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REM
KOOLHAAS
REM KOOLHAAS
Três textos sobre a cidade
Grandeza, ou problema do grande
A Cidade Genérica
Espaço-Lixo
CAPA DO LIVRO DE REM KOOLHAAS: TRÊS TEXTOS SOBRE A CIDADE.
Fonte: <http://ggili.s3.amazonaws.com/public/system/products/4370/product/9788425223716_06_x.jpg?1400513455>.
Acesso em: 05 nov. 2016
Volta a explorar a natureza do
espaço que essa mesma cidade
genérica gerou.
Abordagem teórica sobre arquitetura a
respeito do problema da dimensão dos
objetos na cidade;
Reflete sobre a importância dos
grandes fenômenos vinculados ao
desenvolvimento global das
sociedades ocidentais;
CIDADE GENÉRICA
SERÁ QUE AS CIDADES CONTEMPORÂNEAS SÃO COMO OS AEROPORTOS?
Iguais a todos os outros.
DESTITUIÇÃO DE IDENTIDADE
HOMOGENEIZAÇÃO ACIDENTAL?
CIDADE GENÉRICA
A necessidade de adaptação das cidades faz com que essas percam seu caráter inicial,
dando lugar à uma nova cidade, a qual é igual a todas as outras.
VISTA AÉREA DA CIDADE DE SÃO PAULO.
Fonte: <http://imprensa.spturis.com.br/wp-content/gallery/imagens-aereas-de-sao-
paulo/fotos_aereas_jun11_caiopimenta-14.jpg>. Acesso em: 05 nov. 2016
VISTA AÉREA DA CIDADE DE PEQUIM.
Fonte: <http://www.lepanto.com.br/_imagens/artigos/Pr%C3%A9dios-de-Pequim-num-dia-
polu%C3%ADdo-15-01-2015-e-num-dia-ensolarado-19-12-2014-1.jpg>. Acesso em: 05 nov. 2016
CIDADE GENÉRICA
 A cidade genérica rompe com o ciclo da
dependência;
 Nada mais é que a necessidade e capacidade
atual.
 A Cidade Genérica é a cidade libertada do centro e
da identidade.
 É cidade sem história.
 Não necessita de manutenção;
 Se ficar pequena, se expande;
CIDADE GENÉRICA
 Habitações transformadas em escritórios.
PLACAS DE ALUGA-SE EM EDIFÍCIO COMERCIAL DE JUIZ DE FORA.
Fonte: <https://resizedimgs.vivareal.com/FQ5hxttyW7V0h-T175YqJNJfPhA=/fit-
in/870x653/vr.images.sp/7cfcdeb3695e0ab86a04780e57cf8ceb.jpg>. Acesso em: 05 nov. 2016
PLACAS DE ALUGA-SE EM EDIFÍCIO N SÃO MATEUS EM JUIZ DE FORA.
Fonte: <https://resizedimgs.vivareal.com/8nrckFo6wjb5VpIHwzuo7oOniaM=/fit-
in/870x653/vr.images.sp/915f27a0c785f39f837d3a1a6bb6a5e5.jpg>. Acesso em: 05
nov. 2016
CIDADE GENÉRICA
 Espaços comerciais cada vez mais caros.
PLACAS DE ALUGA-SE EM EDIFÍCIO COMERCIAL DE JUIZ DE FORA.
Fonte: <https://resizedimgs.vivareal.com/_fXdcV9mur4kFifBkwN8r71PqR0=/fit-
in/870x653/vr.images.sp/56a834bf504566ebee5465713651a097.jpg>. Acesso em: 05 nov. 2016
PLACAS DE ALUGA-SE EM EDIFÍCIO NA RUA SÃO MATEUS EM JUIZ DE FORA.
Fonte: <https://resizedimgs.vivareal.com/hs6Z7Uhx5tHZjquBUiI7lsNyG1c=/fit-
in/870x653/vr.images.sp/ec8198aa71e05295542c968ad28a5a73.jpg>. Acesso em: 05 nov. 2016
 É multirracial e multicultural;
 Por essa razão não se surpreende encontrar
templos entre prédios;
 A cidade genérica é fundada a partir de
pessoas em transito, determinadas a seguir a
diante;
 A grande originalidade da cidade genérica é
simplesmente abandonar o que não funciona.
http://bhaz.com.br/wp-content/uploads/2016/04/20140325124029192831o.jpg http://imagens.revista.zapcorp.com.br/wp-content/uploads/2015/03/filme-up.jpg
 A cidade genérica é um fractal.
 Uma repetição infindável do mesmo
modulo estrutural simples.
 Sendo possível sua reconstrução a
partir da sua entidade mais pequena
.
https://media.giphy.com/medi
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 A rua morreu;
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 A cidade genérica
simplesmente
desfruta das
vantagens das
suas invenções:
plataformas,
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 A habitação não é um problema, ou foi totalmente
resolvida ou deixada de lado.
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CIDADEGENÉRICA
 Passa da horizontalidade
para verticalidade.
 Os arranha-céus parecem
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densidade sem
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DOMÍNIO DAS EDIFICAÇÕES VERTICAIS
Fonte: <http://2.bp.blogspot.com/-_6NBdzE-24s/TVZ-
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nov. 2016
CENTRO
 Núcleo de valor e significado;
 Constantemente mantido,
modernizado;
 O lugar mais importante;
 O mais velho e mais novo;
 O mais fixo e mais dinâmico;
 Sofre adaptações intensas e
constantes;
 Transformação
irreconhecível.
CENTRO
 Mantido pelo valor
histórico;
 Adaptado pro uso
contemporâneo;
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precisam ser reabilitados.
 A reabilitação acaba
destruindo a
autenticidade.
http://static.panoramio.com/photos/original/43720258.jpg
CENTRO
 Presença do primitivo e
do futurista;
 Mantém a fachada pela
importância histórica e
descaracteriza o interior
(destituição da
identidade).
Foto acervo pessoal
“A cidade genérica é a pós-
cidade a ser desenvolvida no
local da ex-cidade”
 Quanto mais poderosa
for a identidade, mais
resistente à expansão e
renovação.
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e sua autenticidade
preservada.
 Insistência no centro
como núcleo de valor e
significado;
https://1.bp.blogspot.com/-
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vera%25CC%2583o.jpg
 Crítica a duas disciplinas, o urbanismo e a sociologia, que, segundo ele, são
incapazes de perceber o fenômeno da cidade genérica.
 Quando se refere ao urbanismo, ele pinta a cidade genérica como um caos que
se espalha de forma sistêmica, mas cujo sistema é ainda incapaz de ser
captado pelo urbanismo e sugere o surgimento de um novo analfabetismo em
relação à leitura desta cidade.
 Considera que a sociologia é incapaz de classificar as cidades genéricas, posto
que seriam inclassificáveis e propõe que esta “inclassificabilidade” seria a
riqueza desta cidade.
CIDADEGENÉRICA
ÁREADEANÁLISE
ÁREADEANÁLISE
Para que possamos entender as contradições entre as áreas analisadas devemos
compreender as diferenças tipológicas e históricas de cada local:
• Rua São Mateus: historicamente mais residencial e de comércio de pequeno
porte;
• Avenida Itamar Franco: córrego canalizado, atualmente uma das avenidas da
tríade responsável pelo deslocamento na cidade de Juiz de Fora.
Acervo pessoal
Avenida Itamar Franco Rua São Mateus
Acervo pessoal
ÁREADEANÁLISE
• O Shopping apresenta em parte os conceitos apresentados sobre o aeroporto.
Tons beges, lógica compositiva atemporal, concentração de serviços exclusivos e
uma grande população pendular que vem a serviço ou a lazer porém não
apresentam nenhuma ligação com o espaço.
http://alubras.com/obra/exibir/id/29/home
ÁREADEANÁLISE
Google street view
“O Hotel implica agora um encarceramento , uma prisão voluntária : não há outro
sítio que possa competir com ele”.
A memória do campo foi apagada visual para o hotel sem lazer periferia
ÁREADEANÁLISE
Acervo pessoal
Uma série de edifícios erguidos por uma arquitetura especulativa , de tons pasteis e
fachadas atemporais apelando para fins estéticos.
Com o objetivo de ser “uma resposta as necessidades da sociedade atual”.
ÁREADEANÁLISE
Visão serial: ausência de padrão, tornando um local apenas uma resposta de
necessidades.
ÁREADEANÁLISE
Morte das ruas Vira local de circulação de veículos apenas, deixando
os usuários a mercê das intempéries ou a qualquer tipo de imprevisto
gerados por essa negligência.
Acervo pessoal
ÁREADEANÁLISE
Os hipermercados têm como característica base de ser reconhecido em
qualquer lugar que for implantado, sendo ele estampado no terreno,
depreciando todo o seu entorno e questões topográficas.
Acervo pessoal
ÁREADEANÁLISE
Mesmo conceitos aplicados ao shopping, repetição de lojas sem
variação tipológica.
Acervo pessoal Acervo pessoal
ÁREADEANÁLISE
Visão serial: parte da rua preserva sua história, sua identidade, contraponto
com o atual.
Acervo pessoal
Cine Paraíso e Instituto Maria ( Presente até
hoje)
Exemplificação de Lipservice
ÁREADEANÁLISE
Acervo pessoalhttp://www.mariadoresguardo.com.br/
Há sempre um quarto chamado Lipservice, onde um mínimo do passado é ... Koolhaas fala do passado que está em
ÁREADEANÁLISE
Rua São Mateus com a Gustavo Freire
Memórias são apagadas (as que são julgadas menos importantes) para o
desenvolvimento da cidade, e edifícios surgem no local.
Alta velocidade de construção e concepção e pequenas variações
http://www.mariadoresguardo.com.br/ Acervo pessoal
ÁREADEANÁLISE
Morte da calçadas ruas vazias e calçadas que não são convidativas
ao uso.
Acervo pessoal
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KOOLHAAS, Rem.
Três textos sobre a cidade. Barcelona: Gustavo Gili, 2010.
NESBITT, Kate (org).
Uma nova agenda para a arquitetura. São Paulo: Cosac Naify, 2006. (1996)
RIBEIRO, Cláudio Rezende.
A ideologia genérica ou a crítica da crítica de Rem Koolhaas. Arquitextos, São Paulo, ano 11, n.
121.03, Vitruvius, jun. 2010.
Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.121/3444>.
Acesso: 05 nov. 2016.

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  • 3. CIDADE GENÉRICA SERÁ QUE AS CIDADES CONTEMPORÂNEAS SÃO COMO OS AEROPORTOS? Iguais a todos os outros. DESTITUIÇÃO DE IDENTIDADE HOMOGENEIZAÇÃO ACIDENTAL?
  • 4. CIDADE GENÉRICA A necessidade de adaptação das cidades faz com que essas percam seu caráter inicial, dando lugar à uma nova cidade, a qual é igual a todas as outras. VISTA AÉREA DA CIDADE DE SÃO PAULO. Fonte: <http://imprensa.spturis.com.br/wp-content/gallery/imagens-aereas-de-sao- paulo/fotos_aereas_jun11_caiopimenta-14.jpg>. Acesso em: 05 nov. 2016 VISTA AÉREA DA CIDADE DE PEQUIM. Fonte: <http://www.lepanto.com.br/_imagens/artigos/Pr%C3%A9dios-de-Pequim-num-dia- polu%C3%ADdo-15-01-2015-e-num-dia-ensolarado-19-12-2014-1.jpg>. Acesso em: 05 nov. 2016
  • 5. CIDADE GENÉRICA  A cidade genérica rompe com o ciclo da dependência;  Nada mais é que a necessidade e capacidade atual.  A Cidade Genérica é a cidade libertada do centro e da identidade.  É cidade sem história.  Não necessita de manutenção;  Se ficar pequena, se expande;
  • 6. CIDADE GENÉRICA  Habitações transformadas em escritórios. PLACAS DE ALUGA-SE EM EDIFÍCIO COMERCIAL DE JUIZ DE FORA. Fonte: <https://resizedimgs.vivareal.com/FQ5hxttyW7V0h-T175YqJNJfPhA=/fit- in/870x653/vr.images.sp/7cfcdeb3695e0ab86a04780e57cf8ceb.jpg>. Acesso em: 05 nov. 2016 PLACAS DE ALUGA-SE EM EDIFÍCIO N SÃO MATEUS EM JUIZ DE FORA. Fonte: <https://resizedimgs.vivareal.com/8nrckFo6wjb5VpIHwzuo7oOniaM=/fit- in/870x653/vr.images.sp/915f27a0c785f39f837d3a1a6bb6a5e5.jpg>. Acesso em: 05 nov. 2016
  • 7. CIDADE GENÉRICA  Espaços comerciais cada vez mais caros. PLACAS DE ALUGA-SE EM EDIFÍCIO COMERCIAL DE JUIZ DE FORA. Fonte: <https://resizedimgs.vivareal.com/_fXdcV9mur4kFifBkwN8r71PqR0=/fit- in/870x653/vr.images.sp/56a834bf504566ebee5465713651a097.jpg>. Acesso em: 05 nov. 2016 PLACAS DE ALUGA-SE EM EDIFÍCIO NA RUA SÃO MATEUS EM JUIZ DE FORA. Fonte: <https://resizedimgs.vivareal.com/hs6Z7Uhx5tHZjquBUiI7lsNyG1c=/fit- in/870x653/vr.images.sp/ec8198aa71e05295542c968ad28a5a73.jpg>. Acesso em: 05 nov. 2016
  • 8.  É multirracial e multicultural;  Por essa razão não se surpreende encontrar templos entre prédios;  A cidade genérica é fundada a partir de pessoas em transito, determinadas a seguir a diante;  A grande originalidade da cidade genérica é simplesmente abandonar o que não funciona. http://bhaz.com.br/wp-content/uploads/2016/04/20140325124029192831o.jpg http://imagens.revista.zapcorp.com.br/wp-content/uploads/2015/03/filme-up.jpg
  • 9.  A cidade genérica é um fractal.  Uma repetição infindável do mesmo modulo estrutural simples.  Sendo possível sua reconstrução a partir da sua entidade mais pequena . https://media.giphy.com/medi a/zHfDSSYHWL5cY/giphy.gif http://portalarquitetonico.com.br/wp-content/uploads/567x177x15.jpg.pagespeed.ic.9N1DGVJCPQ.webphttp://images.adsttc.com/media/images/5237/104a/e8e4/4eef/7900/00c6/large_jpg/U AT-25.2.jpg?1379340357
  • 10.  A rua morreu;  Valorização dos veículos/desvalori zação do pedestre;  Perda das relações interpessoais;  A cidade genérica simplesmente desfruta das vantagens das suas invenções: plataformas, pontes, tuneis e autoestradas.  Uma enorme proliferação da https://i2.wp.com/msalx.vejasp.abril.com.br/2015/10/23/1559/jYQci/rua-natingui-atropelamento- pedestre.jpeg?zoom=2 http://www.vitruvius.com.br/media/images/magazines /grid_9/2318b37fcdf9_resenha106.jpg
  • 11.  A habitação não é um problema, ou foi totalmente resolvida ou deixada de lado.  Os mais pobre habitam o que há de mais caro – a terra  Os que pagam habitam o que é de graça – o ar. https://www.greenme.com.br/images/alemao-favela.jpg http://i1.r7.com/data/files/2C95/948E/38FB/EADE/0138/FD3A/CB31/2CD1/ha bitese.jpg
  • 12. CIDADEGENÉRICA  Passa da horizontalidade para verticalidade.  Os arranha-céus parecem ser a tipologia final e definitiva.  Edifícios com alta densidade sem comunicação entre eles. DOMÍNIO DAS EDIFICAÇÕES VERTICAIS Fonte: <http://2.bp.blogspot.com/-_6NBdzE-24s/TVZ- ESJYBpI/AAAAAAAAFss/kwINS194qFo/s1600/Especula%25C3%2 5A7%25C3%25A3o+Imobili%25C3%25A1ria.jpg>. Acesso em: 05 nov. 2016
  • 13. CENTRO  Núcleo de valor e significado;  Constantemente mantido, modernizado;  O lugar mais importante;  O mais velho e mais novo;  O mais fixo e mais dinâmico;  Sofre adaptações intensas e constantes;  Transformação irreconhecível.
  • 14. CENTRO  Mantido pelo valor histórico;  Adaptado pro uso contemporâneo;  Os centros históricos para permanecerem autênticos, precisam ser reabilitados.  A reabilitação acaba destruindo a autenticidade. http://static.panoramio.com/photos/original/43720258.jpg
  • 15. CENTRO  Presença do primitivo e do futurista;  Mantém a fachada pela importância histórica e descaracteriza o interior (destituição da identidade). Foto acervo pessoal “A cidade genérica é a pós- cidade a ser desenvolvida no local da ex-cidade”
  • 16.  Quanto mais poderosa for a identidade, mais resistente à expansão e renovação.  A cidade torna-se fixa e sua autenticidade preservada.  Insistência no centro como núcleo de valor e significado; https://1.bp.blogspot.com/- lUmbgc4BOYA/VzJ2TJAh3YI/AAAAAAAAAD4/W1FQL2Vy1jspbKjk2DIjQ30M32LVm5BhACLcB/s1600/Paris- vera%25CC%2583o.jpg
  • 17.  Crítica a duas disciplinas, o urbanismo e a sociologia, que, segundo ele, são incapazes de perceber o fenômeno da cidade genérica.  Quando se refere ao urbanismo, ele pinta a cidade genérica como um caos que se espalha de forma sistêmica, mas cujo sistema é ainda incapaz de ser captado pelo urbanismo e sugere o surgimento de um novo analfabetismo em relação à leitura desta cidade.  Considera que a sociologia é incapaz de classificar as cidades genéricas, posto que seriam inclassificáveis e propõe que esta “inclassificabilidade” seria a riqueza desta cidade. CIDADEGENÉRICA
  • 19. ÁREADEANÁLISE Para que possamos entender as contradições entre as áreas analisadas devemos compreender as diferenças tipológicas e históricas de cada local: • Rua São Mateus: historicamente mais residencial e de comércio de pequeno porte; • Avenida Itamar Franco: córrego canalizado, atualmente uma das avenidas da tríade responsável pelo deslocamento na cidade de Juiz de Fora. Acervo pessoal Avenida Itamar Franco Rua São Mateus Acervo pessoal
  • 20. ÁREADEANÁLISE • O Shopping apresenta em parte os conceitos apresentados sobre o aeroporto. Tons beges, lógica compositiva atemporal, concentração de serviços exclusivos e uma grande população pendular que vem a serviço ou a lazer porém não apresentam nenhuma ligação com o espaço. http://alubras.com/obra/exibir/id/29/home
  • 21. ÁREADEANÁLISE Google street view “O Hotel implica agora um encarceramento , uma prisão voluntária : não há outro sítio que possa competir com ele”. A memória do campo foi apagada visual para o hotel sem lazer periferia
  • 22. ÁREADEANÁLISE Acervo pessoal Uma série de edifícios erguidos por uma arquitetura especulativa , de tons pasteis e fachadas atemporais apelando para fins estéticos. Com o objetivo de ser “uma resposta as necessidades da sociedade atual”.
  • 23. ÁREADEANÁLISE Visão serial: ausência de padrão, tornando um local apenas uma resposta de necessidades.
  • 24. ÁREADEANÁLISE Morte das ruas Vira local de circulação de veículos apenas, deixando os usuários a mercê das intempéries ou a qualquer tipo de imprevisto gerados por essa negligência. Acervo pessoal
  • 25. ÁREADEANÁLISE Os hipermercados têm como característica base de ser reconhecido em qualquer lugar que for implantado, sendo ele estampado no terreno, depreciando todo o seu entorno e questões topográficas. Acervo pessoal
  • 26. ÁREADEANÁLISE Mesmo conceitos aplicados ao shopping, repetição de lojas sem variação tipológica. Acervo pessoal Acervo pessoal
  • 27. ÁREADEANÁLISE Visão serial: parte da rua preserva sua história, sua identidade, contraponto com o atual. Acervo pessoal
  • 28. Cine Paraíso e Instituto Maria ( Presente até hoje) Exemplificação de Lipservice ÁREADEANÁLISE Acervo pessoalhttp://www.mariadoresguardo.com.br/ Há sempre um quarto chamado Lipservice, onde um mínimo do passado é ... Koolhaas fala do passado que está em
  • 29. ÁREADEANÁLISE Rua São Mateus com a Gustavo Freire Memórias são apagadas (as que são julgadas menos importantes) para o desenvolvimento da cidade, e edifícios surgem no local. Alta velocidade de construção e concepção e pequenas variações http://www.mariadoresguardo.com.br/ Acervo pessoal
  • 30. ÁREADEANÁLISE Morte da calçadas ruas vazias e calçadas que não são convidativas ao uso. Acervo pessoal
  • 31. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KOOLHAAS, Rem. Três textos sobre a cidade. Barcelona: Gustavo Gili, 2010. NESBITT, Kate (org). Uma nova agenda para a arquitetura. São Paulo: Cosac Naify, 2006. (1996) RIBEIRO, Cláudio Rezende. A ideologia genérica ou a crítica da crítica de Rem Koolhaas. Arquitextos, São Paulo, ano 11, n. 121.03, Vitruvius, jun. 2010. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.121/3444>. Acesso: 05 nov. 2016.