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A NECESSIDADE DE UM CENTRO CULTURAL PARA A POPULAÇÃO DE
MARINGÁ
Carla Narezi Guizelini -
1
Patrícia Cristina Sória -
2
RESUMO:
Neste artigo iremos discutir a necessidade de um centro cultural que
proporcione à população de Maringá o seu desenvolvimento em relação à
expressão cultural. Compreender os valores da cultura para sua sociedade, a
importância da arte como expressão, e em que medida o ensino da prática
artística estimula a imaginação e a criatividade, e o desenvolvimento dos
sentidos do individuo. Bem como os meios necessários, como a estrutura e a
organização de um centro cultural que beneficie a expressão cultural da
população, relacionando a infraestrutura do Centro de Ação Cultural de
Maringá com outro modelo de Centro Cultural. Por meio desta pesquisa, foi
possível observar que população e cultura são indissociáveis, visto que ambos
se influenciam mutuamente. Sendo assim, a realização de um plano de ação
no Centro de Ação Cultural de Maringá deve possibilitar um funcionamento
adequado, garantindo a sua população a vivencia mais abrangente da arte.
Assim, o individuo torna-se capaz através de sua expressar seus
questionamentos e reflexões. Este projeto fora desenvolvido por meio da
pesquisa bibliográfica, utilizando como fonte, artigos acerca dos principais
centros culturais do país, livros sobre a importância da arte, criatividade, leis e
decretos na área da cultura e educação.
Palavras-chave: Cultura, Centro Cultural, Arte.
ABSTRACT:
In this article we will discuss the need for a cultural center that gives the
population of Maringa its development in relation to cultural expression.
Understand the cultural values to their society, the importance of art as an
expression, and to what extent the teaching of artistic practice stimulates
imagination and creativity, and development of the individual's senses. As well
as the necessary means, such as the structure and organization of a cultural
center that will benefit the cultural expression of the population, relating to
infrastructure Maringa Cultural Action Center with another model Cultural
Centre. Through this research, it was observed that population and culture are
inseparable, as both influence each other. Thus, the realization of an action
plan at the Cultural Action Center of Maringa should allow proper operation,
ensuring its people the most comprehensive experiences of art. Thus, the
individual becomes able through its express their questions and reflections. This
project was developed through literature, using as source articles about the
main cultural centers of the country, books on the importance of art, creativity,
laws and decrees in the field of culture and education.
Keywords: Culture, Cultural Center, Art.
1
Acadêmica do curso de Licenciatura em Artes Visuais da UNICESUMAR
2
Professora orientadora do curso de Licenciatura em Artes Visuais da UNICESUMAR
2
1. INTRODUÇÃO
A sociedade está sempre envolvida em seu contexto cultural, pois a
mesma influencia transforma a sociedade e consequentemente a sociedade
modifica ou transforma a cultura. Entretanto hoje prevalece uma cultura
padronizada, com a comunicação sendo influenciadora das ações da
sociedade, alienando, resumindo as ações em trabalho e consumo. Há falta da
capacidade e sensibilidade interpretativa por parte da população na
comunicação. Assim na sociedade também há carência de conhecimento sobre
a arte e consequentemente na expressão e interpretação da cultura popular.
Reconhecemos por tanto a importância da cultura, tal qual o valor da sua
expressão por meio da arte.
Observando o descaso e desvalorização com a cultura, mais
especificamente com o Centro de Ação Cultural de Maringá, se torna
necessária pesquisar a importante função que um centro cultural tem à sua
população. Tal descaso dificulta a participação da própria em seus projetos,
provocando um atraso no conhecimento cultural, isolando Maringá em relação
às grandes cidades. Analisar outros modelos de centros culturais junto às leis
de incentivo à cultura, com a proposta da arte como ferramenta reflexiva para o
centro cultural de Maringá, proporciona um desenvolvimento à população?
Em primeiro momento abordaremos a importância de um centro cultural
para a sociedade, entretanto para entendermos a relevância desta instituição
discutiremos o que vem ser a cultura, seu conceito por meio da história,
conhecendo seus significados, seus elementos e funções. Posteriormente
discutiremos a arte e o seu papel na cultura, objetivando a necessidade desta
como expressão popular. Veremos algumas medidas políticas históricas
tomadas para que a expressão e o desenvolvimento da cultura pudessem
acontecer.
Posteriormente abordaremos a relevância da arte e sua prática ao aluno,
trabalhadas em instituições alternativas como, por exemplo, Centros Culturais,
comentando como o ensino de determinada linguagem artística pode
desenvolver o individuo em sua totalidade. Bem como conceitos de imaginação
3
e criatividade na visão de alguns autores, como fatores relevantes para o
desenvolvimento e expressão da cultura.
Em seguida, mostraremos as possíveis ações culturais de acordo com
as políticas publicas de incentivo a cultura, através de convenções, projetos,
leis e decretos. Por meio de um recorte histórico, conheceremos o conceito de
Centro Cultural, e como ele surgiu. O primeiro do nosso país é hoje, modelo de
Centro para os outros estados, o Centro Cultural de São Paulo. Nascido anos
mais tarde conheceremos também o Centro de Ação Cultural de Maringá e sua
atuação no município.
2. CULTURA
De acordo com Santos (1996, p. 27) “Cultura é palavra de origem latina
e em seu significado está ligada às atividades agrícolas. Vem do verbo latino
colere, que quer dizer cultivar.” Este primeiro significado, cultivar, mesmo
tratando de uma produção humana, hoje essa ação faz parte de uma definição
mais ampla e complexa do que seja cultura.
Pensadores romanos antigos ampliaram esse significado e a usaram
para se referir ao refinamento pessoal, e isso está presente na
expressão cultura da alma. Como sinônimo de refinamento,
sofisticação pessoal, educação elaborada de uma pessoa, cultura foi
usada constantemente desde então e é até hoje. (SANTOS, 1996,
p.27).
Tendo, portanto um significado mais amplo, abrangendo questões não
apenas materiais e concretas, mas também imaterial, ou seja, questões
intelectuais, como conhecimento e até mesmo comportamento. Também
observa-se a auto valorização no termo usado pelos romanos, como sendo
uma questão de status, uma visão elitista de sua própria condição,
determinando que povos sem o mesmo intelecto não tenha cultura. Mesmo
sendo antigo e obsoleto, ainda escutamos atualmente pessoas dizendo cultura
neste sentido de superioridade.
Entretanto se entendemos como cultura uma ideia abrangente, a fim de
comparar povos diferentes a palavra será usada expressando as condições de
vida e características em sua totalidade (Santos, 1996, p.29). Sendo toda e
qualquer produção e expressão humana uma cultura, cada pessoa tem sua
4
cultura em particular, que está inserida em um contexto de cultura maior, em
um território e população maior. “[...] cultura é a dimensão da sociedade que
inclui todo o conhecimento num sentido ampliado e todas as maneiras como
esse conhecimento é expresso. É uma dimensão dinâmica, criadora, [...]
fundamental das sociedades contemporâneas.” (SANTOS, 1996, p. 50)
Sendo o modo de produção capitalista vigente, tendo o consumo como
uma de suas fontes lucrativas, “exige mecanismos culturais adequados,
capazes de transmitir mensagens com rapidez para grandes quantidades de
pessoas” (Santos, 1996, p.66). A comunicação é uma ferramenta para essa
troca de informações entre as instituições e a massa, um diálogo, influenciando
ideias, comportamentos, ações, lazer, educação, saúde, e, portanto a cultura.
A indústria cultural [...] absolutiza a imitação. Reduzida a puro estilo,
trai o seu segredo: a obediência à hierarquia social. A barbárie
estética realiza hoje a ameaça que pesa sobre as criações espirituais
desde o dia em que foram colecionadas e neutralizadas como cultura.
(LIMA, 2000, p. 179)
A industrialização como produção humana, de fins lucrativos, produzindo
itens para a sobrevivência ou apenas para o consumo, ano após ano, fazendo
parte da vida, da sociedade, portanto, da cultura. “A máquina gira em torno do
seu próprio eixo. Chegando ao ponto de determinar o consumo, afasta como
risco inútil aquilo que ainda não foi experimentado” (LIMA, 2000, p.182). A
indústria começa a produzir também cultura, no meio artístico junto aos meios
de comunicação. Segundo Costa (2004, p.46) a criação da indústria cultural,
deu-se no século XVIII, quando a arte encontrou barreiras em meio à
tecnologia e produção em série de bens culturais. Para Lima ( 2000, p. 188)
“não sublima, mas reprime e sufoca [...] A reprodução mecânica do belo, que a
exaltação reacionária da “cultura”, com a idolatria sistemática da
individualidade favorece tanto mais fatalmente.”
De acordo com Freire (1977, p.83), “Nas sociedades massificadas os
indivíduos “pensam” e agem de acordo com as prescrições que recebem
diariamente dos chamados meios de comunicação”. Considera-se que essa
condição exige uma homogeneização da vida da sociedade através de uma
cultura capaz, facilitando e passando barreiras sociais para enfim ter controle
da população, da massa (SANTOS, 1996, p.68). “Na realidade, é neste círculo
5
de manipulações e necessidades derivadas que a unidade do sistema se
restringe sempre mais” (LIMA, 2000, p.170).
Nessas sociedades, em que tudo ou quase tudo é pré-fabricado e o
comportamento é quase automatizado, os indivíduos “se perdem”
porque não tem de “arriscar-se”. Não tem de pensar em torno das
coisas mais insignificantes; há sempre um manual que diz o que ser
feito na situação “A” ou na situação “B”. Raramente se faz necessário
parar na esquina de uma rua para pensar em que direção seguir. Há
sempre uma flecha que desproblematiza a situação. (FREIRE, 1977,
p. 83)
Ainda Lima (2000, p.172) há uma hierarquia de qualidade na produção
de cultura, a qual o mais importante seja a quantificação. “Para o consumidor,
não há mais nada a classificar que o esquematismo da produção já não tenha
antecipadamente classificado.” (LIMA, 2000, p.173). Vemos então a
comunicação como controle social “produz conseqüências objetivas nas visões
de mundo das várias camadas da população, em seus planos de vida, em seus
modos de agir” (Santos, 1996, p.70). Essa situação, de conforto sobre a vida, é
de interesse da classe dominante, que a população não problematize assuntos
e fatos do seu meio; da sua vida; que não questione e não expresse.
Entretanto quando há arte, “a população oprimida emerge na cultura
com expressões fortes, próprias, generalizadas e reconhecidas.” (Santos,
1996, p.60) Pois a arte possibilita ao ser humano expressar seus
questionamentos e mostrar este problema para os observadores. Para Fischer
(1963, p.13), “A arte é o meio indispensável para esta união do indivíduo como
o todo; reflete a infinita capacidade humana para a associação, para a
circulação de experiências e idéias.”
[...] ação cultural para a libertação se caracteriza pelo diálogo, [...] a
ação cultural para a domesticação procura embotar as consciência. A
primeira problematiza; a segunda “sloganiza”. Desta forma, o
fundamental na primeira modalidade de ação cultural, no próprio
processo de organização das classes dominadas, é possibilitar a
estas a compreensão crítica da verdade de sua realidade. (FREIRE,
1977, p.81)
Este termo “ação cultural” usado por Freire diz respeito à educação de
um modo geral, a produção e o comportamento do povo frente aos fatos.
Portanto vendo a importância da arte para o homem, como diz Fischer, e a
necessidade do povo de compreender sua realidade, temos a arte como uma
6
forte linguagem para a expressão da sociedade. Em sua expressão “toda arte é
condicionada pelo seu tempo e representa a humanidade em consonância com
as ideias e aspirações, as necessidades e as esperanças de uma situação
histórica particular.” (Fischer, 1963, p. 17) Na expressão do homem para sua
sociedade, mesmo que expresse o seu eu, ela sempre vai estar ligada a sua
história, aos seus questionamentos e ao seu meio social. Segundo Fischer
(1963, p. 57):
A arte pode elevar o homem de um estado de fragmentação a um
estado de ser íntegro, total. A arte capacita o homem para
compreender a realidade e o ajuda não só a suportá-la como a
transformá-la, aumentando-lhe a determinação de torná-la mais
humana e mais hospitaleira para a humanidade. A arte, ela própria, é
uma realidade social.
Atentando na importância da cultura na sociedade, tanto em seu
conhecimento histórico, participação e ainda na expressão, seja como arte
acadêmica, popular ou para entretenimento. Sendo representação do real ou a
fuga dessa realidade, a arte faz-se necessária nessa constante construção e
manifestação da cultura.
Segundo Ramos (2007), houve um crescimento significativo durante o
século XX, tanto do público consumidor de cultura quanto do campo artístico-
cultural, sobretudo na América Latina e também nos países desenvolvidos.
Crescendo o público e as próprias manifestações e atividades culturais,
aumentam, portanto, a variedade de “profissões ligadas a cultura e o sistema
cultural se tornou cada vez mais complexo” (RAMOS, 2007, p. 58).
Envolvendo a população e até mesmo novas profissões, essa
organização social busca políticas que as embasam para uma melhor produção
cultural. Assim, Ramos (2007, p.60) afirma que:
Desde os anos 70, a UNESCO, órgão das Nações Unidas para a
educação e a cultura, vem promovendo encontros internacionais para
debater o tema e estabelecer diretrizes e propostas de ação em um
panorama global. Nesses encontros, tem sido reafirmada a
necessidade de regulamentar as atividades artístico-culturais, de
valorizar a figura do artistas e de criar mecanismos para promover e
impulsionar a criação e circulação de bens simbólicos.
Em 2006, a UNESCO elabora a convenção sobre a proteção e
promoção da diversidade das expressões culturais, na qual enfatiza o respeito
7
e o valor da arte e a cultural a nível internacional, tal qual a importância em
preservá-las e promove-las por meio de políticas culturais. “Ciente de que a
diversidade cultural se fortalece mediante a livre circulação de idéias e se nutre
das trocas constantes e da interação entre culturas,” (UNESCO, 2006, p.3)
dentre vários objetivos citados na Convenção, vale destacar o primeiro objetivo
do artigo um: “proteger e promover a diversidade das expressões culturais;”.
Segundo Ramos (2007, p. 62), as políticas culturais do Estado, no Brasil,
ganhou mais consistência com a promulgação, em 1986, da Lei Sarney de
incentivos fiscais. Em 1985 houve a criação do Ministério da Cultura. Com a
mudança de partido político a Lei Sarney é revogada e por pressões é
sancionada uma segunda lei renomeada como a Lei Rouanet, e através desta,
foi criado o Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC). Posteriormente
houve várias leis de incentivo à cultura a nível nacional, “Estadual e Municipal,
gerando um crescimento significativo dos investimentos em cultura no país [...],
acompanhado da profissionalização e especialização crescente entre os
trabalhadores da área.” (RAMOS, 2007, p.63).
As leis de ações culturais objetivam várias propostas à sociedade e à
cultura, para além do papel da educação sobre a diversidade cultural, a
vivência da experiência artística, o ensino da prática e a expressão da
sociedade podem desenvolver o individuo em sua totalidade. Assim veremos
como este ensino da prática artística pode beneficiar o próprio individuo, e em
seu contexto, como este atuará em sua sociedade, produzindo cultura.
3. O ENSINO DA PRÁTICA ARTÍSTICA COMO ESTIMULAÇÃO DA
IMAGINAÇÃO E DA CRIATIVIDADE
De um modo geral o objetivo da educação para Read é de (2001, p.9)
“[...] propiciar o crescimento do que é individual em cada ser humano, ao
mesmo tempo em que harmoniza a individualidade assim desenvolvida com a
unidade orgânica do grupo social ao qual o individuo pertence.” Para atingimos
esse objetivo de desenvolver e formar o indivíduo, temos como ferramenta de
ensino, o conhecimento, o qual é transmitido nas escolas e demais instituições.
8
Nas quais o conhecimento está dividido em disciplinas, e aqui vamos discutir
sobre a arte.
O sistema educacional de hoje permite uma vasta latitude no ensino
da arte e do desenho artístico em vários estágios, mas, de maneira
geral, pode-se afirmar que ele só permite um mínimo disso nos
primeiros estágios, decrescendo esse mínimo progressivamente à
medida que a criança avança, com exceção da criança que é
encaminhada para cursos de treinamento vocacional oferecidos pelas
primeiras séries da Escola de Arte [...] (READ, 2001, p.240)
Na escola de ensino regular, a arte como disciplina abrange uma
variedade de conteúdos históricos, sociais e atividades que ilustram a arte de
forma didática, porém não trabalha com a materialidade da arte, com o
desenvolvimento da percepção por meio da linguagem artística. Então
atentamos para as instituições que ensinam a arte, voltada para este ensino da
prática, da habilidade, pois, segundo Costa (2004, p.13), há uma importância
da arte colocada em novas teorias sobre inteligência humana, da qual afirma
que além da inteligência caracterizada pela capacidade lógica, nossa mente, se
revela através de habilidades como a sensibilidade às cores, sons e também
imagens, portanto expressarmos através das linguagens artísticas torna-nos
mais inteligentes.
Usaremos como exemplo uma linguagem base para as artes visuais, o
desenho, o qual para Edwards (2000 p.32) com a experiência de desenhar, o
individuo desenvolve um novo olhar, tendo a capacidade de percepção das
coisas de uma maneira mais ampla, observando as possibilidades em novos
padrões e combinações. A autora também aponta que existem “Novas
modalidades de raciocínio e novas maneiras de utilizar todo o poder do seu
cérebro lhe propiciarão acesso a soluções criativas para os seus problemas,
sejam eles pessoais ou profissionais”.
Sabemos que nosso cérebro tem dois hemisférios, dois lados, o
esquerdo e o direito, e que cada lado e cada parte exercem funções diferentes,
enquanto no meio há o corpo caloso, o qual faz a ligação entre os dois
hemisférios. A partir da década de 1960, estudos científicos descobriram novas
informações acerca das funções dos hemisférios, “[...] a modalidade de
funcionamento do hemisfério esquerdo é verbal e analítica, ao passo que a do
9
hemisfério direito é não-verbal e global [...] é rápida, complexa, configural,
espacial e perceptiva” (EDWARDS, 2000, p. 54) Portanto o intelecto e a lógica,
processos como a fala, e contas realizamos com o lado esquerdo do cérebro,
ao passo que o não-verbal, ou seja, ações percebidas pelos sentidos, e ideias
mais gerais, são realizadas com o lado direito. E o desenvolvimento dos dois
lados propicia um melhor desempenho.
[...] a educação dos sentidos nos quais a consciência e, em última
instância, a inteligência e o julgamento do indivíduo humano são
baseados. É só quando estes sentidos são levados a uma relação
harmoniosa e habitual com o mundo externo que se constitui uma
personalidade integrada. Sem essa integração, temos [...] aqueles
sistemas arbitrários de pensamento, dogmáticos ou racionalistas em
sua origem, que procuram, a despeito dos fatos naturais, impor um
modelo lógico ou intelectual ao mundo da vida orgânica. (READ,
2001, p.8)
Desenvolver os sentidos de maneira harmoniosa contribui, segundo
Read, a tornar o individuo um ser integro e completo, diferente desta condição
harmoniosa, teremos um individuo fragmentado, regido somente pela lógica.
Portanto com a arte, e suas linguagens podemos desenvolver nossos sentidos,
nossa percepção, seja pintar, desenhar, dançar, tocar um instrumento, modelar
argila, compor uma colagem, esculpir, fotografar, montar um quebra cabeça,
independente da técnica ou da matéria, de acordo com Costa, (2004, p.13) “A
prática artística na educação estimula a imaginação e a criatividade, além de
despertar vocações que podem se desenvolver em direção às áreas de criação
e expressão.”
Ao instigar a percepção dos sentidos através da prática artística,
segundo Costa, estimulamos a imaginação e a criatividade, veremos o que
esses dois fenômenos podem nos desenvolver. Para Read (2001, p.41) a
Imaginação está associada com a memória, a qual guarda e relembra várias
imagens, então para ele imaginação é a capacidade de relacionar e fazer
combinações entre essas imagens através do processo de pensar e sentir. Já é
percebido que, quando falamos em decorar, gravar uma informação muito
extensa, se colocarmos um ritmo musical, a capacidade de lembrar se torna
mais nítida. “Mas esses “truques” são apenas aplicação consciente do que é
um princípio inconsciente do desenvolvimento e da adaptação. O equilíbrio e a
simetria, a proporção e o ritmo são apenas fatores básicos da experiência [...]
10
O que funciona certo é sentido como certo; e o resultado, para o indivíduo, é
aquela intensificação dos sentidos que constitui o prazer estético.” (READ,
2001, p.66). Sendo assim com a arte, aguçamos a imaginação, e
consequentemente estimulamos a memória, pois ambas estão interligadas.
Enquanto que a arte junto à imaginação desenvolve a capacidade de
memória do ser humano. Ostrower diz que a criatividade é inerente a condição
humana. “O homem cria, não apenas porque quer, ou porque gosta, e sim
porque precisa; ele só pode crescer, enquanto ser humano, coerentemente,
ordenando, dando forma, criando.” (OSTROWER, 1987, p.10)
A percepção de si mesmo dentro do agir é um aspecto relevante que
distingue a criatividade humana. Movido por necessidades concretas
sempre novas, o potencial criador do homem surge na história como
um fator de realização e constante transformação. Ele afeta o mundo
físico, a própria condição humana e os contextos culturais.
(OSTROWER, 1987, p.10)
Compreendendo seus sentidos e conhecendo as possibilidades, o ser
humano busca novas alternativas de resolver seus problemas, seja na arte ou
em outras questões da vida. “Uma das maneiras de se definir uma pessoa
criativa é dizer que ela é capaz de processar de formas novas as informações
que lhe chegam – as informações sensoriais que se encontram à disposição de
todos nós.” (EDWARDS, 2000, p. 60) Independente da matéria-prima, no caso
das artes visuais, o artistas criativo busca alternativas de trabalhar,
possibilidades de expressar-se de acordo com sua condição.
Segundo Ostrower (1987, p.11) Não há, para o ser humano, um
desenvolvimento biológico que possa ocorrer independente do cultural. O
comportamento de cada ser humano se molda pelos padrões culturais [...]. Pois
o individuo é parte de seu meio, nasce, cresce e desenvolve em uma
determinada cultura, e a mesma influencia também em sua criação, tanto no
processo quanto em sua expressão. Portanto é no contexto cultural que o
homem elabora sua natureza criativa. Sendo os valores de vida moldados de
acordo com os valores culturais e necessidades da realidade social inserida.
(OSTROWER, 1987, p.5)
A criatividade se exerce nessas possibilidades culturais e delas
recolhe as formas concretas expressivas. Em nossa época, seria
11
importante que o jovem participasse ativamente do clima de
transformação e de abertura ao mundo. Seria importante que sua
sensibilidade, seu talento, seu intelecto, seu entusiasmo, sua
vitalidade se desenvolvesse em contato natural e íntimo com as
conquistas próprias de nossos dias, as novas e excitantes
possibilidades de vida. Seria importante que surgissem
questionamentos em formas sempre mais abertas. (OSTROWER,
1987, p.140)
A arte, trabalhada de maneira que desenvolva a percepção dos sentidos,
seja visual, tátil ou sonoro, independente da técnica ou matéria, possibilita que
o individuo para além de desenvolver o lado direito do cérebro, a criatividade e
a imaginação, auxilia na construção de si mesmo, pois o ser humano
entendendo seus sentidos e a expressão de sua cultura entende a si próprio.
Possibilitando que o ser íntegro possa através de sua criatividade expressar
suas ideias, devolvendo a sua cultura, através de reflexões e questionamentos.
Sendo assim, do mesmo modo que a cultura influencia as ações do meio
social em que está inserida, também é transformada pelo mesmo, na medida
em que se desenvolve. Como indica Ostrower, seria importante a participação
da população, e principalmente dos jovens, na produção cultural, através de
sua expressão ativa por meio da arte. Portanto em que medida a política
pública possibilita este contato da população com a arte, e em que espaço isso
é possível?
4. CENTRO CULTURAL
A origem da ideia de um complexo cultural é antiga, alguns autores dizem
ser desde a Antiguidade Clássica, com as bibliotecas que oferecia além da
literatura, era um espaço de convivência e aprendizado da arte, como por
exemplo, a Biblioteca de Alexandria.
Os Centros Culturais ganharam terreno a olhos vistos na segunda
metade do século XX. Há vários anos, países como França e
Inglaterra passaram a criar e incentivar a implantação de espaços
culturais, com a proposta de democratizar a cultura para além das
tendências da cultura de massa e tiveram seu exemplo copiado por
muitos outros países. (RAMOS, 2007, p. 75)
A retomada deste modelo de complexo ou centro cultural ocorreu na
França. Como explica Ramos (2007, p. 79), com a necessidade de novas
relações de trabalho aos operários franceses, assistentes sociais das indústrias
12
criaram áreas sociais de convivência, com esportes e atividades de lazer,
houve um crescimento dos centros, vendo o desenvolvimento cultural da
sociedade, o município estabeleceu políticas públicas, esta valorização de bens
culturais abrangeu aos centros dramáticos e bibliotecas, tal movimento
culminou, portanto, na criação do “Centre National d’Arte et de Culture
Georges-Pompidou”, um dos primeiros Centros Culturais.
Durante os últimos anos, de uma maneira geral, “No Brasil, as leis de
incentivo à cultura significam uma possibilidade concreta de realização“.
(RAMOS, 2007, p.63). Uma possibilidade no que diz respeito à regulamentação
e a instrumentalização, aos meios para o profissional da área cultural, como
informações, dialogo entre publico e privado, captação de recursos. Exigindo
para essas profissões nova formação e atualização para manter-se nesse novo
mercado, pois nesse contexto aumenta-se a concorrência e consequentemente
certo desenvolvimento.
A lei n° 8.313, de 23 de dezembro de 199, “Restabelece princípios da lei
n° 7.505, de 2 de julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio à
Cultura (Pronac) e dá outras providências”, decretada por Fernando Collor. A
chamada lei Rouanet, é um marco importante para as políticas culturais, pois
Art. 1° Fica instituído o Programa Nacional de Apoio à Cultura
(Pronac), com a finalidade de captar e canalizar recursos para o setor
de modo a:
I - contribuir para facilitar, a todos, os meios para o livre acesso
às fontes da cultura e o pleno exercício dos direitos culturais;
II - promover e estimular a regionalização da produção cultural e
artística brasileira, com valorização de recursos humanos e
conteúdos locais;
Dentre outros verbos como, apoiar, valorizar, difundir, proteger,
preservar, desenvolver, estimular, priorizar, em favor, mesmo que de maneira
romântica, à sociedade e desenvolvimento de sua expressão cultural, ela
assegura a captação de verba, e recursos para que os projetos aconteçam.
Instituindo o Programa Nacional de Apoio à Cultura, e descrevendo os
objetivos de cada fundo, como o Fundo de Investimento Cultural e Artístico,
Fundo Nacional da Cultura, objetivos que em maioria incentivam projetos
13
culturais, a formação artística, preservação do patrimônio cultural e apoio as
atividades e manifestações artísticas.
Com essas legislações e apoio à cultura houve a possibilidade de novos
espaços sociais, como os centros culturais, o qual proporciona à sociedade
oficinas, aulas e serviços com as diferentes linguagens da arte. Segundo
Ramos (2007, p. 75) “os primeiros centros de cultura brasileiros surgiram na
década de 80, na cidade de São Paulo, financiados pelo Estado: centro cultural
do Jabaquara e o Centro Cultural de São Paulo.”
Inaugurado em 1982, como uma extensão da Biblioteca Mário de
Andrade, atualmente o Centro Cultural de São Paulo é o principal centro
multidisciplinar da cidade, um espaço público de cultura e convívio da
Secretaria Municipal de Cultura, na capital de São Paulo. Começou a ser
construído nos últimos anos da ditadura, o projeto realizado em grupo de
arquitetos coordenado por Eurico Prado Lopes e Luiz Telles, apresentando
muitas inovações arquitetônicas, seu objetivo multidisciplinar foi alvo de muita
polemica. O espaço tem cinco bibliotecas, coleções de arte da cidade,
pesquisas em movimentos artísticos como o folclore, arquivos multimídia, um
jardim suspenso, atividades sociais, como oficinas, debates e palestras. Além
de uma programação gratuita ou de preço popular com espetáculos de teatro,
dança e música, mostra de artes visuais, projeções de cinema e vídeo,
recentemente, em 2013, nasceu à web rádio “TATU no ar!”, uma estação de
rádio colaborativa e aberta ao público.
O Município de Maringá dispõe de leis de incentivo a cultura, como por
exemplo, a Lei n° 6.411/2.003, a qual “Dispõe sobre incentivos para a
realização de projetos culturais no Município de Maringá” que está ligada a lei
Rouanet, há também a Lei n° 9.160, que tem como objetivo valorizar
manifestações culturais através de concursos públicos de incentivo à cultura
com o chamado Prêmio Aniceto Matti, ambas as leis são voltadas a projetos
culturais, geralmente realizados por grupos privados a serviço da sociedade.
Entretanto a lei n° 8399 engloba toda a política cultural do município,
“Estabelece diretrizes a Política Municipal da Cultura, redefine o Conselho
14
Municipal de Cultura e reestrutura o Fundo Municipal de Cultura.” De acordo
com o Capítulo I, artigo 1°, a Política Municipal de Cultura visará:
I – promover a proteção dos bens materiais e imateriais, referentes à
cultura;
II – garantir o acesso democrático aos bens culturais e o direito à sua
fruição;
III – garantir a liberdade de expressão;
IV – promover e incentivar a criação, produção, pesquisa, difusão e
preservação das manifestações culturais nos vários campos da
cultura e das artes;
V – promover a continuidade dos projetos culturais consolidados;
VI – preservar, proteger e aperfeiçoar os espaços destinados às
manifestações artísticas e culturais do Município.
Visando o acesso à informação para a sociedade, assim como o
envolvimento com a arte, a criação do Centro Cultural São Paulo foi exemplo
para várias outras cidades do Brasil. No município de Maringá no estado do
Paraná, por meio do Decreto n° 104/76, em 4 de maio de 1976, como descreve
Corrêa (p. 12), foi criado o Centro de Criatividade Municipal, o qual funcionava
junto a Biblioteca municipal e ainda ligado à Secretaria da Educação, o centro
atendia crianças em oficinas de Artes plásticas, artesanato, musica e teatro
visando desenvolver a expressão e a criatividade. Com o Decreto 94/81 o
Centro é ampliado e passa a chamar-se Centro de Ação Cultural (CAC), ligado
agora a Secretaria de Cultura, sua principal mudança é o atendimento, o qual
passa a ser para toda a comunidade, de diferentes idades, com o objetivo de
tornar-se um núcleo de artes, proporcionando a iniciação artística à
comunidade e um espaço para reunir artistas.
Mesmo tendo uma sede com suas oficinas acontecendo, o CAC,
promovia vários projetos para a comunidade nos bairros, descentralizando as
atividades e oportunizando a comunidade a realizar oficinas. Entretanto a partir
de 2005 deu inicio a propostas de restauração, e também uma reforma no setor
administrativo, pois houve um aumento na procura de cursos e não havia uma
estrutura para atender a comunidade. O centro já sofreu mudança de local,
devido à interdição do prédio – antiga Biblioteca Municipal que encontra-se na
esquina da av. XV de novembro com a Getúlio Vargas – por motivos de
15
segurança e acessibilidade, paralisando as atividades e ofuscando a presença
do Centro na cidade, ficou pouco tempo na sede na Avenida Horácio
Racanello, 6090, no Edifício Tom Jobim Residence, pois o espaço não
comportava as atividades, voltando portanto para o edifício da antiga Biblioteca
Municipal, mesmo sem a reforma. (Corrêa, p.16)
Segundo Corrêa “[...] o CAC durante seus 36 anos de história contribuiu
com a formação artística e social do povo de Maringá.” Realizando projetos
sociais, possibilitando formação para pessoas que mais tarde tornaram-se
artistas. Atualmente o Centro oferece cursos para todas as faixas etárias, são
gratuitos, sendo o aluno do centro responsável de seu material para as aulas,
geralmente a freqüência é de uma a duas horas semanal. Ocorre também a
cada semestre uma exposição com os trabalhos realizados por seus alunos,
chamada “EXPOCAC”. De acordo com o edital de seis de Janeiro de 2015, são
oferecidos os seguintes cursos: criança fazendo arte, criança fazendo arte
construção de brinquedos, desenho artístico, desenho, desenho de moda,
mangá, pintura em tela, arte com feltro, arte na sucata, artesanato com
pedrarias, biscuit, boneca de pano, cartonagem, cestaria, confecção de bolsas,
découpage, estamparia e tingimento, mosaico, modelagem em argila, origami e
quilling, papietagem, pintura em tecido, tear, pintura gestual, dança de salão,
teatro e teoria musical. Observamos que há cursos de práticas artísticas mais
clássicas e também artesanato, pois uma das novas propostas do Centro é
oferecer uma possibilidade de renda extra à população, além da iniciação em
atividades artísticas.
Em sua organização, o CAC conta com doze funcionários, dois na área
de serviços gerais, três no administrativo, e os instrutores de arte dividem-se
em dois nas aulas de música, um nas aulas de teatro, um na dança, e três nas
artes plásticas e artesanato. Os funcionários contam com a ajuda de seis
estagiários, um para a área administrativa, um para a vertente da música, e os
outros quatro para as artes plásticas e artesanato. A estrutura do prédio, como
já dito não tem acessibilidade, e segundo Corrêa (p.24)
Percebemos que muitos dos problemas detectados no CAC em relação
ao seu espaço físico, aos recursos econômicos e recursos humanos, já
haviam sido levantados anteriormente, juntamente com propostas de
16
soluções, como: concurso público para contratação de funcionários,
capacitação, aquisição de materiais permanentes e principalmente uma
sede que seja apropriada as suas atividades e adequada a sua
demanda, pois há uma grande procura de cursos pela população de
Maringá.
Enquanto o Centro Cultural de São Paulo oferece atividades que
envolvem os participantes com a arte, estimulando à reflexão, à criatividade,
que proporcionam um desenvolvimento duradouro, como pesquisas, a rádio,
grupos de debates, projetos, espaços para exposições e espetáculos de
artistas locais, além das oficinas e cursos. O Centro de Ação Cultural de
Maringá atualmente oferece cursos e oficinas, objetivando somente a iniciação
das pessoas em habilidades artísticas, e a possibilidade de renda extra.
Entretanto, como já vimos, além de fazer arte, é importante falar e ver sobre
arte, a informação acerca das expressões deve existir em um Centro Cultural,
para que possa envolver a comunidade.
Olhando para a história e a real situação do Centro de Ação Cultural de
Maringá, podemos comprovar que as políticas públicas acerca da cultura não
se efetiva em sua totalidade. Pois mesmo a acessibilidade e o incentivo à
cultura sendo garantido a todos perante a lei, como demonstrado no referente
artigo. O CAC, por exemplo, ainda não tem uma estrutura adequada que
garanta o bom funcionamento de suas atividades e acessibilidade para a
população. Desta forma, “[...] ele precisa urgentemente de um plano de ação,
para mudar a sua realidade atual e poder continuar o seu trabalho como
espaço dedicado a arte.” (CORRÊA, p.24).
Tal plano de ação poderia constituir-se reorganizando este Centro,
primeiramente por uma reforma ou mudança de local, possibilitando uma
infraestrutura adequada que atenda as atividades e a demanda social, assim
como a disponibilidade materiais e recursos para utilização nas aulas. Sendo
necessário possuir um acervo bibliográfico, pesquisas, por exemplo, em
manifestações artísticas regionais, proporcionar debates e reflexões acerca da
arte vista e vivida pelos alunos do centro. Para além da estrutura, também se
deve atentar para a formação dos profissionais, tendo pré-requisitos
específicos nos concursos públicos, e promoção de cursos de capacitação para
17
os funcionários, a fim de enriquecer a produção cultural, instigando a
criatividade e imaginação dos alunos.
5. CONSCIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa aqui desenvolvida nos possibilitou novas informações acerca
das funções de um centro cultural e sua relação com a sua população. Em
primeiro momento com os autores Santos (1996) e Freire (1977) podemos
compreender o conceito abrangente de cultura e sua relação com a sociedade,
e quanto influenciadora e transformadora ela se torna através dos meios de
comunicação. Citando Fischer (1963), vemos o papel da arte na sociedade, e
sua importância como expressão da população.
Sabendo a importância da arte para o desenvolvimento da cultura,
vemos como o ensino das práticas artísticas desenvolve também o indivíduo
em sua totalidade, com os autores Read (2001), Costa (2004), Edwards e
Ostrower. Pois trabalhando os próprios sentidos por meio da arte, o indivíduo
conhece a si próprio, e consequentemente seu contexto, podendo expressar-se
utilizando de sua imaginação e criação, para a sociedade, devolvendo a ela
informações que ele apropriou de sua cultura, transformando e expressando
suas reflexões e questionamentos.
Este ensino da prática artística é realizado também nos centros culturais,
conhecemos a história desses espaços e também as políticas publicas que
possibilita o desenvolvimento cultural. Os Centros culturais são uma
possibilidade de encontro da população a fim de conhecer e vivenciar arte. Em
Maringá descrevemos, com a autora Corrêa, a história do Centro de Ação
Cultural, e sua função para a população, a qual hoje almeja melhoramentos.
Entendendo a relação entre cultura e sociedade, a importância da arte no
individuo e sua expressão à população, ao analisar modelos de centros
culturais, vemos que o Centro de Ação Cultural de Maringá através de um
plano de ação e sua realização, pode melhor atender a população do
município, produzir cultura e assim desenvolver seu conhecimento cultural.
6. REFERÊNCIAS
18
BRASIL. Lei n° 6.411/2.003, de 21 de novembro de 2003, Dispõe sobre
incentivos para a realização de projetos culturais no Município de Maringá.
Maringá, PR, 21.11.2003. Disponível em
<http://www2.maringa.pr.gov.br/cultura/?cod=lei_incentivo/10> Acesso em: 16
fev. 2015
BRASIL. Lei n° 8.313, de 23 de dezembro de 1991, Restabelece princípios da
Lei n° 7.505, de 2 de julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio à
Cultura (Pronac) e dá outras providências. Brasília, DF, 24.12.1991. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8313cons.htm> Acesso em: 16
fev. 2015
BRASIL. Lei n° 8399, de 02 de julho de 2009, Estabelece diretrizes para a
Política Municipal da Cultura, redefine o Conselho Municipal de Cultura e
reestrutura o Fundo Municipal de Cultura. Maringá, PR, 02.07.2009. Disponível
em <http://www2.maringa.pr.gov.br/sistema/arquivos/56062165d66f.pdf>
Acesso em: 16 fev. 2015
BRASIL. Lei n° 9.160, de 01 de março de 2012, Autoriza o Poder Executivo a
realizar concurso público de incentivo à cultura sob a denominação Prêmio
Aniceto Matti, para promoção, valorização e difusão das manifestações
culturais no âmbito do Município de Maringá. Maringá, PR, 01.03.2012.
Disponível em <
http://www2.maringa.pr.gov.br/sistema/arquivos/3f99748f6b2c.pdf> Acesso em:
16 fev. 2015
Centro Cultural de São Paulo from São Paulo: banco de dados. Disponível em:
<http://www.centrocultural.sp.gov.br/ > Acesso em: 17 fev. 2015
Centro de Ação Cultural, edital de vagas from Maringá: banco de dados.
Disponível em
<http://www2.maringa.pr.gov.br/sistema/arquivos/9790e43d7bc9.pdf> Acesso
em: 01 set. 2015
CONVENÇÃO sobre a proteção e promoção da Diversidade das Expressões
Culturais, 33, 2005, Paris. Convenção. UNESCO, 2006. 31p. Disponível em:
<http://unesdoc.unesco.org/images/0015/001502/150224por.pdf > Acesso em:
01 set. 2015.
CORRÊA, Eliane Gabriel. Resgate Histórico do Centro de Ação Cultural de
Maringá e sua importância na arte-educação, 2012. Artigo (3° ano, Artes
Visuais) - Centro Universitário de Maringá.
COSTA, Cristina. Questões de arte: o belo, a percepção estética e o fazer
artístico. 2° Ed. São Paulo: Moderna, 2004.
EDWARDS, Betty. Desenhando com o Lado Direito do Cérebro. 2. ed. rev. e
ampl. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000.
FISCHER, Ernst. A necessidade da arte. Tradução Leandro Konder. 9ª ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1963.
19
FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1977.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. Petrópolis:
Vozes, 1987.
RAMOS, Luciene Borges. O centro cultural como equipamento
disseminador de informação: um estudo sobre a ação do Galpão Cine Horto.
2007. 243f. Tese (Mestrado em Ciências da Informação) - Escola de Ciência da
Informação da UFMG. Belo Horizonte, 2007. Disponível em:
<http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/VALA-
74QJRP/1/mestrado___luciene_borges_ramos.pdf >. Acesso em: 02 maio
2015.
READ, Herbert. A educação pela arte. Tradução Valter Lellis Siqueira. São
Paulo: Martins Fontes, 2001.
SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. 16ª Ed. São Paulo: Brasiliense,
1996.

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A necessidade de um centro cultural à população de Maringá.

  • 1. A NECESSIDADE DE UM CENTRO CULTURAL PARA A POPULAÇÃO DE MARINGÁ Carla Narezi Guizelini - 1 Patrícia Cristina Sória - 2 RESUMO: Neste artigo iremos discutir a necessidade de um centro cultural que proporcione à população de Maringá o seu desenvolvimento em relação à expressão cultural. Compreender os valores da cultura para sua sociedade, a importância da arte como expressão, e em que medida o ensino da prática artística estimula a imaginação e a criatividade, e o desenvolvimento dos sentidos do individuo. Bem como os meios necessários, como a estrutura e a organização de um centro cultural que beneficie a expressão cultural da população, relacionando a infraestrutura do Centro de Ação Cultural de Maringá com outro modelo de Centro Cultural. Por meio desta pesquisa, foi possível observar que população e cultura são indissociáveis, visto que ambos se influenciam mutuamente. Sendo assim, a realização de um plano de ação no Centro de Ação Cultural de Maringá deve possibilitar um funcionamento adequado, garantindo a sua população a vivencia mais abrangente da arte. Assim, o individuo torna-se capaz através de sua expressar seus questionamentos e reflexões. Este projeto fora desenvolvido por meio da pesquisa bibliográfica, utilizando como fonte, artigos acerca dos principais centros culturais do país, livros sobre a importância da arte, criatividade, leis e decretos na área da cultura e educação. Palavras-chave: Cultura, Centro Cultural, Arte. ABSTRACT: In this article we will discuss the need for a cultural center that gives the population of Maringa its development in relation to cultural expression. Understand the cultural values to their society, the importance of art as an expression, and to what extent the teaching of artistic practice stimulates imagination and creativity, and development of the individual's senses. As well as the necessary means, such as the structure and organization of a cultural center that will benefit the cultural expression of the population, relating to infrastructure Maringa Cultural Action Center with another model Cultural Centre. Through this research, it was observed that population and culture are inseparable, as both influence each other. Thus, the realization of an action plan at the Cultural Action Center of Maringa should allow proper operation, ensuring its people the most comprehensive experiences of art. Thus, the individual becomes able through its express their questions and reflections. This project was developed through literature, using as source articles about the main cultural centers of the country, books on the importance of art, creativity, laws and decrees in the field of culture and education. Keywords: Culture, Cultural Center, Art. 1 Acadêmica do curso de Licenciatura em Artes Visuais da UNICESUMAR 2 Professora orientadora do curso de Licenciatura em Artes Visuais da UNICESUMAR
  • 2. 2 1. INTRODUÇÃO A sociedade está sempre envolvida em seu contexto cultural, pois a mesma influencia transforma a sociedade e consequentemente a sociedade modifica ou transforma a cultura. Entretanto hoje prevalece uma cultura padronizada, com a comunicação sendo influenciadora das ações da sociedade, alienando, resumindo as ações em trabalho e consumo. Há falta da capacidade e sensibilidade interpretativa por parte da população na comunicação. Assim na sociedade também há carência de conhecimento sobre a arte e consequentemente na expressão e interpretação da cultura popular. Reconhecemos por tanto a importância da cultura, tal qual o valor da sua expressão por meio da arte. Observando o descaso e desvalorização com a cultura, mais especificamente com o Centro de Ação Cultural de Maringá, se torna necessária pesquisar a importante função que um centro cultural tem à sua população. Tal descaso dificulta a participação da própria em seus projetos, provocando um atraso no conhecimento cultural, isolando Maringá em relação às grandes cidades. Analisar outros modelos de centros culturais junto às leis de incentivo à cultura, com a proposta da arte como ferramenta reflexiva para o centro cultural de Maringá, proporciona um desenvolvimento à população? Em primeiro momento abordaremos a importância de um centro cultural para a sociedade, entretanto para entendermos a relevância desta instituição discutiremos o que vem ser a cultura, seu conceito por meio da história, conhecendo seus significados, seus elementos e funções. Posteriormente discutiremos a arte e o seu papel na cultura, objetivando a necessidade desta como expressão popular. Veremos algumas medidas políticas históricas tomadas para que a expressão e o desenvolvimento da cultura pudessem acontecer. Posteriormente abordaremos a relevância da arte e sua prática ao aluno, trabalhadas em instituições alternativas como, por exemplo, Centros Culturais, comentando como o ensino de determinada linguagem artística pode desenvolver o individuo em sua totalidade. Bem como conceitos de imaginação
  • 3. 3 e criatividade na visão de alguns autores, como fatores relevantes para o desenvolvimento e expressão da cultura. Em seguida, mostraremos as possíveis ações culturais de acordo com as políticas publicas de incentivo a cultura, através de convenções, projetos, leis e decretos. Por meio de um recorte histórico, conheceremos o conceito de Centro Cultural, e como ele surgiu. O primeiro do nosso país é hoje, modelo de Centro para os outros estados, o Centro Cultural de São Paulo. Nascido anos mais tarde conheceremos também o Centro de Ação Cultural de Maringá e sua atuação no município. 2. CULTURA De acordo com Santos (1996, p. 27) “Cultura é palavra de origem latina e em seu significado está ligada às atividades agrícolas. Vem do verbo latino colere, que quer dizer cultivar.” Este primeiro significado, cultivar, mesmo tratando de uma produção humana, hoje essa ação faz parte de uma definição mais ampla e complexa do que seja cultura. Pensadores romanos antigos ampliaram esse significado e a usaram para se referir ao refinamento pessoal, e isso está presente na expressão cultura da alma. Como sinônimo de refinamento, sofisticação pessoal, educação elaborada de uma pessoa, cultura foi usada constantemente desde então e é até hoje. (SANTOS, 1996, p.27). Tendo, portanto um significado mais amplo, abrangendo questões não apenas materiais e concretas, mas também imaterial, ou seja, questões intelectuais, como conhecimento e até mesmo comportamento. Também observa-se a auto valorização no termo usado pelos romanos, como sendo uma questão de status, uma visão elitista de sua própria condição, determinando que povos sem o mesmo intelecto não tenha cultura. Mesmo sendo antigo e obsoleto, ainda escutamos atualmente pessoas dizendo cultura neste sentido de superioridade. Entretanto se entendemos como cultura uma ideia abrangente, a fim de comparar povos diferentes a palavra será usada expressando as condições de vida e características em sua totalidade (Santos, 1996, p.29). Sendo toda e qualquer produção e expressão humana uma cultura, cada pessoa tem sua
  • 4. 4 cultura em particular, que está inserida em um contexto de cultura maior, em um território e população maior. “[...] cultura é a dimensão da sociedade que inclui todo o conhecimento num sentido ampliado e todas as maneiras como esse conhecimento é expresso. É uma dimensão dinâmica, criadora, [...] fundamental das sociedades contemporâneas.” (SANTOS, 1996, p. 50) Sendo o modo de produção capitalista vigente, tendo o consumo como uma de suas fontes lucrativas, “exige mecanismos culturais adequados, capazes de transmitir mensagens com rapidez para grandes quantidades de pessoas” (Santos, 1996, p.66). A comunicação é uma ferramenta para essa troca de informações entre as instituições e a massa, um diálogo, influenciando ideias, comportamentos, ações, lazer, educação, saúde, e, portanto a cultura. A indústria cultural [...] absolutiza a imitação. Reduzida a puro estilo, trai o seu segredo: a obediência à hierarquia social. A barbárie estética realiza hoje a ameaça que pesa sobre as criações espirituais desde o dia em que foram colecionadas e neutralizadas como cultura. (LIMA, 2000, p. 179) A industrialização como produção humana, de fins lucrativos, produzindo itens para a sobrevivência ou apenas para o consumo, ano após ano, fazendo parte da vida, da sociedade, portanto, da cultura. “A máquina gira em torno do seu próprio eixo. Chegando ao ponto de determinar o consumo, afasta como risco inútil aquilo que ainda não foi experimentado” (LIMA, 2000, p.182). A indústria começa a produzir também cultura, no meio artístico junto aos meios de comunicação. Segundo Costa (2004, p.46) a criação da indústria cultural, deu-se no século XVIII, quando a arte encontrou barreiras em meio à tecnologia e produção em série de bens culturais. Para Lima ( 2000, p. 188) “não sublima, mas reprime e sufoca [...] A reprodução mecânica do belo, que a exaltação reacionária da “cultura”, com a idolatria sistemática da individualidade favorece tanto mais fatalmente.” De acordo com Freire (1977, p.83), “Nas sociedades massificadas os indivíduos “pensam” e agem de acordo com as prescrições que recebem diariamente dos chamados meios de comunicação”. Considera-se que essa condição exige uma homogeneização da vida da sociedade através de uma cultura capaz, facilitando e passando barreiras sociais para enfim ter controle da população, da massa (SANTOS, 1996, p.68). “Na realidade, é neste círculo
  • 5. 5 de manipulações e necessidades derivadas que a unidade do sistema se restringe sempre mais” (LIMA, 2000, p.170). Nessas sociedades, em que tudo ou quase tudo é pré-fabricado e o comportamento é quase automatizado, os indivíduos “se perdem” porque não tem de “arriscar-se”. Não tem de pensar em torno das coisas mais insignificantes; há sempre um manual que diz o que ser feito na situação “A” ou na situação “B”. Raramente se faz necessário parar na esquina de uma rua para pensar em que direção seguir. Há sempre uma flecha que desproblematiza a situação. (FREIRE, 1977, p. 83) Ainda Lima (2000, p.172) há uma hierarquia de qualidade na produção de cultura, a qual o mais importante seja a quantificação. “Para o consumidor, não há mais nada a classificar que o esquematismo da produção já não tenha antecipadamente classificado.” (LIMA, 2000, p.173). Vemos então a comunicação como controle social “produz conseqüências objetivas nas visões de mundo das várias camadas da população, em seus planos de vida, em seus modos de agir” (Santos, 1996, p.70). Essa situação, de conforto sobre a vida, é de interesse da classe dominante, que a população não problematize assuntos e fatos do seu meio; da sua vida; que não questione e não expresse. Entretanto quando há arte, “a população oprimida emerge na cultura com expressões fortes, próprias, generalizadas e reconhecidas.” (Santos, 1996, p.60) Pois a arte possibilita ao ser humano expressar seus questionamentos e mostrar este problema para os observadores. Para Fischer (1963, p.13), “A arte é o meio indispensável para esta união do indivíduo como o todo; reflete a infinita capacidade humana para a associação, para a circulação de experiências e idéias.” [...] ação cultural para a libertação se caracteriza pelo diálogo, [...] a ação cultural para a domesticação procura embotar as consciência. A primeira problematiza; a segunda “sloganiza”. Desta forma, o fundamental na primeira modalidade de ação cultural, no próprio processo de organização das classes dominadas, é possibilitar a estas a compreensão crítica da verdade de sua realidade. (FREIRE, 1977, p.81) Este termo “ação cultural” usado por Freire diz respeito à educação de um modo geral, a produção e o comportamento do povo frente aos fatos. Portanto vendo a importância da arte para o homem, como diz Fischer, e a necessidade do povo de compreender sua realidade, temos a arte como uma
  • 6. 6 forte linguagem para a expressão da sociedade. Em sua expressão “toda arte é condicionada pelo seu tempo e representa a humanidade em consonância com as ideias e aspirações, as necessidades e as esperanças de uma situação histórica particular.” (Fischer, 1963, p. 17) Na expressão do homem para sua sociedade, mesmo que expresse o seu eu, ela sempre vai estar ligada a sua história, aos seus questionamentos e ao seu meio social. Segundo Fischer (1963, p. 57): A arte pode elevar o homem de um estado de fragmentação a um estado de ser íntegro, total. A arte capacita o homem para compreender a realidade e o ajuda não só a suportá-la como a transformá-la, aumentando-lhe a determinação de torná-la mais humana e mais hospitaleira para a humanidade. A arte, ela própria, é uma realidade social. Atentando na importância da cultura na sociedade, tanto em seu conhecimento histórico, participação e ainda na expressão, seja como arte acadêmica, popular ou para entretenimento. Sendo representação do real ou a fuga dessa realidade, a arte faz-se necessária nessa constante construção e manifestação da cultura. Segundo Ramos (2007), houve um crescimento significativo durante o século XX, tanto do público consumidor de cultura quanto do campo artístico- cultural, sobretudo na América Latina e também nos países desenvolvidos. Crescendo o público e as próprias manifestações e atividades culturais, aumentam, portanto, a variedade de “profissões ligadas a cultura e o sistema cultural se tornou cada vez mais complexo” (RAMOS, 2007, p. 58). Envolvendo a população e até mesmo novas profissões, essa organização social busca políticas que as embasam para uma melhor produção cultural. Assim, Ramos (2007, p.60) afirma que: Desde os anos 70, a UNESCO, órgão das Nações Unidas para a educação e a cultura, vem promovendo encontros internacionais para debater o tema e estabelecer diretrizes e propostas de ação em um panorama global. Nesses encontros, tem sido reafirmada a necessidade de regulamentar as atividades artístico-culturais, de valorizar a figura do artistas e de criar mecanismos para promover e impulsionar a criação e circulação de bens simbólicos. Em 2006, a UNESCO elabora a convenção sobre a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais, na qual enfatiza o respeito
  • 7. 7 e o valor da arte e a cultural a nível internacional, tal qual a importância em preservá-las e promove-las por meio de políticas culturais. “Ciente de que a diversidade cultural se fortalece mediante a livre circulação de idéias e se nutre das trocas constantes e da interação entre culturas,” (UNESCO, 2006, p.3) dentre vários objetivos citados na Convenção, vale destacar o primeiro objetivo do artigo um: “proteger e promover a diversidade das expressões culturais;”. Segundo Ramos (2007, p. 62), as políticas culturais do Estado, no Brasil, ganhou mais consistência com a promulgação, em 1986, da Lei Sarney de incentivos fiscais. Em 1985 houve a criação do Ministério da Cultura. Com a mudança de partido político a Lei Sarney é revogada e por pressões é sancionada uma segunda lei renomeada como a Lei Rouanet, e através desta, foi criado o Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC). Posteriormente houve várias leis de incentivo à cultura a nível nacional, “Estadual e Municipal, gerando um crescimento significativo dos investimentos em cultura no país [...], acompanhado da profissionalização e especialização crescente entre os trabalhadores da área.” (RAMOS, 2007, p.63). As leis de ações culturais objetivam várias propostas à sociedade e à cultura, para além do papel da educação sobre a diversidade cultural, a vivência da experiência artística, o ensino da prática e a expressão da sociedade podem desenvolver o individuo em sua totalidade. Assim veremos como este ensino da prática artística pode beneficiar o próprio individuo, e em seu contexto, como este atuará em sua sociedade, produzindo cultura. 3. O ENSINO DA PRÁTICA ARTÍSTICA COMO ESTIMULAÇÃO DA IMAGINAÇÃO E DA CRIATIVIDADE De um modo geral o objetivo da educação para Read é de (2001, p.9) “[...] propiciar o crescimento do que é individual em cada ser humano, ao mesmo tempo em que harmoniza a individualidade assim desenvolvida com a unidade orgânica do grupo social ao qual o individuo pertence.” Para atingimos esse objetivo de desenvolver e formar o indivíduo, temos como ferramenta de ensino, o conhecimento, o qual é transmitido nas escolas e demais instituições.
  • 8. 8 Nas quais o conhecimento está dividido em disciplinas, e aqui vamos discutir sobre a arte. O sistema educacional de hoje permite uma vasta latitude no ensino da arte e do desenho artístico em vários estágios, mas, de maneira geral, pode-se afirmar que ele só permite um mínimo disso nos primeiros estágios, decrescendo esse mínimo progressivamente à medida que a criança avança, com exceção da criança que é encaminhada para cursos de treinamento vocacional oferecidos pelas primeiras séries da Escola de Arte [...] (READ, 2001, p.240) Na escola de ensino regular, a arte como disciplina abrange uma variedade de conteúdos históricos, sociais e atividades que ilustram a arte de forma didática, porém não trabalha com a materialidade da arte, com o desenvolvimento da percepção por meio da linguagem artística. Então atentamos para as instituições que ensinam a arte, voltada para este ensino da prática, da habilidade, pois, segundo Costa (2004, p.13), há uma importância da arte colocada em novas teorias sobre inteligência humana, da qual afirma que além da inteligência caracterizada pela capacidade lógica, nossa mente, se revela através de habilidades como a sensibilidade às cores, sons e também imagens, portanto expressarmos através das linguagens artísticas torna-nos mais inteligentes. Usaremos como exemplo uma linguagem base para as artes visuais, o desenho, o qual para Edwards (2000 p.32) com a experiência de desenhar, o individuo desenvolve um novo olhar, tendo a capacidade de percepção das coisas de uma maneira mais ampla, observando as possibilidades em novos padrões e combinações. A autora também aponta que existem “Novas modalidades de raciocínio e novas maneiras de utilizar todo o poder do seu cérebro lhe propiciarão acesso a soluções criativas para os seus problemas, sejam eles pessoais ou profissionais”. Sabemos que nosso cérebro tem dois hemisférios, dois lados, o esquerdo e o direito, e que cada lado e cada parte exercem funções diferentes, enquanto no meio há o corpo caloso, o qual faz a ligação entre os dois hemisférios. A partir da década de 1960, estudos científicos descobriram novas informações acerca das funções dos hemisférios, “[...] a modalidade de funcionamento do hemisfério esquerdo é verbal e analítica, ao passo que a do
  • 9. 9 hemisfério direito é não-verbal e global [...] é rápida, complexa, configural, espacial e perceptiva” (EDWARDS, 2000, p. 54) Portanto o intelecto e a lógica, processos como a fala, e contas realizamos com o lado esquerdo do cérebro, ao passo que o não-verbal, ou seja, ações percebidas pelos sentidos, e ideias mais gerais, são realizadas com o lado direito. E o desenvolvimento dos dois lados propicia um melhor desempenho. [...] a educação dos sentidos nos quais a consciência e, em última instância, a inteligência e o julgamento do indivíduo humano são baseados. É só quando estes sentidos são levados a uma relação harmoniosa e habitual com o mundo externo que se constitui uma personalidade integrada. Sem essa integração, temos [...] aqueles sistemas arbitrários de pensamento, dogmáticos ou racionalistas em sua origem, que procuram, a despeito dos fatos naturais, impor um modelo lógico ou intelectual ao mundo da vida orgânica. (READ, 2001, p.8) Desenvolver os sentidos de maneira harmoniosa contribui, segundo Read, a tornar o individuo um ser integro e completo, diferente desta condição harmoniosa, teremos um individuo fragmentado, regido somente pela lógica. Portanto com a arte, e suas linguagens podemos desenvolver nossos sentidos, nossa percepção, seja pintar, desenhar, dançar, tocar um instrumento, modelar argila, compor uma colagem, esculpir, fotografar, montar um quebra cabeça, independente da técnica ou da matéria, de acordo com Costa, (2004, p.13) “A prática artística na educação estimula a imaginação e a criatividade, além de despertar vocações que podem se desenvolver em direção às áreas de criação e expressão.” Ao instigar a percepção dos sentidos através da prática artística, segundo Costa, estimulamos a imaginação e a criatividade, veremos o que esses dois fenômenos podem nos desenvolver. Para Read (2001, p.41) a Imaginação está associada com a memória, a qual guarda e relembra várias imagens, então para ele imaginação é a capacidade de relacionar e fazer combinações entre essas imagens através do processo de pensar e sentir. Já é percebido que, quando falamos em decorar, gravar uma informação muito extensa, se colocarmos um ritmo musical, a capacidade de lembrar se torna mais nítida. “Mas esses “truques” são apenas aplicação consciente do que é um princípio inconsciente do desenvolvimento e da adaptação. O equilíbrio e a simetria, a proporção e o ritmo são apenas fatores básicos da experiência [...]
  • 10. 10 O que funciona certo é sentido como certo; e o resultado, para o indivíduo, é aquela intensificação dos sentidos que constitui o prazer estético.” (READ, 2001, p.66). Sendo assim com a arte, aguçamos a imaginação, e consequentemente estimulamos a memória, pois ambas estão interligadas. Enquanto que a arte junto à imaginação desenvolve a capacidade de memória do ser humano. Ostrower diz que a criatividade é inerente a condição humana. “O homem cria, não apenas porque quer, ou porque gosta, e sim porque precisa; ele só pode crescer, enquanto ser humano, coerentemente, ordenando, dando forma, criando.” (OSTROWER, 1987, p.10) A percepção de si mesmo dentro do agir é um aspecto relevante que distingue a criatividade humana. Movido por necessidades concretas sempre novas, o potencial criador do homem surge na história como um fator de realização e constante transformação. Ele afeta o mundo físico, a própria condição humana e os contextos culturais. (OSTROWER, 1987, p.10) Compreendendo seus sentidos e conhecendo as possibilidades, o ser humano busca novas alternativas de resolver seus problemas, seja na arte ou em outras questões da vida. “Uma das maneiras de se definir uma pessoa criativa é dizer que ela é capaz de processar de formas novas as informações que lhe chegam – as informações sensoriais que se encontram à disposição de todos nós.” (EDWARDS, 2000, p. 60) Independente da matéria-prima, no caso das artes visuais, o artistas criativo busca alternativas de trabalhar, possibilidades de expressar-se de acordo com sua condição. Segundo Ostrower (1987, p.11) Não há, para o ser humano, um desenvolvimento biológico que possa ocorrer independente do cultural. O comportamento de cada ser humano se molda pelos padrões culturais [...]. Pois o individuo é parte de seu meio, nasce, cresce e desenvolve em uma determinada cultura, e a mesma influencia também em sua criação, tanto no processo quanto em sua expressão. Portanto é no contexto cultural que o homem elabora sua natureza criativa. Sendo os valores de vida moldados de acordo com os valores culturais e necessidades da realidade social inserida. (OSTROWER, 1987, p.5) A criatividade se exerce nessas possibilidades culturais e delas recolhe as formas concretas expressivas. Em nossa época, seria
  • 11. 11 importante que o jovem participasse ativamente do clima de transformação e de abertura ao mundo. Seria importante que sua sensibilidade, seu talento, seu intelecto, seu entusiasmo, sua vitalidade se desenvolvesse em contato natural e íntimo com as conquistas próprias de nossos dias, as novas e excitantes possibilidades de vida. Seria importante que surgissem questionamentos em formas sempre mais abertas. (OSTROWER, 1987, p.140) A arte, trabalhada de maneira que desenvolva a percepção dos sentidos, seja visual, tátil ou sonoro, independente da técnica ou matéria, possibilita que o individuo para além de desenvolver o lado direito do cérebro, a criatividade e a imaginação, auxilia na construção de si mesmo, pois o ser humano entendendo seus sentidos e a expressão de sua cultura entende a si próprio. Possibilitando que o ser íntegro possa através de sua criatividade expressar suas ideias, devolvendo a sua cultura, através de reflexões e questionamentos. Sendo assim, do mesmo modo que a cultura influencia as ações do meio social em que está inserida, também é transformada pelo mesmo, na medida em que se desenvolve. Como indica Ostrower, seria importante a participação da população, e principalmente dos jovens, na produção cultural, através de sua expressão ativa por meio da arte. Portanto em que medida a política pública possibilita este contato da população com a arte, e em que espaço isso é possível? 4. CENTRO CULTURAL A origem da ideia de um complexo cultural é antiga, alguns autores dizem ser desde a Antiguidade Clássica, com as bibliotecas que oferecia além da literatura, era um espaço de convivência e aprendizado da arte, como por exemplo, a Biblioteca de Alexandria. Os Centros Culturais ganharam terreno a olhos vistos na segunda metade do século XX. Há vários anos, países como França e Inglaterra passaram a criar e incentivar a implantação de espaços culturais, com a proposta de democratizar a cultura para além das tendências da cultura de massa e tiveram seu exemplo copiado por muitos outros países. (RAMOS, 2007, p. 75) A retomada deste modelo de complexo ou centro cultural ocorreu na França. Como explica Ramos (2007, p. 79), com a necessidade de novas relações de trabalho aos operários franceses, assistentes sociais das indústrias
  • 12. 12 criaram áreas sociais de convivência, com esportes e atividades de lazer, houve um crescimento dos centros, vendo o desenvolvimento cultural da sociedade, o município estabeleceu políticas públicas, esta valorização de bens culturais abrangeu aos centros dramáticos e bibliotecas, tal movimento culminou, portanto, na criação do “Centre National d’Arte et de Culture Georges-Pompidou”, um dos primeiros Centros Culturais. Durante os últimos anos, de uma maneira geral, “No Brasil, as leis de incentivo à cultura significam uma possibilidade concreta de realização“. (RAMOS, 2007, p.63). Uma possibilidade no que diz respeito à regulamentação e a instrumentalização, aos meios para o profissional da área cultural, como informações, dialogo entre publico e privado, captação de recursos. Exigindo para essas profissões nova formação e atualização para manter-se nesse novo mercado, pois nesse contexto aumenta-se a concorrência e consequentemente certo desenvolvimento. A lei n° 8.313, de 23 de dezembro de 199, “Restabelece princípios da lei n° 7.505, de 2 de julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) e dá outras providências”, decretada por Fernando Collor. A chamada lei Rouanet, é um marco importante para as políticas culturais, pois Art. 1° Fica instituído o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), com a finalidade de captar e canalizar recursos para o setor de modo a: I - contribuir para facilitar, a todos, os meios para o livre acesso às fontes da cultura e o pleno exercício dos direitos culturais; II - promover e estimular a regionalização da produção cultural e artística brasileira, com valorização de recursos humanos e conteúdos locais; Dentre outros verbos como, apoiar, valorizar, difundir, proteger, preservar, desenvolver, estimular, priorizar, em favor, mesmo que de maneira romântica, à sociedade e desenvolvimento de sua expressão cultural, ela assegura a captação de verba, e recursos para que os projetos aconteçam. Instituindo o Programa Nacional de Apoio à Cultura, e descrevendo os objetivos de cada fundo, como o Fundo de Investimento Cultural e Artístico, Fundo Nacional da Cultura, objetivos que em maioria incentivam projetos
  • 13. 13 culturais, a formação artística, preservação do patrimônio cultural e apoio as atividades e manifestações artísticas. Com essas legislações e apoio à cultura houve a possibilidade de novos espaços sociais, como os centros culturais, o qual proporciona à sociedade oficinas, aulas e serviços com as diferentes linguagens da arte. Segundo Ramos (2007, p. 75) “os primeiros centros de cultura brasileiros surgiram na década de 80, na cidade de São Paulo, financiados pelo Estado: centro cultural do Jabaquara e o Centro Cultural de São Paulo.” Inaugurado em 1982, como uma extensão da Biblioteca Mário de Andrade, atualmente o Centro Cultural de São Paulo é o principal centro multidisciplinar da cidade, um espaço público de cultura e convívio da Secretaria Municipal de Cultura, na capital de São Paulo. Começou a ser construído nos últimos anos da ditadura, o projeto realizado em grupo de arquitetos coordenado por Eurico Prado Lopes e Luiz Telles, apresentando muitas inovações arquitetônicas, seu objetivo multidisciplinar foi alvo de muita polemica. O espaço tem cinco bibliotecas, coleções de arte da cidade, pesquisas em movimentos artísticos como o folclore, arquivos multimídia, um jardim suspenso, atividades sociais, como oficinas, debates e palestras. Além de uma programação gratuita ou de preço popular com espetáculos de teatro, dança e música, mostra de artes visuais, projeções de cinema e vídeo, recentemente, em 2013, nasceu à web rádio “TATU no ar!”, uma estação de rádio colaborativa e aberta ao público. O Município de Maringá dispõe de leis de incentivo a cultura, como por exemplo, a Lei n° 6.411/2.003, a qual “Dispõe sobre incentivos para a realização de projetos culturais no Município de Maringá” que está ligada a lei Rouanet, há também a Lei n° 9.160, que tem como objetivo valorizar manifestações culturais através de concursos públicos de incentivo à cultura com o chamado Prêmio Aniceto Matti, ambas as leis são voltadas a projetos culturais, geralmente realizados por grupos privados a serviço da sociedade. Entretanto a lei n° 8399 engloba toda a política cultural do município, “Estabelece diretrizes a Política Municipal da Cultura, redefine o Conselho
  • 14. 14 Municipal de Cultura e reestrutura o Fundo Municipal de Cultura.” De acordo com o Capítulo I, artigo 1°, a Política Municipal de Cultura visará: I – promover a proteção dos bens materiais e imateriais, referentes à cultura; II – garantir o acesso democrático aos bens culturais e o direito à sua fruição; III – garantir a liberdade de expressão; IV – promover e incentivar a criação, produção, pesquisa, difusão e preservação das manifestações culturais nos vários campos da cultura e das artes; V – promover a continuidade dos projetos culturais consolidados; VI – preservar, proteger e aperfeiçoar os espaços destinados às manifestações artísticas e culturais do Município. Visando o acesso à informação para a sociedade, assim como o envolvimento com a arte, a criação do Centro Cultural São Paulo foi exemplo para várias outras cidades do Brasil. No município de Maringá no estado do Paraná, por meio do Decreto n° 104/76, em 4 de maio de 1976, como descreve Corrêa (p. 12), foi criado o Centro de Criatividade Municipal, o qual funcionava junto a Biblioteca municipal e ainda ligado à Secretaria da Educação, o centro atendia crianças em oficinas de Artes plásticas, artesanato, musica e teatro visando desenvolver a expressão e a criatividade. Com o Decreto 94/81 o Centro é ampliado e passa a chamar-se Centro de Ação Cultural (CAC), ligado agora a Secretaria de Cultura, sua principal mudança é o atendimento, o qual passa a ser para toda a comunidade, de diferentes idades, com o objetivo de tornar-se um núcleo de artes, proporcionando a iniciação artística à comunidade e um espaço para reunir artistas. Mesmo tendo uma sede com suas oficinas acontecendo, o CAC, promovia vários projetos para a comunidade nos bairros, descentralizando as atividades e oportunizando a comunidade a realizar oficinas. Entretanto a partir de 2005 deu inicio a propostas de restauração, e também uma reforma no setor administrativo, pois houve um aumento na procura de cursos e não havia uma estrutura para atender a comunidade. O centro já sofreu mudança de local, devido à interdição do prédio – antiga Biblioteca Municipal que encontra-se na esquina da av. XV de novembro com a Getúlio Vargas – por motivos de
  • 15. 15 segurança e acessibilidade, paralisando as atividades e ofuscando a presença do Centro na cidade, ficou pouco tempo na sede na Avenida Horácio Racanello, 6090, no Edifício Tom Jobim Residence, pois o espaço não comportava as atividades, voltando portanto para o edifício da antiga Biblioteca Municipal, mesmo sem a reforma. (Corrêa, p.16) Segundo Corrêa “[...] o CAC durante seus 36 anos de história contribuiu com a formação artística e social do povo de Maringá.” Realizando projetos sociais, possibilitando formação para pessoas que mais tarde tornaram-se artistas. Atualmente o Centro oferece cursos para todas as faixas etárias, são gratuitos, sendo o aluno do centro responsável de seu material para as aulas, geralmente a freqüência é de uma a duas horas semanal. Ocorre também a cada semestre uma exposição com os trabalhos realizados por seus alunos, chamada “EXPOCAC”. De acordo com o edital de seis de Janeiro de 2015, são oferecidos os seguintes cursos: criança fazendo arte, criança fazendo arte construção de brinquedos, desenho artístico, desenho, desenho de moda, mangá, pintura em tela, arte com feltro, arte na sucata, artesanato com pedrarias, biscuit, boneca de pano, cartonagem, cestaria, confecção de bolsas, découpage, estamparia e tingimento, mosaico, modelagem em argila, origami e quilling, papietagem, pintura em tecido, tear, pintura gestual, dança de salão, teatro e teoria musical. Observamos que há cursos de práticas artísticas mais clássicas e também artesanato, pois uma das novas propostas do Centro é oferecer uma possibilidade de renda extra à população, além da iniciação em atividades artísticas. Em sua organização, o CAC conta com doze funcionários, dois na área de serviços gerais, três no administrativo, e os instrutores de arte dividem-se em dois nas aulas de música, um nas aulas de teatro, um na dança, e três nas artes plásticas e artesanato. Os funcionários contam com a ajuda de seis estagiários, um para a área administrativa, um para a vertente da música, e os outros quatro para as artes plásticas e artesanato. A estrutura do prédio, como já dito não tem acessibilidade, e segundo Corrêa (p.24) Percebemos que muitos dos problemas detectados no CAC em relação ao seu espaço físico, aos recursos econômicos e recursos humanos, já haviam sido levantados anteriormente, juntamente com propostas de
  • 16. 16 soluções, como: concurso público para contratação de funcionários, capacitação, aquisição de materiais permanentes e principalmente uma sede que seja apropriada as suas atividades e adequada a sua demanda, pois há uma grande procura de cursos pela população de Maringá. Enquanto o Centro Cultural de São Paulo oferece atividades que envolvem os participantes com a arte, estimulando à reflexão, à criatividade, que proporcionam um desenvolvimento duradouro, como pesquisas, a rádio, grupos de debates, projetos, espaços para exposições e espetáculos de artistas locais, além das oficinas e cursos. O Centro de Ação Cultural de Maringá atualmente oferece cursos e oficinas, objetivando somente a iniciação das pessoas em habilidades artísticas, e a possibilidade de renda extra. Entretanto, como já vimos, além de fazer arte, é importante falar e ver sobre arte, a informação acerca das expressões deve existir em um Centro Cultural, para que possa envolver a comunidade. Olhando para a história e a real situação do Centro de Ação Cultural de Maringá, podemos comprovar que as políticas públicas acerca da cultura não se efetiva em sua totalidade. Pois mesmo a acessibilidade e o incentivo à cultura sendo garantido a todos perante a lei, como demonstrado no referente artigo. O CAC, por exemplo, ainda não tem uma estrutura adequada que garanta o bom funcionamento de suas atividades e acessibilidade para a população. Desta forma, “[...] ele precisa urgentemente de um plano de ação, para mudar a sua realidade atual e poder continuar o seu trabalho como espaço dedicado a arte.” (CORRÊA, p.24). Tal plano de ação poderia constituir-se reorganizando este Centro, primeiramente por uma reforma ou mudança de local, possibilitando uma infraestrutura adequada que atenda as atividades e a demanda social, assim como a disponibilidade materiais e recursos para utilização nas aulas. Sendo necessário possuir um acervo bibliográfico, pesquisas, por exemplo, em manifestações artísticas regionais, proporcionar debates e reflexões acerca da arte vista e vivida pelos alunos do centro. Para além da estrutura, também se deve atentar para a formação dos profissionais, tendo pré-requisitos específicos nos concursos públicos, e promoção de cursos de capacitação para
  • 17. 17 os funcionários, a fim de enriquecer a produção cultural, instigando a criatividade e imaginação dos alunos. 5. CONSCIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa aqui desenvolvida nos possibilitou novas informações acerca das funções de um centro cultural e sua relação com a sua população. Em primeiro momento com os autores Santos (1996) e Freire (1977) podemos compreender o conceito abrangente de cultura e sua relação com a sociedade, e quanto influenciadora e transformadora ela se torna através dos meios de comunicação. Citando Fischer (1963), vemos o papel da arte na sociedade, e sua importância como expressão da população. Sabendo a importância da arte para o desenvolvimento da cultura, vemos como o ensino das práticas artísticas desenvolve também o indivíduo em sua totalidade, com os autores Read (2001), Costa (2004), Edwards e Ostrower. Pois trabalhando os próprios sentidos por meio da arte, o indivíduo conhece a si próprio, e consequentemente seu contexto, podendo expressar-se utilizando de sua imaginação e criação, para a sociedade, devolvendo a ela informações que ele apropriou de sua cultura, transformando e expressando suas reflexões e questionamentos. Este ensino da prática artística é realizado também nos centros culturais, conhecemos a história desses espaços e também as políticas publicas que possibilita o desenvolvimento cultural. Os Centros culturais são uma possibilidade de encontro da população a fim de conhecer e vivenciar arte. Em Maringá descrevemos, com a autora Corrêa, a história do Centro de Ação Cultural, e sua função para a população, a qual hoje almeja melhoramentos. Entendendo a relação entre cultura e sociedade, a importância da arte no individuo e sua expressão à população, ao analisar modelos de centros culturais, vemos que o Centro de Ação Cultural de Maringá através de um plano de ação e sua realização, pode melhor atender a população do município, produzir cultura e assim desenvolver seu conhecimento cultural. 6. REFERÊNCIAS
  • 18. 18 BRASIL. Lei n° 6.411/2.003, de 21 de novembro de 2003, Dispõe sobre incentivos para a realização de projetos culturais no Município de Maringá. Maringá, PR, 21.11.2003. Disponível em <http://www2.maringa.pr.gov.br/cultura/?cod=lei_incentivo/10> Acesso em: 16 fev. 2015 BRASIL. Lei n° 8.313, de 23 de dezembro de 1991, Restabelece princípios da Lei n° 7.505, de 2 de julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) e dá outras providências. Brasília, DF, 24.12.1991. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8313cons.htm> Acesso em: 16 fev. 2015 BRASIL. Lei n° 8399, de 02 de julho de 2009, Estabelece diretrizes para a Política Municipal da Cultura, redefine o Conselho Municipal de Cultura e reestrutura o Fundo Municipal de Cultura. Maringá, PR, 02.07.2009. Disponível em <http://www2.maringa.pr.gov.br/sistema/arquivos/56062165d66f.pdf> Acesso em: 16 fev. 2015 BRASIL. Lei n° 9.160, de 01 de março de 2012, Autoriza o Poder Executivo a realizar concurso público de incentivo à cultura sob a denominação Prêmio Aniceto Matti, para promoção, valorização e difusão das manifestações culturais no âmbito do Município de Maringá. Maringá, PR, 01.03.2012. Disponível em < http://www2.maringa.pr.gov.br/sistema/arquivos/3f99748f6b2c.pdf> Acesso em: 16 fev. 2015 Centro Cultural de São Paulo from São Paulo: banco de dados. Disponível em: <http://www.centrocultural.sp.gov.br/ > Acesso em: 17 fev. 2015 Centro de Ação Cultural, edital de vagas from Maringá: banco de dados. Disponível em <http://www2.maringa.pr.gov.br/sistema/arquivos/9790e43d7bc9.pdf> Acesso em: 01 set. 2015 CONVENÇÃO sobre a proteção e promoção da Diversidade das Expressões Culturais, 33, 2005, Paris. Convenção. UNESCO, 2006. 31p. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0015/001502/150224por.pdf > Acesso em: 01 set. 2015. CORRÊA, Eliane Gabriel. Resgate Histórico do Centro de Ação Cultural de Maringá e sua importância na arte-educação, 2012. Artigo (3° ano, Artes Visuais) - Centro Universitário de Maringá. COSTA, Cristina. Questões de arte: o belo, a percepção estética e o fazer artístico. 2° Ed. São Paulo: Moderna, 2004. EDWARDS, Betty. Desenhando com o Lado Direito do Cérebro. 2. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000. FISCHER, Ernst. A necessidade da arte. Tradução Leandro Konder. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1963.
  • 19. 19 FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. Petrópolis: Vozes, 1987. RAMOS, Luciene Borges. O centro cultural como equipamento disseminador de informação: um estudo sobre a ação do Galpão Cine Horto. 2007. 243f. Tese (Mestrado em Ciências da Informação) - Escola de Ciência da Informação da UFMG. Belo Horizonte, 2007. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/VALA- 74QJRP/1/mestrado___luciene_borges_ramos.pdf >. Acesso em: 02 maio 2015. READ, Herbert. A educação pela arte. Tradução Valter Lellis Siqueira. São Paulo: Martins Fontes, 2001. SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. 16ª Ed. São Paulo: Brasiliense, 1996.