Este documento discute a produção simbólica e diversidade cultural em três pontos: 1) Como a arte circula entre diferentes espaços ao longo da história; 2) A emergência de campos autônomos de produção, circulação e consumo de bens culturais; 3) A importância de reconhecer e promover a diversidade cultural por meio do diálogo e intercâmbio entre diferentes expressões culturais.
Minicurso | Análise de Discurso Crítica e Mídia | Semana de Letras - UFVMurilo Araújo
Slides utilizados durante o minicurso "Discursos media(tiza)dos: a Análise de Discurso Crítica aplicada a estudos da mídia", oferecido na Semana Acadêmica de Letras da Universidade Federal de Viçosa, de 25 a 29 de novembro de 2013
Em qualquer das concepções, a cultura não é uma realidade estanque, estagnada. Tampouco trata-se de algo acabado, completo. Ao contrário, são realidades dinâmicas, em processo contínuo de transformação e aperfeiçoamento.
Minicurso | Análise de Discurso Crítica e Mídia | Semana de Letras - UFVMurilo Araújo
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Pierre Bourdieu: Mercado de Bens SimbólicosRodrigo
Slides do seminário sobre o artigo de Pierre Bourdieu entitulado "Mercado de Bens Simbólicos", na disciplina de Arte contra a Arte do Prof. Gentil Porto no Mestrado em Design da Universidade Federal de Pernambuco.
Pierre Bourdieu: Mercado de Bens SimbólicosRodrigo
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Apresentação Software de Gestão - Mais ERP - Micro e Pequenas EmpresasOctavio Yoshio Hozawa
Mais ERP® é um sistema de gestão empresarial voltado à micro, pequena empresa.
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Si sobre cultura popular tradicional e música folclóricaritabonadio
Discussão sobre a área da cultura popular tradicional e folclore, focalizando particularmente a área da música folclórica, sua situação como setor da cultura no Brasil.
Material elaborado por Minas Gerais sobres os eixos e sub-eixos da II Conferência Nacional de Cultura, que acontece em Brasília de 10 a 14 de março de 2010.
Espaços culturais – arte e educação na história de todos nós.Roseli Sousa
A compreensão de que a ação educativa em arte se insere nos espaços formais e não-formais em diferentes contextos e culturas nos leva a fazer a seguinte reflexão: De que espaços culturais se está falando? Que saberes artísticos e estéticos são apropriados e produzidos nesses espaços? Que caminhos metodológicos têm sido experimentados nas ações educativas nos diversos espaços culturais? Quem tem assumido a condução dessas ações? Não vamos nos depreender em maior parte às ações educativas desenvolvidas no âmbito da arte no ensino regular, porém é relevante dar conta que esta sempre foi uma bandeira de luta dos arte-educadores em todo o Brasil.
O Caminho do simbólico ao mercado culturalBabiBrasileiro
O artigo científico sob o título “O Caminho do Simbólico ao Mercado Cultural” tem como objetivo estudar o caminho do valor simbólico, da tradição cultural de uma comunidade frente às regras impostas pelo mercado de consumo de produtos culturais.
Odium é um slide com anotações sobre pontos relacionados ao preconceito, em suas diversas formas, não só de gênero e cor. Fundamentalmente o slide quer propor idéias de discussão que pode-se fazer utilizando-se o filme educativo Escola sem preconceito (de Pedro Nunes) e a ficção O Cadeado (de Leon Sampaio), em salas de aulas. Preconceito, cinema, educação, sexualidade, gênero, racismo, discriminação, pessoas com necessidades especiais...
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Livro de conscientização acerca do autismo, através de uma experiência pessoal.
O autismo não limita as pessoas. Mas o preconceito sim, ele limita a forma com que as vemos e o que achamos que elas são capazes. - Letícia Butterfield.
2. Por onde circula a arte?
Se cultura é toda produção material e imaterial do ser humano, onde podemos detectar sua
presença?
E a arte, em meio à cultura, em que espaços circula?
Idade Média e Renascimento: vida intelectual e artística sob a tutela do poder. Artistas e
Intelectuais produziam para atender demandas éticas e estéticas da aristocracia e da Igreja.
Libertação da produção intelectual e artística: correlata à formação de uma categoria que foi
tornando-se socialmente distinta - os de artistas ou de intelectuais profissionais.
3. Esses produtores foram ganhando distância da tutela do poder ao ir liberando sua
produção de toda e qualquer dependência social - "seja das censuras morais e
programas estéticos de uma Igreja (...), seja dos controles acadêmicos e das
encomendas de um poder político propenso a tomar a arte como um instrumento de
propaganda". (Pierre Bourdieu)
Florença do século XV: O artista passa a legislar sobre sua arte. Seu compromisso
agora é com os demais artistas e principalmente com os não-artistas (públicos).
Ao artista, "o direito de legislar com exclusividade em seu próprio campo: o campo
da forma e do estilo" (Bourdieu)
4. Foram se firmando outros campos, não tão pertencentes aos artistas: o campo da
circulação e consumo.
- Campo de produção erudita - público de produtores de bens culturais
(intelectuais e,m geral, críticos, os artistas). Um público mais reduzido, pois a
recepção exige repertório cultural, depende do nível de instrução dos receptores
(capacidade de litura dos códigos)
- Campo da indústria cultural - público de não-produtores de bens culturais,
população consumidora da cultura massiva. Esses bens simbólicos da e para a
indústria cultural está submisso aos imperativos da concorrência pela conquista
de mercado (ampliar o público), além de buscar a rentabilidade dos investimentos.
Não é demarcador o nível de instrução dos receptores.
5. Falar de bens simbólicos e diversidade é acentuar a atenção para
os espaços de fluxos.
Diversidade cultural ou interculturalidade só poderá acontecer com
espaços de circulação para o encontro dessas diversidades, e para que
elas ganhem visibilidade e dialoguem na direção da pluralidade
cultural.
6. Produção de arte e bens simbólicos
Os seres humanos veem o mesmo mundo a partir de diferentes olhares.
Se a arte é uma das formas de conhecer e interpretar o mundo, as expressões
artísticas são resultantes da diversidade de concepções, das diferentes
interpretações.
As instituições culturais devem reconhecer essa diversidade.
- como compreender as especificidades de cada uma?
- como identificar suas carências e potencialidades?
-como instituir políticas de fomento de bens simbólicos diversos?
- como buscar financiamento em parceria com a iniciativa privada e não governamental?
-como promover a sustentação dos processos de criação, produção e consumo?
- como preservar os bens simbólicos?
7. Como promover os diálogos
interculturais?
A diversidade em si não é diversa, somente ao encontrar com as outras expressões. É
preciso pensar, então, em ações de intercâmbio para que a intercuturalidade
aconteça.
“Considerando que o processo de globalização, facilitado pela rápida evolução das
novas tecnologias da informação e da comunicação, apesar de constituir um
desafio para a diversidade cultural, cria condições de um diálogo renovado entre
as culturas e as civilizações” - Declaração Universal sobre diversidade
cultural (Unesco, 2002)
Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões
Culturais (UNESCO, 2005):
- Respeito mútuo e o reconhecimento da dignidade inerente a todas as culturas
no mundo
- Reafirmação do direito soberano dos Estados para implantar políticas e medidas para
proteger e promover a diversidade das expressões culturais
- Proteção especial aos grupos mais vulneráveis às dinâmicas excludentes da
globalização.
8. Se a cultura se encontra no centro dos debates contemporâneos sobre o
desenvolvimento de uma economia fundada no saber e a diversidade cultural é o
patrimônio comum da humanidade, quanto mais diversa essa cultura mais
expandida e mais expansível é a economia baseada no saber.
Reconhecer e dar visibilidade à diversidade cultural é promover o saber, é
promover o desenvolvimento.
Então, devemos pensar:
-Quais maneiras para reconhecer, dar visibilidade e promover o intercâmbio entre
os diferentes saberes, promover o diálogo intercultural?
9. O artesão ou
o artesanato?
um exemplo
Em que sentido o mercado (produção,circulação e consumo) está diretamente
ligado à difusão do bem simbólico, contribuindo com sua interlocução com
outros produtos e mercados?
“Uma política cultural que pretenda servir às classes populares deve partir de
uma resposta insuspeita a esta pergunta: o que se deve defender: o artesanato ou
o artesão?” (professor Clovis Dias)
10. O artesão? - incentivá-lo a reinventar a sua prática material agindo
como sujeito ativo na confecção dos artesanatos, uma vez que a prerrogativa
do seu oficio consiste na capacidade de participar livremente de todas as
etapas da fabricação do artefato, aliando o propor e o fazer.
11. O artesanato? - medidas engendradas por técnicos na área do design,
marketing, administração que o transformam em mercadorias “exóticas”. Temor:
possibilidade do artesão ficar refém, ou melhor, passar a não dominar mais o
processo integral de seu trabalho e depender eternamente dos auxílios de
terceiros desvirtuando dessa maneira o valor agregado de seu produto que está
associado ao modo simbólico de expressão.
“Quando os bens simbólicos são envolvidos na lógica de produção industrial
passam a ser fruto de uma ininterrupta fabricação de signos baseados em velhos
clichês para o consumo (por exemplo, o artesanato: nostalgia, rusticidade,
tipicidade etc)”. Alfredo Bosi (1987)
12. E se pensarmos nos dois – artesão e artesanato - ao mesmo tempo, como exige
o mundo global, diante da constante reformulação da tríade mercadológica de
produção, circulação e consumo? Qual o encaminhamento?
13. Cultura, Educação e Criatividade
Se o desenvolvimento econômico e social contemporâneo está diretamente
associado à capacidade que o ser humano possui de simbolizar, da
capacidade criativa dos indivíduos e dos grupos.
Assim, é estratégico o investimento conjunto em educação e cultura, visando o estímulo à
interação entre as expressões culturais e o sistema educativo.
- Promover o reencontro entre as políticas culturais e da Educação para que
seja construída uma agenda comum e colaborativa?
- Qualificar a educação artística, implantando a educação patrimonial e incentivar o
livro e a leitura e à produção artística em escolas?
- Leis 10.639/2003 e 11.645/2008: obrigatoriedade das temáticas da história e da cultura
afro-brasileira e indígena nas escolas
14. Cultura, Comunicação e Democracia
MÍDIAS TRADICIONAIS
O monopólio dos meios de comunicação no Brasil tem focado na indústria
cultural de retorno lucrativo imediato, com pouca atenção à qualidade
cultural da programação
A televisão e o rádio são os equipamentos de produção e distribuição de bens simbólicos
mais disseminados, e por isso cumprem função relevante na vida cultural.
Agremiações de cultura e comunicação devem unir-se na luta pela regulamentação
dos artigos da CF/88 (Capítulo V-
Da Comunicação Social) que:
- Obriga as emissoras de rádio e televisão a adaptar sua programação ao principio da
regionalização da produção cultural, artísticas e jornalísticas
- Estabelece a preferência que deve ser dada às finalidades educativas,
artísticas, culturais e informativas
- Estabelece a preferência à promoção da cultura nacional e regional e à
produção independente.
15. Cultura, Comunicação e Democracia
NOVAS MÍDIAS
O cenário da Cibercultura (Cultura Contemporânea produzida a partir da
apropriação das tecnologias) nos trouxe três leis fundadoras (André Lemos):
1. A liberação do pólo da emissão: “Pode tudo na internet”, “tem de tudo
na internet”; 2. O princípio de conexão em rede: “a rede está em todos os
lugares”, conectividade generalizada; 3. Reconfiguração de formatos
midiáticos e práticas sociais.
Somos emissores de conteúdos, não apenas receptores.
Participamos de comunidades ativas (redes sociais) e compondo
inteligências coletivas
16. Cultura, Comunicação e Democracia
NOVAS MÍDIAS
Qual o público frequentador dos eventos culturais na Bahia? Qual a principal
faixa etária?
Qual a classe social predominante? Para qual tipo de atividade?
Quais os 2 principais meios de comunicação nos quais o público da Cultura se
informa?
17. Cultura, Comunicação e Democracia
NOVAS MÍDIAS
A jovem faixa etária 17 a 27 lê jornais? Assiste tv, ouve rádio? Acessa a internet
para se informar?
A tv é mais importante que o jornal impresso? Para que perfil de público? Para
que tipo de evento?
As redes sociais virtuais e as novas mídias são ferramentas de comunicação mais
ou menos poderosas para que targer público?
Estamos elegendo as mídias corretas para informar e formar públicos?
18.
19. Cultura, Comunicação e Democracia
NOVAS MÍDIAS
As novas TICs e a Globalização redimensionaram o espaço público. Há um novo
mercado da informação com outra rede de produção/circulação/consumo – uma
nova tríade reconfigurada pelo cidadão, inclusive (e não pelas empresas tradicionais
de comunicação)
Uma outra tríade de comunicação originada pela liberação do pólo de emissão e pela
web 2.0 (interatividade/formação de comunidade).
20. Cultura, Comunicação e Democracia
NOVAS MÍDIAS/NOVAS TECNOLOGIAS
As novas tecnologias e as novas mídias são instrumentos libertadores
para a produção, circulação e consumo de conteúdos, contribuindo
com a diversidade a partir dos próprios produtores de bens simbólicos.
-De que forma podemos nos apropriar desses instrumentos para colaborar com a
diversidade?
21. vídeo
Bernardo Machado aborda o primeiro eixo de debates da Conferência
Nacional de Cultura (Produção Simbólica e Diversidade Cultural),
em vídeo, disponível em
http://vimeo.com/6936827
22. SUGESTÕES (Minc) PARA NORTEAR A DISCUSSÃO DO EIXO TEMÁTICO
1) Existem iniciativas de fomento que contemplem a produção simbólica e a diversidade
cultural no seu município (incluindo a área rural, comunidades quilombolas e
indígenas )?
2) Quais espaços culturais existem em seu município?
3) Vocês conhecem todas as expressões artísticas e simbólicas do seu município? Elas
estão ameaçadas? Estão sendo preservadas?
4) Como interagem cultura e educação em seu município?
5) Existe algum meio de comunicação cuja programação seja voltada para sua região?
Como você toma conhecimento dos eventos culturais de sua cidade? E onde são
divulgadas as ações e eventos culturais do município e região?
6) Que ações de formação e utilização de novas tecnologias e novas mídias existem para
a produção de conteúdos culturais em redes digitais? Para a comunicação pública?
23. REFERÊNCIAS:
-DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL (UNESCO)
-TEXTO-BASE DA CONFERÊNCIA NACIONAL DE CULTURA (Minc)
-PRODUÇAO, DISTRIBUIÇÃO E CONSUMO DOS BENS SIMBÓLICOS: UMA REFLEXÃO SOBRE
OS PROGRAMAS DE APOIO AO ARTESANATO (Clovis dos Santos Dias Filho)
-O MERCADO DE BENS SIMBÓLICOS (Pierre Bourdieu)
-AS CULTURA POPULARES NO CAPITALISMO (Canclini)
-EIXO I - Produção Simbólica e Diversidade Cultural (MinC)
http://blogdaconferencia.com