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Espaços culturais – arte e educação na história de todos nós.
Maria Roseli Sousa Santos/ICAPE1
A compreensão de que a ação educativa em arte se insere nos espaços
formais e não-formais em diferentes contextos e culturas nos leva a fazer a
seguinte reflexão: De que espaços culturais se está falando? Que saberes
artísticos e estéticos são apropriados e produzidos nesses espaços? Que
caminhos metodológicos têm sido experimentados nas ações educativas nos
diversos espaços culturais? Quem tem assumido a condução dessas ações?
Não vamos nos depreender em maior parte às ações educativas
desenvolvidas no âmbito da arte no ensino regular, porém é relevante dar conta
que esta sempre foi uma bandeira de luta dos arte-educadores em todo o Brasil.
Uma conquista dos educadores em arte se deu com a da criação da Escolinha de
Arte, no Rio de Janeiro, por Augusto Rodrigues, em 1948, e que a partir daí,
como diz Barbosa (1994), muitas escolinha de arte foram surgindo no Brasil e
influenciaram com suas práticas o ensino primário e secundário das classes
experimentais depois de 1958. As escolinhas chegaram a dar consultorias de
arte-educação às escolas públicas com ‘treinamento’ aos professores até 1973.
Paulo Freire mesmo não envolvido diretamente com arte-educação participou
por alguns anos da diretoria da Escolinha de Arte de Recife.
A atuação em espaços culturais abertos como praças, ruas, parques
também objetiva a apropriação e desenvolvimento de saberes artísticos e
estéticos a partir da apreciação de obras e/ou manifestações culturais e tem
encontrado lugar nas práticas da pedagogia de rua e de animação cultural
muito presente em ações da área da assistência social e educação popular. Essas
ações na maioria das vezes têm como base os pressupostos da ação comunitária
e exige o conhecimento da realidade local, dos saberes culturais presentes na
comunidade, sua forma de organização; para o desenvolvimento de uma ação
1
Mestranda na UEPA e pesquisadora do Instituto Cabano de Assessoria e Pesquisa em Educação e
Cultura Popular/ICAPE.
que articule a cooperação, engajamento, liderança, planejamento, autonomia,
que para Marcellino (1995, p. 28), se traduz em:
A ação comunitária pode ser considerada como uma
alternativa operacional dentro de políticas de ação social, de modo
geral, e em especial e de forma privilegiada, no campo do lazer,
quando a organização que formula a política não quer ver sua ação
confundida ou reduzida à chamada “industria cultural”, devendo
portanto, revesti-la de características próprias.
Assim como a atuação dos educadores em museu, requer conhecimento
na área de museologia, a atuação em espaços abertos, como a rua e praças
requerem aprofundamento acerca de saberes culturais que se manifestam na
cotidianidade, o que implica a discussão sobre identidade cultural e sociologia
da cultura. A própria concepção de arte na contemporaneidade entra em
questão. A arte contemporânea apresenta uma arte que sai das galerias e
museus, de espaços culturais fechados e avança para as ruas. Um exemplo vivo
são as interferências urbanas tão difundidas da década de 60 para cá.
A necessidade de sair dos espaços sacralizados, fechados tem em boa
parte a intencionalidade da democratização do acesso à arte, a preocupação que
sem com isso é claro, é que não se perca em qualidade. No final da década de 90
ampliaram-se as políticas culturais que envolvem os setores públicos e privados
que desenvolve projetos cuja ação educativa objetiva a aproximação cada vez
mais interativa do público espectador com as obras de arte, fazendo-se
apropriar de saberes até então de acesso a poucos. Não só as manifestações das
artes visuais saem dos salões, das galerias, cinemas e museus, como é o caso do
Curta na rua (cinema ao ar livre), as exposições de obras em shopping e
calçadas, mas a própria arte de rua em sua esteticidade se expõe ao olhar
pensante dos transeuntes espectadores, como é o caso de grafite.
Há que se repensar o tratamento diferenciado que se dá sobre os objetos
e manifestações artísticas entre os espaços fechados do museu, casas de cultura,
galerias e os espaços de rua, parques, calçadas, sempre resguardando a
natureza desses lugares. Assim, uma atividade lúdico-expressiva desenvolvida
com uma criança em uma brinquedoteca se está fazendo exercitar os seus
direitos a um bem cultural múltiplo em seus significados culturais. O BRINCAR
– é para a criança uma manifestação simbólica e de linguagem, originariamente
de criação coletiva e necessária para a ampliação de seu repertório artístico e
estético.
O alcance da arte ao grande público é o que se quer atingir, porém mais
que atingi-lo, cabe municiá-lo de saberes necessários para que decifre os
códigos que ao longo dos séculos estiveram no poder de uma minoria. O
distanciamento presente nessa relação entre artista e o grande público,se
considerarmos os aspectos e relevância a que os espaços que acolhem os obras e
manifestações culturais tomaram na história de nossa sociedade é elucidada
por Peixoto(2003, p. 94) como:
O enclausuramento da arte em espaços específicos, o
desenvolvimento de códigos ritualísticos sofisticados, a formação de
um quadro de experts – do produtor ao vendedor; passando pelos
críticos de arte e professores – que alimenta a gama das inúmeras
intermediações para o acesso à produção para o consumo da arte, todo
esse conjunto de fatores gera e preserva a aura de grande arte
desconhecida pela maioria e valiosa como mercadoria - , indicadora de
um tipo de obra já agora denominada arte erudita, diferente da arte
popular, obviamente, é desmerecedora do status de grande arte.
A compreensão dessa realidade requer um educador em arte que esteja
em constante formação, que possa estabelecer os conhecimentos das tradições
culturais e as interferências e inovações das manifestações artístico-culturais da
contemporaneidade, portanto um trabalho sério em espaços culturais, implica a
estruturação de um plano de ação que tenha a clareza que a democratização do
acesso é um principio da educação em arte, posto que o alcance desses bens,
historicamente tem se constituído pela exclusão e desigualdades sociais.
É fundamental uma ação sócio-educativa dos espaços culturais para a
garantia de direitos a todos. Uma ação que possibilita a experiência e contato
direto com as múltiplas manifestações da cultura, fortalecendo as raízes
culturais e as inovações que marcam nossos referencias e, mais ainda,
ampliando seu sentido de identidade e diversidade na dinâmica viva do
patrimônio. Que estabeleça que a produção social do conhecimento em arte se
faça emergir da leitura critica na contato com o objeto artístico; a compreensão
da relação entre produtor e obra e ainda, das interferências e substancias do
repertorio contextual em que ele foi produzido atingindo a condição axiológica
na relação artista – obra – universo imaginário e real – público.
Mais do que permitir a compreensão do passado o objeto cultural
evidencia o presente e coloca o público em condições de se lançar ao futuro.
Uma ação viabilizada na análise e interpretação dos fenômenos culturais,
dando sentido às respostas que necessitamos para a nossa condição de seres
contemporâneos.
BIBLIOGRAFIA
BARBOSA, Ana Mae T.B. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 1994.
______________.Lazer e Ação Comunitária - a operacionalização da fase de deflagração – um
estudo de caso. Campinas, Faculdade de Educação Física/UNICAMP,1995
PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande publico, Campinas: são Paulo, Autores
Associados,2003.
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Espaços culturais – arte e educação na história de todos nós.

  • 1. Espaços culturais – arte e educação na história de todos nós. Maria Roseli Sousa Santos/ICAPE1 A compreensão de que a ação educativa em arte se insere nos espaços formais e não-formais em diferentes contextos e culturas nos leva a fazer a seguinte reflexão: De que espaços culturais se está falando? Que saberes artísticos e estéticos são apropriados e produzidos nesses espaços? Que caminhos metodológicos têm sido experimentados nas ações educativas nos diversos espaços culturais? Quem tem assumido a condução dessas ações? Não vamos nos depreender em maior parte às ações educativas desenvolvidas no âmbito da arte no ensino regular, porém é relevante dar conta que esta sempre foi uma bandeira de luta dos arte-educadores em todo o Brasil. Uma conquista dos educadores em arte se deu com a da criação da Escolinha de Arte, no Rio de Janeiro, por Augusto Rodrigues, em 1948, e que a partir daí, como diz Barbosa (1994), muitas escolinha de arte foram surgindo no Brasil e influenciaram com suas práticas o ensino primário e secundário das classes experimentais depois de 1958. As escolinhas chegaram a dar consultorias de arte-educação às escolas públicas com ‘treinamento’ aos professores até 1973. Paulo Freire mesmo não envolvido diretamente com arte-educação participou por alguns anos da diretoria da Escolinha de Arte de Recife. A atuação em espaços culturais abertos como praças, ruas, parques também objetiva a apropriação e desenvolvimento de saberes artísticos e estéticos a partir da apreciação de obras e/ou manifestações culturais e tem encontrado lugar nas práticas da pedagogia de rua e de animação cultural muito presente em ações da área da assistência social e educação popular. Essas ações na maioria das vezes têm como base os pressupostos da ação comunitária e exige o conhecimento da realidade local, dos saberes culturais presentes na comunidade, sua forma de organização; para o desenvolvimento de uma ação 1 Mestranda na UEPA e pesquisadora do Instituto Cabano de Assessoria e Pesquisa em Educação e Cultura Popular/ICAPE.
  • 2. que articule a cooperação, engajamento, liderança, planejamento, autonomia, que para Marcellino (1995, p. 28), se traduz em: A ação comunitária pode ser considerada como uma alternativa operacional dentro de políticas de ação social, de modo geral, e em especial e de forma privilegiada, no campo do lazer, quando a organização que formula a política não quer ver sua ação confundida ou reduzida à chamada “industria cultural”, devendo portanto, revesti-la de características próprias. Assim como a atuação dos educadores em museu, requer conhecimento na área de museologia, a atuação em espaços abertos, como a rua e praças requerem aprofundamento acerca de saberes culturais que se manifestam na cotidianidade, o que implica a discussão sobre identidade cultural e sociologia da cultura. A própria concepção de arte na contemporaneidade entra em questão. A arte contemporânea apresenta uma arte que sai das galerias e museus, de espaços culturais fechados e avança para as ruas. Um exemplo vivo são as interferências urbanas tão difundidas da década de 60 para cá. A necessidade de sair dos espaços sacralizados, fechados tem em boa parte a intencionalidade da democratização do acesso à arte, a preocupação que sem com isso é claro, é que não se perca em qualidade. No final da década de 90 ampliaram-se as políticas culturais que envolvem os setores públicos e privados que desenvolve projetos cuja ação educativa objetiva a aproximação cada vez mais interativa do público espectador com as obras de arte, fazendo-se apropriar de saberes até então de acesso a poucos. Não só as manifestações das artes visuais saem dos salões, das galerias, cinemas e museus, como é o caso do Curta na rua (cinema ao ar livre), as exposições de obras em shopping e calçadas, mas a própria arte de rua em sua esteticidade se expõe ao olhar pensante dos transeuntes espectadores, como é o caso de grafite. Há que se repensar o tratamento diferenciado que se dá sobre os objetos e manifestações artísticas entre os espaços fechados do museu, casas de cultura, galerias e os espaços de rua, parques, calçadas, sempre resguardando a natureza desses lugares. Assim, uma atividade lúdico-expressiva desenvolvida com uma criança em uma brinquedoteca se está fazendo exercitar os seus direitos a um bem cultural múltiplo em seus significados culturais. O BRINCAR
  • 3. – é para a criança uma manifestação simbólica e de linguagem, originariamente de criação coletiva e necessária para a ampliação de seu repertório artístico e estético. O alcance da arte ao grande público é o que se quer atingir, porém mais que atingi-lo, cabe municiá-lo de saberes necessários para que decifre os códigos que ao longo dos séculos estiveram no poder de uma minoria. O distanciamento presente nessa relação entre artista e o grande público,se considerarmos os aspectos e relevância a que os espaços que acolhem os obras e manifestações culturais tomaram na história de nossa sociedade é elucidada por Peixoto(2003, p. 94) como: O enclausuramento da arte em espaços específicos, o desenvolvimento de códigos ritualísticos sofisticados, a formação de um quadro de experts – do produtor ao vendedor; passando pelos críticos de arte e professores – que alimenta a gama das inúmeras intermediações para o acesso à produção para o consumo da arte, todo esse conjunto de fatores gera e preserva a aura de grande arte desconhecida pela maioria e valiosa como mercadoria - , indicadora de um tipo de obra já agora denominada arte erudita, diferente da arte popular, obviamente, é desmerecedora do status de grande arte. A compreensão dessa realidade requer um educador em arte que esteja em constante formação, que possa estabelecer os conhecimentos das tradições culturais e as interferências e inovações das manifestações artístico-culturais da contemporaneidade, portanto um trabalho sério em espaços culturais, implica a estruturação de um plano de ação que tenha a clareza que a democratização do acesso é um principio da educação em arte, posto que o alcance desses bens, historicamente tem se constituído pela exclusão e desigualdades sociais. É fundamental uma ação sócio-educativa dos espaços culturais para a garantia de direitos a todos. Uma ação que possibilita a experiência e contato direto com as múltiplas manifestações da cultura, fortalecendo as raízes culturais e as inovações que marcam nossos referencias e, mais ainda, ampliando seu sentido de identidade e diversidade na dinâmica viva do patrimônio. Que estabeleça que a produção social do conhecimento em arte se faça emergir da leitura critica na contato com o objeto artístico; a compreensão da relação entre produtor e obra e ainda, das interferências e substancias do
  • 4. repertorio contextual em que ele foi produzido atingindo a condição axiológica na relação artista – obra – universo imaginário e real – público. Mais do que permitir a compreensão do passado o objeto cultural evidencia o presente e coloca o público em condições de se lançar ao futuro. Uma ação viabilizada na análise e interpretação dos fenômenos culturais, dando sentido às respostas que necessitamos para a nossa condição de seres contemporâneos. BIBLIOGRAFIA BARBOSA, Ana Mae T.B. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 1994. ______________.Lazer e Ação Comunitária - a operacionalização da fase de deflagração – um estudo de caso. Campinas, Faculdade de Educação Física/UNICAMP,1995 PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande publico, Campinas: são Paulo, Autores Associados,2003. Foto: Roseli Sousa