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Sociolinguística
Profª Maria Glalcy Fequetia Dalcim
mariaglalcy@gmail.com
maria.dalcim@ifsp.edu.br
https://lingualem.wordpress.com
CEZÁRIO, M.M.; VOTRE, S. Sociolinguística. In:
MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Manual de
linguística. São Paulo: Contexto, 2016.
ALKMIM, T. Sociolinguística (parte I).In:
MUSSALIN, F.; BENTES, A. N. Introdução à
linguística: domínios e fronteiras. São Paulo:
Cortez, 2012.
CAMACHO, R. G. Sociolinguística(parte II).In:
MUSSALIN, F.; BENTES, A. N. Introdução à
linguística: domínios e fronteiras. São Paulo:
Cortez, 2012.
Sociolinguística
 Linguagem e sociedade – ligação inquestionável – base da
constituição do ser humano.
 Sociolinguística – relações entre linguagem e sociedade – natureza
histórica, contexto social de inserção do homem – concepções
particulares dos fenômenos linguísticos e compreensões distintas do
papel deste na vida social.
 A relação entre linguagem e sociedade encontra-se diretamente
ligada à questão da determinação do objeto de estudo da Linguística,
no entanto, é possível privilegiar uma determinada óptica.
Sociolinguística
 Augusto Schleicher – XIX – o desenvolvimento da
linguagem era comparável ao de uma planta que nasce,
cresce e morre segundo leis físicas. A linguagem é vista
como um organismo natural ao qual se aplica, portanto, o
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Século XX:
Ferdinand Saussure
Sociolinguística
Ferdinand Saussure: - a língua é o sistema invariante que pode
ser abstraído das múltiplas variações observáveis da fala. A
linguística terá como tarefa descrever o sistema formal, a língua
– abordagem imanente da língua, “tudo o que lhe seja estranho
ao organismo, ao seu sistema”. Língua – “produto social da
faculdade da linguagem” – sistema convencional adquirido
pelos indivíduos no convívio social. Privilegia o caráter formal e
estrutural do fenômeno linguístico. Saussure institucionaliza a
distinção entre Linguística Externa e Linguística Interna –
orientações formais se opõem a orientações contextuais.
Sociolinguística
Antonie Meillet – aluno de Saussure – a história das línguas é
inseparável da história da cultura e da sociedade – “não há
razões para lhes atribuir uma existência autônoma, um ser
particular. Esta é uma constatação óbvia, mas sem força, como a
maior parte das proposições evidentes. Pois, se a realidade de
uma língua não é algo de substancial, isto não significa que não
seja real. Esta realidade é, ao mesmo tempo, linguística e social”.
Sociolinguística
Mikhail Bakhtin – crítica a Saussure – “ A verdadeira substância
da língua não é constituída por um sistema abstrato de formas
linguísticas, nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo
ato psico-fisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno
social da interação verbal realizada através da enunciação ou
das enunciações. A interação verbal, constitui assim a realidade
fundamental da língua”.
Sociolinguística
 Roman Jakobson – relação entre linguagem e contexto social –
comunicação tem também um papel central. Critica Saussure e seu
princípio da homogeneidade do código linguístico – “não passa de uma
ficção desconcertante”, pois todo indivíduo participa de diferentes
comunidades linguísticas e todo código linguístico é “multiforme e
compreende uma hierarquia de subcódigos diversos, livremente
escolhidos pelo sujeito falante” – o ponto de partida é o processo
comunicativo amplo – destaque para o artigo “Linguística e Poética”, em
que o autor identifica os fatores constitutivos de todo ato de comunicação
verbal: o remetente, a mensagem, o destinatário, o contexto, o canal e o
código, determinando cada um, uma função de linguagem.
Sociolinguística
 Marcel Cohen – diálogo entre as ciências humanas – “os fenômenos
linguísticos se realizam no contexto variável dos acontecimentos sociais”,
no entanto assume o postulado saussuriano de que é preciso separar os
aspectos internos e externos dos estudos das línguas. Cohen assume a
questão das relações entre linguagem e sociedade a partir da
consideração de fatores externos, o que propicia estudos das relações
entre as divisões sociais e as variedades da linguagem – variedades rurais,
urbanas e de classes sociais, os estilos de linguagem (variedades formais e
informais), as formas de tratamento, a linguagem de grupos segregados
(jargão de estudantes, de marginais,, de profissionais, etc.)
Sociolinguística
 Émile Benveniste – linguística francesa – Análise do Discurso – para
Benveniste (1963), “é dentro da, e pela língua, que indivíduo e sociedade
se determinam mutuamente” – para o autor, a língua é a manifestação
concreta da faculdade humana da linguagem, isto é da faculdade humana
de simbolizar, construindo assim, a relação do homem com a natureza e
com os outros homens – “a linguagem sempre se realiza dentro de uma
língua, de uma estrutura linguística definida e particular, inseparável de
uma sociedade definida e particular”, logo, a língua e sociedade não
podem ser concebidas uma sem a outra.
Sociolinguística
 Émile Benveniste - defende que a questão da relação entre língua e
sociedade se resolve pela consideração da língua como instrumento de
análise da sociedade – a língua contem a sociedade e por isto é o
interpretante da sociedade: “a língua é necessariamente o instrumento
próprio para descrever, para conceitualizar, para interpretar tanto a
natureza quanto a experiência” – semantismo social – a língua permite que
o homem se situe na natureza e na sociedade, seja em uma classe de
autoridade ou de produção.
Sociolinguística
 O termo Sociolinguística – Congresso organizado por Willian Bright
(1964) na UCLA – John Gumperz, Einar Haugen Willian Labov, Dell Hymes,
John Fisher, José Pedro Rona. Desse congresso, em 1966, Bright publica o
texto introdutório “As dimensões da Sociolinguística” – “demonstrar a
covariação sistemática das variações linguísticas e social. Ou seja,
relacionar as variações linguísticas observáveis em uma comunidade ás
diferenciações existentes na estrutura social desta mesma sociedade”.
Sociolinguística
 Willian Bright - O autor destaca também uma conjunto de fatores
socialmente definidos que relaciona-se com a diversidade linguística:
a) a identidade social do emissor ou falante – no estudo dos dialetos de
classes sociais e das diferenças entre falas femininas e masculinas;
b) identidade social do receptor ou ouvinte – estudo das formas de
tratamento, baby talk;
c) o contexto social – estudo das diferenças entre a forma e a função dos
estilos formal e informal, existentes na grande maioria das línguas;
d) o julgamento social distinto que os falantes fazem do próprio
comportamento linguístico sobre o dos outros, isto é, as atitudes
linguísticas
Sociolinguística
 A Sociolinguística se constitui e floresce no momento em que o
formalismo, representado pela gramática de Chomsky, alcança enorme
repercussão. A constituição da Sociolinguística se fez a partir da atividade
de vários estudiosos e pesquisadores da chamada Antropologia Linguística
– linguagem, cultura e sociedade são considerados fenômenos
inseparáveis – acentuando seu caráter interdisciplinar.
Sociolinguística
 Dell Hymes (1962) – Etnografia da Fala – rebatizada como – Etnografia
da Comunicação – tem seu caráter interdisciplinar buscando contribuições
na Etnologia, Psicologia e Linguística – procura descrever e interpretar o
comportamento linguístico no contexto cultural. Em 1972, publica o artigo
“Models of the interaction of language and social life”- estabelecendo
princípios teóricos e metodológicos da Etnografia da Comunicação.
Sociolinguística
 Willian Labov (1963) – trabalho sobre a comunidade da ilha de Martha´s
Vineyard, no litoral de Massachusetts – relaciona fatores como idade, sexo,
ocupação, origem étnica e atitude e fixa um modelo de descrição e
interpretação – Sociolinguística Variacionaista ou Teoria da Variação.
Sociolinguística
 Joshua Aaron Fishman - (1972) “ uma situação é definida pela
coocorrência de dois (ou mais) interlocutores mutuamente relacionados
de uma maneira determinada, comunicando sobre um determinado
tópico, num contexto determinado”. Aprende-se falar na convivência –
“adquirem lenta e inconscientemente as competências comunicativas e
sociolinguísticas, como respeito ao uso apropriado da língua”. Fishman
(1970) discute da definição de uma variedade padrão como um ideal da
homogeneidade em meio á realidade concreta da variação linguística. As
línguas mudam incessantemente, e a definição de “certo”, do “agradável” e
do “adequado” também – o que é padrão pode tornar-se não padrão e o
que é considerado não padrão pode ser estabelecido como padrão.
Sociolinguística
 Sociolinguística – objeto, conceitos e pressupostos: o objeto da
Sociolinguística é o estudo da língua falada, observada, descrita e
analisada em seu contexto social, isto é, em situações reais de uso. Seu
ponto de partida é a comunidade linguística e ao estuda-la a constatação
mais imediata é a existência de diversidade ou da variação – Variedades
Linguísticas – o conjunto dessas variedades é chamado de Repertório
Verbal. Língua e Variação são inseparáveis: a Sociolinguística encara a
diversidade linguística não como um problema, mas como uma qualidade
constitutiva do fenômeno linguístico.
Sociolinguística
 Variação linguística - um recorte: todas as línguas do mundo são
sempre continuações históricas. No plano sincrônico, as variações
observadas nas línguas são relacionáveis a fatores diversos: geográfica, de
idade, sexo, etc. Três parâmetros básicos de variação:
a) Variação Geográfica ou Diatópica
b) Variação Social ou Diastrática
c) Variações Estilísticas ou Registros,
Sociolinguística
 Variação Geográfica ou Diatópica - está relacionada ás diferenças
linguísticas distribuídas no espaço físico, observáveis entre falantes de
origens geográficas distintas
 Variação Social ou Diastrática - está relacionada a um conjunto de fatores
que têm a ver com a identidade dos falantes e também com a organização
sociocultural da comunidade da fala – a) classe social; b) idade; c) sexo; d)
situação ou contexto social.
 Variações Estilísticas ou Registros - falantes diversificam sua fala – isto é,
usam estilos ou registros distintos em função das circunstâncias em que
ocorrem suas interações verbais. A terminologia para se referir aos
diferentes estilos de fala não é nada precisa. Utiliza-se expressões como
estilos formal, informal, coloquial, familiar, pessoal, etc.
Sociolinguística
 Há sempre uma ordenação valorativa das variedades linguísticas em suo,
que reflete a hierarquia dos grupos sociais. Constata-se, de modo muito
evidente, a existência de variedades de prestígio e de variedades não
prestigiadas na sociedade geral. A variedade padrão é a variedade
linguística socialmente mais valorizada, de reconhecido prestígio dentro
de uma comunidade, cujo uso é, normalmente, requerido em situações de
interação determinadas, definidas pela comunidade como próprias, em
função da formalidade da situação, do assunto tratado, da relação entre os
interlocutores, etc.
Sociolinguística
 Podemos afirmar que os julgamentos sociais ante a língua – ou melhor as
atitudes sociais – se baseiam em critérios não linguísticos: são julgamentos
de natureza política e não sócia – julgamos não a fala, mas o falante, e o
fazemos em função de sua inserção na estrutura social. A intolerância
linguística é um dos comportamentos sociais mais facilmente observáveis,
seja na mídia, nas relações sociais cotidianas, nos espaços institucionais,
etc. Aprende-se a variedade a que se é exposto, e não há nada de errado
com essas variedades.
Sociolinguística
 “Se as línguas naturais humanas consistem em sistemas organizados de
forma e conteúdo, seria estranho que a variação não fosse uma de suas
propriedades mais marcantes e significativas. Na realidade, a diversidade é
uma propriedade funcional e inerente dos sistemas linguísticos, e o papel
da sociolinguística é exatamente enfocá-la como objeto de estudo, em
suas determinações linguísticas e não linguísticas”. (CAMANHO, p.60)
Sociolinguística
 “Vale lembrar a forte correlação entre variação e mudança. Toda mudança
é o resultado de algum processo de variação, em que ainda coexistam a
substituta e a substituída, embora o inverso não seja verdadeiro, isto é,
nem todo processo de variação resulta necessariamente numa mudança
diacrônica, caso me que a variação e estável e funciona como indicador de
diferenças sociais” (CAMACHO, p. 61)
 Variantes e variáveis linguísticas representam duas ou mais formas
alternativas de dizer a mesma coisa no mesmo contexto.
 Tarallo (1985) – a variação consiste numa espécie de caos organizado,
cujos princípios merecem ser escrutinados.
Sociolinguística
 “O problema da relação entre norma padrão e diversidade linguística,
aparentemente pedagógico, cruza linhas com a questão social e linguística
da adequação de variedades não cultas como sistemas de comunicação.
Para um sociolinguista, variações linguísticas podem classificar-se com
base numa oposição entre um modelo da diferença verbal e um modelo
da deficiência verbal. O modelo da deficiência considera diferenças
verbais como desvios da norma padrão, que, como vimos, está mais
próxima das classes mais privilegiadas. O modelo da diferença considera
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deficiente, nem inerentemente inferior ao de variedades cultas.”
(CAMACHO, p. 78)

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Sociolinguística: variação linguística e contexto social

  • 1. Sociolinguística Profª Maria Glalcy Fequetia Dalcim mariaglalcy@gmail.com maria.dalcim@ifsp.edu.br https://lingualem.wordpress.com
  • 2. CEZÁRIO, M.M.; VOTRE, S. Sociolinguística. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Manual de linguística. São Paulo: Contexto, 2016. ALKMIM, T. Sociolinguística (parte I).In: MUSSALIN, F.; BENTES, A. N. Introdução à linguística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2012. CAMACHO, R. G. Sociolinguística(parte II).In: MUSSALIN, F.; BENTES, A. N. Introdução à linguística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2012.
  • 3. Sociolinguística  Linguagem e sociedade – ligação inquestionável – base da constituição do ser humano.  Sociolinguística – relações entre linguagem e sociedade – natureza histórica, contexto social de inserção do homem – concepções particulares dos fenômenos linguísticos e compreensões distintas do papel deste na vida social.  A relação entre linguagem e sociedade encontra-se diretamente ligada à questão da determinação do objeto de estudo da Linguística, no entanto, é possível privilegiar uma determinada óptica.
  • 4. Sociolinguística  Augusto Schleicher – XIX – o desenvolvimento da linguagem era comparável ao de uma planta que nasce, cresce e morre segundo leis físicas. A linguagem é vista como um organismo natural ao qual se aplica, portanto, o conceito de evolução, desenvolvido por Darwin. Século XX: Ferdinand Saussure
  • 5. Sociolinguística Ferdinand Saussure: - a língua é o sistema invariante que pode ser abstraído das múltiplas variações observáveis da fala. A linguística terá como tarefa descrever o sistema formal, a língua – abordagem imanente da língua, “tudo o que lhe seja estranho ao organismo, ao seu sistema”. Língua – “produto social da faculdade da linguagem” – sistema convencional adquirido pelos indivíduos no convívio social. Privilegia o caráter formal e estrutural do fenômeno linguístico. Saussure institucionaliza a distinção entre Linguística Externa e Linguística Interna – orientações formais se opõem a orientações contextuais.
  • 6. Sociolinguística Antonie Meillet – aluno de Saussure – a história das línguas é inseparável da história da cultura e da sociedade – “não há razões para lhes atribuir uma existência autônoma, um ser particular. Esta é uma constatação óbvia, mas sem força, como a maior parte das proposições evidentes. Pois, se a realidade de uma língua não é algo de substancial, isto não significa que não seja real. Esta realidade é, ao mesmo tempo, linguística e social”.
  • 7. Sociolinguística Mikhail Bakhtin – crítica a Saussure – “ A verdadeira substância da língua não é constituída por um sistema abstrato de formas linguísticas, nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo ato psico-fisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social da interação verbal realizada através da enunciação ou das enunciações. A interação verbal, constitui assim a realidade fundamental da língua”.
  • 8. Sociolinguística  Roman Jakobson – relação entre linguagem e contexto social – comunicação tem também um papel central. Critica Saussure e seu princípio da homogeneidade do código linguístico – “não passa de uma ficção desconcertante”, pois todo indivíduo participa de diferentes comunidades linguísticas e todo código linguístico é “multiforme e compreende uma hierarquia de subcódigos diversos, livremente escolhidos pelo sujeito falante” – o ponto de partida é o processo comunicativo amplo – destaque para o artigo “Linguística e Poética”, em que o autor identifica os fatores constitutivos de todo ato de comunicação verbal: o remetente, a mensagem, o destinatário, o contexto, o canal e o código, determinando cada um, uma função de linguagem.
  • 9. Sociolinguística  Marcel Cohen – diálogo entre as ciências humanas – “os fenômenos linguísticos se realizam no contexto variável dos acontecimentos sociais”, no entanto assume o postulado saussuriano de que é preciso separar os aspectos internos e externos dos estudos das línguas. Cohen assume a questão das relações entre linguagem e sociedade a partir da consideração de fatores externos, o que propicia estudos das relações entre as divisões sociais e as variedades da linguagem – variedades rurais, urbanas e de classes sociais, os estilos de linguagem (variedades formais e informais), as formas de tratamento, a linguagem de grupos segregados (jargão de estudantes, de marginais,, de profissionais, etc.)
  • 10. Sociolinguística  Émile Benveniste – linguística francesa – Análise do Discurso – para Benveniste (1963), “é dentro da, e pela língua, que indivíduo e sociedade se determinam mutuamente” – para o autor, a língua é a manifestação concreta da faculdade humana da linguagem, isto é da faculdade humana de simbolizar, construindo assim, a relação do homem com a natureza e com os outros homens – “a linguagem sempre se realiza dentro de uma língua, de uma estrutura linguística definida e particular, inseparável de uma sociedade definida e particular”, logo, a língua e sociedade não podem ser concebidas uma sem a outra.
  • 11. Sociolinguística  Émile Benveniste - defende que a questão da relação entre língua e sociedade se resolve pela consideração da língua como instrumento de análise da sociedade – a língua contem a sociedade e por isto é o interpretante da sociedade: “a língua é necessariamente o instrumento próprio para descrever, para conceitualizar, para interpretar tanto a natureza quanto a experiência” – semantismo social – a língua permite que o homem se situe na natureza e na sociedade, seja em uma classe de autoridade ou de produção.
  • 12. Sociolinguística  O termo Sociolinguística – Congresso organizado por Willian Bright (1964) na UCLA – John Gumperz, Einar Haugen Willian Labov, Dell Hymes, John Fisher, José Pedro Rona. Desse congresso, em 1966, Bright publica o texto introdutório “As dimensões da Sociolinguística” – “demonstrar a covariação sistemática das variações linguísticas e social. Ou seja, relacionar as variações linguísticas observáveis em uma comunidade ás diferenciações existentes na estrutura social desta mesma sociedade”.
  • 13. Sociolinguística  Willian Bright - O autor destaca também uma conjunto de fatores socialmente definidos que relaciona-se com a diversidade linguística: a) a identidade social do emissor ou falante – no estudo dos dialetos de classes sociais e das diferenças entre falas femininas e masculinas; b) identidade social do receptor ou ouvinte – estudo das formas de tratamento, baby talk; c) o contexto social – estudo das diferenças entre a forma e a função dos estilos formal e informal, existentes na grande maioria das línguas; d) o julgamento social distinto que os falantes fazem do próprio comportamento linguístico sobre o dos outros, isto é, as atitudes linguísticas
  • 14. Sociolinguística  A Sociolinguística se constitui e floresce no momento em que o formalismo, representado pela gramática de Chomsky, alcança enorme repercussão. A constituição da Sociolinguística se fez a partir da atividade de vários estudiosos e pesquisadores da chamada Antropologia Linguística – linguagem, cultura e sociedade são considerados fenômenos inseparáveis – acentuando seu caráter interdisciplinar.
  • 15. Sociolinguística  Dell Hymes (1962) – Etnografia da Fala – rebatizada como – Etnografia da Comunicação – tem seu caráter interdisciplinar buscando contribuições na Etnologia, Psicologia e Linguística – procura descrever e interpretar o comportamento linguístico no contexto cultural. Em 1972, publica o artigo “Models of the interaction of language and social life”- estabelecendo princípios teóricos e metodológicos da Etnografia da Comunicação.
  • 16. Sociolinguística  Willian Labov (1963) – trabalho sobre a comunidade da ilha de Martha´s Vineyard, no litoral de Massachusetts – relaciona fatores como idade, sexo, ocupação, origem étnica e atitude e fixa um modelo de descrição e interpretação – Sociolinguística Variacionaista ou Teoria da Variação.
  • 17. Sociolinguística  Joshua Aaron Fishman - (1972) “ uma situação é definida pela coocorrência de dois (ou mais) interlocutores mutuamente relacionados de uma maneira determinada, comunicando sobre um determinado tópico, num contexto determinado”. Aprende-se falar na convivência – “adquirem lenta e inconscientemente as competências comunicativas e sociolinguísticas, como respeito ao uso apropriado da língua”. Fishman (1970) discute da definição de uma variedade padrão como um ideal da homogeneidade em meio á realidade concreta da variação linguística. As línguas mudam incessantemente, e a definição de “certo”, do “agradável” e do “adequado” também – o que é padrão pode tornar-se não padrão e o que é considerado não padrão pode ser estabelecido como padrão.
  • 18. Sociolinguística  Sociolinguística – objeto, conceitos e pressupostos: o objeto da Sociolinguística é o estudo da língua falada, observada, descrita e analisada em seu contexto social, isto é, em situações reais de uso. Seu ponto de partida é a comunidade linguística e ao estuda-la a constatação mais imediata é a existência de diversidade ou da variação – Variedades Linguísticas – o conjunto dessas variedades é chamado de Repertório Verbal. Língua e Variação são inseparáveis: a Sociolinguística encara a diversidade linguística não como um problema, mas como uma qualidade constitutiva do fenômeno linguístico.
  • 19. Sociolinguística  Variação linguística - um recorte: todas as línguas do mundo são sempre continuações históricas. No plano sincrônico, as variações observadas nas línguas são relacionáveis a fatores diversos: geográfica, de idade, sexo, etc. Três parâmetros básicos de variação: a) Variação Geográfica ou Diatópica b) Variação Social ou Diastrática c) Variações Estilísticas ou Registros,
  • 20. Sociolinguística  Variação Geográfica ou Diatópica - está relacionada ás diferenças linguísticas distribuídas no espaço físico, observáveis entre falantes de origens geográficas distintas  Variação Social ou Diastrática - está relacionada a um conjunto de fatores que têm a ver com a identidade dos falantes e também com a organização sociocultural da comunidade da fala – a) classe social; b) idade; c) sexo; d) situação ou contexto social.  Variações Estilísticas ou Registros - falantes diversificam sua fala – isto é, usam estilos ou registros distintos em função das circunstâncias em que ocorrem suas interações verbais. A terminologia para se referir aos diferentes estilos de fala não é nada precisa. Utiliza-se expressões como estilos formal, informal, coloquial, familiar, pessoal, etc.
  • 21. Sociolinguística  Há sempre uma ordenação valorativa das variedades linguísticas em suo, que reflete a hierarquia dos grupos sociais. Constata-se, de modo muito evidente, a existência de variedades de prestígio e de variedades não prestigiadas na sociedade geral. A variedade padrão é a variedade linguística socialmente mais valorizada, de reconhecido prestígio dentro de uma comunidade, cujo uso é, normalmente, requerido em situações de interação determinadas, definidas pela comunidade como próprias, em função da formalidade da situação, do assunto tratado, da relação entre os interlocutores, etc.
  • 22. Sociolinguística  Podemos afirmar que os julgamentos sociais ante a língua – ou melhor as atitudes sociais – se baseiam em critérios não linguísticos: são julgamentos de natureza política e não sócia – julgamos não a fala, mas o falante, e o fazemos em função de sua inserção na estrutura social. A intolerância linguística é um dos comportamentos sociais mais facilmente observáveis, seja na mídia, nas relações sociais cotidianas, nos espaços institucionais, etc. Aprende-se a variedade a que se é exposto, e não há nada de errado com essas variedades.
  • 23. Sociolinguística  “Se as línguas naturais humanas consistem em sistemas organizados de forma e conteúdo, seria estranho que a variação não fosse uma de suas propriedades mais marcantes e significativas. Na realidade, a diversidade é uma propriedade funcional e inerente dos sistemas linguísticos, e o papel da sociolinguística é exatamente enfocá-la como objeto de estudo, em suas determinações linguísticas e não linguísticas”. (CAMANHO, p.60)
  • 24. Sociolinguística  “Vale lembrar a forte correlação entre variação e mudança. Toda mudança é o resultado de algum processo de variação, em que ainda coexistam a substituta e a substituída, embora o inverso não seja verdadeiro, isto é, nem todo processo de variação resulta necessariamente numa mudança diacrônica, caso me que a variação e estável e funciona como indicador de diferenças sociais” (CAMACHO, p. 61)  Variantes e variáveis linguísticas representam duas ou mais formas alternativas de dizer a mesma coisa no mesmo contexto.  Tarallo (1985) – a variação consiste numa espécie de caos organizado, cujos princípios merecem ser escrutinados.
  • 25. Sociolinguística  “O problema da relação entre norma padrão e diversidade linguística, aparentemente pedagógico, cruza linhas com a questão social e linguística da adequação de variedades não cultas como sistemas de comunicação. Para um sociolinguista, variações linguísticas podem classificar-se com base numa oposição entre um modelo da diferença verbal e um modelo da deficiência verbal. O modelo da deficiência considera diferenças verbais como desvios da norma padrão, que, como vimos, está mais próxima das classes mais privilegiadas. O modelo da diferença considera que as variedades populares constituem um sistema linguístico nem deficiente, nem inerentemente inferior ao de variedades cultas.” (CAMACHO, p. 78)