SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 190
História A
Preparação para o
Exame Nacional de 2018
Revisões sobre os
conteúdos de aprofundamento do
Módulo 6
https://divulgacaohistoria.wordpress.com/
História A - Módulo 6
A civilização industrial – economia e sociedade;
nacionalismos e choques imperialistas
Unidade 1.3
A agudização das diferenças
http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
Módulo 6, História A 3
A agudização das diferenças
No século XIX, a maior parte dos países permanece
subdesenvolvida, com exceção da Europa, EUA e Japão;
A baixa produtividade agrícola criava poucos lucros e por isso não
existiam capitais para investir na indústria, impossibilitando o
desenvolvimento dessas regiões;
As diferenças entre países ricos e pobres aumenta;
Módulo 6, História A 4
A confiança nos mecanismos autorreguladores do mercado
Nos séculos XVI, XVII e XVIII, vários países adotaram medidas
protecionistas, sobretudo com base nas ideias mercantilistas;
Proteger a produção nacional da concorrência estrangeira era a
ideia central;
O Estado intervinha na economia fomentando determinados
setores e criando regras e tabelando preços;
No entanto a Revolução Industrial foi suportada por um sistema
económico livre-cambista;
Módulo 6, História A 5
O livre-cambismo tinha por base as ideias de Adam Smith (1720-
1790) e foi desenvolvido por outros teóricos como David Ricardo
(1772-1823), Thomas Malthus e Jean Baptiste Say;
Defendiam a total liberdade da iniciativa privada, sem qualquer
atuação por parte do Estado, porque segundo a sua opinião, através
da lei da oferta e da procura e da livre concorrência o mercado
autorregulava-se;
Segundo as suas ideias seria o livre-cambismo que iria assegurar o
desenvolvimento do Mundo;
Módulo 6, História A 6
Na Inglaterra estas ideias são executas pelo Governo de Sir Robert
Peel, que assumiu o poder em 1841, e em 1860 só 48 produtos
pagavam taxas alfandegárias para entrar em Inglaterra contrastando
com os 1150 produtos em 1840;
A adoção do livre-cambismo pela Inglaterra vai influenciar outros
países e entre 1850 e 1870, o livre-cambismo dominou as políticas
económicas europeias;
Mesmo os EUA que sempre mantiveram uma atitude protecionista
baixaram as suas taxas alfandegárias;
Módulo 6, História A 7
As debilidades do livre-cambismo. As crises cíclicas do capitalismo
O livre-cambismo apresentava um problema intrínseco ao sistema,
com uma periocidade de 6 a 10 anos existiam crises, estas crises
eram de um novo tipo, não eram originadas por falta de produtos
mas pelo excesso de produtos no mercado, eram crises de
superprodução;
Eram resultado da concorrência e da necessidade de produzirem
mais e mais barato;
Módulo 6, História A 8
O economista Clément Juglar (1824-1905) foi o primeiro a estudar
estes ciclos económicos que por isso foram denominados ciclos de
Juglar, duram aproximadamente 10 anos:
Módulo 6, História A 9
Módulo 6, História A 10
Na fase de crescimento económico, a procura é maior do que a
oferta, os preços sobem;
A perspetiva de grandes lucros levam ao aumento do investimento,
a especulação na Bolsa aumenta;
Esta situação gera um aumento da produção que leva a que a
oferta seja maior do que a procura;
Módulo 6, História A 11
Os produtos acumulam-se nos armazéns, os preços baixam, para
reduzir a produção os salários baixam e recorre-se ao
despedimento de trabalhadores;
Muitas empresas não resistem e abrem falência, arrastando
consigo alguns Bancos (que tinham emprestado dinheiro);
Muitos investidores perdem dinheiro na Bolsa;
Os despedimentos fazem diminuir o consumo que leva a produção
a diminuir ainda mais;
Módulo 6, História A 12
Estas crises iniciam-se num ou em vários países e propagam-se
rapidamente;
Em 1810 regista-se a primeira crise, em 1929 a mais grave;
Entre essas datas verificara-se 15 períodos de recessão económica
que provocaram o aumento da miséria e agitação política e social;
Os teóricos do liberalismo consideram estas crises cíclicas como
simples ajustamentos económicos;
Módulo 6, História A 13
Outros veem nas crises os sinais de que o mercado não é capaz de se
autorregular;
No final do século XIX, muitos países adotaram medidas
protecionistas para proteger a sua economia da concorrência
estrangeira;
Estas crises suscitaram protestos;
Após a crise de 1929, ficou patente a necessidade dos Estados
intervirem na vida económica;
Módulo 6, História A 14
O mercado internacional e a divisão do trabalho
Durante o século XIX e até à Primeira Guerra Mundial o comércio
registou um crescimento acelerado;
Devido ao aumento da produção agrícola e industrial, ao
crescimento demográfico e ao desenvolvimento dos transportes e
das comunicações;
Este comércio é dominado pela Europa, no início do século XX detém
2/3 do comércio mundial;
Inglaterra, EUA, França e Alemanha são responsáveis por cerca de
50% do comércio mundial;
Módulo 6, História A 15
No século XIX surgem zonas económicas especializadas e a
repartição mundial do trabalho;
O surgir de zonas especializadas teve que ver com as potencialidades
naturais e humanas de cada região;
A especialização de uma região num determinado produto
conseguia gerar muitos lucros que compensavam a necessidade de
importar outros produtos;
Módulo 6, História A 16
Módulo 6, História A 17
A Revolução Industrial agudizou as diferenças na divisão
internacional do trabalho;
Inglaterra, EUA, Alemanha e França produziam cerca de 70% de
toda a produção industrial mundial;
Estes fornecem os países mais atrasados da Europa e dos outros
continentes com os produtos industrializados e adquirem a estes
produtos agrícolas e matérias-primas;
Módulo 6, História A 18
Este sistema de trocas favorecia os países mais ricos;
Apesar de alguns países em vias de desenvolvimento terem sido
estimulados na procura de diminuírem as suas dependências
económicas, ao longo do século XIX, estas diferenças, entre “países
pobres e países ricos”, foram aumentando;
O capitalismo industrial contribuiu para criar um mundo desigual;
Um grupo muito restrito de países controla a economia mundial;
Módulo 6, História A 19
Nos finais do século XIX, e como forma de defender os países
menos desenvolvidos da livre concorrência, desenvolveram-se
novas medidas protecionistas, de modo a tornar possível a
industrialização desses países;
Módulo 6, História A 20
Esquema in “Preparação para o
Exame Nacional, História A 11,
Porto Editora
História A - Módulo 6
A civilização industrial – economia e sociedade;
nacionalismos e choques imperialistas
Unidade 2.2
Unidade e diversidade da sociedade oitocentista
http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
Módulo 6, História A 22
Unidade e diversidade na sociedade oitocentista
As revoluções liberais levaram ao progressivo fim da sociedade do
Antigo Regime, a sociedade de ordens é substituída por uma
sociedade de classes;
A igualdade dos cidadãos perante a lei leva ao fim dos privilégios da
nobreza e do clero;
Na sociedade de classes o que determina a posição social é a posse
de riqueza e de propriedades;
A sociedade de classes é mais aberta e a mobilidade social é
constante;
Módulo 6, História A 23
A sociedade do século XIX divide-se em dois grandes grupos:
Burguesia que domina mas também se divide em vários estatutos
sociais (alta, média, pequena burguesia);
Proletariado que providencia a força de trabalho;
Nesta sociedade é possível a um indivíduo de baixa condição social
alcançar o topo da hierarquia social;
Módulo 6, História A 24
A base do pensamento liberal assenta na ideia que a capacidade e
inteligência de cada um tornará possível a sua subida na escala
social;
Depois de alcançado o topo deveria assegurar-se a continuidade
através de estratégias que permitissem a permanência nos mais
altos escalões;
Módulo 6, História A 25
A alta burguesia empresarial e financeira é constituída pelos
empresários industriais, banqueiros, diretores das grandes
companhias de transportes e comunicações e proprietários de
grandes empresas de negócios;
Devido à concentração das atividades económicas a alta burguesia
domina o poder económico, controla os meios de produção e o
acesso às matérias-primas;
Módulo 6, História A 26
O poder tem tendência a manter-se num número reduzido de
famílias, surgem as dinastias burguesas, nos mais variados ramos
económicos:
França: Schneider, Peugeot, Périer;
Alemanha: Krupp, Fürstenberg, Rothschild;
Itália: Agnelli, Pirelli
EUA: Rockefeller
Módulo 6, História A 27
Ao poder económico a alta burguesia junta o poder político,
criando grupos de pressão (lobbies) ou participando diretamente
nas decisões políticas como deputados ou ministros;
Influenciam as tomadas de decisões dos governos de forma a
favorecerem os seus interesses;
Difundem as suas ideias na imprensa e jornais;
Através da publicidade lançam modas;
Influenciam o ensino;
Divulgam os seus valores de modo a influenciarem a opinião pública
de acordo com os seus interesses;
Módulo 6, História A 28
A alta burguesia vai desenvolver comportamentos e valores
próprios;
Em muitas atitudes vão imitar a antiga nobreza, adquirindo
propriedades, muitas vezes compradas à nobreza, nas cidades
mandam construir palácios;
Organizam festas, bailes, e outros sinais exteriores de riqueza;
Os seus filhos frequentam as melhores escolas;
Muitas vezes estabelecesse uma comunidade de interesses entre a
antiga aristocracia e a lata burguesias, e muitos casamentos são
realizados;
Módulo 6, História A 29
Outras vezes a alta burguesia era nobilitada pelos serviços
prestados;
Assiste-se a uma fusão de interesses entre a velha e a nova elite;
Módulo 6, História A 30
A burguesia foi lentamente desenvolvendo uma consciência de
classe, afirmando-se como um grupo autónomo com os seus
próprios valores e comportamentos;
O culto da ostentação e do luxo foi sendo substituído pela
valorização do trabalho, do estudo, da poupança, da moderação e
da prudência;
Estas são as virtudes burguesas;
Nelas a família assumia um papel relevante, e dá-se muita
importância à solidariedade familiar;
Módulo 6, História A 31
A maior parte pertence ao setor terciário das atividades económicas;
Muitos provêm das classes mais baixas;
É um grupo conservador (contra todas as mudanças sociais e
económicas);
Módulo 6, História A 32
A burguesia distancia-se do culto da ociosidade das elites
aristocráticas e mostram a sua riqueza como fruto do trabalho, da
iniciativa e do esforço pessoal;
Atribuem a pobreza à preguiça, e à falta de empenho e talento;
Apontam como exemplos os casos de ascensão de pessoas de
origem humilde, os “self-made men” que também são o exemplo da
mobilidade social da nova sociedade;
Módulo 6, História A 33
As classes médias são constituídos por um numeroso e heterogéneo
grupo de pessoas;
Situam-se entre a alta burguesia e o proletariado;
Este grupo é constituído pelas pessoas que não executam trabalhos
manuais mas também não pertencem à alta burguesia;
Módulo 6, História A 34
O desenvolvimento do setor terciário fez engrossar este grupo;
A maior parte destas profissões vão ficar conhecidas como
“colarinhos brancos”, distinguindo-os dos trabalhadores que se
sujavam no exercício da sua profissão;
Módulo 6, História A 35
Pequenos empresários industriais que, apesar de afetados pelas
crises e pela concentração empresarial, não cessaram de crescer;
Profissões liberais todos os que trabalhavam por conta própria
(advogados, médicos, professores);
Empregados de escritórios e funcionários públicos que veem o seu
número crescer devido ao desenvolvimento dos serviços e do
Estado. Muitas vezes ganham menos que operários mas têm
estatuto social. É um tipo de emprego muito procurado;
Módulo 6, História A 36
Professores são cada vez mais numerosos. Transmitem os valores
da burguesia nas escolas. Profissão mal paga mas com prestígio;
Empregados comerciais todos os que trabalhavam no comércio;
Pessoas com rendimentos tais como proprietários, investidores na
Bolsa, etc.;
Módulo 6, História A 37
As classes médias, criam a sua consciência de classe, eram grandes
defensoras dos valores da burguesia;
Muitos deles tinham origens humildes e sonhavam subir na
sociedade, sobretudo tinham pavor de voltarem a ser proletários;
São conservadores e defensores da ordem e moral públicas;
Módulo 6, História A 38
Veem com desconfiança a contestação dos operários;
Cultivam a ordem, o estatuto, o respeito pelas hierarquias, a
importância da poupança, o respeito pelo trabalho;
Procuram pequenos luxos como comprar uma moradia, uma boa
escola para os filhos, idas ao teatros e à ópera, férias, etc.;
Módulo 6, História A 39
O respeito pela família é o pilar da moral burguesa;
Advogam uma moral austera (puritanismo) e o culto das aparências;
Na família burguesa o poder está no homem, as qualidades
domésticas na mulher a obediência nos filhos;
As festas da classe média decorriam em família (aniversários,
casamentos, etc.);
Módulo 6, História A 40
A condição operária: salários e modos de vida
A Revolução Industrial criou, nos escalões inferiores da sociedade,
um novo grupo social, o operariado;
O liberalismo económico, ao abster-se de intervencionar a vida
económica, deixou os operários nas mãos dos grandes industriais;
Módulo 6, História A 41
Os proletários não têm qualquer poder sobre a produção que
pertence à burguesia, os operários apenas possuem os seus filhos
(prole) e um salários pelo seu trabalho;
O salário não é regulamentado, e baixa ou sobe de acordo com os
interesses dos donos das indústrias;
Os operários viveram e trabalharam em condições muito precárias
e difíceis;
Módulo 6, História A 42
Os proletários que no século XIX afluíam às cidades eram o produto
da falta de empregos na agricultura e da ruína dos pequenos
proprietários rurais ou das atividades artesanais;
Chegavam às cidades sem qualquer preparação, foram uma mão de
obra não qualificada e foram explorados e sujeitos a grandes
arbitrariedades;
Módulo 6, História A 43
Os operários foram sujeitos a variadíssimos problemas:
Salários precários e baixos, completamente dependentes dos jogos
da oferta e da procura. Quando os lucros diminuíam ou a ganância
dos patrões era muita, os salários baixavam, muitas vezes abaixo do
limiar de sobrevivência;
Horários de trabalho que podiam chegar às 16 horas diárias;
Ausência de direito a férias, descanso semanal, subsídio de
desemprego, reforma ou doença;
Mão de obra infantil que recebia por vezes metade do salário dos
homens. As mulheres também tinham salários mais baixos;
Módulo 6, História A 44
O cinema
Os irmãos Lumière
http://www.youtube.com/watch?v=BO0EkMKfgJI
Módulo 6, História A 45
Ausência de redes de solidariedade. Oriundos do campo tinham de
sobreviver na cidade sem o apoio familiar;
Locais de trabalho sem condições mínimas;
Elevado risco de contrair doenças profissionais que levavam ao
despedimento;
Proibição de todos os tipos de manifestações ou reivindicações
(greve era proibida por lei);
Módulo 6, História A 46
Habitações sem condições de habitabilidade e muitas vezes
sobrelotadas;
Estavam sujeitos a uma alimentação pobre e desequilibrada;
Mal alimentados, sem tempo para descansar, habitando em bairros
insalubres eram muitas vezes vítimas de doenças, as epidemias de
cólera eram frequentes;
Perante este quadro de problemas e pobreza extremas os problemas
a ele associados eram frequentes: alcoolismo, prostituição,
criminalidade, mendicidade, etc.;
Módulo 6, História A 47
O movimento operários: associativismo e sindicalismo
Os primeiros movimentos contra estas duras condições de trabalho
e de vida foram espontâneas e desorganizadas;
Um dos primeiros foi liderado por Ned Ludd, em Inglaterra, entre
1811 e 1818. Foi o “luddismo”, era um movimento que levava os
operários a destruírem máquinas (mecanoclasta) que roubavam o
trabalho;
Outros movimentos semelhantes, bem como greves e outras
manifestações irromperam por toda a Europa;
Módulo 6, História A 48
As medidas de repressão foram extremamente duras: os operários
foram perseguidos, presos e até condenados à morte;
Esta violenta repressão levou os operários a organizarem as suas
lutas;
Esta organização assumiu , essencialmente, duas formas:
Módulo 6, História A 49
Associativismo – para substituir as tradicionais solidariedades
familiares, da igreja ou das confrarias, criaram-se associações de
socorros mútuos, ou mutualidades;
Os associados pagavam uma quota e eram apoiados em caso de
doença, morte, acidentes, desemprego, etc.;
Também foram criadas cooperativas que eram associações de tipo
económico;
Módulo 6, História A 50
Outra forma de organização do movimento operário foi o
sindicalismo;
Os sindicatos são organizações que agregam os trabalhadores de um
determinado ramo profissional, para protegerem os seus interesses;
Os sindicatos começaram por ser organizações clandestinas:
Lutavam pela melhoria das condições de trabalho através de
manifestações e greves;
Módulo 6, História A 51
A legalização dos sindicatos, a influência de doutrinas políticas
como o socialismo e o anarquismo levaram ao crescimento dos
sindicatos;
A partir de 1870-80, a força dos sindicatos cresce visivelmente;
Os sindicato britânicos, as Trade Unions, transformaram-se em
organizações de massas;
Módulo 6, História A 52
Nos países industrializados os sindicatos organizam-se e
multiplicavam-se;
Reivindicam o dia de trabalho de 8 horas, melhores salários, dia de
descanso semanal, indeminização em caso de acidente de
trabalho, etc.;
As lutas operárias foram muitas vezes reprimidas violentamente;
No dia 1 de maio de 1886, em Chicago (EUA) 500 mil trabalhadores
saíram às ruas, em manifestação pacífica, exigindo a redução da
jornada para oito horas de trabalho. A polícia reprimiu a
manifestação, dispersando a concentração, depois de ferir e matar
dezenas de operários;
Módulo 6, História A 53
Em 1889 o Congresso Operário Internacional, reunido em Paris,
decretou o 1º de Maio, como o Dia Internacional dos
Trabalhadores, um dia de luto e de luta. E, em 1890, os
trabalhadores americanos conquistaram a jornada de trabalho de
oito horas;
As greves foram uma das melhores armas porque paravam a
produção e causavam diminuição dos lucros;
Fruto destas lutas as duras condições do trabalho forma-se
suavizando e os salários cresceram;
Módulo 6, História A 54
Os primeiros sindicatos a serem legalizados foram os britânicos;
No último quartel do século XIX, a legislação social nos países
industrializados evoluiu: foram publicadas leis que regulamentavam
o horário de trabalho, o repouso semanal, pensões (velhice,
doença, acidente);
Módulo 6, História A 55
As propostas socialistas de transformação revolucionária da
sociedade
As condições de miséria dos proletários levou vários pensadores a
refletirem sobre esta situação e a proporem medidas de intervir na
sociedade, criticavam a desumanidade do sistema capitalista e
propunham a diminuição das desigualdades sociais;
No século XIX surgem as teorias socialistas que se vão dividir em
dois campos teóricos diferentes;
Módulo 6, História A 56
Socialismo utópico – consistiu em propostas de reforma da
sociedade e alternativas ao sistema capitalista;
Propunham a criação de cooperativas de produção e consumo e
uma maior justiça social. As ideias começaram a surgir por volta de
1820;
Alguns dos principais pensadores foram: Robert Owen, Saint-
Simon, Charles Fourier, etc.;
Módulo 6, História A 57
Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) foi um dos principais
pensadores;
Propôs a organização de cooperativas de produção e por
conseguinte a abolição da propriedade privada e do estado para
terminar com a “exploração do homem pelo homem”;
A proposta de Proudhon consista na criação de uma sociedade
igualitária de pequenos produtores associados em cooperativas que
seriam capazes de assegurar o bem-estar, sem luta de classes ou sem
a intervenção do Estado;
Módulo 6, História A 58
Socialismo científico (marxismo) – Karl Marx (1818-1883) e
Friederich Engels (1820-1895) publicaram em 1848, o Manifesto do
Partido Comunista;
Nesta obra defendem que a luta de classes, o verdadeiro motor da
História, atravessou todas as épocas históricas e propõem um
modo de atingir uma sociedade sem classes e sem Estado, o
comunismo;
A sociedade burguesa e capitalista será destruída pelo proletariado
que instaurará a ditadura do proletariado;
Nesta fase o estado deterá todos os meios de produção (fim da
propriedade privada) para construir uma sociedade sem classes e
sem exploração, onde o próprio Estado desaparecerá, o comunismo;
Módulo 6, História A 59
Segundo Karl Marx, o modo de produção capitalista assenta
na mais-valia;
O salário do trabalhador não corresponde ao valor do seu
trabalho mas apenas ao valor dos bens de que necessita para
sobreviver. A exploração do proletário é o lucro do capitalista;
Os explorados deveriam lutar contra os exploradores (luta de
classes);
Para Marx era necessário que o proletariado se organizasse
em partidos e sindicatos e conquistasse o poder político;
Módulo 6, História A 60
Marx apela ao internacionalismo proletários, é célebre a frase,
“Proletários de todos os países, uni-vos”, segundo ele a única forma
de lutar contra o capital internacional é os operários também se
organizarem internacionalmente;
Para coordenar a luta a nível internacional surgem as Associações
Internacionais de Trabalhadores ou Internacional Operária
(Internacionais);
Marx redigiu os estatutos da I Internacional (Londres, 1864;
Apoiou a Comuna de Paris (março de 1871) insurreição de
operários em Paris que, após dominar a capital francesa durante 40
dias, foi esmagada com enorme violência, mais de 20 mil revoltosos
foram executados;
Módulo 6, História A 61
Surgem partidos operários com a designação de socialistas ou
sociais-democratas;
Na Internacional surgem teses diferentes de Karl Marx;
Bakunine (1814-1876) criou o anarquismo, criticava no marxismo o
princípio da ditadura do proletariado e da supremacia do Estado e
preconizava a organização dos operários nos sindicatos e outras
associações;
Estes desacordos levaram ao fim da I Internacional em 1876;
Módulo 6, História A 62
A II Internacional (Paris, 1889) afastou os anarquistas, mas surgiu
outra tendência, o revisionismo de Bernstein (1850-1932) que
propunha uma evolução pacífica e gradual do capitalismo para o
socialismo, substituindo a luta de classes por uma colaboração
entre os partidos operários e os burgueses;
Na sequência desta nova proposta os partidos voltaram-se a dividir;
A II Internacional vai desaparecer em 1914 no início da I Guerra
Mundial;
Módulo 6, História A 63
Esquema in “Preparação para o Exame Nacional, História A 11, Porto Editora
História A - Módulo 6
A civilização industrial – economia e sociedade;
nacionalismos e choques imperialistas
Unidade 4
Portugal, uma sociedade capitalista dependente
http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
Módulo 6, História A 65
A Regeneração entre o livre-cambismo e o protecionismo (1851-
1880)
Um golpe de estado, em 1851,
liderada pelo Duque de Saldanha,
depôs Costa Cabral e iniciou uma
nova etapa do liberalismo
português conhecida por
Regeneração;
Módulo 6, História A 66
Os principais objetivos deste movimento eram conciliar as diversas
fações do Liberalismo e harmonizar os interesses da alta burguesia
com os da pequena e média burguesia bem como dos camponeses;
Revisão da Carta Constitucional;
Ato Adicional (1852) alarga o sufrágio, determina eleições diretas
para o Parlamento;
Consagra-se o rotativismo partidário (alternância de partidos no
poder);
A nível económico desenvolveram uma política livre-cambista,
desenvolvem reformas para modernizar o país;
Livre-cambismo é um modelo de mercado no qual o
comércio entre países não é afetado por restrições (taxas
aduaneiras) do estado. Livre-cambismo é contrário
ao protecionismo, que é a política económica que pretende
restringir o comércio entre países.
Módulo 6, História A 68
O desenvolvimento de infraestruturas:
A Regeneração desenvolveu os transportes e os meios de
comunicação (infraestruturas essenciais);
O seu principal dinamizador foi o ministro das Obras Públicas,
Comércio e Indústria (1852-1856), António Fontes Pereira de
Melo (1819-1887),
A esta política de desenvolvimento das atividades económicas
chama-se fontismo;
Módulo 6, História A 69
Revolução dos transportes:
Construção de estradas (macadamizadas);
Desenvolvimento dos transportes ferroviários;
Construção de pontes;
Construção e remodelação de portos;
Instalação do telégrafo (1857);
Estabelecimento do telefone (1882) em Lisboa e Porto;
Reforma dos correios (1853, primeiros selos adesivos);
Módulo 6, História A 70
Vantagens do desenvolvimentos dessas políticas económicas:
Criação de um mercado nacional, os produtos chegam a áreas
até então isoladas;
Incremento da produção agrícola e industrial;
Desenvolvimento das relações internacionais, sobretudo com a
Europa mais evoluída;
Módulo 6, História A 71
No entanto estes melhoramentos exigiram um grande esforço
financeiro;
Os governos regeneradores recorreram a empréstimos obtidos na
banca internacional, muitas vezes a juros elevados;
Uma consequência foi o endividamento do estado;
Para resolver esta situação os governos socorreram-se de sucessivos
aumentos de impostos, o que piorou a situação económica do país;
Módulo 6, História A 73
Por outro lado o desenvolvimento das comunicações criou
condições de concorrência económica para a qual, a maior parte
dos portugueses não estava preparado;
Portugal vai caindo nas mãos dos credores estrangeiros;
Apesar dos problemas a economia portuguesa entre 1850-1875
vive um período de expansão.
Módulo 6, História A 74
A dinamização da atividade produtiva
A Regeneração procurou aumentar e diversificar as atividades
produtivas no país;
Defendeu políticas de liberalização do comércio, contrárias ao
protecionismo;
O livre-cambismo está expresso na pauta alfandegária (impostos
que os produtos pagam na alfandega) de 1852, publicada por
Fontes Pereira de Melo;
Módulo 6, História A 75
As taxas alfandegárias foram reduzidas com a argumentação:
A diminuição das taxas contribuía para a redução do contrabando;
A redução de preços das matérias-primas ajudava a indústria
nacional;
Permitia a baixa de preço dos produtos importados, beneficiando o
consumidor;
Até 1880, Portugal, vai adotar uma política livre-cambista, embora
por vezes se tenham tomado medidas protecionistas;
Módulo 6, História A 76
Nesta fase da vida económica, Portugal participou e até promoveu
exposições internacionais;
Estas exposições são o símbolo do progresso e desenvolvimento
industrial;
Módulo 6, História A 77
A exploração capitalista dos campos
Em 1863, foi decretada a abolição definitiva dos morgadios e foram
promulgadas leis no sentido de terminar com todas as obrigações de
carácter feudal;
São abolidos os baldios e pastos comuns o que vai contribuir para o
aumento das terras cultivadas;
Arroteadas terras;
Introduzidas novas máquinas agrícolas;
Aplicadas técnicas de cultivo que permitem uma agricultura mais
intensiva com a diminuição do pousio;
Divulgação da utilização dos adubos químicos;
Módulo 6, História A 79
Apesar de todos esses progressos, a inovação tecnológico foi
travada pela falta de dinheiro para investir e propriedades
agrícolas reduzidas, em especial no Norte e Centro do país;
As inovações foram sobretudo realizadas no Sul (Alentejo (trigo) e
Ribatejo (arroz));
A produção portuguesa foi orientada para a exportação:
Vinhos (Dão, Bairrada, Douro, Estremadura, Ribatejo);
Laranjas e frutos secos;
Cortiça, casulos de seda, gado vivo;
Esta especialização na exportação da agricultura portuguesa criou
graves problemas na nossa economia;
Módulo 6, História A 81
A industrialização: o difícil crescimento
O arranque industrial português começou com muito atraso
em relação aos países mais desenvolvidos;
Inicia-se a partir de 1870:
Difusão da energia do vapor;
Diversificação das atividades (têxtil, vidro, tabaco, cortiça,
conservas de peixe, metalurgia, cerâmica, etc.;
Aperfeiçoamento tecnológico;
Módulo 6, História A 82
Aumento do número de sociedades anónimas (lei de 22 de junho
de 1867);
Aumento da população operária;
Maiores investimentos na indústria;
Introdução da energia elétrica na indústria no século XX;
Sociedade anónima (S.A.) é uma forma jurídica de constituição
de empresas na qual o capital social não se encontra atribuído a um
nome específico, mas está dividido em ações que podem ser
transacionadas livremente.
Módulo 6, História A 83
Apesar de todos estes investimentos a indústria portuguesa tem
muitas dificuldades em competir internacionalmente, e demonstra
muitas dificuldades de crescimento, demonstrado pelo lento
aumento da população ativa no setor secundários:
1890= 18,4%
1900=19,4%
1911=21,1%
Módulo 6, História A 84
A Portugal faltam matérias-primas no território nacional (carvão,
algodão);
O arranque industrial português começou com cerca de 100 anos
de atraso em relação à Inglaterra;
Falta de operários especializados;
Orientação dos investimentos para a especulação e para as
atividades imobiliárias em detrimento das atividades industriais;
Dependência do capital estrangeiro;
Mercado interno muito pequeno;
Sistema económico baseado nas atividades comerciais e agrícolas;
O nosso mercado era abastecido por produtos estrangeiros , cujos
preços eram muito competitivos;
Módulo 6, História A 86
A necessidade de capitais e os mecanismos de dependência
A política dos sucessivos governos da Regeneração levaram à
abertura da economia portuguesa ao capital estrangeiro;
As obras públicas (estradas, comboio) foram realizadas com recurso
a capitais estrangeiros (Inglaterra, França, Brasil, Espanha);
Os investimentos estrangeiros tornaram possível o desenvolvimento
das companhias de telégrafos, telefones, águas, gás, transportes
urbanos, seguros, atividades bancárias e comerciais;
A própria indústria foi, em muitos casos, desenvolvida com recurso
a capitais estrangeiros;
Módulo 6, História A 87
Os governos da Regeneração caíram na dependência dos capitais
estrangeiros;
O défice das finanças públicas não parou de crescer ( o estado tinha
mais despesas do que receitas);
Os sucessivos aumentos de impostos não conseguiram criar uma
situação de equilíbrio;
A solução foi recorrer a mais empréstimos estrangeiros;
Entrou-se num círculo vicioso: as despesas e os juros da dívida
pública eram pagos com recurso a empréstimos estrangeiros, isto
leva a que o défice vá ficando progressivamente fora de controlo;
Módulo 6, História A 88
Entre a depressão e a expansão (1880-1914)
A crise financeira de 1880-1890
A política dos governos da Regeneração de livre-cambismo
favoreceu as exportações agrícolas, a partir da década de 70 os
nossos produtos vítimas de doenças e da concorrência perderam
mercados;
As importações de produtos industrias aumentaram;
Em consequência a balança comercial é negativa, em 1889-90, o
valor das importações é quase o dobro das exportações;
Módulo 6, História A 89
Os juros e a dívida pública continuam a aumentar, fruto dos
sucessivos empréstimos contraídos;
Entre 1851-1890, a dívida pública aumentou quase 8 vezes;
Grande parte do desenvolvimento português foi realizado com
investimentos estrangeiros, logo uma parte substancial dos lucros
revertia para fora do país;
Um dos grandes credores de Portugal, o banco inglês, Baring &
Brothers, abriu falência, depois de terem acordado um grande
empréstimo ao governo português;
As remessas de emigrantes no Brasil diminuíram;
Módulo 6, História A 90
Não havia dinheiro para pagar as dívidas;
Entre 1890 e 1892, Portugal viveu uma situação financeira muito
grave;
Em janeiro de 1892, o governo português declarou a bancarrota;
A crise levou ao repensar do modelo económico da Regeneração;
Módulo 6, História A 92
O surto industrial de final do século
Devido ao fracasso do livre-cambismo o governo publicou uma
nova pauta aduaneira em 1892, era o retorno do protecionismo;
Garantiam-se à agricultura e indústria condições vantajosas para
colocar os seus produtos nos mercados nacional e colonial;
Entre 1892 e 1914, o comércio colonial foi um fator importante
para o desenvolvimento económico português;
Módulo 6, História A 93
Dá-se a concentração empresarial e surgem grandes empresas que
estão mais bem preparadas para suportar as crises económicas:
CUF (produção de adubos);
Companhia Aliança (têxteis), Companhia dos Tabacos, Companhia
dos Fósforos, Companhia de Cimentos Tejo, etc.;
Surgem também grandes companhias nos transportes Caminhos de
Ferro e Carris), serviços públicos (água, eletricidade, gás, telefones),
Seguros (Fidelidade, Bonança), na exploração colonial, etc.;
Também surgem novos bancos;
Módulo 6, História A 94
Desenvolvimento tecnológico com a difusão da eletricidade,
indústria química, metalurgia, etc.;
Surgem polos urbanos e de industrialização em Lisboa, Porto, Braga,
Setúbal, Barreiro, Guimarães;
No entanto apesar deste crescimento a população urbana em
Portugal era reduzida se comparada com países europeus
desenvolvidos;
Módulo 6, História A 95
As transformações do regime político na viragem do século
Os problemas da sociedade portuguesa e a contestação da
monarquia
Apesar de Portugal continuar um país essencialmente rural, as
cidades cresceram e nelas desenvolveram-se a classe média e o
proletariado;
Os progresso ocorridos no ensino permitiram o desenvolvimento da
imprensa;
Estes fatores contribuíram para que nas últimas décadas da
monarquia se tivesse criado a opinião pública, fator que os
governos tiveram de passar a considerar;
Módulo 6, História A 96
Nas últimas décadas do século XIX, o país tomava consciência dos
seus problemas agravados com a crise económica;
O descontentamento com a monarquia cresce:
O rotativismo partidário entre o Partido Progressista e o Partido
Regenerador provocava desânimo pois não conseguiam resolver a
crise económica. O rei era culpado pela opinião pública por não
conseguir que os partidos resolvessem a situação;
A crise económica de 1880-1890 e a bancarrota de 1892 deixaram
marcas na sociedade portuguesa apesar das políticas protecionistas
e de desenvolvimento industrial;
Os problemas estruturais não foram resolvidos (falta de
investimento em atividades produtivas, atraso da agricultura,
emigração);
Sucedem-se vários escândalos financeiros;
Módulo 6, História A 98
O Ultimato inglês opondo-se ao mapa cor de rosa, ameaçando
recorrer à força contra Portugal foi aceite pelo governo português, o
que gerou muita contestação entre a população. A monarquia foi
acusada de não defender os interesses nacionais;
Curiosidade – Nesta altura foi composto “A Portuguesa”, o atual
Hino Nacional. O atual verso “Contra os canhões marchar” na
versão inicial era “Contra os Bretões marchar”;
Módulo 6, História A 99
O Partido Republicano, fundado em 1876, conquistou grande parte
deste descontentamento, sobretudo no seio da classe média;
As suas críticas ao sistema iam granjeando apoios;
Obteve 6% dos votos nas eleições de 1879 e 33% em 1884;
Módulo 6, História A 100
Em 31 de janeiro de 1891, dá-se no Porto uma tentativa de
derrube da monarquia e implantação da República realizada por
militares;
A tentativa gorou-se mas era um sinal do descontentamento
popular que grassava entre a população;
A agitação social, greves, protestos estudantis e contestação
generalizada aos governos monárquicos vai aumentando;
Criaram-se associações secretas com o intuito de derrubar a
monarquia. A mais importante foi a Carbonária;
Módulo 6, História A 101
Em 1907, o rei D. Carlos dissolveu o parlamento e o primeiro-
ministro, João Franco governa com plenos poderes, este período foi
denominado a ditadura de João Franco, esta situação contribuiu
para o reforço do descontentamento;
O rei D. Carlos e o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe foram
assassinados (Regicídio) em Lisboa em 1908, por membros da
Carbonária;
Módulo 6, História A 102
A Primeira República
No dia 5 de Outubro é implantada a República em Portugal;
http://www.youtube.com/watch?v=3jVhrnPCV3U
Módulo 6, História A 103
Constitui-se um Governo Provisório presidido por Teófilo Braga;
Em 1911 são realizadas eleições para uma Assembleia Nacional
Constituinte;
Em 21 de agosto de 1911 é promulgada a Constituição da
República Portuguesa;
Em 24 de agosto, Manuel de Arriaga é eleito o primeiro Presidente
da República Portuguesa;
Módulo 6, História A 104
A Constituição de 1911 estabelece que:
Existe uma superioridade do poder legislativo. A Câmara dos
Deputados e o Senado controla o governo, pode destituir o
Presidente da República;
Esta característica é uma das razões da instabilidade governativa
em que vivei a Primeira República;
O Presidente da República é uma figura simbólica, é eleito pelo
parlamento e não pode vetar as leis;
Estabelece-se o sufrágio direto e universal para os maiores de 21
anos alfabetizados ou que fossem chefes de família;
Módulo 6, História A 105
Os governos da República tiveram como principais linhas de
atuação:
A laicização do Estado, a separação do Estado e da Igreja (Lei da
Separação do Estado e da Igreja);
As medidas anticlericais foram mal aceites pelo povo
profundamente católico e originou que a República perdesse uma
grande parte do apoio;
Abolição definitiva da sociedade de ordens com a aniquilação
definitiva dos privilégios do clero e da nobreza;
Lei do divórcio;
Defesa da justiça social, é promulgada a lei que reconhece o direito
à greve, é instituído o descanso obrigatório para os trabalhadores ao
domingo;
Em 1916, é criado o ministério do Trabalho e da Previdência Social;
O Registo Civil passa a obrigatório;
Módulo 6, História A 107
Desenvolveu-se o ensino público. A taxa de analfabetismo (76%)
era uma das maiores da Europa;
O ensino primário foi tornado obrigatório e gratuito;
Foram criadas novas escolas e programas de formação de
professores;
Foram criadas as universidades do Porto e Lisboa;
Módulo 6, História A 108
A Primeira República não conseguiu resolver os problemas
estruturais da sociedade portuguesa;
Foi uma época extremamente conturbada devido a fatores internos
e externos (1ª Guerra Mundial 1914-1918);
Módulo 6, História A 109
Os governos da República nunca conseguiram uma estabilidade
governativa, entre 1910 e 1926 existiram 39 governos;
O Partido Republicano, devido a diferenças ideológicas, dividiu-se
em três partidos: Partido Democrático (Afonso Costa), Partido
Evolucionista (António José da Almeida) e União Republicana (Brito
Camacho);
Surgem outros partidos políticos: socialista, independentista,
monárquico, esquerdista, etc.;
Módulo 6, História A 110
A oposição ao regime vai crescendo liderada pelos setores mais
conservadores da sociedade:
Igreja, devido ao anticlericalismo do regime;
Os adeptos do retorno à monarquia;
A alta burguesia descontente com a legislação de caráter social;
Surge o Integralismo Lusitano, que agrupa os opositores
monárquicos e religiosos;
Este movimento apoiou várias tentativas de derrube da República
(Monarquia do Norte (1919), Ditadura de Sidónio Pais (1917-1918);
As lutas internas entre os partidos republicanos e a oposição
dividiram o país e, por vezes, assumiram o carácter de guerra civil;
Módulo 6, História A 112
A situação económica e social do país era marcada por uma
industrialização atrasada e Portugal permanecia essencialmente
rural, setor que se opunha às tentativas de modernização da
República;
A produção continuava deficitária o que provocava a alta dos preços
e a balança de pagamento do estado era negativa;
Apesar de toda a legislação promulgada os operários e o
campesinato viam-se numa miséria extrema e sujeitos aos abusos
do patronato;
Esta situação provocou um descontentamento em muitos setores
da população;
No dia 28 de maio de 1926 dá-se um golpe militar que irá
estabelecer uma nova ditadura em Portugal.
Módulo 6, História A 114
Esquema in “Preparação para o
Exame Nacional, História A 11, Porto
Editora
História A - Módulo 6
A civilização industrial – economia e sociedade;
nacionalismos e choques imperialistas
Unidade 5
Os caminhos da cultura
http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
Módulo 6, História A 116
A confiança no progresso científico
Na segunda metade do século XIX, os avanços na ciência, na
Revolução Industrial e os seus efeitos na vida quotidiana dos
cidadãos levou ao desenvolvimento da crença na ciência;
Surge o Cientismo, a crença que a ciência resolveria todos os
problemas da Humanidade;
O Universo funcionava segundo regras (leis) e aos cientistas
competia descobrir essas leis. Não havia limite para o conhecimento
humano;
Os fenómenos inexplicáveis, só o eram devido à ignorância;
Módulo 6, História A 117
August Comte (1798-1857) criou o Positivismo;
Segundo esta teoria o saber e a Humanidade tinham passado por
três estados:
O teológico – os fenómenos são explicados pela intervenção de
forças sobrenaturais;
O metafísico – os fenómenos são explicados pela intervenção de
entidades abstratas, não observáveis;
O positivo (ou cientifico) – o estudo da natureza, através da
observação e da experimentação, permite conhecer as leis naturais
que determinam os fenómenos;
Módulo 6, História A 118
Este pensamento filosófico
foi conhecido através do
livro “Curso de Filosofia
Positiva”;
Estas ideias influenciaram
todo o pensamento do
século XIX e vão levar ao
investimento do Estado na
investigação científica;
Surgem universidades,
institutos e laboratórios
financiados por fundos
públicos,
Módulo 6, História A 119
O avanço das ciências exatas e a emergência das ciências sociais
No século XIX o conhecimento da natureza
foi alargado em todas as áreas das ciências:
Na Biologia, Charles Darwin (1809-1882),
publicou a “Origem das Espécies” que
defendia a tese da evolução das espécies;
Johan Mendel (1822-1884) realizou
estudos sobre a hereditariedade;
Na Medicina, Louis Pasteur (1822-1895) e
Robert Koch (1843-1910) fizeram
importantes descobertas;
Módulo 6, História A 120
Na Química, Dimitri Mendeleïev (1834-1907) elaborou a tabela
periódica dos elementos;
No campo da Física, o casal Pierre (1859-1906) e Marie Curie
(1867-1934) realizaram estudos sobre a radioatividade;
James Joule (1818-1889) e James Clarck Maxwell (1831-1879)
realizaram descobertas fundamentais na teoria do
eletromagnetismo;
Módulo 6, História A 121
Este desenvolvimento científico e tecnológico levou a uma reflexão
mais profunda sobre o funcionamento das sociedades , o que levou
as ciências sociais, procurassem imitar as ciências exatas, e
tentassem encontrar leis que explicassem o funcionamento do
Homem em sociedade;
Em 1838, Comte, criou o termo Sociologia que parte da verificação
que os indivíduos isolados comportam-se de modo diferente dos
grupos;
Comte chamou a esta nova disciplina a “física social”;
Émile Durkheim (1858-1917) sistematizou as leis desta nova
disciplina;
Módulo 6, História A 122
O espírito positivista estendeu-se a todas as áreas do
conhecimento:
Karl Marx desenvolveu e teoria do socialismo científico;
A História criou regras para selecionar as fontes e assim
“reconstruir” o passado de forma científica (exata), destacou-se o
trabalho de Fustel de Coulanges (1830-1889);
Desenvolveram-se os estudos sobre Economia;
Sigmund Freud (1856-1939) desenvolveu a Psicologia;
Módulo 6, História A 123
A progressiva generalização do ensino público
Este clima de favorável ao desenvolvimento científico
contribuiu para o reforço da importância dada ao ensino,
como, já os iluministas no século XVIII, tinham defendido;
A educação é vista como um instrumento fundamental
para o progresso e a felicidade;
O desenvolvimento do setor terciários (serviços) e os
progressos da democracia liberal exigem a propagação do
ensino e da cultura;
Módulo 6, História A 124
Fatores que contribuíram para o desenvolvimento do ensino:
A progressiva extensão do voto a todos os cidadãos exigia que a
população fosse informada e instruída;
O positivismo, ao valorizar o conhecimento científico;
A laicização do Estado que torna necessária a existência de um
grupo numeroso de funcionários instruídos;
As classes médias que veem no ensino uma forma de promoção
social;
Módulo 6, História A 125
No século XIX iniciaram-se campanhas de alfabetização e o ensino
público é progressivamente alargado a todas as classes sociais;
O ensino primário torna-se progressivamente gratuito e sustentado
pelo estado;
Surge a escola pública, obrigatória e laica;
O ensino secundário e superior também se desenvolvem devido à
necessidade, cada vez maior, de quadros instruídos;
Modificam-se os currículos e as pedagogias , organiza-se um ensino
com base científica que se contrapõe ao ensino de base humanista
herdado do Renascimento;
Módulo 6, História A 126
Os países que estão na vanguarda da modernização do ensino,
sobretudo do superior, são os Estados Unidos e a Alemanha;
Desenvolve-se o conceito de que o professor universitário é um
orientador do trabalho dos alunos e juntos formam uma equipa de
investigação;
Surge o MIT (Massachusetts Institute of Techonology);
O investimento no ensino vai levar à liderança destes dois países no
capítulo da investigação científica;
Módulo 6, História A 127
O interesse pela realidade social na literatura e nas artes – as
novas correntes estéticas na viragem do século
Módulo 6, História A 128
A fuga para o passado, nomeadamente para a Idade Média, parecia,
agora desadequada ao espírito positivista;
Surge uma corrente que pretende mostrar o Mundo com Realismo;
Módulo 6, História A 129
O Realismo começou por ser, na pintura, a representação de
paisagens de forma desapaixonada e neutra;
Depois evoluiu no sentido de representar temas do quotidiano de
forma simples e realista;
Módulo 6, História A 130
Gustave Courbet afirmou: “Eu não posso pintar um anjo porque
nunca vi nenhum. Mostrem-me um anjo e eu pintá-lo-ei”;
O Realismo abandona as temáticas religiosas, fantasistas de
inspiração histórica, mitológica ou literária;
Procuram libertar a arte do subjetivismo e sentimentalismo;
Módulo 6, História A 131
Triunfa o desejo de representar
com objetividade;
As personagens já não são
heróis mas pessoas banais;
Módulo 6, História A 132
Alguns artistas usam a arte como
instrumento de denúncia política e
social;
A Arte tem uma utilidade;
Daumier, A lavadeira, 1863
Módulo 6, História A 133
Alguns destas pinturas escandalizaram a sociedade pelos temas
tratados (banais), pelo tratamento menos cuidado da composição;
Courbet, Proudhon
Módulo 6, História A 134
Édouard Manet , Pequeno almoço na relva
Módulo 6, História A 135
Principais artistas ligados ao Realismo:
James Whistler (1834-1903);
Gustave Courbet (1819-1877);
Honoré Daumier (1808-1879);
Jean François Millet (1814-1875);
Camile Corot (1796-1875);
Édouard Manet (1832 -1883).
Módulo 6, História A 136
Na literatura centram-se na crítica da sociedade e na denúncia das
injustiças sociais;
Destacam-se Émile Zola (1840-1902) e Gustave Flaubert (1821-
1880);
Módulo 6, História A 137
Claude Monet, Impressão, Sol Nascente,
1872, óleo sobre tela, 47x64 cm
Impressionismo
Módulo 6, História A 138
Um novo olhar sobre a realidade: Claude Monet, A catedral de
Ruão, 1894
Claude Monet, A catedral de Ruão, 1894
Na Aurora;
Sol Matinal, Harmonia Azul;
De Manhã, Harmonia Branca;
Em pleno Sol, Harmonia Azul;
Tempo Cinzento, Harmonia Cinzenta;
A fachada vista de frente, Harmonia Castanha;
Módulo 6, História A 139
O real em mudança;
A realidade estava em
constante mutação;
A pintura devia ser capaz de
traduzir esta ideia de mudança;
É um método científico de
análise da realidade através da
observação e da utilização das
técnicas adequadas para a
reproduzir;
Renoir, o baloiço
Módulo 6, História A 140
Os impressionistas pretendiam uma pintura espontânea e
realizada perante o motivo (no local, fora do atelier);
Pretendiam captar uma realidade em mutação ou seja os efeitos
da luz sobre os objetos, a natureza e as pessoas;
O tema não era importante;
Pintaram a vida quotidiana e alegre de Paris;
Tecnicamente caracteriza-se
por:
Executar-se no momento,
perante o motivo, não há
estudos nem esboços;
Feita exclusivamente com a
cor pura, aplicada
diretamente dos tubos de
tinta;
141Módulo 6, História A
Módulo 6, História A 142
A tinta é aplicada em pinceladas
curtas, rápidas, fragmentadas;
Muitas vezes em forma de vírgula;
Justapostas de acordo com a lei das
complementares, de modo a obter
a fusão dos tons nos olhos do
observador, em vez de se
misturarem na paleta;
Monet, A lagoa
Renoir, Paisagem
143Módulo 6, História A
Esta técnica produziu quadros com um aspeto de inacabados e
rugosos (tinta não alisada);
As cores eram aplicadas com base nos estudos científicos da cor;
Tentavam reproduzir o carácter prismático da luz natural servindo-se
das cores do arco-íris;
144Módulo 6, História A
Módulo 6, História A 145
Esta técnica veio permitir a captação dos efeitos coloridos da luz do
Sol e da sua atmosfera e teve como resultado a:
Dissolução da forma, da superfície e dos volumes;
Os seus quadros tem um aspeto fluído, dinâmico;
Libertando-se das velhas noções de claro-escuro;
C. Monet,
Nenúfares
A pintura desmaterializava-se e tornava-se cada vez mais uma
atmosfera de transparências;
As imagens deixam de ser delimitadas pela linha de contorno;
146Módulo 6, História A
A. Renoir, Baile no Moinho de La Gallette
147Módulo 6, História A
Mary Cassat, Rapariga a coser; Verão
148Módulo 6, História A
Módulo 6, História A 149
O impressionismo foi constituído por um grupo de jovens
pintores:
Claude Monet,
Camille Pissarro,
Edgar Degas;
Paul Cézanne,
August Renoir,
Frédéric Basile,
Alfred Sisley,
Berthe Morisot,
Mary Cassat, etc.;
Módulo 6, História A 150
Gauguin, Autorretrato Simbolismo
Módulo 6, História A 151
Gauguin, O que somos? De onde vimos? Para onde vamos? (1897)
Módulo 6, História A 152
O Simbolismo opõe-se à arte representativa e objetiva
(Naturalismo, Realismo e Impressionismo);
Valoriza o mundo subjetivo e a interioridade;
Influenciados pelos Românticos e pelos pré-Rafaelistas;
Baseiam-se em estados emocionais (angústias, sonhos,
fantasias), separam a arte da representação fiel da Natureza;
As formas cores e linhas possuem significados próprios;
Não reproduzem a realidade natural mas a realidade espiritual;
Módulo 6, História A 153
Os simbolista procuram uma realidade introspetiva, para além do
visível;
Pretendem representar, não a realidade, mas a representação
simbólica das ideias;
A arte deve libertar-se da submissão aos princípios da lógica e
mergulhar nos mistérios da alma e do pensamento;
Demonstram um grande desejo de fuga, de procura do primitivo;
Gauguin, autorretrato
com auréola
Módulo 6, História A 155
Paul Gauguin (1848-1903) admira as artes e as civilizações
primitivas, em oposição à industrialização europeia;
Procura a pureza original na vida e na arte;
Foi o pintor da evasão, da recusa da vida moderna, do exotismo;
Vai viver para uma aldeia na Bretanha, Pont-Aven;
Mais tarde para as ilhas da Polinésia Francesa (Tahiti), onde viveu a
fase final da sua vida;
Gauguin, O Cristo
Amarelo, 1889
Módulo 6, História A 157
Outros pintores Simbolistas:
Puvis de Chavannes (1824-1898);
Gustave Moreau (1826-1898);
Odilon Redon (1840-1916);
Gustave Moreau,
A Esfinge; As
Sereias
Módulo 6, História A 158
Puvis de Chavannes, A esperança; O sonho; Raparigas à beira-
mar;
Módulo 6, História A 159
Odilon Redon, Pandora, Retrato de
Mademoiselle Violette Heyman
Módulo 6, História A 160
O simbolismo literário caracterizou-se pela valorização do
subjetivo e do sobrenatural;
Foi uma literatura hermética e para iniciados;
Baudelaire (1821-1867) e Edgar Allan Poe (1809-1849)
foram os principais representantes desta corrente literária;
Módulo 6, História A 161
Arte Nova – movimento cultural e artístico
que atingiu todas as artes (pintura, escultura,
arquitetura e design);
Procurou a rutura com a tradição (formal,
estética e técnica);
Procurou adaptar-se aos novos gostos que as
sociedades ocidentais haviam desenvolvido;
Privilegiavam a sensibilidade, a fantasia, a
imaginação, o refinamento estético, o gosto
pelo decorativo, pelo pitoresco;
J. Rippi-Ronai, Vaso
cerâmico, Hungria
Módulo 6, História A 162
Gaudí, La Pedrera
Módulo 6, História A 163
A Arte nova foi uma reação ao facto da industrialização ter inundado
a sociedade com objetos de mau gosto estético;
Foi um movimento complexo e com muitas variações regionais;
Modernismo Catalão (Catalunha, Espanha);
Jugendstile (Alemanha);
Art Noveau (França e Bélgica);
Sezession (Secessão Vienense) (Áustria);
Liberty e Floreale (Itália);
Modern Style (Inglaterra);
Escola de Chicago (Estados Unidos);
Escola de Glasgow (Escócia);
Módulo 6, História A 164
Estes movimentos apresentam alguns princípios unificadores:
Inovação formal, procura de originalidade e criatividade;
Rejeição dos princípios académicos, históricos e revivalistas da
época;
Formas inspiradas na natureza (fauna e flora) e no Homem;
Movimentos sinuosos, formas estilizadas, sintetizadas ou
geometrizadas;
Adesão ao progresso, recursos aos novos materiais e técnicas;
Adoção de uma nova estética expressa através da linha sinuosa,
elástica, flexível, estilizada ou geometrizada,
Procura do movimento, do ritmo, da expressão;
Apelo à sensibilidade estética e à fantasia do observador;
Módulo 6, História A 166
Desenvolveram o conceito de unidade das artes – Conceito que
tende a apagar todas as diferenças tradicionais entre as várias
modalidades artísticas (artes maiores, artes menores) considerando
que todas elas são merecedoras de igual qualidade plástica e devem,
por isso, nortear-se pelos mesmos princípios formais e estéticos;
Módulo 6, História A 167
Hoffmann, serviço de café
Palácio Stoclet
A sua popularidade transformou-a numa moda que se aplicou a
todas as modalidades artísticas (arquitetura, pintura, escultura,
artes aplicadas, artes gráficas, dança, etc.);
Módulo 6, História A 168
H. Van de Velde, Salão de cabeleireiro; projeto para um museu;
secretária
Módulo 6, História A 169
António Gaudí (1852-1926)
destacou-se na arquitetura;
Módulo 6, História A 170
A Arte Nova foi aplicada ao design e surgem peças de
superfícies ondulantes;
Procuram a graciosidade e elegância;
As formas são inspiradas no corpo feminino e na
Natureza;
Majorelle, candeeiro
Lalique, pregador
Módulo 6, História A 172
Tiffany, objetos em vidro
P. Behrens, candeeiro
Módulo 6, História A 173
Cartaz e capa de revista
Módulo 6, História A 174
O enorme sucesso artístico e comercial identificam a época e a sua
excessiva divulgação trouxe o rápido declínio;
Os objetos foram copiados cada vez em maior número e vão
perdendo qualidade estética;
A Arte Nova desaparece com a I Guerra Mundial;
Marcou a época história (final do século XIX e início do século XX)
conhecida como Belle Époque;
Módulo 6, História A 175
Portugal: o dinamismo cultural do último terço do século
A ligação ferroviária construída pelos
governos da Regeneração permitiu
uma maior circulação de ideias entre
Portugal e o resto da Europa;
A Geração do 70 foi responsável por
agitar a cultura portuguesa, foi
constituída por um grupo de
estudantes de Coimbra (Antero
Quental, Teófilo Braga, Eça de
Queirós, etc.);
Módulo 6, História A 176
Em 1865 surgiu a Questão Coimbrã ou Bom Senso e Bom Gosto,
título de uma carta dirigida por Antero a António Feliciano de
Castilho;
Esta carta é contra a “escola literária de Coimbra” e o
conservadorismo dos intelectuais portugueses;
Em Lisboa, alguns anos mais tarde, constituem um cenáculo literário
ao qual aderem, entre outros, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins e
Guerra Junqueiro;
Módulo 6, História A 178
Constituem uma elite jovem que adere à fé no progresso e
ciência e vê na literatura como um meio de transformação da
sociedade;
Organizam, em 1871, as Conferências Democráticas, no Casino
Lisbonense;
Estas conferências abrangem uma temática variada: política,
sociedade, ensino, literatura e religião;
O ciclo das conferências não chegou ao fim;
O Governo proibiu-as com o pretexto que eram contra as leis
do reino;
Módulo 6, História A 179
O grupo persistiu na sua intervenção política, social e literária;
Na década seguinte sentiram-se derrotados pelo imobilismo
nacional;
Autodenominam-se “Os vencidos da vida”, desalentados com a
falta de mudança do país;
A Geração de 70 teve um papel importante na introdução do
Modernismo em Portugal e agitou a cultura portuguesa;
Módulo 6, História A 180
O primado da pintura naturalista
O Naturalismo, na pintura, foi sentimental e romântico, e irá
sobreviver até meados do século XX;
Silva Porto,
Cancela
Vermelha
Os introdutores do naturalismo em Portugal foram:
António da Silva Porto (1850-1894);
João Marques de Oliveira (1853-1927);
Estiveram em França como estudante e Bolseiro da Academia
Portuense;
Contactaram os pintores realistas e impressionistas (pintura ao ar
livre);
Professores da Academia de Lisboa e Porto;
Fizeram parte do Grupo do Leão (Café Leão de Ouro);
Módulo 6, História A 182
O Naturalismo tem como temas fundamentais a Natureza e a vida
do quotidiano;
Silva Porto, Barco de Avintes;
Guardando o Rebanho;
Módulo 6, História A 183
Este tipo de pintura já tinha deixado de chocar o público e foi muito
bem aceite em Portugal;
Transformou-se em “arte oficial”;
Formaram o “Grupo do Leão”, pois reuniam-se na “Cervejaria
Leão”;
Módulo 6, História A 184
Deste grupo destacam-se dois artistas:
Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929);
José Malhoa ((1855-1933);
Malhoa, Promessas; O fado
Módulo 6, História A 185
Columbano, Concerto de Amadores; Retrato de Antero de Quental;
Módulo 6, História A 186
O Naturalismo foi um ciclo longo que se prolongou pelas primeiras
décadas do século XX;
Surgem vários pintores ligados a esta corrente artística:
António Ramalho (1858-1916);
Aurélia de Sousa (1865-1922);
O rei D. Carlos;
Aurélia de Sousa,
Autorretrato
Módulo 6, História A 188
O artista mais inovador foi António Carneiro (1872-1930), rejeitou a
estética naturalista e enveredou pelo Simbolismo;
António
Carneiro, A
Vida
Módulo 6, História A 189
Esquema in “Preparação para o Exame Nacional, História A 11, Porto Editora
Módulo 6, História A 190
Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte
bibliografia:
FORTES, Alexandra; Freitas Gomes, Fátima e Fortes, José, Linhas da
História 12, Areal Editores, 2015
COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo da
História 12, Porto Editora, 2013
Antão, António, Preparação para o Exame Nacional 2014, História A,
Porto Editora 2015
Catarino, António Luís, Preparar o Exame Nacional de História A,
Areal Editores, 2015
2017/2018

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A regressão do demoliberalismo
A regressão do demoliberalismoA regressão do demoliberalismo
A regressão do demoliberalismohome
 
5 05 a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunos
5 05  a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunos5 05  a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunos
5 05 a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunosVítor Santos
 
7 01 parte_1_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx
7 01 parte_1_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx7 01 parte_1_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx
7 01 parte_1_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xxVítor Santos
 
6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos
6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos
6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunosVítor Santos
 
4 02 a europa dos estados absolutos e a europa dos parlamentos
4 02 a europa dos estados absolutos e a europa dos parlamentos4 02 a europa dos estados absolutos e a europa dos parlamentos
4 02 a europa dos estados absolutos e a europa dos parlamentosVítor Santos
 
6 03 evolucao democratica nacionalismo e imperialismo
6 03 evolucao democratica nacionalismo e imperialismo6 03 evolucao democratica nacionalismo e imperialismo
6 03 evolucao democratica nacionalismo e imperialismoVítor Santos
 
Liberalismo em portugal
Liberalismo em portugalLiberalismo em portugal
Liberalismo em portugalcattonia
 
7 01 as transformações das primeiras décadas do século xx blogue
7 01 as transformações das primeiras décadas do século xx blogue7 01 as transformações das primeiras décadas do século xx blogue
7 01 as transformações das primeiras décadas do século xx blogueVítor Santos
 
6 05 os caminhos da cultura
6 05 os caminhos da cultura6 05 os caminhos da cultura
6 05 os caminhos da culturaVítor Santos
 
História 11ºano ( matéria do 1º período)
 História 11ºano ( matéria do 1º período) História 11ºano ( matéria do 1º período)
História 11ºano ( matéria do 1º período)Andreia Pacheco
 
Portugal. naturalismo e vanguardas
Portugal. naturalismo e vanguardasPortugal. naturalismo e vanguardas
Portugal. naturalismo e vanguardashome
 
O novo ordenamento politico e socioeconomico
O novo ordenamento politico e socioeconomicoO novo ordenamento politico e socioeconomico
O novo ordenamento politico e socioeconomicodiariohistoria
 
6 02 a sociedade industrial e urbana
6 02 a sociedade industrial e urbana6 02 a sociedade industrial e urbana
6 02 a sociedade industrial e urbanaVítor Santos
 
Revolução liberal portuguesa de 1820
Revolução liberal portuguesa de 1820Revolução liberal portuguesa de 1820
Revolução liberal portuguesa de 1820Joana Filipa Rodrigues
 
A crise financeira de 1880-90
A crise financeira de 1880-90A crise financeira de 1880-90
A crise financeira de 1880-90BarbaraSilveira9
 
Implantação do Marxismo-Leninismo na Rússia
Implantação do Marxismo-Leninismo na RússiaImplantação do Marxismo-Leninismo na Rússia
Implantação do Marxismo-Leninismo na Rússiahome
 

Mais procurados (20)

A regressão do demoliberalismo
A regressão do demoliberalismoA regressão do demoliberalismo
A regressão do demoliberalismo
 
5 05 a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunos
5 05  a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunos5 05  a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunos
5 05 a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunos
 
7 01 parte_1_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx
7 01 parte_1_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx7 01 parte_1_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx
7 01 parte_1_as_transformações_das_primeiras_décadas_do_século_xx
 
A burguesia xix
A burguesia xixA burguesia xix
A burguesia xix
 
Aula 8
Aula 8Aula 8
Aula 8
 
6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos
6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos
6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos
 
4 02 a europa dos estados absolutos e a europa dos parlamentos
4 02 a europa dos estados absolutos e a europa dos parlamentos4 02 a europa dos estados absolutos e a europa dos parlamentos
4 02 a europa dos estados absolutos e a europa dos parlamentos
 
11 ha m5 u4
11 ha m5 u411 ha m5 u4
11 ha m5 u4
 
6 03 evolucao democratica nacionalismo e imperialismo
6 03 evolucao democratica nacionalismo e imperialismo6 03 evolucao democratica nacionalismo e imperialismo
6 03 evolucao democratica nacionalismo e imperialismo
 
Liberalismo em portugal
Liberalismo em portugalLiberalismo em portugal
Liberalismo em portugal
 
7 01 as transformações das primeiras décadas do século xx blogue
7 01 as transformações das primeiras décadas do século xx blogue7 01 as transformações das primeiras décadas do século xx blogue
7 01 as transformações das primeiras décadas do século xx blogue
 
6 05 os caminhos da cultura
6 05 os caminhos da cultura6 05 os caminhos da cultura
6 05 os caminhos da cultura
 
História 11ºano ( matéria do 1º período)
 História 11ºano ( matéria do 1º período) História 11ºano ( matéria do 1º período)
História 11ºano ( matéria do 1º período)
 
Portugal. naturalismo e vanguardas
Portugal. naturalismo e vanguardasPortugal. naturalismo e vanguardas
Portugal. naturalismo e vanguardas
 
O novo ordenamento politico e socioeconomico
O novo ordenamento politico e socioeconomicoO novo ordenamento politico e socioeconomico
O novo ordenamento politico e socioeconomico
 
6 02 a sociedade industrial e urbana
6 02 a sociedade industrial e urbana6 02 a sociedade industrial e urbana
6 02 a sociedade industrial e urbana
 
Revolução liberal portuguesa de 1820
Revolução liberal portuguesa de 1820Revolução liberal portuguesa de 1820
Revolução liberal portuguesa de 1820
 
A crise financeira de 1880-90
A crise financeira de 1880-90A crise financeira de 1880-90
A crise financeira de 1880-90
 
Parlamentarismo inglês
Parlamentarismo inglêsParlamentarismo inglês
Parlamentarismo inglês
 
Implantação do Marxismo-Leninismo na Rússia
Implantação do Marxismo-Leninismo na RússiaImplantação do Marxismo-Leninismo na Rússia
Implantação do Marxismo-Leninismo na Rússia
 

Semelhante a Modulo

As transformações do capitalismo
As transformações do capitalismoAs transformações do capitalismo
As transformações do capitalismoNelson Silva
 
As transformações do capitalismo
As transformações do capitalismoAs transformações do capitalismo
As transformações do capitalismoNelson Silva
 
Texto de apoio: Capitalismo
Texto de apoio: CapitalismoTexto de apoio: Capitalismo
Texto de apoio: CapitalismoCADUCOC
 
Resumo Capitalismo
Resumo CapitalismoResumo Capitalismo
Resumo CapitalismoCADUCOCMED
 
Capitalismo X Socialismo
Capitalismo X SocialismoCapitalismo X Socialismo
Capitalismo X SocialismoPaticx
 
O imperialismo na Ásia e na África
O imperialismo na Ásia e na ÁfricaO imperialismo na Ásia e na África
O imperialismo na Ásia e na ÁfricaPatrícia Sanches
 
Capitalismo x socialismo
Capitalismo x socialismoCapitalismo x socialismo
Capitalismo x socialismopedrohd8
 
Capitalismo e globalização
Capitalismo e globalizaçãoCapitalismo e globalização
Capitalismo e globalizaçãoCristinaPenha
 
O Mundo No Breve SéCulo Xx 2º Mb
O Mundo No Breve SéCulo Xx   2º MbO Mundo No Breve SéCulo Xx   2º Mb
O Mundo No Breve SéCulo Xx 2º MbProfMario De Mori
 
Capitalismo socialismo fund 2.
Capitalismo  socialismo fund 2.Capitalismo  socialismo fund 2.
Capitalismo socialismo fund 2.Camila Brito
 
G2 capitalismo x socialismo 2
G2 capitalismo x socialismo 2G2 capitalismo x socialismo 2
G2 capitalismo x socialismo 2Google
 
capitalismo-x-socialismo.ppt
capitalismo-x-socialismo.pptcapitalismo-x-socialismo.ppt
capitalismo-x-socialismo.pptGabrielisilva8
 
G2 capitalismo x socialismo 2
G2 capitalismo x socialismo 2G2 capitalismo x socialismo 2
G2 capitalismo x socialismo 2Google
 
7 02 o_agudizar_anos 30
7 02 o_agudizar_anos 307 02 o_agudizar_anos 30
7 02 o_agudizar_anos 30Vítor Santos
 

Semelhante a Modulo (20)

As transformações do capitalismo
As transformações do capitalismoAs transformações do capitalismo
As transformações do capitalismo
 
As transformações do capitalismo
As transformações do capitalismoAs transformações do capitalismo
As transformações do capitalismo
 
Texto de apoio: Capitalismo
Texto de apoio: CapitalismoTexto de apoio: Capitalismo
Texto de apoio: Capitalismo
 
Capitalismo
CapitalismoCapitalismo
Capitalismo
 
Resumo Capitalismo
Resumo CapitalismoResumo Capitalismo
Resumo Capitalismo
 
Capitalismo industrial
Capitalismo industrialCapitalismo industrial
Capitalismo industrial
 
Capitalismo X Socialismo
Capitalismo X SocialismoCapitalismo X Socialismo
Capitalismo X Socialismo
 
Oimperialismonasiaenafrica
Oimperialismonasiaenafrica Oimperialismonasiaenafrica
Oimperialismonasiaenafrica
 
O imperialismo na Ásia e na África
O imperialismo na Ásia e na ÁfricaO imperialismo na Ásia e na África
O imperialismo na Ásia e na África
 
Capitalismo x socialismo
Capitalismo x socialismoCapitalismo x socialismo
Capitalismo x socialismo
 
Capitalismo e globalização
Capitalismo e globalizaçãoCapitalismo e globalização
Capitalismo e globalização
 
O Mundo No Breve SéCulo Xx 2º Mb
O Mundo No Breve SéCulo Xx   2º MbO Mundo No Breve SéCulo Xx   2º Mb
O Mundo No Breve SéCulo Xx 2º Mb
 
A evolução do capitalismo e suas crises
A evolução do capitalismo e suas crisesA evolução do capitalismo e suas crises
A evolução do capitalismo e suas crises
 
Capitalismo socialismo fund 2.
Capitalismo  socialismo fund 2.Capitalismo  socialismo fund 2.
Capitalismo socialismo fund 2.
 
G2 capitalismo x socialismo 2
G2 capitalismo x socialismo 2G2 capitalismo x socialismo 2
G2 capitalismo x socialismo 2
 
Capitalismo x socialismo
Capitalismo x socialismoCapitalismo x socialismo
Capitalismo x socialismo
 
capitalismo-x-socialismo.ppt
capitalismo-x-socialismo.pptcapitalismo-x-socialismo.ppt
capitalismo-x-socialismo.ppt
 
G2 capitalismo x socialismo 2
G2 capitalismo x socialismo 2G2 capitalismo x socialismo 2
G2 capitalismo x socialismo 2
 
O capitalismo
O capitalismoO capitalismo
O capitalismo
 
7 02 o_agudizar_anos 30
7 02 o_agudizar_anos 307 02 o_agudizar_anos 30
7 02 o_agudizar_anos 30
 

Mais de Vítor Santos

5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdfVítor Santos
 
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdfVítor Santos
 
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdfVítor Santos
 
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdfVítor Santos
 
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdfVítor Santos
 
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdfVítor Santos
 
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdfVítor Santos
 
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdfVítor Santos
 
03_05 As novas representações da humanidade.pdf
03_05 As novas representações da humanidade.pdf03_05 As novas representações da humanidade.pdf
03_05 As novas representações da humanidade.pdfVítor Santos
 
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdfVítor Santos
 
03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdf03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdfVítor Santos
 
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdfVítor Santos
 
03_01 a geografia cultural europeia.pdf
03_01 a geografia cultural europeia.pdf03_01 a geografia cultural europeia.pdf
03_01 a geografia cultural europeia.pdfVítor Santos
 
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdfVítor Santos
 
02_02_o espaço português.pdf
02_02_o espaço português.pdf02_02_o espaço português.pdf
02_02_o espaço português.pdfVítor Santos
 
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdfVítor Santos
 
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdfVítor Santos
 
01_02_o_modelo_romano.pdf
01_02_o_modelo_romano.pdf01_02_o_modelo_romano.pdf
01_02_o_modelo_romano.pdfVítor Santos
 
01_01_o_modelo_ateniense.pdf
01_01_o_modelo_ateniense.pdf01_01_o_modelo_ateniense.pdf
01_01_o_modelo_ateniense.pdfVítor Santos
 

Mais de Vítor Santos (20)

5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
 
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf
 
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf
 
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf
 
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
 
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf
 
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf
 
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf
 
03_05 As novas representações da humanidade.pdf
03_05 As novas representações da humanidade.pdf03_05 As novas representações da humanidade.pdf
03_05 As novas representações da humanidade.pdf
 
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
 
03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdf03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdf
 
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
 
03_01 a geografia cultural europeia.pdf
03_01 a geografia cultural europeia.pdf03_01 a geografia cultural europeia.pdf
03_01 a geografia cultural europeia.pdf
 
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf
 
02_02_o espaço português.pdf
02_02_o espaço português.pdf02_02_o espaço português.pdf
02_02_o espaço português.pdf
 
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
 
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
 
01_02_o_modelo_romano.pdf
01_02_o_modelo_romano.pdf01_02_o_modelo_romano.pdf
01_02_o_modelo_romano.pdf
 
01_01_o_modelo_ateniense.pdf
01_01_o_modelo_ateniense.pdf01_01_o_modelo_ateniense.pdf
01_01_o_modelo_ateniense.pdf
 
0_história_A.pdf
0_história_A.pdf0_história_A.pdf
0_história_A.pdf
 

Último

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 

Último (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 

Modulo

  • 1. História A Preparação para o Exame Nacional de 2018 Revisões sobre os conteúdos de aprofundamento do Módulo 6 https://divulgacaohistoria.wordpress.com/
  • 2. História A - Módulo 6 A civilização industrial – economia e sociedade; nacionalismos e choques imperialistas Unidade 1.3 A agudização das diferenças http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
  • 3. Módulo 6, História A 3 A agudização das diferenças No século XIX, a maior parte dos países permanece subdesenvolvida, com exceção da Europa, EUA e Japão; A baixa produtividade agrícola criava poucos lucros e por isso não existiam capitais para investir na indústria, impossibilitando o desenvolvimento dessas regiões; As diferenças entre países ricos e pobres aumenta;
  • 4. Módulo 6, História A 4 A confiança nos mecanismos autorreguladores do mercado Nos séculos XVI, XVII e XVIII, vários países adotaram medidas protecionistas, sobretudo com base nas ideias mercantilistas; Proteger a produção nacional da concorrência estrangeira era a ideia central; O Estado intervinha na economia fomentando determinados setores e criando regras e tabelando preços; No entanto a Revolução Industrial foi suportada por um sistema económico livre-cambista;
  • 5. Módulo 6, História A 5 O livre-cambismo tinha por base as ideias de Adam Smith (1720- 1790) e foi desenvolvido por outros teóricos como David Ricardo (1772-1823), Thomas Malthus e Jean Baptiste Say; Defendiam a total liberdade da iniciativa privada, sem qualquer atuação por parte do Estado, porque segundo a sua opinião, através da lei da oferta e da procura e da livre concorrência o mercado autorregulava-se; Segundo as suas ideias seria o livre-cambismo que iria assegurar o desenvolvimento do Mundo;
  • 6. Módulo 6, História A 6 Na Inglaterra estas ideias são executas pelo Governo de Sir Robert Peel, que assumiu o poder em 1841, e em 1860 só 48 produtos pagavam taxas alfandegárias para entrar em Inglaterra contrastando com os 1150 produtos em 1840; A adoção do livre-cambismo pela Inglaterra vai influenciar outros países e entre 1850 e 1870, o livre-cambismo dominou as políticas económicas europeias; Mesmo os EUA que sempre mantiveram uma atitude protecionista baixaram as suas taxas alfandegárias;
  • 7. Módulo 6, História A 7 As debilidades do livre-cambismo. As crises cíclicas do capitalismo O livre-cambismo apresentava um problema intrínseco ao sistema, com uma periocidade de 6 a 10 anos existiam crises, estas crises eram de um novo tipo, não eram originadas por falta de produtos mas pelo excesso de produtos no mercado, eram crises de superprodução; Eram resultado da concorrência e da necessidade de produzirem mais e mais barato;
  • 8. Módulo 6, História A 8 O economista Clément Juglar (1824-1905) foi o primeiro a estudar estes ciclos económicos que por isso foram denominados ciclos de Juglar, duram aproximadamente 10 anos:
  • 10. Módulo 6, História A 10 Na fase de crescimento económico, a procura é maior do que a oferta, os preços sobem; A perspetiva de grandes lucros levam ao aumento do investimento, a especulação na Bolsa aumenta; Esta situação gera um aumento da produção que leva a que a oferta seja maior do que a procura;
  • 11. Módulo 6, História A 11 Os produtos acumulam-se nos armazéns, os preços baixam, para reduzir a produção os salários baixam e recorre-se ao despedimento de trabalhadores; Muitas empresas não resistem e abrem falência, arrastando consigo alguns Bancos (que tinham emprestado dinheiro); Muitos investidores perdem dinheiro na Bolsa; Os despedimentos fazem diminuir o consumo que leva a produção a diminuir ainda mais;
  • 12. Módulo 6, História A 12 Estas crises iniciam-se num ou em vários países e propagam-se rapidamente; Em 1810 regista-se a primeira crise, em 1929 a mais grave; Entre essas datas verificara-se 15 períodos de recessão económica que provocaram o aumento da miséria e agitação política e social; Os teóricos do liberalismo consideram estas crises cíclicas como simples ajustamentos económicos;
  • 13. Módulo 6, História A 13 Outros veem nas crises os sinais de que o mercado não é capaz de se autorregular; No final do século XIX, muitos países adotaram medidas protecionistas para proteger a sua economia da concorrência estrangeira; Estas crises suscitaram protestos; Após a crise de 1929, ficou patente a necessidade dos Estados intervirem na vida económica;
  • 14. Módulo 6, História A 14 O mercado internacional e a divisão do trabalho Durante o século XIX e até à Primeira Guerra Mundial o comércio registou um crescimento acelerado; Devido ao aumento da produção agrícola e industrial, ao crescimento demográfico e ao desenvolvimento dos transportes e das comunicações; Este comércio é dominado pela Europa, no início do século XX detém 2/3 do comércio mundial; Inglaterra, EUA, França e Alemanha são responsáveis por cerca de 50% do comércio mundial;
  • 15. Módulo 6, História A 15 No século XIX surgem zonas económicas especializadas e a repartição mundial do trabalho; O surgir de zonas especializadas teve que ver com as potencialidades naturais e humanas de cada região; A especialização de uma região num determinado produto conseguia gerar muitos lucros que compensavam a necessidade de importar outros produtos;
  • 17. Módulo 6, História A 17 A Revolução Industrial agudizou as diferenças na divisão internacional do trabalho; Inglaterra, EUA, Alemanha e França produziam cerca de 70% de toda a produção industrial mundial; Estes fornecem os países mais atrasados da Europa e dos outros continentes com os produtos industrializados e adquirem a estes produtos agrícolas e matérias-primas;
  • 18. Módulo 6, História A 18 Este sistema de trocas favorecia os países mais ricos; Apesar de alguns países em vias de desenvolvimento terem sido estimulados na procura de diminuírem as suas dependências económicas, ao longo do século XIX, estas diferenças, entre “países pobres e países ricos”, foram aumentando; O capitalismo industrial contribuiu para criar um mundo desigual; Um grupo muito restrito de países controla a economia mundial;
  • 19. Módulo 6, História A 19 Nos finais do século XIX, e como forma de defender os países menos desenvolvidos da livre concorrência, desenvolveram-se novas medidas protecionistas, de modo a tornar possível a industrialização desses países;
  • 20. Módulo 6, História A 20 Esquema in “Preparação para o Exame Nacional, História A 11, Porto Editora
  • 21. História A - Módulo 6 A civilização industrial – economia e sociedade; nacionalismos e choques imperialistas Unidade 2.2 Unidade e diversidade da sociedade oitocentista http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
  • 22. Módulo 6, História A 22 Unidade e diversidade na sociedade oitocentista As revoluções liberais levaram ao progressivo fim da sociedade do Antigo Regime, a sociedade de ordens é substituída por uma sociedade de classes; A igualdade dos cidadãos perante a lei leva ao fim dos privilégios da nobreza e do clero; Na sociedade de classes o que determina a posição social é a posse de riqueza e de propriedades; A sociedade de classes é mais aberta e a mobilidade social é constante;
  • 23. Módulo 6, História A 23 A sociedade do século XIX divide-se em dois grandes grupos: Burguesia que domina mas também se divide em vários estatutos sociais (alta, média, pequena burguesia); Proletariado que providencia a força de trabalho; Nesta sociedade é possível a um indivíduo de baixa condição social alcançar o topo da hierarquia social;
  • 24. Módulo 6, História A 24 A base do pensamento liberal assenta na ideia que a capacidade e inteligência de cada um tornará possível a sua subida na escala social; Depois de alcançado o topo deveria assegurar-se a continuidade através de estratégias que permitissem a permanência nos mais altos escalões;
  • 25. Módulo 6, História A 25 A alta burguesia empresarial e financeira é constituída pelos empresários industriais, banqueiros, diretores das grandes companhias de transportes e comunicações e proprietários de grandes empresas de negócios; Devido à concentração das atividades económicas a alta burguesia domina o poder económico, controla os meios de produção e o acesso às matérias-primas;
  • 26. Módulo 6, História A 26 O poder tem tendência a manter-se num número reduzido de famílias, surgem as dinastias burguesas, nos mais variados ramos económicos: França: Schneider, Peugeot, Périer; Alemanha: Krupp, Fürstenberg, Rothschild; Itália: Agnelli, Pirelli EUA: Rockefeller
  • 27. Módulo 6, História A 27 Ao poder económico a alta burguesia junta o poder político, criando grupos de pressão (lobbies) ou participando diretamente nas decisões políticas como deputados ou ministros; Influenciam as tomadas de decisões dos governos de forma a favorecerem os seus interesses; Difundem as suas ideias na imprensa e jornais; Através da publicidade lançam modas; Influenciam o ensino; Divulgam os seus valores de modo a influenciarem a opinião pública de acordo com os seus interesses;
  • 28. Módulo 6, História A 28 A alta burguesia vai desenvolver comportamentos e valores próprios; Em muitas atitudes vão imitar a antiga nobreza, adquirindo propriedades, muitas vezes compradas à nobreza, nas cidades mandam construir palácios; Organizam festas, bailes, e outros sinais exteriores de riqueza; Os seus filhos frequentam as melhores escolas; Muitas vezes estabelecesse uma comunidade de interesses entre a antiga aristocracia e a lata burguesias, e muitos casamentos são realizados;
  • 29. Módulo 6, História A 29 Outras vezes a alta burguesia era nobilitada pelos serviços prestados; Assiste-se a uma fusão de interesses entre a velha e a nova elite;
  • 30. Módulo 6, História A 30 A burguesia foi lentamente desenvolvendo uma consciência de classe, afirmando-se como um grupo autónomo com os seus próprios valores e comportamentos; O culto da ostentação e do luxo foi sendo substituído pela valorização do trabalho, do estudo, da poupança, da moderação e da prudência; Estas são as virtudes burguesas; Nelas a família assumia um papel relevante, e dá-se muita importância à solidariedade familiar;
  • 31. Módulo 6, História A 31 A maior parte pertence ao setor terciário das atividades económicas; Muitos provêm das classes mais baixas; É um grupo conservador (contra todas as mudanças sociais e económicas);
  • 32. Módulo 6, História A 32 A burguesia distancia-se do culto da ociosidade das elites aristocráticas e mostram a sua riqueza como fruto do trabalho, da iniciativa e do esforço pessoal; Atribuem a pobreza à preguiça, e à falta de empenho e talento; Apontam como exemplos os casos de ascensão de pessoas de origem humilde, os “self-made men” que também são o exemplo da mobilidade social da nova sociedade;
  • 33. Módulo 6, História A 33 As classes médias são constituídos por um numeroso e heterogéneo grupo de pessoas; Situam-se entre a alta burguesia e o proletariado; Este grupo é constituído pelas pessoas que não executam trabalhos manuais mas também não pertencem à alta burguesia;
  • 34. Módulo 6, História A 34 O desenvolvimento do setor terciário fez engrossar este grupo; A maior parte destas profissões vão ficar conhecidas como “colarinhos brancos”, distinguindo-os dos trabalhadores que se sujavam no exercício da sua profissão;
  • 35. Módulo 6, História A 35 Pequenos empresários industriais que, apesar de afetados pelas crises e pela concentração empresarial, não cessaram de crescer; Profissões liberais todos os que trabalhavam por conta própria (advogados, médicos, professores); Empregados de escritórios e funcionários públicos que veem o seu número crescer devido ao desenvolvimento dos serviços e do Estado. Muitas vezes ganham menos que operários mas têm estatuto social. É um tipo de emprego muito procurado;
  • 36. Módulo 6, História A 36 Professores são cada vez mais numerosos. Transmitem os valores da burguesia nas escolas. Profissão mal paga mas com prestígio; Empregados comerciais todos os que trabalhavam no comércio; Pessoas com rendimentos tais como proprietários, investidores na Bolsa, etc.;
  • 37. Módulo 6, História A 37 As classes médias, criam a sua consciência de classe, eram grandes defensoras dos valores da burguesia; Muitos deles tinham origens humildes e sonhavam subir na sociedade, sobretudo tinham pavor de voltarem a ser proletários; São conservadores e defensores da ordem e moral públicas;
  • 38. Módulo 6, História A 38 Veem com desconfiança a contestação dos operários; Cultivam a ordem, o estatuto, o respeito pelas hierarquias, a importância da poupança, o respeito pelo trabalho; Procuram pequenos luxos como comprar uma moradia, uma boa escola para os filhos, idas ao teatros e à ópera, férias, etc.;
  • 39. Módulo 6, História A 39 O respeito pela família é o pilar da moral burguesa; Advogam uma moral austera (puritanismo) e o culto das aparências; Na família burguesa o poder está no homem, as qualidades domésticas na mulher a obediência nos filhos; As festas da classe média decorriam em família (aniversários, casamentos, etc.);
  • 40. Módulo 6, História A 40 A condição operária: salários e modos de vida A Revolução Industrial criou, nos escalões inferiores da sociedade, um novo grupo social, o operariado; O liberalismo económico, ao abster-se de intervencionar a vida económica, deixou os operários nas mãos dos grandes industriais;
  • 41. Módulo 6, História A 41 Os proletários não têm qualquer poder sobre a produção que pertence à burguesia, os operários apenas possuem os seus filhos (prole) e um salários pelo seu trabalho; O salário não é regulamentado, e baixa ou sobe de acordo com os interesses dos donos das indústrias; Os operários viveram e trabalharam em condições muito precárias e difíceis;
  • 42. Módulo 6, História A 42 Os proletários que no século XIX afluíam às cidades eram o produto da falta de empregos na agricultura e da ruína dos pequenos proprietários rurais ou das atividades artesanais; Chegavam às cidades sem qualquer preparação, foram uma mão de obra não qualificada e foram explorados e sujeitos a grandes arbitrariedades;
  • 43. Módulo 6, História A 43 Os operários foram sujeitos a variadíssimos problemas: Salários precários e baixos, completamente dependentes dos jogos da oferta e da procura. Quando os lucros diminuíam ou a ganância dos patrões era muita, os salários baixavam, muitas vezes abaixo do limiar de sobrevivência; Horários de trabalho que podiam chegar às 16 horas diárias; Ausência de direito a férias, descanso semanal, subsídio de desemprego, reforma ou doença; Mão de obra infantil que recebia por vezes metade do salário dos homens. As mulheres também tinham salários mais baixos;
  • 44. Módulo 6, História A 44 O cinema Os irmãos Lumière http://www.youtube.com/watch?v=BO0EkMKfgJI
  • 45. Módulo 6, História A 45 Ausência de redes de solidariedade. Oriundos do campo tinham de sobreviver na cidade sem o apoio familiar; Locais de trabalho sem condições mínimas; Elevado risco de contrair doenças profissionais que levavam ao despedimento; Proibição de todos os tipos de manifestações ou reivindicações (greve era proibida por lei);
  • 46. Módulo 6, História A 46 Habitações sem condições de habitabilidade e muitas vezes sobrelotadas; Estavam sujeitos a uma alimentação pobre e desequilibrada; Mal alimentados, sem tempo para descansar, habitando em bairros insalubres eram muitas vezes vítimas de doenças, as epidemias de cólera eram frequentes; Perante este quadro de problemas e pobreza extremas os problemas a ele associados eram frequentes: alcoolismo, prostituição, criminalidade, mendicidade, etc.;
  • 47. Módulo 6, História A 47 O movimento operários: associativismo e sindicalismo Os primeiros movimentos contra estas duras condições de trabalho e de vida foram espontâneas e desorganizadas; Um dos primeiros foi liderado por Ned Ludd, em Inglaterra, entre 1811 e 1818. Foi o “luddismo”, era um movimento que levava os operários a destruírem máquinas (mecanoclasta) que roubavam o trabalho; Outros movimentos semelhantes, bem como greves e outras manifestações irromperam por toda a Europa;
  • 48. Módulo 6, História A 48 As medidas de repressão foram extremamente duras: os operários foram perseguidos, presos e até condenados à morte; Esta violenta repressão levou os operários a organizarem as suas lutas; Esta organização assumiu , essencialmente, duas formas:
  • 49. Módulo 6, História A 49 Associativismo – para substituir as tradicionais solidariedades familiares, da igreja ou das confrarias, criaram-se associações de socorros mútuos, ou mutualidades; Os associados pagavam uma quota e eram apoiados em caso de doença, morte, acidentes, desemprego, etc.; Também foram criadas cooperativas que eram associações de tipo económico;
  • 50. Módulo 6, História A 50 Outra forma de organização do movimento operário foi o sindicalismo; Os sindicatos são organizações que agregam os trabalhadores de um determinado ramo profissional, para protegerem os seus interesses; Os sindicatos começaram por ser organizações clandestinas: Lutavam pela melhoria das condições de trabalho através de manifestações e greves;
  • 51. Módulo 6, História A 51 A legalização dos sindicatos, a influência de doutrinas políticas como o socialismo e o anarquismo levaram ao crescimento dos sindicatos; A partir de 1870-80, a força dos sindicatos cresce visivelmente; Os sindicato britânicos, as Trade Unions, transformaram-se em organizações de massas;
  • 52. Módulo 6, História A 52 Nos países industrializados os sindicatos organizam-se e multiplicavam-se; Reivindicam o dia de trabalho de 8 horas, melhores salários, dia de descanso semanal, indeminização em caso de acidente de trabalho, etc.; As lutas operárias foram muitas vezes reprimidas violentamente; No dia 1 de maio de 1886, em Chicago (EUA) 500 mil trabalhadores saíram às ruas, em manifestação pacífica, exigindo a redução da jornada para oito horas de trabalho. A polícia reprimiu a manifestação, dispersando a concentração, depois de ferir e matar dezenas de operários;
  • 53. Módulo 6, História A 53 Em 1889 o Congresso Operário Internacional, reunido em Paris, decretou o 1º de Maio, como o Dia Internacional dos Trabalhadores, um dia de luto e de luta. E, em 1890, os trabalhadores americanos conquistaram a jornada de trabalho de oito horas; As greves foram uma das melhores armas porque paravam a produção e causavam diminuição dos lucros; Fruto destas lutas as duras condições do trabalho forma-se suavizando e os salários cresceram;
  • 54. Módulo 6, História A 54 Os primeiros sindicatos a serem legalizados foram os britânicos; No último quartel do século XIX, a legislação social nos países industrializados evoluiu: foram publicadas leis que regulamentavam o horário de trabalho, o repouso semanal, pensões (velhice, doença, acidente);
  • 55. Módulo 6, História A 55 As propostas socialistas de transformação revolucionária da sociedade As condições de miséria dos proletários levou vários pensadores a refletirem sobre esta situação e a proporem medidas de intervir na sociedade, criticavam a desumanidade do sistema capitalista e propunham a diminuição das desigualdades sociais; No século XIX surgem as teorias socialistas que se vão dividir em dois campos teóricos diferentes;
  • 56. Módulo 6, História A 56 Socialismo utópico – consistiu em propostas de reforma da sociedade e alternativas ao sistema capitalista; Propunham a criação de cooperativas de produção e consumo e uma maior justiça social. As ideias começaram a surgir por volta de 1820; Alguns dos principais pensadores foram: Robert Owen, Saint- Simon, Charles Fourier, etc.;
  • 57. Módulo 6, História A 57 Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) foi um dos principais pensadores; Propôs a organização de cooperativas de produção e por conseguinte a abolição da propriedade privada e do estado para terminar com a “exploração do homem pelo homem”; A proposta de Proudhon consista na criação de uma sociedade igualitária de pequenos produtores associados em cooperativas que seriam capazes de assegurar o bem-estar, sem luta de classes ou sem a intervenção do Estado;
  • 58. Módulo 6, História A 58 Socialismo científico (marxismo) – Karl Marx (1818-1883) e Friederich Engels (1820-1895) publicaram em 1848, o Manifesto do Partido Comunista; Nesta obra defendem que a luta de classes, o verdadeiro motor da História, atravessou todas as épocas históricas e propõem um modo de atingir uma sociedade sem classes e sem Estado, o comunismo; A sociedade burguesa e capitalista será destruída pelo proletariado que instaurará a ditadura do proletariado; Nesta fase o estado deterá todos os meios de produção (fim da propriedade privada) para construir uma sociedade sem classes e sem exploração, onde o próprio Estado desaparecerá, o comunismo;
  • 59. Módulo 6, História A 59 Segundo Karl Marx, o modo de produção capitalista assenta na mais-valia; O salário do trabalhador não corresponde ao valor do seu trabalho mas apenas ao valor dos bens de que necessita para sobreviver. A exploração do proletário é o lucro do capitalista; Os explorados deveriam lutar contra os exploradores (luta de classes); Para Marx era necessário que o proletariado se organizasse em partidos e sindicatos e conquistasse o poder político;
  • 60. Módulo 6, História A 60 Marx apela ao internacionalismo proletários, é célebre a frase, “Proletários de todos os países, uni-vos”, segundo ele a única forma de lutar contra o capital internacional é os operários também se organizarem internacionalmente; Para coordenar a luta a nível internacional surgem as Associações Internacionais de Trabalhadores ou Internacional Operária (Internacionais); Marx redigiu os estatutos da I Internacional (Londres, 1864; Apoiou a Comuna de Paris (março de 1871) insurreição de operários em Paris que, após dominar a capital francesa durante 40 dias, foi esmagada com enorme violência, mais de 20 mil revoltosos foram executados;
  • 61. Módulo 6, História A 61 Surgem partidos operários com a designação de socialistas ou sociais-democratas; Na Internacional surgem teses diferentes de Karl Marx; Bakunine (1814-1876) criou o anarquismo, criticava no marxismo o princípio da ditadura do proletariado e da supremacia do Estado e preconizava a organização dos operários nos sindicatos e outras associações; Estes desacordos levaram ao fim da I Internacional em 1876;
  • 62. Módulo 6, História A 62 A II Internacional (Paris, 1889) afastou os anarquistas, mas surgiu outra tendência, o revisionismo de Bernstein (1850-1932) que propunha uma evolução pacífica e gradual do capitalismo para o socialismo, substituindo a luta de classes por uma colaboração entre os partidos operários e os burgueses; Na sequência desta nova proposta os partidos voltaram-se a dividir; A II Internacional vai desaparecer em 1914 no início da I Guerra Mundial;
  • 63. Módulo 6, História A 63 Esquema in “Preparação para o Exame Nacional, História A 11, Porto Editora
  • 64. História A - Módulo 6 A civilização industrial – economia e sociedade; nacionalismos e choques imperialistas Unidade 4 Portugal, uma sociedade capitalista dependente http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
  • 65. Módulo 6, História A 65 A Regeneração entre o livre-cambismo e o protecionismo (1851- 1880) Um golpe de estado, em 1851, liderada pelo Duque de Saldanha, depôs Costa Cabral e iniciou uma nova etapa do liberalismo português conhecida por Regeneração;
  • 66. Módulo 6, História A 66 Os principais objetivos deste movimento eram conciliar as diversas fações do Liberalismo e harmonizar os interesses da alta burguesia com os da pequena e média burguesia bem como dos camponeses; Revisão da Carta Constitucional; Ato Adicional (1852) alarga o sufrágio, determina eleições diretas para o Parlamento; Consagra-se o rotativismo partidário (alternância de partidos no poder);
  • 67. A nível económico desenvolveram uma política livre-cambista, desenvolvem reformas para modernizar o país; Livre-cambismo é um modelo de mercado no qual o comércio entre países não é afetado por restrições (taxas aduaneiras) do estado. Livre-cambismo é contrário ao protecionismo, que é a política económica que pretende restringir o comércio entre países.
  • 68. Módulo 6, História A 68 O desenvolvimento de infraestruturas: A Regeneração desenvolveu os transportes e os meios de comunicação (infraestruturas essenciais); O seu principal dinamizador foi o ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria (1852-1856), António Fontes Pereira de Melo (1819-1887), A esta política de desenvolvimento das atividades económicas chama-se fontismo;
  • 69. Módulo 6, História A 69 Revolução dos transportes: Construção de estradas (macadamizadas); Desenvolvimento dos transportes ferroviários; Construção de pontes; Construção e remodelação de portos; Instalação do telégrafo (1857); Estabelecimento do telefone (1882) em Lisboa e Porto; Reforma dos correios (1853, primeiros selos adesivos);
  • 70. Módulo 6, História A 70 Vantagens do desenvolvimentos dessas políticas económicas: Criação de um mercado nacional, os produtos chegam a áreas até então isoladas; Incremento da produção agrícola e industrial; Desenvolvimento das relações internacionais, sobretudo com a Europa mais evoluída;
  • 71. Módulo 6, História A 71 No entanto estes melhoramentos exigiram um grande esforço financeiro; Os governos regeneradores recorreram a empréstimos obtidos na banca internacional, muitas vezes a juros elevados; Uma consequência foi o endividamento do estado; Para resolver esta situação os governos socorreram-se de sucessivos aumentos de impostos, o que piorou a situação económica do país;
  • 72.
  • 73. Módulo 6, História A 73 Por outro lado o desenvolvimento das comunicações criou condições de concorrência económica para a qual, a maior parte dos portugueses não estava preparado; Portugal vai caindo nas mãos dos credores estrangeiros; Apesar dos problemas a economia portuguesa entre 1850-1875 vive um período de expansão.
  • 74. Módulo 6, História A 74 A dinamização da atividade produtiva A Regeneração procurou aumentar e diversificar as atividades produtivas no país; Defendeu políticas de liberalização do comércio, contrárias ao protecionismo; O livre-cambismo está expresso na pauta alfandegária (impostos que os produtos pagam na alfandega) de 1852, publicada por Fontes Pereira de Melo;
  • 75. Módulo 6, História A 75 As taxas alfandegárias foram reduzidas com a argumentação: A diminuição das taxas contribuía para a redução do contrabando; A redução de preços das matérias-primas ajudava a indústria nacional; Permitia a baixa de preço dos produtos importados, beneficiando o consumidor; Até 1880, Portugal, vai adotar uma política livre-cambista, embora por vezes se tenham tomado medidas protecionistas;
  • 76. Módulo 6, História A 76 Nesta fase da vida económica, Portugal participou e até promoveu exposições internacionais; Estas exposições são o símbolo do progresso e desenvolvimento industrial;
  • 77. Módulo 6, História A 77 A exploração capitalista dos campos Em 1863, foi decretada a abolição definitiva dos morgadios e foram promulgadas leis no sentido de terminar com todas as obrigações de carácter feudal; São abolidos os baldios e pastos comuns o que vai contribuir para o aumento das terras cultivadas;
  • 78. Arroteadas terras; Introduzidas novas máquinas agrícolas; Aplicadas técnicas de cultivo que permitem uma agricultura mais intensiva com a diminuição do pousio; Divulgação da utilização dos adubos químicos;
  • 79. Módulo 6, História A 79 Apesar de todos esses progressos, a inovação tecnológico foi travada pela falta de dinheiro para investir e propriedades agrícolas reduzidas, em especial no Norte e Centro do país; As inovações foram sobretudo realizadas no Sul (Alentejo (trigo) e Ribatejo (arroz));
  • 80. A produção portuguesa foi orientada para a exportação: Vinhos (Dão, Bairrada, Douro, Estremadura, Ribatejo); Laranjas e frutos secos; Cortiça, casulos de seda, gado vivo; Esta especialização na exportação da agricultura portuguesa criou graves problemas na nossa economia;
  • 81. Módulo 6, História A 81 A industrialização: o difícil crescimento O arranque industrial português começou com muito atraso em relação aos países mais desenvolvidos; Inicia-se a partir de 1870: Difusão da energia do vapor; Diversificação das atividades (têxtil, vidro, tabaco, cortiça, conservas de peixe, metalurgia, cerâmica, etc.; Aperfeiçoamento tecnológico;
  • 82. Módulo 6, História A 82 Aumento do número de sociedades anónimas (lei de 22 de junho de 1867); Aumento da população operária; Maiores investimentos na indústria; Introdução da energia elétrica na indústria no século XX; Sociedade anónima (S.A.) é uma forma jurídica de constituição de empresas na qual o capital social não se encontra atribuído a um nome específico, mas está dividido em ações que podem ser transacionadas livremente.
  • 83. Módulo 6, História A 83 Apesar de todos estes investimentos a indústria portuguesa tem muitas dificuldades em competir internacionalmente, e demonstra muitas dificuldades de crescimento, demonstrado pelo lento aumento da população ativa no setor secundários: 1890= 18,4% 1900=19,4% 1911=21,1%
  • 84. Módulo 6, História A 84 A Portugal faltam matérias-primas no território nacional (carvão, algodão); O arranque industrial português começou com cerca de 100 anos de atraso em relação à Inglaterra; Falta de operários especializados;
  • 85. Orientação dos investimentos para a especulação e para as atividades imobiliárias em detrimento das atividades industriais; Dependência do capital estrangeiro; Mercado interno muito pequeno; Sistema económico baseado nas atividades comerciais e agrícolas; O nosso mercado era abastecido por produtos estrangeiros , cujos preços eram muito competitivos;
  • 86. Módulo 6, História A 86 A necessidade de capitais e os mecanismos de dependência A política dos sucessivos governos da Regeneração levaram à abertura da economia portuguesa ao capital estrangeiro; As obras públicas (estradas, comboio) foram realizadas com recurso a capitais estrangeiros (Inglaterra, França, Brasil, Espanha); Os investimentos estrangeiros tornaram possível o desenvolvimento das companhias de telégrafos, telefones, águas, gás, transportes urbanos, seguros, atividades bancárias e comerciais; A própria indústria foi, em muitos casos, desenvolvida com recurso a capitais estrangeiros;
  • 87. Módulo 6, História A 87 Os governos da Regeneração caíram na dependência dos capitais estrangeiros; O défice das finanças públicas não parou de crescer ( o estado tinha mais despesas do que receitas); Os sucessivos aumentos de impostos não conseguiram criar uma situação de equilíbrio; A solução foi recorrer a mais empréstimos estrangeiros; Entrou-se num círculo vicioso: as despesas e os juros da dívida pública eram pagos com recurso a empréstimos estrangeiros, isto leva a que o défice vá ficando progressivamente fora de controlo;
  • 88. Módulo 6, História A 88 Entre a depressão e a expansão (1880-1914) A crise financeira de 1880-1890 A política dos governos da Regeneração de livre-cambismo favoreceu as exportações agrícolas, a partir da década de 70 os nossos produtos vítimas de doenças e da concorrência perderam mercados; As importações de produtos industrias aumentaram; Em consequência a balança comercial é negativa, em 1889-90, o valor das importações é quase o dobro das exportações;
  • 89. Módulo 6, História A 89 Os juros e a dívida pública continuam a aumentar, fruto dos sucessivos empréstimos contraídos; Entre 1851-1890, a dívida pública aumentou quase 8 vezes; Grande parte do desenvolvimento português foi realizado com investimentos estrangeiros, logo uma parte substancial dos lucros revertia para fora do país; Um dos grandes credores de Portugal, o banco inglês, Baring & Brothers, abriu falência, depois de terem acordado um grande empréstimo ao governo português; As remessas de emigrantes no Brasil diminuíram;
  • 90. Módulo 6, História A 90 Não havia dinheiro para pagar as dívidas; Entre 1890 e 1892, Portugal viveu uma situação financeira muito grave; Em janeiro de 1892, o governo português declarou a bancarrota; A crise levou ao repensar do modelo económico da Regeneração;
  • 91.
  • 92. Módulo 6, História A 92 O surto industrial de final do século Devido ao fracasso do livre-cambismo o governo publicou uma nova pauta aduaneira em 1892, era o retorno do protecionismo; Garantiam-se à agricultura e indústria condições vantajosas para colocar os seus produtos nos mercados nacional e colonial; Entre 1892 e 1914, o comércio colonial foi um fator importante para o desenvolvimento económico português;
  • 93. Módulo 6, História A 93 Dá-se a concentração empresarial e surgem grandes empresas que estão mais bem preparadas para suportar as crises económicas: CUF (produção de adubos); Companhia Aliança (têxteis), Companhia dos Tabacos, Companhia dos Fósforos, Companhia de Cimentos Tejo, etc.; Surgem também grandes companhias nos transportes Caminhos de Ferro e Carris), serviços públicos (água, eletricidade, gás, telefones), Seguros (Fidelidade, Bonança), na exploração colonial, etc.; Também surgem novos bancos;
  • 94. Módulo 6, História A 94 Desenvolvimento tecnológico com a difusão da eletricidade, indústria química, metalurgia, etc.; Surgem polos urbanos e de industrialização em Lisboa, Porto, Braga, Setúbal, Barreiro, Guimarães; No entanto apesar deste crescimento a população urbana em Portugal era reduzida se comparada com países europeus desenvolvidos;
  • 95. Módulo 6, História A 95 As transformações do regime político na viragem do século Os problemas da sociedade portuguesa e a contestação da monarquia Apesar de Portugal continuar um país essencialmente rural, as cidades cresceram e nelas desenvolveram-se a classe média e o proletariado; Os progresso ocorridos no ensino permitiram o desenvolvimento da imprensa; Estes fatores contribuíram para que nas últimas décadas da monarquia se tivesse criado a opinião pública, fator que os governos tiveram de passar a considerar;
  • 96. Módulo 6, História A 96 Nas últimas décadas do século XIX, o país tomava consciência dos seus problemas agravados com a crise económica; O descontentamento com a monarquia cresce: O rotativismo partidário entre o Partido Progressista e o Partido Regenerador provocava desânimo pois não conseguiam resolver a crise económica. O rei era culpado pela opinião pública por não conseguir que os partidos resolvessem a situação;
  • 97. A crise económica de 1880-1890 e a bancarrota de 1892 deixaram marcas na sociedade portuguesa apesar das políticas protecionistas e de desenvolvimento industrial; Os problemas estruturais não foram resolvidos (falta de investimento em atividades produtivas, atraso da agricultura, emigração); Sucedem-se vários escândalos financeiros;
  • 98. Módulo 6, História A 98 O Ultimato inglês opondo-se ao mapa cor de rosa, ameaçando recorrer à força contra Portugal foi aceite pelo governo português, o que gerou muita contestação entre a população. A monarquia foi acusada de não defender os interesses nacionais; Curiosidade – Nesta altura foi composto “A Portuguesa”, o atual Hino Nacional. O atual verso “Contra os canhões marchar” na versão inicial era “Contra os Bretões marchar”;
  • 99. Módulo 6, História A 99 O Partido Republicano, fundado em 1876, conquistou grande parte deste descontentamento, sobretudo no seio da classe média; As suas críticas ao sistema iam granjeando apoios; Obteve 6% dos votos nas eleições de 1879 e 33% em 1884;
  • 100. Módulo 6, História A 100 Em 31 de janeiro de 1891, dá-se no Porto uma tentativa de derrube da monarquia e implantação da República realizada por militares; A tentativa gorou-se mas era um sinal do descontentamento popular que grassava entre a população; A agitação social, greves, protestos estudantis e contestação generalizada aos governos monárquicos vai aumentando; Criaram-se associações secretas com o intuito de derrubar a monarquia. A mais importante foi a Carbonária;
  • 101. Módulo 6, História A 101 Em 1907, o rei D. Carlos dissolveu o parlamento e o primeiro- ministro, João Franco governa com plenos poderes, este período foi denominado a ditadura de João Franco, esta situação contribuiu para o reforço do descontentamento; O rei D. Carlos e o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe foram assassinados (Regicídio) em Lisboa em 1908, por membros da Carbonária;
  • 102. Módulo 6, História A 102 A Primeira República No dia 5 de Outubro é implantada a República em Portugal; http://www.youtube.com/watch?v=3jVhrnPCV3U
  • 103. Módulo 6, História A 103 Constitui-se um Governo Provisório presidido por Teófilo Braga; Em 1911 são realizadas eleições para uma Assembleia Nacional Constituinte; Em 21 de agosto de 1911 é promulgada a Constituição da República Portuguesa; Em 24 de agosto, Manuel de Arriaga é eleito o primeiro Presidente da República Portuguesa;
  • 104. Módulo 6, História A 104 A Constituição de 1911 estabelece que: Existe uma superioridade do poder legislativo. A Câmara dos Deputados e o Senado controla o governo, pode destituir o Presidente da República; Esta característica é uma das razões da instabilidade governativa em que vivei a Primeira República; O Presidente da República é uma figura simbólica, é eleito pelo parlamento e não pode vetar as leis; Estabelece-se o sufrágio direto e universal para os maiores de 21 anos alfabetizados ou que fossem chefes de família;
  • 105. Módulo 6, História A 105 Os governos da República tiveram como principais linhas de atuação: A laicização do Estado, a separação do Estado e da Igreja (Lei da Separação do Estado e da Igreja); As medidas anticlericais foram mal aceites pelo povo profundamente católico e originou que a República perdesse uma grande parte do apoio;
  • 106. Abolição definitiva da sociedade de ordens com a aniquilação definitiva dos privilégios do clero e da nobreza; Lei do divórcio; Defesa da justiça social, é promulgada a lei que reconhece o direito à greve, é instituído o descanso obrigatório para os trabalhadores ao domingo; Em 1916, é criado o ministério do Trabalho e da Previdência Social; O Registo Civil passa a obrigatório;
  • 107. Módulo 6, História A 107 Desenvolveu-se o ensino público. A taxa de analfabetismo (76%) era uma das maiores da Europa; O ensino primário foi tornado obrigatório e gratuito; Foram criadas novas escolas e programas de formação de professores; Foram criadas as universidades do Porto e Lisboa;
  • 108. Módulo 6, História A 108 A Primeira República não conseguiu resolver os problemas estruturais da sociedade portuguesa; Foi uma época extremamente conturbada devido a fatores internos e externos (1ª Guerra Mundial 1914-1918);
  • 109. Módulo 6, História A 109 Os governos da República nunca conseguiram uma estabilidade governativa, entre 1910 e 1926 existiram 39 governos; O Partido Republicano, devido a diferenças ideológicas, dividiu-se em três partidos: Partido Democrático (Afonso Costa), Partido Evolucionista (António José da Almeida) e União Republicana (Brito Camacho); Surgem outros partidos políticos: socialista, independentista, monárquico, esquerdista, etc.;
  • 110. Módulo 6, História A 110 A oposição ao regime vai crescendo liderada pelos setores mais conservadores da sociedade: Igreja, devido ao anticlericalismo do regime; Os adeptos do retorno à monarquia;
  • 111. A alta burguesia descontente com a legislação de caráter social; Surge o Integralismo Lusitano, que agrupa os opositores monárquicos e religiosos; Este movimento apoiou várias tentativas de derrube da República (Monarquia do Norte (1919), Ditadura de Sidónio Pais (1917-1918); As lutas internas entre os partidos republicanos e a oposição dividiram o país e, por vezes, assumiram o carácter de guerra civil;
  • 112. Módulo 6, História A 112 A situação económica e social do país era marcada por uma industrialização atrasada e Portugal permanecia essencialmente rural, setor que se opunha às tentativas de modernização da República; A produção continuava deficitária o que provocava a alta dos preços e a balança de pagamento do estado era negativa;
  • 113. Apesar de toda a legislação promulgada os operários e o campesinato viam-se numa miséria extrema e sujeitos aos abusos do patronato; Esta situação provocou um descontentamento em muitos setores da população; No dia 28 de maio de 1926 dá-se um golpe militar que irá estabelecer uma nova ditadura em Portugal.
  • 114. Módulo 6, História A 114 Esquema in “Preparação para o Exame Nacional, História A 11, Porto Editora
  • 115. História A - Módulo 6 A civilização industrial – economia e sociedade; nacionalismos e choques imperialistas Unidade 5 Os caminhos da cultura http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
  • 116. Módulo 6, História A 116 A confiança no progresso científico Na segunda metade do século XIX, os avanços na ciência, na Revolução Industrial e os seus efeitos na vida quotidiana dos cidadãos levou ao desenvolvimento da crença na ciência; Surge o Cientismo, a crença que a ciência resolveria todos os problemas da Humanidade; O Universo funcionava segundo regras (leis) e aos cientistas competia descobrir essas leis. Não havia limite para o conhecimento humano; Os fenómenos inexplicáveis, só o eram devido à ignorância;
  • 117. Módulo 6, História A 117 August Comte (1798-1857) criou o Positivismo; Segundo esta teoria o saber e a Humanidade tinham passado por três estados: O teológico – os fenómenos são explicados pela intervenção de forças sobrenaturais; O metafísico – os fenómenos são explicados pela intervenção de entidades abstratas, não observáveis; O positivo (ou cientifico) – o estudo da natureza, através da observação e da experimentação, permite conhecer as leis naturais que determinam os fenómenos;
  • 118. Módulo 6, História A 118 Este pensamento filosófico foi conhecido através do livro “Curso de Filosofia Positiva”; Estas ideias influenciaram todo o pensamento do século XIX e vão levar ao investimento do Estado na investigação científica; Surgem universidades, institutos e laboratórios financiados por fundos públicos,
  • 119. Módulo 6, História A 119 O avanço das ciências exatas e a emergência das ciências sociais No século XIX o conhecimento da natureza foi alargado em todas as áreas das ciências: Na Biologia, Charles Darwin (1809-1882), publicou a “Origem das Espécies” que defendia a tese da evolução das espécies; Johan Mendel (1822-1884) realizou estudos sobre a hereditariedade; Na Medicina, Louis Pasteur (1822-1895) e Robert Koch (1843-1910) fizeram importantes descobertas;
  • 120. Módulo 6, História A 120 Na Química, Dimitri Mendeleïev (1834-1907) elaborou a tabela periódica dos elementos; No campo da Física, o casal Pierre (1859-1906) e Marie Curie (1867-1934) realizaram estudos sobre a radioatividade; James Joule (1818-1889) e James Clarck Maxwell (1831-1879) realizaram descobertas fundamentais na teoria do eletromagnetismo;
  • 121. Módulo 6, História A 121 Este desenvolvimento científico e tecnológico levou a uma reflexão mais profunda sobre o funcionamento das sociedades , o que levou as ciências sociais, procurassem imitar as ciências exatas, e tentassem encontrar leis que explicassem o funcionamento do Homem em sociedade; Em 1838, Comte, criou o termo Sociologia que parte da verificação que os indivíduos isolados comportam-se de modo diferente dos grupos; Comte chamou a esta nova disciplina a “física social”; Émile Durkheim (1858-1917) sistematizou as leis desta nova disciplina;
  • 122. Módulo 6, História A 122 O espírito positivista estendeu-se a todas as áreas do conhecimento: Karl Marx desenvolveu e teoria do socialismo científico; A História criou regras para selecionar as fontes e assim “reconstruir” o passado de forma científica (exata), destacou-se o trabalho de Fustel de Coulanges (1830-1889); Desenvolveram-se os estudos sobre Economia; Sigmund Freud (1856-1939) desenvolveu a Psicologia;
  • 123. Módulo 6, História A 123 A progressiva generalização do ensino público Este clima de favorável ao desenvolvimento científico contribuiu para o reforço da importância dada ao ensino, como, já os iluministas no século XVIII, tinham defendido; A educação é vista como um instrumento fundamental para o progresso e a felicidade; O desenvolvimento do setor terciários (serviços) e os progressos da democracia liberal exigem a propagação do ensino e da cultura;
  • 124. Módulo 6, História A 124 Fatores que contribuíram para o desenvolvimento do ensino: A progressiva extensão do voto a todos os cidadãos exigia que a população fosse informada e instruída; O positivismo, ao valorizar o conhecimento científico; A laicização do Estado que torna necessária a existência de um grupo numeroso de funcionários instruídos; As classes médias que veem no ensino uma forma de promoção social;
  • 125. Módulo 6, História A 125 No século XIX iniciaram-se campanhas de alfabetização e o ensino público é progressivamente alargado a todas as classes sociais; O ensino primário torna-se progressivamente gratuito e sustentado pelo estado; Surge a escola pública, obrigatória e laica; O ensino secundário e superior também se desenvolvem devido à necessidade, cada vez maior, de quadros instruídos; Modificam-se os currículos e as pedagogias , organiza-se um ensino com base científica que se contrapõe ao ensino de base humanista herdado do Renascimento;
  • 126. Módulo 6, História A 126 Os países que estão na vanguarda da modernização do ensino, sobretudo do superior, são os Estados Unidos e a Alemanha; Desenvolve-se o conceito de que o professor universitário é um orientador do trabalho dos alunos e juntos formam uma equipa de investigação; Surge o MIT (Massachusetts Institute of Techonology); O investimento no ensino vai levar à liderança destes dois países no capítulo da investigação científica;
  • 127. Módulo 6, História A 127 O interesse pela realidade social na literatura e nas artes – as novas correntes estéticas na viragem do século
  • 128. Módulo 6, História A 128 A fuga para o passado, nomeadamente para a Idade Média, parecia, agora desadequada ao espírito positivista; Surge uma corrente que pretende mostrar o Mundo com Realismo;
  • 129. Módulo 6, História A 129 O Realismo começou por ser, na pintura, a representação de paisagens de forma desapaixonada e neutra; Depois evoluiu no sentido de representar temas do quotidiano de forma simples e realista;
  • 130. Módulo 6, História A 130 Gustave Courbet afirmou: “Eu não posso pintar um anjo porque nunca vi nenhum. Mostrem-me um anjo e eu pintá-lo-ei”; O Realismo abandona as temáticas religiosas, fantasistas de inspiração histórica, mitológica ou literária; Procuram libertar a arte do subjetivismo e sentimentalismo;
  • 131. Módulo 6, História A 131 Triunfa o desejo de representar com objetividade; As personagens já não são heróis mas pessoas banais;
  • 132. Módulo 6, História A 132 Alguns artistas usam a arte como instrumento de denúncia política e social; A Arte tem uma utilidade; Daumier, A lavadeira, 1863
  • 133. Módulo 6, História A 133 Alguns destas pinturas escandalizaram a sociedade pelos temas tratados (banais), pelo tratamento menos cuidado da composição; Courbet, Proudhon
  • 134. Módulo 6, História A 134 Édouard Manet , Pequeno almoço na relva
  • 135. Módulo 6, História A 135 Principais artistas ligados ao Realismo: James Whistler (1834-1903); Gustave Courbet (1819-1877); Honoré Daumier (1808-1879); Jean François Millet (1814-1875); Camile Corot (1796-1875); Édouard Manet (1832 -1883).
  • 136. Módulo 6, História A 136 Na literatura centram-se na crítica da sociedade e na denúncia das injustiças sociais; Destacam-se Émile Zola (1840-1902) e Gustave Flaubert (1821- 1880);
  • 137. Módulo 6, História A 137 Claude Monet, Impressão, Sol Nascente, 1872, óleo sobre tela, 47x64 cm Impressionismo
  • 138. Módulo 6, História A 138 Um novo olhar sobre a realidade: Claude Monet, A catedral de Ruão, 1894 Claude Monet, A catedral de Ruão, 1894 Na Aurora; Sol Matinal, Harmonia Azul; De Manhã, Harmonia Branca; Em pleno Sol, Harmonia Azul; Tempo Cinzento, Harmonia Cinzenta; A fachada vista de frente, Harmonia Castanha;
  • 139. Módulo 6, História A 139 O real em mudança; A realidade estava em constante mutação; A pintura devia ser capaz de traduzir esta ideia de mudança; É um método científico de análise da realidade através da observação e da utilização das técnicas adequadas para a reproduzir; Renoir, o baloiço
  • 140. Módulo 6, História A 140 Os impressionistas pretendiam uma pintura espontânea e realizada perante o motivo (no local, fora do atelier); Pretendiam captar uma realidade em mutação ou seja os efeitos da luz sobre os objetos, a natureza e as pessoas; O tema não era importante; Pintaram a vida quotidiana e alegre de Paris;
  • 141. Tecnicamente caracteriza-se por: Executar-se no momento, perante o motivo, não há estudos nem esboços; Feita exclusivamente com a cor pura, aplicada diretamente dos tubos de tinta; 141Módulo 6, História A
  • 142. Módulo 6, História A 142 A tinta é aplicada em pinceladas curtas, rápidas, fragmentadas; Muitas vezes em forma de vírgula; Justapostas de acordo com a lei das complementares, de modo a obter a fusão dos tons nos olhos do observador, em vez de se misturarem na paleta;
  • 143. Monet, A lagoa Renoir, Paisagem 143Módulo 6, História A
  • 144. Esta técnica produziu quadros com um aspeto de inacabados e rugosos (tinta não alisada); As cores eram aplicadas com base nos estudos científicos da cor; Tentavam reproduzir o carácter prismático da luz natural servindo-se das cores do arco-íris; 144Módulo 6, História A
  • 145. Módulo 6, História A 145 Esta técnica veio permitir a captação dos efeitos coloridos da luz do Sol e da sua atmosfera e teve como resultado a: Dissolução da forma, da superfície e dos volumes; Os seus quadros tem um aspeto fluído, dinâmico; Libertando-se das velhas noções de claro-escuro;
  • 146. C. Monet, Nenúfares A pintura desmaterializava-se e tornava-se cada vez mais uma atmosfera de transparências; As imagens deixam de ser delimitadas pela linha de contorno; 146Módulo 6, História A
  • 147. A. Renoir, Baile no Moinho de La Gallette 147Módulo 6, História A
  • 148. Mary Cassat, Rapariga a coser; Verão 148Módulo 6, História A
  • 149. Módulo 6, História A 149 O impressionismo foi constituído por um grupo de jovens pintores: Claude Monet, Camille Pissarro, Edgar Degas; Paul Cézanne, August Renoir, Frédéric Basile, Alfred Sisley, Berthe Morisot, Mary Cassat, etc.;
  • 150. Módulo 6, História A 150 Gauguin, Autorretrato Simbolismo
  • 151. Módulo 6, História A 151 Gauguin, O que somos? De onde vimos? Para onde vamos? (1897)
  • 152. Módulo 6, História A 152 O Simbolismo opõe-se à arte representativa e objetiva (Naturalismo, Realismo e Impressionismo); Valoriza o mundo subjetivo e a interioridade; Influenciados pelos Românticos e pelos pré-Rafaelistas; Baseiam-se em estados emocionais (angústias, sonhos, fantasias), separam a arte da representação fiel da Natureza; As formas cores e linhas possuem significados próprios; Não reproduzem a realidade natural mas a realidade espiritual;
  • 153. Módulo 6, História A 153 Os simbolista procuram uma realidade introspetiva, para além do visível; Pretendem representar, não a realidade, mas a representação simbólica das ideias; A arte deve libertar-se da submissão aos princípios da lógica e mergulhar nos mistérios da alma e do pensamento; Demonstram um grande desejo de fuga, de procura do primitivo;
  • 155. Módulo 6, História A 155 Paul Gauguin (1848-1903) admira as artes e as civilizações primitivas, em oposição à industrialização europeia; Procura a pureza original na vida e na arte; Foi o pintor da evasão, da recusa da vida moderna, do exotismo; Vai viver para uma aldeia na Bretanha, Pont-Aven; Mais tarde para as ilhas da Polinésia Francesa (Tahiti), onde viveu a fase final da sua vida;
  • 157. Módulo 6, História A 157 Outros pintores Simbolistas: Puvis de Chavannes (1824-1898); Gustave Moreau (1826-1898); Odilon Redon (1840-1916); Gustave Moreau, A Esfinge; As Sereias
  • 158. Módulo 6, História A 158 Puvis de Chavannes, A esperança; O sonho; Raparigas à beira- mar;
  • 159. Módulo 6, História A 159 Odilon Redon, Pandora, Retrato de Mademoiselle Violette Heyman
  • 160. Módulo 6, História A 160 O simbolismo literário caracterizou-se pela valorização do subjetivo e do sobrenatural; Foi uma literatura hermética e para iniciados; Baudelaire (1821-1867) e Edgar Allan Poe (1809-1849) foram os principais representantes desta corrente literária;
  • 161. Módulo 6, História A 161 Arte Nova – movimento cultural e artístico que atingiu todas as artes (pintura, escultura, arquitetura e design); Procurou a rutura com a tradição (formal, estética e técnica); Procurou adaptar-se aos novos gostos que as sociedades ocidentais haviam desenvolvido; Privilegiavam a sensibilidade, a fantasia, a imaginação, o refinamento estético, o gosto pelo decorativo, pelo pitoresco; J. Rippi-Ronai, Vaso cerâmico, Hungria
  • 162. Módulo 6, História A 162 Gaudí, La Pedrera
  • 163. Módulo 6, História A 163 A Arte nova foi uma reação ao facto da industrialização ter inundado a sociedade com objetos de mau gosto estético; Foi um movimento complexo e com muitas variações regionais; Modernismo Catalão (Catalunha, Espanha); Jugendstile (Alemanha); Art Noveau (França e Bélgica); Sezession (Secessão Vienense) (Áustria); Liberty e Floreale (Itália); Modern Style (Inglaterra); Escola de Chicago (Estados Unidos); Escola de Glasgow (Escócia);
  • 164. Módulo 6, História A 164 Estes movimentos apresentam alguns princípios unificadores: Inovação formal, procura de originalidade e criatividade; Rejeição dos princípios académicos, históricos e revivalistas da época; Formas inspiradas na natureza (fauna e flora) e no Homem;
  • 165. Movimentos sinuosos, formas estilizadas, sintetizadas ou geometrizadas; Adesão ao progresso, recursos aos novos materiais e técnicas; Adoção de uma nova estética expressa através da linha sinuosa, elástica, flexível, estilizada ou geometrizada, Procura do movimento, do ritmo, da expressão; Apelo à sensibilidade estética e à fantasia do observador;
  • 166. Módulo 6, História A 166 Desenvolveram o conceito de unidade das artes – Conceito que tende a apagar todas as diferenças tradicionais entre as várias modalidades artísticas (artes maiores, artes menores) considerando que todas elas são merecedoras de igual qualidade plástica e devem, por isso, nortear-se pelos mesmos princípios formais e estéticos;
  • 167. Módulo 6, História A 167 Hoffmann, serviço de café Palácio Stoclet A sua popularidade transformou-a numa moda que se aplicou a todas as modalidades artísticas (arquitetura, pintura, escultura, artes aplicadas, artes gráficas, dança, etc.);
  • 168. Módulo 6, História A 168 H. Van de Velde, Salão de cabeleireiro; projeto para um museu; secretária
  • 169. Módulo 6, História A 169 António Gaudí (1852-1926) destacou-se na arquitetura;
  • 170. Módulo 6, História A 170 A Arte Nova foi aplicada ao design e surgem peças de superfícies ondulantes; Procuram a graciosidade e elegância; As formas são inspiradas no corpo feminino e na Natureza;
  • 172. Módulo 6, História A 172 Tiffany, objetos em vidro P. Behrens, candeeiro
  • 173. Módulo 6, História A 173 Cartaz e capa de revista
  • 174. Módulo 6, História A 174 O enorme sucesso artístico e comercial identificam a época e a sua excessiva divulgação trouxe o rápido declínio; Os objetos foram copiados cada vez em maior número e vão perdendo qualidade estética; A Arte Nova desaparece com a I Guerra Mundial; Marcou a época história (final do século XIX e início do século XX) conhecida como Belle Époque;
  • 175. Módulo 6, História A 175 Portugal: o dinamismo cultural do último terço do século A ligação ferroviária construída pelos governos da Regeneração permitiu uma maior circulação de ideias entre Portugal e o resto da Europa; A Geração do 70 foi responsável por agitar a cultura portuguesa, foi constituída por um grupo de estudantes de Coimbra (Antero Quental, Teófilo Braga, Eça de Queirós, etc.);
  • 176. Módulo 6, História A 176 Em 1865 surgiu a Questão Coimbrã ou Bom Senso e Bom Gosto, título de uma carta dirigida por Antero a António Feliciano de Castilho; Esta carta é contra a “escola literária de Coimbra” e o conservadorismo dos intelectuais portugueses; Em Lisboa, alguns anos mais tarde, constituem um cenáculo literário ao qual aderem, entre outros, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins e Guerra Junqueiro;
  • 177.
  • 178. Módulo 6, História A 178 Constituem uma elite jovem que adere à fé no progresso e ciência e vê na literatura como um meio de transformação da sociedade; Organizam, em 1871, as Conferências Democráticas, no Casino Lisbonense; Estas conferências abrangem uma temática variada: política, sociedade, ensino, literatura e religião; O ciclo das conferências não chegou ao fim; O Governo proibiu-as com o pretexto que eram contra as leis do reino;
  • 179. Módulo 6, História A 179 O grupo persistiu na sua intervenção política, social e literária; Na década seguinte sentiram-se derrotados pelo imobilismo nacional; Autodenominam-se “Os vencidos da vida”, desalentados com a falta de mudança do país; A Geração de 70 teve um papel importante na introdução do Modernismo em Portugal e agitou a cultura portuguesa;
  • 180. Módulo 6, História A 180 O primado da pintura naturalista O Naturalismo, na pintura, foi sentimental e romântico, e irá sobreviver até meados do século XX; Silva Porto, Cancela Vermelha
  • 181. Os introdutores do naturalismo em Portugal foram: António da Silva Porto (1850-1894); João Marques de Oliveira (1853-1927); Estiveram em França como estudante e Bolseiro da Academia Portuense; Contactaram os pintores realistas e impressionistas (pintura ao ar livre); Professores da Academia de Lisboa e Porto; Fizeram parte do Grupo do Leão (Café Leão de Ouro);
  • 182. Módulo 6, História A 182 O Naturalismo tem como temas fundamentais a Natureza e a vida do quotidiano; Silva Porto, Barco de Avintes; Guardando o Rebanho;
  • 183. Módulo 6, História A 183 Este tipo de pintura já tinha deixado de chocar o público e foi muito bem aceite em Portugal; Transformou-se em “arte oficial”; Formaram o “Grupo do Leão”, pois reuniam-se na “Cervejaria Leão”;
  • 184. Módulo 6, História A 184 Deste grupo destacam-se dois artistas: Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929); José Malhoa ((1855-1933); Malhoa, Promessas; O fado
  • 185. Módulo 6, História A 185 Columbano, Concerto de Amadores; Retrato de Antero de Quental;
  • 186. Módulo 6, História A 186 O Naturalismo foi um ciclo longo que se prolongou pelas primeiras décadas do século XX; Surgem vários pintores ligados a esta corrente artística: António Ramalho (1858-1916); Aurélia de Sousa (1865-1922); O rei D. Carlos;
  • 188. Módulo 6, História A 188 O artista mais inovador foi António Carneiro (1872-1930), rejeitou a estética naturalista e enveredou pelo Simbolismo; António Carneiro, A Vida
  • 189. Módulo 6, História A 189 Esquema in “Preparação para o Exame Nacional, História A 11, Porto Editora
  • 190. Módulo 6, História A 190 Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte bibliografia: FORTES, Alexandra; Freitas Gomes, Fátima e Fortes, José, Linhas da História 12, Areal Editores, 2015 COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo da História 12, Porto Editora, 2013 Antão, António, Preparação para o Exame Nacional 2014, História A, Porto Editora 2015 Catarino, António Luís, Preparar o Exame Nacional de História A, Areal Editores, 2015 2017/2018