprio modelo.
Pretende-se pois que a informação obtida seja útil para a codificação, levantando-se aqui mais uma questão de natureza metodológica, isto é qual a unidade de análise que deverá ser utilizada. A unidade de análise a utilizar é condicionada pelo tipo de pesquisa a efetuar e pelo contexto na qual a mesma se insere. Apesar do esforço desenvolvido e do progresso a que se tem assistido, o modelo CoI ainda se encontra numa fase embrionária, existindo um amplo trabalho por efetuar, nomeadamente ao nível dos esquemas de codificação e ao nível da validação do próprio modelo, daí a necessidade de o alargar a outras áreas que não a educação. Neste momento, perante os primeiros estudos, que nos permitem analisar a relação entre as dimensões do modelo e os resultados da aprendizagem, encontramo-nos aptos para abandonar a fase inicial e passar à fase seguinte, na qual devem coabitar tanto as abordagens qualitativas com as quantitativas, no estudo das comunidades de aprendizagem online. O caminho a seguir passa pela utilização de instrumentos psicometricamente seguros, que permitam a análise das amostras interdisciplinares e interinstitucionais dessas comunidades. O recurso a abordagens qualitativas e quantitativas contribuirá para o aperfeiçoamento do modelo CoI, das categorias e dos indicadores. Certamente que no futuro não será motivo de menor preocupação, por parte dos investigadores, a forma como a presença de ensino pode ser medida num contexto de eficiência face aos restantes elementos do modelo. Se até agora a investigação sobre o modelo CoI centrou-se apenas na análise individual dos diferentes elementos em separado, as pesquisas futuras deverão centrar as suas atenções nas relações entre a Presença Social, Presença Cognitiva e Presença de Ensino. Em seguida serão analisadas as questões de natureza conceptual e contextual.
Em 2006, Readmon e Lock, propõem um modelo sequencial, o qual, ao partir da Presença Social, define a Presença de Ensino e alcança a Presença Cognitiva No entanto, o modelo CoI terá de ser alvo de mais pesquisas empíricas com a finalidade de verificar a sua aplicação à educação online, em termos gerais, analisando-se cumulativamente a influência de cada um dos elementos sobre os restantes e de um modo globalizante o seu impacto sobre os resultados da aprendizagem. O modelo CoI deverá ainda ser analisado à luz de outras variáveis, nomeadamente o recurso às tecnologias, as características pessoais dos estudantes e até dos próprios professores. No slide seguinte apresentamos algumas questões de natureza prática que deverão ser levadas em consideração.
Em termos conceptuais e contextuais deverão ser definidas estratégias e orientações práticas sobre a Presença Social em ambientes online. Do ponto de vista da Presença Cognitiva, importa pesquisar sobre o impacto produzido nos resultados da aprendizagem. Uma outra preocupação a ter nas as pesquisas que venham a realizar-se no futuro, encontra-se associada à avaliação do impacto da introdução dos novos média em ambientes de aprendizagem online ou mistos, nomeadamente ao nível da Comunidade de Inquirição no seu geral e em particular ao nível da Presença Social, da Presença Cognitiva e da Presença de Ensino. Deverá ainda ser investigada a ausência de Presença de Ensino em cenários educacionais diferenciados. Para finalizarmos esta sequência de intervenções apresentamos algumas considerações finais
Em suma, pode-se concluir que o modelo CoI, nomeadamente as questões revistas no artigo de Garrison e Arbaugh, têm implicações ao nível teórico e prático. Para tal é imprescindível que se proceda à compreensão do papel da Presença Social na criação de uma Comunidade de Inquirição, bem como à forma como desenhar, facilitar e direcionar a aprendizagem, tendo em vista o sucesso. Mas esse sucesso só é passível de obtenção se a comunicação se processar de forma aberta, se existir coesão do grupo e, não menos importante, que se conheça de forma clara os objetivos académicos, as fases da inquirição, estando atribuído à Presença de Ensino a necessidade de saber balancear a sua atuação entre a moderação e o discurso direcionado Em seguida segue-se um espaço para debate o qual decorrerá no Chat Local e será moderado pelo Jorge Forhilde.
Em nome de toda a equipa, muito obrigada pela vossa atenção.