1. História A - Módulo 6
A civilização industrial – economia e sociedade;
nacionalismos e choques imperialistas
Unidade 5
Os caminhos da cultura
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2. Módulo 6, História A 2
A confiança no progresso científico
Na segunda metade do século XIX, os avanços na ciência, na
Revolução Industrial e os seus efeitos na vida quotidiana dos
cidadãos levou ao desenvolvimento da crença na ciência;
Surge o Cientismo, a crença que a ciência resolveria todos os
problemas da Humanidade;
O Universo funcionava segundo regras (leis) e aos cientistas
competia descobrir essas leis. Não havia limite para o conhecimento
humano;
Os fenómenos inexplicáveis, só o eram devido à ignorância;
3. Módulo 6, História A 3
August Comte (1798-1857) criou o Positivismo;
Segundo esta teoria o saber e a Humanidade tinham passado por
três estados:
O teológico – os fenómenos são explicados pela intervenção de
forças sobrenaturais;
O metafísico – os fenómenos são explicados pela intervenção de
entidades abstratas, não observáveis;
O positivo (ou cientifico) – o estudo da natureza, através da
observação e da experimentação, permite conhecer as leis naturais
que determinam os fenómenos;
4. Módulo 6, História A 4
Este pensamento filosófico
foi conhecido através do
livro “Curso de Filosofia
Positiva”;
Estas ideias influenciaram
todo o pensamento do
século XIX e vão levar ao
investimento do Estado na
investigação científica;
Surgem universidades,
institutos e laboratórios
financiados por fundos
públicos,
5. Módulo 6, História A 5
O avanço das ciências exatas e a emergência das ciências sociais
No século XIX o conhecimento da natureza
foi alargado em todas as áreas das ciências:
Na Biologia, Charles Darwin (1809-1882),
publicou a “Origem das Espécies” que
defendia a tese da evolução das espécies;
Johan Mendel (1822-1884) realizou
estudos sobre a hereditariedade;
Na Medicina, Louis Pasteur (1822-1895) e
Robert Koch (1843-1910) fizeram
importantes descobertas;
6. Módulo 6, História A 6
Na Química, Dimitri Mendeleïev (1834-1907) elaborou a tabela
periódica dos elementos;
No campo da Física, o casal Pierre (1859-1906) e Marie Curie
(1867-1934) realizaram estudos sobre a radioatividade;
James Joule (1818-1889) e James Clarck Maxwell (1831-1879)
realizaram descobertas fundamentais na teoria do
eletromagnetismo;
7. Módulo 6, História A 7
Este desenvolvimento científico e tecnológico levou a uma reflexão
mais profunda sobre o funcionamento das sociedades , o que levou
as ciências sociais, procurassem imitar as ciências exatas, e
tentassem encontrar leis que explicassem o funcionamento do
Homem em sociedade;
Em 1838, Comte, criou o termo Sociologia que parte da verificação
que os indivíduos isolados comportam-se de modo diferente dos
grupos;
Comte chamou a esta nova disciplina a “física social”;
Émile Durkheim (1858-1917) sistematizou as leis desta nova
disciplina;
8. Módulo 6, História A 8
O espírito positivista estendeu-se a todas as áreas do conhecimento:
Karl Marx desenvolveu e teoria do socialismo científico;
A História criou regras para selecionar as fontes e assim
“reconstruir” o passado de forma científica (exata), destacou-se o
trabalho de Fustel de Coulanges (1830-1889);
Desenvolveram-se os estudos sobre Economia;
Sigmund Freud (1856-1939) desenvolveu a Psicologia;
9. Módulo 6, História A 9
A progressiva generalização do ensino público
Este clima de favorável ao desenvolvimento científico contribuiu
para o reforço da importância dada ao ensino, como, já os
iluministas no século XVIII, tinham defendido;
A educação é vista como um instrumento fundamental para o
progresso e a felicidade;
O desenvolvimento do setor terciários (serviços) e os progressos da
democracia liberal exigem a propagação do ensino e da cultura;
10. Módulo 6, História A 10
Fatores que contribuíram para o desenvolvimento do ensino:
A progressiva extensão do voto a todos os cidadãos exigia que a
população fosse informada e instruída;
O positivismo, ao valorizar o conhecimento científico;
A laicização do Estado que torna necessária a existência de um
grupo numeroso de funcionários instruídos;
As classes médias que veem no ensino uma forma de promoção
social;
12. Módulo 6, História A 12
No século XIX iniciaram-se campanhas de alfabetização e o ensino
público é progressivamente alargado a todas as classes sociais;
O ensino primário torna-se progressivamente gratuito e sustentado
pelo estado;
Surge a escola pública, obrigatória e laica;
O ensino secundário e superior também se desenvolvem devido à
necessidade, cada vez maior, de quadros instruídos;
Modificam-se os currículos e as pedagogias , organiza-se um ensino
com base científica que se contrapõe ao ensino de base humanista
herdado do Renascimento;
14. Módulo 6, História A 14
Os países que estão na vanguarda da modernização do ensino,
sobretudo do superior, são os Estados Unidos e a Alemanha;
Desenvolve-se o conceito de que o professor universitário é um
orientador do trabalho dos alunos e juntos formam uma equipa de
investigação;
Surge o MIT (Massachusetts Institute of Techonology);
O investimento no ensino vai levar à liderança destes dois países no
capítulo da investigação científica;
15. Módulo 6, História A 15
O interesse pela realidade social na literatura e nas artes – as
novas correntes estéticas na viragem do século
16. Módulo 6, História A 16
A fuga para o passado, nomeadamente para a Idade Média, parecia,
agora desadequada ao espírito positivista;
Surge uma corrente que pretende mostrar o Mundo com Realismo;
17. Módulo 6, História A 17
O Realismo começou por ser, na pintura, a representação de
paisagens de forma desapaixonada e neutra;
Depois evoluiu no sentido de representar temas do quotidiano de
forma simples e realista;
18. Módulo 6, História A 18
Gustave Courbet afirmou: “Eu não posso pintar um anjo porque
nunca vi nenhum. Mostrem-me um anjo e eu pintá-lo-ei”;
O Realismo abandona as temáticas religiosas, fantasistas de
inspiração histórica, mitológica ou literária;
Procuram libertar a arte do subjetivismo e sentimentalismo;
19. Módulo 6, História A 19
Triunfa o desejo de
representar com objetividade;
As personagens já não são
heróis mas pessoas banais;
20. Módulo 6, História A 20
Alguns artistas usam a arte como
instrumento de denúncia política e
social;
A Arte tem uma utilidade;
Daumier, A lavadeira, 1863
21. Módulo 6, História A 21
Alguns destas pinturas escandalizaram a sociedade pelos temas
tratados (banais), pelo tratamento menos cuidado da composição;
Courbet, Proudhon
23. Módulo 6, História A 23
Principais artistas ligados ao Realismo:
James Whistler (1834-1903);
Gustave Courbet (1819-1877);
Honoré Daumier (1808-1879);
Jean François Millet (1814-1875);
Camile Corot (1796-1875);
Édouard Manet (1832 -1883).
24. Módulo 6, História A 24
Na literatura centram-se na crítica da sociedade e na denúncia das
injustiças sociais;
Destacam-se Émile Zola (1840-1902) e Gustave Flaubert (1821-
1880);
25. Módulo 6, História A 25
Claude Monet, Impressão, Sol Nascente,
1872, óleo sobre tela, 47x64 cm
Impressionismo
26. Módulo 6, História A 26
Um novo olhar sobre a realidade: Claude Monet, A catedral de
Ruão, 1894
27. Módulo 6, História A 27
Um novo olhar sobre a realidade: Claude Monet, A catedral de
Ruão, 1894
Na Aurora;
Sol Matinal, Harmonia Azul;
De Manhã, Harmonia Branca;
Em pleno Sol, Harmonia Azul;
Tempo Cinzento, Harmonia Cinzenta;
A fachada vista de frente, Harmonia Castanha;
28. Módulo 6, História A 28
O real em mudança;
A realidade estava em
constante mutação;
A pintura devia ser capaz de
traduzir esta ideia de
mudança;
É um método científico de
análise da realidade através
da observação e da utilização
das técnicas adequadas para a
reproduzir;
Renoir, o baloiço
29. Módulo 6, História A 29
Os impressionistas pretendiam
uma pintura espontânea e
realizada perante o motivo (no
local, fora do atelier);
Pretendiam captar uma
realidade em mutação ou seja
os efeitos da luz sobre os
objetos, a natureza e as
pessoas;
O tema não era importante;
Pintaram a vida quotidiana e
alegre de Paris;
30. Tecnicamente caracteriza-se
por:
Executar-se no momento,
perante o motivo, não há
estudos nem esboços;
Feita exclusivamente com a
cor pura, aplicada
diretamente dos tubos de
tinta;
30Módulo 6, História A
31. Módulo 6, História A 31
A tinta é aplicada em pinceladas
curtas, rápidas, fragmentadas;
Muitas vezes em forma de vírgula;
Justapostas de acordo com a lei das
complementares, de modo
A obter a fusão dos tons nos olhos
do observador, em vez de se
misturarem na paleta;
33. Esta técnica produziu quadros com um aspeto de inacabados e
rugosos (tinta não alisada);
As cores eram aplicadas com base nos estudos científicos da cor;
Tentavam reproduzir o carácter prismático da luz natural servindo-se
das cores do arco-íris;
33Módulo 6, História A
34. Módulo 6, História A 34
Sisley, Inundação
em Port Marley
Esta técnica veio permitir a captação dos efeitos coloridos da luz do
Sol e da sua atmosfera e teve como resultado a dissolução da forma,
da superfície e dos volumes, os seus quadros tem um aspeto fluído,
dinâmico e libertando-se das velhas noções de claro-escuro;
35. C. Monet,
Nenúfares
A pintura desmaterializava-se e tornava-se cada vez mais uma
atmosfera de transparências;
As imagens deixam de ser delimitadas pela linha de contorno;
35Módulo 6, História A
36. A. Renoir, Baile no Moinho de La Gallette
36Módulo 6, História A
38. Módulo 6, História A 38
O impressionismo foi constituído por um grupo de jovens
pintores:
Claude Monet,
Camille Pissarro,
Edgar Degas;
Paul Cézanne,
August Renoir,
Frédéric Basile,
Alfred Sisley,
Berthe Morisot,
Mary Cassat, etc.;
39. Módulo 6, História A 39
Arte Nova – movimento cultural e artístico
que atingiu todas as artes (pintura, escultura,
arquitetura e design);
Procurou a rutura com a tradição (formal,
estética e técnica);
Procurou adaptar-se aos novos gostos que as
sociedades ocidentais haviam desenvolvido;
Privilegiavam a sensibilidade, a fantasia, a
imaginação, o refinamento estético, o gosto
pelo decorativo, pelo pitoresco;
J. Rippi-Ronai, Vaso
cerâmico, Hungria
41. Módulo 6, História A 41
A Arte nova foi uma reação ao facto da industrialização ter inundado
a sociedade com objetos de mau gosto estético;
Foi um movimento complexo e com muitas variações regionais;
Modernismo Catalão (Catalunha, Espanha);
Jugendstile (Alemanha);
Art Noveau (França e Bélgica);
Sezession (Secessão Vienense) (Áustria);
Liberty e Floreale (Itália);
Modern Style (Inglaterra);
Escola de Chicago (Estados Unidos);
Escola de Glasgow (Escócia);
42. Módulo 6, História A 42
Estes movimentos apresentam alguns princípios unificadores:
Inovação formal, procura de originalidade e criatividade;
Rejeição dos princípios académicos, históricos e revivalistas da
época;
Formas inspiradas na natureza (fauna e flora) e no Homem;
Movimentos sinuosos, formas estilizadas, sintetizadas ou
geometrizadas;
43. Módulo 6, História A 43
Adesão ao progresso, recursos aos novos materiais e técnicas;
Adoção de uma nova estética expressa através da linha sinuosa,
elástica, flexível, estilizada ou geometrizada;
Procura do movimento, do ritmo, da expressão;
Apelo à sensibilidade estética e à fantasia do observador;
44. Módulo 6, História A 44
Desenvolveram o conceito de unidade das artes – Conceito que
tende a apagar todas as diferenças tradicionais entre as várias
modalidades artísticas (artes maiores, artes menores) considerando
que todas elas são merecedoras de igual qualidade plástica e devem,
por isso, nortear-se pelos mesmos princípios formais e estéticos;
45. Módulo 6, História A 45
Hoffmann, serviço de café
Palácio Stoclet
A sua popularidade transformou-a numa moda que se aplicou a
todas as modalidades artísticas (arquitetura, pintura, escultura,
artes aplicadas, artes gráficas, dança, etc.);
46. Módulo 6, História A 46
H. Van de Velde, Salão de cabeleireiro; projeto para um museu;
secretária
47. Módulo 6, História A 47
António Gaudí (1852-1926)
destacou-se na arquitetura;
49. Módulo 6, História A 49
A Arte Nova foi aplicada ao design e surgem peças de superfícies
ondulantes;
Procuram a graciosidade e elegância;
As formas são inspiradas no corpo feminino e na Natureza;
Majorelle, candeeiro
Lalique, pregador
52. Módulo 6, História A 52
O enorme sucesso artístico e comercial identificam a época e a sua
excessiva divulgação trouxe o rápido declínio;
Os objetos foram copiados cada vez em maior número e vão
perdendo qualidade estética;
A Arte Nova desaparece com a I Guerra Mundial;
Marcou a época história (final do século XIX e início do século XX)
conhecida como Belle Époque;
54. Surgem críticas de o Impressionismo
não concretizar com rigor a teoria da
cor;
O imediatismo da execução tornava
os pintores negligentes e intuitivos
na aplicação da cor, sobrepondo
pinceladas misturando a cor;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 54
Neoimpressionismo
55. Surge um grupo de pintores que pretende fazer evoluir o
Impressionismo no sentido de uma aplicação rigorosa e científica
da cor, surge o Neoimpressionismo;
O principal teórico desta corrente foi Georges Seurat (1859-1891);
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 55
60. As pinceladas eram reduzidas a pequenas manchas arredondadas,
que evoluíram para pequenos pontos (pontilhismo), de cor pura
não misturada (divisionismo), cientificamente colocadas umas ao
lado das outras, segundo a lei das complementares;
Estas manchas cromáticas, a certa distância, misturam-se nos
olhos do espectador;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 60
61. Paul Signac, O
castelo dos
Papas
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 61
A representação do instante luminoso passou a ser secundária;
O elemento central é a harmonia de cores;
A pintura deixou de ser uma impressão fugaz e passou a ser uma
construção rigorosa, científica;
63. Georges Seurat, Torre Eiffel;
Paul Signac, Porto de Marselha
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 63
Temática principal: vida urbana, paisagens marítimas e as diversões;
Representadas em telas de grandes dimensões;
Executadas no atelier a partir de estudos ao ar livre;
Para além de Seurat, distinguem-se, Paul Signac (1863-1935) e
Pissaro;
65. O Pós-Impressionismo designa um período artístico que se
estende, mais ou menos, entre 1880 e 1890;
Surgem novas tendências e novas buscas em arte;
Derivam do Impressionismo, na medida em que se afastam da
representação mimética da Natureza;
Assumem os valores específicos da pintura: bidimensionalidade
e cor;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 65
68. Van Gogh, Noite estrelada, 1889
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 68
69. Van Gogh, A Igreja de Auvers-sur-Oise, 1890
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 69
70. “Não conheço ainda melhor definição de arte que esta: A arte é
o Homem adicionado à Natureza que ele traz à luz; é a realidade,
a verdade, mas com um significado a que o artista dá expressão;
mesmo quando desenha tijolos, granito, vias férreas ou arcos de
uma ponte... é a pérola preciosa trazida à luz, a alma humana. Eu
vejo, expressão e até alma em toda a Natureza, como por
exemplo umas árvores…
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 70
71. Não se conserva a beleza das cores da Natureza por meio de
imitações servis, mas sim pela sua recriação numa escala de
cores com o mesmo valor, que não devem ser de maneira alguma
as já existentes”;
Vincent van Gogh
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 71
72. Van Gogh, Esplanada de Café à noite, 1888
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 72
73. Nascido na Holanda, veio
para Paris em 1886;
Personalidade atribulada;
Realiza uma pintura de um
realismo expressionista;
Teve um percurso
individual, mas a sua obra
irá influenciar os
expressionistas;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 73
74. Van Gogh, Autorretrato com orelha
cortada, e cachimbo, 1889
A arte já não servia para
materializar impressões, mas era
antes a expressão de
sentimentos, energias e tensões;
A pintura devia recorrer à
acentuação da forma e à vibração
intensa e dramática da cor, de
modo a traduzir as tensões e os
sentimentos que são inerentes à
própria vida e à aventura da
existência;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 74
75. A sua pintura é caracterizada
por:
Desenho anguloso e violento;
Cores contrastantes e
arbitrárias;
Formas sinuosas e flamejantes;
Pincelada larga;
É uma pintura
intencionalmente expressiva;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 75
76. Van Gogh, Quarto em Arles, 1888
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 76
77. Van Gogh, Campo de trigo com corvos, 1890
Van Gogh foi o pintor da angústia da vida, da genialidade, da
loucura;
Personificou a Natureza, atribui-lhe estados de alma;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 77
78. Van Gogh, Cipreste com duas figuras, 1889
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 78
82. Paul Cézanne, A montanha de Sainte-Victoire, 1900-1905
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 82
83. Paul Cézanne, O rapaz do colete vermelho
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 83
84. Aprendeu com Pissaro a técnica
impressionista, mas
abandonou-a preferindo uma
pintura mais reflexiva;
Passava por uma análise
detalhada, lenta da luz e da
forma;
Afirma: “pretendo fazer do
Impressionismo algo de sólido
e duradouro, como a arte dos
museus”;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 84
85. Cézanne defendia a
importância da estrutura;
A organização das linhas e das
cores era muito importante
para a estabilidade e clareza da
pintura;
Necessitava de construir
formas e não de dissolvê-las,
como os impressionistas;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 85
Paul Cézanne, As banhistas, 1900
86. Apercebeu-se que por debaixo da superfície das coisas existia
um esqueleto sólido, que não muda com as mudanças de luz e
da atmosfera;
Tudo era geometria, afirma: “Tudo na Natureza se modela
como esferas, cones e cilindros”;
Tudo na Natureza se modela como esferas, cones e cilindros;
Devemos aprender a pintar baseados nestas formas simples e só
depois seremos capazes de fazer tudo o que quisermos;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 86
88. Paul Cézanne, A montanha de Sainte-Victoire, 1900-1905
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 88
89. As soluções encontradas por Cézanne são muito estruturais e
geométricas, constituindo uma oposição aos princípios
impressionistas;
Cézanne procurava a materialidade da pintura, a solidez e os
volumes através de uma construção organizada do quadro;
Paul Cézanne, Natureza-
morta, 1896
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 89
90. Paul Cézanne, A
montanha de Sainte-
Victoire, 1900-1905
O artista não devia ser passivo diante da realidade, era necessário
observar arduamente para construir o quadro;
Pintar significa registar e organizar sensações de cor. É preciso que
os olhos e o cérebro se auxiliem mutuamente;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 90
91. Paul Cézanne, A montanha de Sainte-Victoire, 1900-1905
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 91
92. Paul Cézanne, A montanha de Sainte-Victoire, 1900-1905
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 92
93. Cézanne criou uma pintura autónoma em relação ao motivo;
Cézanne morreu em 1906, admirado pelos jovens pintores Braque e
Picasso, que se lançariam na aventura do Cubismo;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 93
96. Gauguin, A visão depois do sermão, 1888
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 96
97. Gauguin, Autorretrato com auréola, 1889
Iniciou-se tarde na pintura,
conviveu com os
Impressionistas;
Esteve ligado a Cézanne e a Van
Gogh;
Construiu uma arte pessoal
influências da estampa
japonesa nas formas planas e
simplificadas e no modo como
as fecha com uma linha a negro
- cloisonnisme - que provém,
igualmente, da arte do vitral.
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 97
99. Gauguin, O dia dos deuses
Influências:
Estampa japonesa nas formas planas e simplificadas ;
arte medieval do vitral no modo como as fecha com uma linha a
negro – cloisonnisme;
E preenchia-as com cores planas, sem modelado;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 99
100. Gauguin, O que somos? De onde vimos? Para onde vamos?, 1897
Admira as artes e as civilizações primitivas, em oposição à
industrialização europeia;
Procura a pureza original na vida e na arte;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 100
101. Foi o pintor da evasão, da recusa da vida moderna, do exotismo;
Vai viver para uma aldeia na Bretanha, Pont-Aven;
Mais tarde para as ilhas da Polinésia Francesa (Tahiti), onde viveu
a fase final da sua vida;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 101
102. Gauguin, O Cristo
Amarelo, 1889
Principais características da
pintura de Gauguin:
Temas retirados da natureza, mas
uma natureza imaginada pelo
pintor, procura o lado místico,
simbólico, sugestivo;
Formas bidimensionais,
estilizadas, sintéticas, estáticas,
circundadas pela linha a negro
(cloisonnisme);
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 102
103. Cores anti naturalistas, simbólicas exóticas;
A sua pintura não é cópia da realidade mas a sua transposição
mágica, imaginativa, alegórica;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 103
104. Afirma: “Porque não exagerar na pintura, do mesmo modo que os
poetas empregam metáforas? Curve mais um ombro se isso torna o
corpo mais bonito. Faça-os mais brancos se assim fica melhor. Mova
os galhos das árvores ainda que não sopre vento”;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 104
105. Gauguin, Fatata me ti
É um pintor simbolista, a sua
arte procura refletir o mundo
espírito, da magia e dos mitos, e
não a realidade exterior, visível;
A cor, a linha e a forma deviam
exercer funções mais
expressivas do que descritivas;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 105
106. Gauguin e o grupo de Pont-Aven, representam a pintura “sintética”
ou “sintetista”;
Outro importante pintor do grupo de Pont-Aven foi Émile Bernard
(1868-1941);
Uma das correntes da tendência simbolista, que se desenvolve após
1886;
O poeta Jean Moréas publica o seu manifesto da literatura
simbolista;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 106
108. O Simbolismo opõe-se à arte representativa e objetiva –
Naturalismo, Realismo e Impressionismo;
Valoriza o mundo subjetivo e a interioridade;
Baseiam-se em estados emocionais (angústias, sonhos,
fantasias), separam a arte da representação fiel da Natureza;
As formas cores e linhas possuem significados próprios;
Não reproduzem a realidade natural mas a realidade espiritual;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 108
109. Os temas (históricos, literários, mitológicos, quotidiano) eram
usados como símbolos;
O simbolismo não possuiu unidade estilística;
Para além da Gauguin e a escola de Pont-Aven, existem outros
pintores com percursos independentes e o grupo dos Nabis;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 109
110. Pintores simbolistas com percursos independentes:
Puvis de Chavannes (1824-1898);
Gustave Moreau (1826-1898);
Odilon Redon (1840-1916);
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 110
111. Puvis de Chavannes, A
esperança; O sonho;
Raparigas à beira-mar;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 111
Puvis de Chavannes usou temáticas fantasistas, o sonho;
Formas simplificadas e grandes massas de cor, obras anti
naturalistas;
112. Gustave Moreau,
A Esfinge; As
Sereias
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 112
Gustave Moreau inspirou-se na literatura, mitologia e religião;
Praticou uma pintura de formas difusas, sem linha de contorno,
utilizou cores luxuriantes, expressou um mundo de fantasia,
sensualidade e misticismo;
113. Odilon Redon, Pandora, Retrato de
Mademoiselle Violette Heyman
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 113
Odilon Redon, foi o simbolista dos simbolistas, criou uma arte do
oculto, do sobrenatural e de visões extrassensoriais;
114. Paul Sérusier, Paisagem no Bosque do Amor, 1888, óleo sobre tampa
de caixa de charutos
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 114
115. Maurice Denis, Telhados Vermelhos
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 115
Denis afirmava: “é necessário ter presente que um quadro, antes
de ser um cavalo de batalha, uma mulher nua ou uma anedota, é
essencialmente uma superfície coberta de cores dispostas numa
certa ordem”;
120. Pintou a vida boémia de Paris;
Próximo dos Impressionistas
nunca partilhou o gosto
pela pintura ao ar livre nem
pela desmaterialização dos
objetos;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 120
121. Toulouse-Lautrec, A bailarina
Influências de Degas, das
estampas japonesas e da Arte
Nova;
Desenho linear. acentuação da
bidimensionalidade, a sua
linguagem pictórica aproxima-
se da ilustração;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 121
123. Toulouse-Lautrec, Jane Avril a dançar
Temática: vida boémia (bares, cabarés, cafés,
bordéis);
As cenas são apresentadas de modo brutal,
crítico, aproximando-se da caricatura;
Interessou-se pelo desenho, pela gravura e ainda
pelas artes aplicadas, no campo de design de
comunicação;
Realizou cartazes e ilustrações para revistas e
livros;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 123
127. Rodin, O sono, mármore
Foi um renovador da
escultura;
Aproximou-se dos objectivos e
estética da pintura sua
contemporânea;
Admirador de Miguel Ângelo;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 127
128. Utilizou o “non finito”, o não acabamento de algumas superfícies da
escultura;
Contrapôs formas lisas e aveludadas ao bloco inacabado e em bruto;
As suas peças estão cheias de reentrâncias e saliências, (côncavas e
convexas);
Superfícies que refletem e absorvem a luz;
Por vezes deixa a marca dos seus dedos no barro ou na cera;
Procura captar a essência dos seus modelos;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 128
130. Rodin, O beijo, 1882-98,
mármore
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 130
Pretende captar o registo do
momento que precede a ação;
Uma das suas criações mais
conhecidas é “O beijo”, as figuras
parecem presas à matéria que
simboliza a paixão;
131. Rodin, A Porta do Inferno, 1880-1917, bronze; O filho pródigo
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 131
132. Rodin, Os Burgueses de Calais,
bronze
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 132
Foi considerado realista, simbolista, expressionista e mesmo
impressionista (embora seja difícil de falar de impressionismo na
escultura);
Foi o maior escultor dos finais do século XIX e princípios do XX;
Discípulos: Camille Claudel (1864-1843) e Antoine Bourdelle (1861-
1829);
134. Módulo 6, História A 134
Portugal: o dinamismo cultural do último terço do século
A ligação ferroviária construída pelos
governos da Regeneração permitiu
uma maior circulação de ideias entre
Portugal e o resto da Europa;
A Geração do 70 foi responsável por
agitar a cultura portuguesa, foi
constituída por um grupo de
estudantes de Coimbra (Antero
Quental, Teófilo Braga, Eça de
Queirós, etc.);
135. Módulo 6, História A 135
Em 1865 surgiu a Questão Coimbrã ou Bom Senso e Bom Gosto,
título de uma carta dirigida por Antero a António Feliciano de
Castilho;
Esta carta é contra a “escola literária de Coimbra” e o
conservadorismo dos intelectuais portugueses;
Em Lisboa, alguns anos mais tarde, constituem um cenáculo literário
ao qual aderem, entre outros, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins e
Guerra Junqueiro;
136. Módulo 6, História A 136
Constituem uma elite jovem que
adere à fé no progresso e ciência e vê
na literatura como um meio de
transformação da sociedade;
Organizam, em 1871, as Conferências
Democráticas, no Casino Lisbonense;
Estas conferências abrangem uma
temática variada: política, sociedade,
ensino, literatura e religião. O ciclo das
conferências não chegou ao fim;
O Governo proibiu-as com o pretexto
que eram contra as leis do reino;
137. Módulo 6, História A 137
O grupo persistiu na sua intervenção política, social e literária;
Na década seguinte sentiram-se derrotados pelo imobilismo
nacional;
Autodenominam-se “Os vencidos da vida”, desalentados com a
falta de mudança do país;
A Geração de 70 teve um papel importante na introdução do
Modernismo em Portugal e agitou a cultura portuguesa;
138. Módulo 6, História A 138
O primado da pintura naturalista
O Naturalismo, na pintura, foi sentimental e romântico, e irá
sobreviver até meados do século XX;
Os introdutores do naturalismo em Portugal foram:
António da Silva Porto (1850-1894);
João Marques de Oliveira (1853-1927);
139. Módulo 6, História A 139
Estiveram em França como estudante e Bolseiro da Academia
Portuense;
Contactaram os pintores realistas e impressionistas (pintura ao ar
livre);
Professores da Academia de Lisboa e Porto;
Fizeram parte do Grupo do Leão (Café Leão de Ouro);
140. Módulo 6, História A 140
O Naturalismo tem como temas fundamentais a Natureza e a vida
do quotidiano;
Silva Porto, Barco de Avintes;
Guardando o Rebanho; Cancela
Vermelha
141. Módulo 6, História A 141
Este tipo de pintura já tinha deixado de chocar o público e foi muito
bem aceite em Portugal;
Transformou-se em “arte oficial”;
Formaram o “Grupo do Leão”, pois reuniam-se na “Cervejaria
Leão”;
142. Módulo 6, História A 142
Deste grupo destacam-se dois artistas:
Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929);
José Malhoa ((1855-1933);
Malhoa, Promessas; O fado
143. Módulo 6, História A 143
Columbano, Concerto de Amadores; Retrato de Antero de Quental;
144. Módulo 6, História A 144
O Naturalismo foi um ciclo longo que se prolongou pelas primeiras
décadas do século XX;
Surgem vários pintores ligados a esta corrente artística:
António Ramalho (1858-1916);
Aurélia de Sousa (1865-1922);
O rei D. Carlos;
Aurélia de Sousa,
Autorretrato
145. Módulo 6, História A 145
O artista mais inovador foi António Carneiro (1872-1930), rejeitou a
estética naturalista e enveredou pelo Simbolismo;
António
Carneiro, A
Vida
146. Módulo 6, História A 146
Esquema in “Preparação para o Exame Nacional, História A 11, Porto Editora
147. Módulo 6, História A 147
Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte
bibliografia:
FORTES, Alexandra; Freitas Gomes, Fátima e Fortes, José, Linhas da
História 11, Areal Editores, 2014
COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo
da História 11, Porto Editora, 2011
SANCHES, Mário, História A, Edições ASA, 2006
2018/2019