O imperialismo na Ásia e na África

Patrícia Sanches
Patrícia SanchesColégio Oficina em Vitória da Conquista
O imperialismo na Ásia e na África

 Na transformação dessa matéria prima, extraída nos países
colonizados, em produtos manufaturados está implícita
uma relação de exportação que foi se tornando mais
complexa e ampla.
 À medida que a tecnologia se aprimorava, a
industrialização se acelerava e se expandia, fomentando
conflitos entre as principais potencias europeias.
A aceleração dos tempos
modernos

1. As novas tecnologias e a expansão industrial
 Na segunda metade do século XIX, sucessivas inovações
tecnológicas impulsionaram o desenvolvimento de novas
indústrias e estimularam a realização de novas pesquisas e
invenções.
 Os avanços na industrialização atingiram os
campos, resultando também num grande aumento da
produção agrícola.
A Segunda Revolução Industrial

 2. A industrialização não apenas se intensificou
como também se expandiu para outros países. Na
Europa, depois da Grã-
Bretanha, França, Bélgica, Holanda e norte da
Alemanha, a Revolução Industrial atingiu também
os países nórdicos, a Rússia, o norte da Itália e
algumas regiões da Espanha.
A Segunda Revolução Industrial
 Fora da Europa, a industrialização ocorreu nos Estados
Unidos e no Japão.
 As mudanças econômicas sociais e politicas desse
período, tiveram como base duas novas fontes de energia: a
eletricidade e o petróleo.
 A geração de eletricidade, mais barata que o carvão e
inesgotável, tornou-se possível com a invenção do
dínamo, na segunda metade do século XIV. Utilizada
inicialmente na iluminação pública, a eletricidade cada vez
mais foi substituindo a energia a vapor nas fábricas e nos
transportes.
Segunda Revolução Industrial

 O petróleo começou a ser utilizado como fonte geradora de
energia a partir de 1859, quando se perfuraram os primeiros
poços de petróleo, nos Estados Unidos.
 As inovações tecnológicas do período impulsionaram outros
inventos e uma grande desenvolvimento da indústria. No
setor elétrico, o destaque foi a invenção do telefone, do
telégrafo e do rádio.
 A indústria química teve um grande impulso com a
produção de fertilizantes, artigos sintéticos, novos
explosivos medicamentos.
Segunda Revolução Industrial
Ao mesmo tempo, houve revolução nos
meios de transporte com a expansão dos
trilhos ferroviários, a construção das
ferrovias transcontinentais e a substituição
definitiva dos navios a vela pelos navios a
vapor, facilitando o armazenamento de
cargas e a distribuição de mercadorias.
Os meios de transporte e a
demografia

Novos métodos de produção foram implementados
na agricultura, com a utilização de máquinas e de
fertilizantes químicos, ocasionando assim, o aumento
da produção de grãos.
Essa mudança acarretou o barateamento dos preços
dos produtos agrícolas e possibilitou um grande
aumento demográfico.
Os meios de transporte a
demografia
 A população da Europa, que era
aproximadamente 145 milhões de habitantes em
1750 aumentou para 256 milhões em1850, e, em
1900 chegou a cerca de 450 milhões de pessoas.
Os meios de Transporte e a
Demografia

 Durante a Primeira Revolução Industrial, de fins do
século XVIII a meados do século XIX, a iniciativa
individual assumiu um papel decisivo na
constituição de uma empresa e na sua expansão.
 Industrias de tecidos ou de calçados, por
demandarem menos investimentos de
capitais, podiam demandarem menos investimentos
de capitais, podiam se instalar e crescer com recursos
do próprio empresário.
A formação dos
oligopólios
Na Segunda Revolução Industrial, ao contrário, a
complexidade e o alto custo das novas atividades
econômicas, como uma usina hidrelétrica ou uma
companhia petrolífera, exigiam um grande aporte de
capitais, que dificilmente poderia ser obtido com
recursos individuais.

A dificuldade de sustentar os novos
investimentos com recursos
individuais, criou um cenário privilegiado
para a atuação dos bancos e das instituições
financeiras, que passaram a investir na
indústria, no comércio, na agricultura e na
mineração e a controlar essas atividades por
meio de empréstimos.

Assim muitas empresas, sem capital suficiente
para enfrentar a concorrência, associavam-
se, formando oligopólios, um pequeno grupo de
empresas poderosas que controlava determinado
ramo da produção.
O primeiro modelo de associação empresarial era
o truste formado quando várias empresas de um
mesmo setor, interessadas em controlar
preços, produção e mercado, formando uma
única organização.
Muitas empresas, ainda, estabeleciam acordo
para controlar preços e combater os concorrentes.
 Esse modelo era de associação era o cartel. Criou-se também
a holding, tipo de organização econômica que detém o
controle acionário de um grupo de empresas de um mesmo
ramo ou de ramos diferentes.
 A formação dos oligopólios resultou porque um número
reduzido de empresas controlava os principais setores da
economia.

 O aumento acelerado da produção impulsionado pelos
avanços técnicos, gerou uma grande depressão, que se
estendeu de 1873 a 1896 e se caracterizou pela
superprodução, pela queda generalizada dos preços e dos
lucros e pela falência de muitas empresas.
 Além de mercados consumidores, as potências industriais
europeias aumentaram a procura por matérias-primas,
acirrando a corrida por produtos provenientes da América
Latina, da África e da Ásia.
 O aumento da população europeia também exigiu novas
terras que pudessem absorver a mão de obra excedente,
gerando o maior movimento migratório da história.
A crise capitalista de
1873 e seus efeitos

 Os territórios africanos e asiáticos tornavam-se, assim uma
“válvula de escape” para uma iminente crise social
europeia, tanto de ponto de vista econômico, com a
aquisição de novas fontes de energia e novos mercados
consumidores, quanto ao ponto de vista social, ao deslocar
uma enorme quantidade de europeus para os territórios
colonizados.
 No contexto histórico de formação do capitalismo
financeiro, quando os bancos e as instituições financeiras
passaram a controlar diretamente a indústria e outras
atividades da economia, o colonialismo tornou-se uma
necessidade histórica para a expansão do capitalismo.
 O processo de expansão das grandes potências
industrializadas em busca de colônias e áreas de
exploração econômica, impulsionando pelos interesses do
capital financeiro e dos grandes oligopólios, convencionou-
se chamar imperialismo.
Imperialismo: O colonialismo do
século XIX
 Em sua essência econômica, o imperialismo é a fase do
capital monopolista e financeiro, em que poderosos grupos
de grandes empresários e financistas, situados nas nações
mais ricas, promoveram a fusão do capital industrial e
bancário, resultando numa enorme concentração da
produção e do capital.
A dominação imperialista apresentou, em cada
região, características específicas, de acordo com os interesses
das potencias imperialistas e as relações estabelecidas com as
elites locais.
Podemos identificar os seguintes tipos de dominação
imperialista nos territórios da América Latina, da África e da
Ásia.
 Área de domínio econômico: países independentes que não
sofriam dominação política direta, mas eram explorados
economicamente e persuadidos a tomar medidas que
beneficiavam os países imperialistas (caso a América Latina).
As modalidades do
imperialismo
 Áreas de protetorado: domínios coloniais tratados como
aliados, mantendo-se os quadros dirigentes locais, mas
subordinados a uma autoridade europeia presente (por
exemplo Índia).
 Áreas de colonização direta: áreas dominadas
militar, política e economicamente, com a presença no local
de quadros dirigentes europeus (diversas regiões da África).
 Áreas de influência: territórios em que os dirigentes locais
eram mentidos, mas obrigados a assinar tratados que
garantiam vantagens econômicas e jurídicas à potencia
estrangeira. Estabeleciam também que os cidadãos do país
dominador residentes nessas áreas que estavam sujeitos às
leis desse país (China por exemplo).

 Nessas áreas de dominação, a busca do lucro não era meta
apenas das empresas privadas, mas se converteu numa
política nacional seguida pelos Estados
europeus, financiada com fundos públicos e apoiada pela
criação de aparelhos administrativos e políticos.
 A dominação britânica na Índia promoveu a destruição
das comunidades tradicionais indianas, que combinavam a
pequena produção agrícola com a produção artesanal.
 A política inglesa ajudou a enriquecer alguns poucos
comerciantes locais, mas resultou na miséria da maior
parte da população indiana.
 Como consequência, em 1857 – 1858 ocorreu a Revolta dos
Cipaios, organizada pelos soldados coloniais indianos.
Após reprimir a revolta, o governo britânico dissolveu a
Companhia das Índias Orientais e assumiu diretamente o
comando da sua colônia indiana. Depois disso, outros
territórios asiáticos foram incorporados ai Império
Britânico: Birmânia (1866) e Malásia (1874)
A expansão europeia na Ásia
„A dominação britânica na Índia‟

 Grã-Bretanha, França, Alemanha, e Estados Unidos
direcionaram seus esforços de dominação também para a
Ásia Oriental em especial para a China, país muito
populoso e rico em recursos naturais. A China tinha como
vassalos vários de seus vizinhos, como Vietnã, Birmânia,
Coréia, Mongólia e Tibete, o que atraia os interesses dos
países imperialistas.
 As potências europeias, no entanto, encontravam
dificuldades para estabelecer seus empreendimentos na
China, pois o governo exercia um poder centralizado, que
colocava empecilhos à penetração estrangeira.
O imperialismo na
China

 Na primeira metade do século XIX, entretanto, uma
relativa e crescente autonomia das províncias favoreceu a
penetração gradual dos países europeus, que já investiam
no comércio com a China.
 Os ingleses, por exemplo, compravam chá dos chineses,
mas não conseguiam vender a eles outro produto em
semelhante proporção.
 O ópio, mercadoria de grande aceitação entre os chineses,
foi a solução para melhorar a balança comercial inglesa.
 Produzido na Índia e na Birmânia, o ópio era
comercializado pela Companhia das Índias Orientais com a
permissão da Coroa Britânica. Diante das consequências do
consumo do ópio para a saúde da população chinesa, em
1839 as autoridades chinesas promoveram a queima de 20
mil caixas de ópio na província de Cantão, ato que foi
considerado uma afronta pelos britânicos. O fato deu início
a Guerra do Ópio (1839 – 1842).
A Guerra do Ópio
 A partir de 1870, intensificou-se a corrida pelo domínio de
vastos territórios no continente africano, que resultou, no início
do século XX, na ocupação da maior parte do continente pelas
potências europeias. Em 1876, apenas 10% do território africano
estava sujeito a políticas colonialistas; em 1900, essa proporção já
alcançava 90,4%
 Interesses políticos e econômicos estavam em jogo e faziam os
jogos os territórios africanos serem muito cobiçados pelas
principais nações europeias, que investiam em expedições de
estudo e ocupação.
 Um bom exemplo disso foi a iniciativa do rei belga Leopoldo II
de, em 1876, apossar-se da Bacia do Congo, região dez vezes
maior que a própria Bélgica, conservando-a como domínio
pessoal.
A expansão europeia na África
„A corrida pelo domínio da
África‟
1. Diante desses conflitos de interesses pelos territórios
africanos, organizou-se a Conferência de Berlim, realizada entre
15 de novembro de 1884 e 26 de fevereiro de 1885. Dela
participaram França, Bélgica, Grã-
Bretanha, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha, Rússia, Estados
Unidos, Dinamarca, Suécia, Noruega, países Baixos, Áustria-
Hungria e Turquia.
2. Representantes dos países presentes celebraram um acordo que
se chamou a Partilha da África que organizava a corrida das
nações europeias para conquistar os poucos territórios livres no
continente africano. Além disso, a Ata geral da Conferência
assegurou a livre navegação e o livre comércio em dois dos
principais rios africanos, o Congo e o Níger.
A Conferência de Berlim
 o princípio geral acordado em Berlim reconhecia a área de
influência, em território africano, das potências estrangeiras
e legitimava as conquistas que poderiam ser feitas na zona
que cabia a cada uma delas.
 Isso significava, por exemplo, que, uma vez estabelecida na
costa norte do Atlântico, a potência poderia, a partir daí,
avançar em direção ao interior
 O resultado foi a ampliação na África, dos impérios
coloniais da Grã-Bretanha, da França e de Portugal e a
definição de uma fatia da partilha colonial para a
Alemanha, a Itália e a Bélgica.
A legitimação das
conquistas
1. A conquista e a dominação da África e da Ásia pelas potências
europeias exigiam justificativas ideológicas que ocultassem os
interesses econômicos imediatos. Assim, muitos cientistas do
século XIX aproveitaram a teoria da evolução das
espécies, criada por Charles Darwin, para formular o chamado
darwinismo social.
2. Seguindo o mesmo princípio elaborado por Darwin, para
explicar a evolução das espécies, os darwinistas sociais
defendiam que as sociedades se modificariam e
evoluiriam, passando de um estágio inferior para um estágio
superior.
3. Segundo essa Visão, cada povo se encontrava num estágio de
evolução, podendo ser classificado numa graduação cujos
extremos eram o “selvagem-bárbaro” e o “civilizado”.
Mecanismos ideológicos
do Imperialismo

 Na mesma época e com o mesmo objetivo, utilizou-se a
teoria do determinismo geográfico, elaborada pelo alemão
Friedrich Ratzel a partir de uma interpretação da teoria
evolucionista de Darwin. Segundo ele, o desenvolvimento
de uma nação dependia do território ocupado por aquele
Estado.

 Igualmente advinda da teoria da evolução social, difundiu-
se a ideologia da superioridade racial, centrada não no
indivíduo, mas nas características raciais do grupo. Entrava
em cena a ideia de raça, considerada essencial para a análise
da evolução dos povos.
 Os darwinistas sociais acreditavam na relação entre as raças
e as características físicas, morais, intelectuais e psicológicas
dos indivíduos.
 Significa dizer que as características físicas como a cor, o
tamanho do cérebro, tipo de cabelo, relevavam as
qualidades morais e intelectuais de cada raça.
A ideologia da
superioridade racial

Medidas cranianas


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  • 2.   Na transformação dessa matéria prima, extraída nos países colonizados, em produtos manufaturados está implícita uma relação de exportação que foi se tornando mais complexa e ampla.  À medida que a tecnologia se aprimorava, a industrialização se acelerava e se expandia, fomentando conflitos entre as principais potencias europeias. A aceleração dos tempos modernos
  • 3.  1. As novas tecnologias e a expansão industrial  Na segunda metade do século XIX, sucessivas inovações tecnológicas impulsionaram o desenvolvimento de novas indústrias e estimularam a realização de novas pesquisas e invenções.  Os avanços na industrialização atingiram os campos, resultando também num grande aumento da produção agrícola. A Segunda Revolução Industrial
  • 4.   2. A industrialização não apenas se intensificou como também se expandiu para outros países. Na Europa, depois da Grã- Bretanha, França, Bélgica, Holanda e norte da Alemanha, a Revolução Industrial atingiu também os países nórdicos, a Rússia, o norte da Itália e algumas regiões da Espanha. A Segunda Revolução Industrial
  • 5.  Fora da Europa, a industrialização ocorreu nos Estados Unidos e no Japão.  As mudanças econômicas sociais e politicas desse período, tiveram como base duas novas fontes de energia: a eletricidade e o petróleo.  A geração de eletricidade, mais barata que o carvão e inesgotável, tornou-se possível com a invenção do dínamo, na segunda metade do século XIV. Utilizada inicialmente na iluminação pública, a eletricidade cada vez mais foi substituindo a energia a vapor nas fábricas e nos transportes. Segunda Revolução Industrial
  • 6.   O petróleo começou a ser utilizado como fonte geradora de energia a partir de 1859, quando se perfuraram os primeiros poços de petróleo, nos Estados Unidos.  As inovações tecnológicas do período impulsionaram outros inventos e uma grande desenvolvimento da indústria. No setor elétrico, o destaque foi a invenção do telefone, do telégrafo e do rádio.  A indústria química teve um grande impulso com a produção de fertilizantes, artigos sintéticos, novos explosivos medicamentos. Segunda Revolução Industrial
  • 7. Ao mesmo tempo, houve revolução nos meios de transporte com a expansão dos trilhos ferroviários, a construção das ferrovias transcontinentais e a substituição definitiva dos navios a vela pelos navios a vapor, facilitando o armazenamento de cargas e a distribuição de mercadorias. Os meios de transporte e a demografia
  • 8.  Novos métodos de produção foram implementados na agricultura, com a utilização de máquinas e de fertilizantes químicos, ocasionando assim, o aumento da produção de grãos. Essa mudança acarretou o barateamento dos preços dos produtos agrícolas e possibilitou um grande aumento demográfico. Os meios de transporte a demografia
  • 9.  A população da Europa, que era aproximadamente 145 milhões de habitantes em 1750 aumentou para 256 milhões em1850, e, em 1900 chegou a cerca de 450 milhões de pessoas. Os meios de Transporte e a Demografia
  • 10.   Durante a Primeira Revolução Industrial, de fins do século XVIII a meados do século XIX, a iniciativa individual assumiu um papel decisivo na constituição de uma empresa e na sua expansão.  Industrias de tecidos ou de calçados, por demandarem menos investimentos de capitais, podiam demandarem menos investimentos de capitais, podiam se instalar e crescer com recursos do próprio empresário. A formação dos oligopólios
  • 11. Na Segunda Revolução Industrial, ao contrário, a complexidade e o alto custo das novas atividades econômicas, como uma usina hidrelétrica ou uma companhia petrolífera, exigiam um grande aporte de capitais, que dificilmente poderia ser obtido com recursos individuais.
  • 12.  A dificuldade de sustentar os novos investimentos com recursos individuais, criou um cenário privilegiado para a atuação dos bancos e das instituições financeiras, que passaram a investir na indústria, no comércio, na agricultura e na mineração e a controlar essas atividades por meio de empréstimos.
  • 13.  Assim muitas empresas, sem capital suficiente para enfrentar a concorrência, associavam- se, formando oligopólios, um pequeno grupo de empresas poderosas que controlava determinado ramo da produção. O primeiro modelo de associação empresarial era o truste formado quando várias empresas de um mesmo setor, interessadas em controlar preços, produção e mercado, formando uma única organização. Muitas empresas, ainda, estabeleciam acordo para controlar preços e combater os concorrentes.
  • 14.  Esse modelo era de associação era o cartel. Criou-se também a holding, tipo de organização econômica que detém o controle acionário de um grupo de empresas de um mesmo ramo ou de ramos diferentes.  A formação dos oligopólios resultou porque um número reduzido de empresas controlava os principais setores da economia.
  • 15.   O aumento acelerado da produção impulsionado pelos avanços técnicos, gerou uma grande depressão, que se estendeu de 1873 a 1896 e se caracterizou pela superprodução, pela queda generalizada dos preços e dos lucros e pela falência de muitas empresas.  Além de mercados consumidores, as potências industriais europeias aumentaram a procura por matérias-primas, acirrando a corrida por produtos provenientes da América Latina, da África e da Ásia.  O aumento da população europeia também exigiu novas terras que pudessem absorver a mão de obra excedente, gerando o maior movimento migratório da história. A crise capitalista de 1873 e seus efeitos
  • 16.   Os territórios africanos e asiáticos tornavam-se, assim uma “válvula de escape” para uma iminente crise social europeia, tanto de ponto de vista econômico, com a aquisição de novas fontes de energia e novos mercados consumidores, quanto ao ponto de vista social, ao deslocar uma enorme quantidade de europeus para os territórios colonizados.
  • 17.  No contexto histórico de formação do capitalismo financeiro, quando os bancos e as instituições financeiras passaram a controlar diretamente a indústria e outras atividades da economia, o colonialismo tornou-se uma necessidade histórica para a expansão do capitalismo.  O processo de expansão das grandes potências industrializadas em busca de colônias e áreas de exploração econômica, impulsionando pelos interesses do capital financeiro e dos grandes oligopólios, convencionou- se chamar imperialismo. Imperialismo: O colonialismo do século XIX
  • 18.  Em sua essência econômica, o imperialismo é a fase do capital monopolista e financeiro, em que poderosos grupos de grandes empresários e financistas, situados nas nações mais ricas, promoveram a fusão do capital industrial e bancário, resultando numa enorme concentração da produção e do capital.
  • 19. A dominação imperialista apresentou, em cada região, características específicas, de acordo com os interesses das potencias imperialistas e as relações estabelecidas com as elites locais. Podemos identificar os seguintes tipos de dominação imperialista nos territórios da América Latina, da África e da Ásia.  Área de domínio econômico: países independentes que não sofriam dominação política direta, mas eram explorados economicamente e persuadidos a tomar medidas que beneficiavam os países imperialistas (caso a América Latina). As modalidades do imperialismo
  • 20.  Áreas de protetorado: domínios coloniais tratados como aliados, mantendo-se os quadros dirigentes locais, mas subordinados a uma autoridade europeia presente (por exemplo Índia).  Áreas de colonização direta: áreas dominadas militar, política e economicamente, com a presença no local de quadros dirigentes europeus (diversas regiões da África).  Áreas de influência: territórios em que os dirigentes locais eram mentidos, mas obrigados a assinar tratados que garantiam vantagens econômicas e jurídicas à potencia estrangeira. Estabeleciam também que os cidadãos do país dominador residentes nessas áreas que estavam sujeitos às leis desse país (China por exemplo).
  • 21.   Nessas áreas de dominação, a busca do lucro não era meta apenas das empresas privadas, mas se converteu numa política nacional seguida pelos Estados europeus, financiada com fundos públicos e apoiada pela criação de aparelhos administrativos e políticos.
  • 22.  A dominação britânica na Índia promoveu a destruição das comunidades tradicionais indianas, que combinavam a pequena produção agrícola com a produção artesanal.  A política inglesa ajudou a enriquecer alguns poucos comerciantes locais, mas resultou na miséria da maior parte da população indiana.  Como consequência, em 1857 – 1858 ocorreu a Revolta dos Cipaios, organizada pelos soldados coloniais indianos. Após reprimir a revolta, o governo britânico dissolveu a Companhia das Índias Orientais e assumiu diretamente o comando da sua colônia indiana. Depois disso, outros territórios asiáticos foram incorporados ai Império Britânico: Birmânia (1866) e Malásia (1874) A expansão europeia na Ásia „A dominação britânica na Índia‟
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  • 24.  Grã-Bretanha, França, Alemanha, e Estados Unidos direcionaram seus esforços de dominação também para a Ásia Oriental em especial para a China, país muito populoso e rico em recursos naturais. A China tinha como vassalos vários de seus vizinhos, como Vietnã, Birmânia, Coréia, Mongólia e Tibete, o que atraia os interesses dos países imperialistas.  As potências europeias, no entanto, encontravam dificuldades para estabelecer seus empreendimentos na China, pois o governo exercia um poder centralizado, que colocava empecilhos à penetração estrangeira. O imperialismo na China
  • 25.   Na primeira metade do século XIX, entretanto, uma relativa e crescente autonomia das províncias favoreceu a penetração gradual dos países europeus, que já investiam no comércio com a China.  Os ingleses, por exemplo, compravam chá dos chineses, mas não conseguiam vender a eles outro produto em semelhante proporção.  O ópio, mercadoria de grande aceitação entre os chineses, foi a solução para melhorar a balança comercial inglesa.
  • 26.  Produzido na Índia e na Birmânia, o ópio era comercializado pela Companhia das Índias Orientais com a permissão da Coroa Britânica. Diante das consequências do consumo do ópio para a saúde da população chinesa, em 1839 as autoridades chinesas promoveram a queima de 20 mil caixas de ópio na província de Cantão, ato que foi considerado uma afronta pelos britânicos. O fato deu início a Guerra do Ópio (1839 – 1842). A Guerra do Ópio
  • 27.  A partir de 1870, intensificou-se a corrida pelo domínio de vastos territórios no continente africano, que resultou, no início do século XX, na ocupação da maior parte do continente pelas potências europeias. Em 1876, apenas 10% do território africano estava sujeito a políticas colonialistas; em 1900, essa proporção já alcançava 90,4%  Interesses políticos e econômicos estavam em jogo e faziam os jogos os territórios africanos serem muito cobiçados pelas principais nações europeias, que investiam em expedições de estudo e ocupação.  Um bom exemplo disso foi a iniciativa do rei belga Leopoldo II de, em 1876, apossar-se da Bacia do Congo, região dez vezes maior que a própria Bélgica, conservando-a como domínio pessoal. A expansão europeia na África „A corrida pelo domínio da África‟
  • 28. 1. Diante desses conflitos de interesses pelos territórios africanos, organizou-se a Conferência de Berlim, realizada entre 15 de novembro de 1884 e 26 de fevereiro de 1885. Dela participaram França, Bélgica, Grã- Bretanha, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha, Rússia, Estados Unidos, Dinamarca, Suécia, Noruega, países Baixos, Áustria- Hungria e Turquia. 2. Representantes dos países presentes celebraram um acordo que se chamou a Partilha da África que organizava a corrida das nações europeias para conquistar os poucos territórios livres no continente africano. Além disso, a Ata geral da Conferência assegurou a livre navegação e o livre comércio em dois dos principais rios africanos, o Congo e o Níger. A Conferência de Berlim
  • 29.  o princípio geral acordado em Berlim reconhecia a área de influência, em território africano, das potências estrangeiras e legitimava as conquistas que poderiam ser feitas na zona que cabia a cada uma delas.  Isso significava, por exemplo, que, uma vez estabelecida na costa norte do Atlântico, a potência poderia, a partir daí, avançar em direção ao interior  O resultado foi a ampliação na África, dos impérios coloniais da Grã-Bretanha, da França e de Portugal e a definição de uma fatia da partilha colonial para a Alemanha, a Itália e a Bélgica. A legitimação das conquistas
  • 30. 1. A conquista e a dominação da África e da Ásia pelas potências europeias exigiam justificativas ideológicas que ocultassem os interesses econômicos imediatos. Assim, muitos cientistas do século XIX aproveitaram a teoria da evolução das espécies, criada por Charles Darwin, para formular o chamado darwinismo social. 2. Seguindo o mesmo princípio elaborado por Darwin, para explicar a evolução das espécies, os darwinistas sociais defendiam que as sociedades se modificariam e evoluiriam, passando de um estágio inferior para um estágio superior. 3. Segundo essa Visão, cada povo se encontrava num estágio de evolução, podendo ser classificado numa graduação cujos extremos eram o “selvagem-bárbaro” e o “civilizado”. Mecanismos ideológicos do Imperialismo
  • 31.   Na mesma época e com o mesmo objetivo, utilizou-se a teoria do determinismo geográfico, elaborada pelo alemão Friedrich Ratzel a partir de uma interpretação da teoria evolucionista de Darwin. Segundo ele, o desenvolvimento de uma nação dependia do território ocupado por aquele Estado.
  • 32.   Igualmente advinda da teoria da evolução social, difundiu- se a ideologia da superioridade racial, centrada não no indivíduo, mas nas características raciais do grupo. Entrava em cena a ideia de raça, considerada essencial para a análise da evolução dos povos.  Os darwinistas sociais acreditavam na relação entre as raças e as características físicas, morais, intelectuais e psicológicas dos indivíduos.  Significa dizer que as características físicas como a cor, o tamanho do cérebro, tipo de cabelo, relevavam as qualidades morais e intelectuais de cada raça. A ideologia da superioridade racial
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